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Portuguese Bible
Chapter # Verse # Verse Detail
11Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel:   
12Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem as palavras de inteligência;   
13para se instruir em sábio procedimento, em retidão, justiça e eqüidade;   
14para se dar aos simples prudência, e aos jovens conhecimento e bom siso.   
15Ouça também, o sábio e cresça em ciência, e o entendido adquira habilidade,   
16para entender provérbios e parábolas, as palavras dos sábios, e seus enigmas.   
17O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; mas os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução.   
18Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensino de tua mãe.   
19Porque eles serão uma grinalda de graça para a tua cabeça, e colares para o teu pescoço.   
110Filho meu, se os pecadores te quiserem seduzir, não consintas.   
111Se disserem: Vem conosco; embosquemo-nos para derramar sangue; espreitemos sem razão o inocente;   
112traguemo-los vivos, como o Seol, e inteiros como os que descem à cova;   
113acharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos as nossas casas de despojos;   
114lançarás a tua sorte entre nós; teremos todos uma só bolsa;   
115filho meu, não andes no caminho com eles; guarda da sua vereda o teu pé,   
116porque os seus pés correm para o mal, e eles se apressam a derramar sangue.   
117Pois debalde se estende a rede à vista de qualquer ave.   
118Mas estes se põem em emboscadas contra o seu próprio sangue, e as suas próprias vidas espreitam.   
119Tais são as veredas de todo aquele que se entrega à cobiça; ela tira a vida dos que a possuem.   
120A suprema sabedoria altissonantemente clama nas ruas; nas praças levanta a sua voz.   
121Do alto dos muros clama; às entradas das portas e na cidade profere as suas palavras:   
122Até quando, ó estúpidos, amareis a estupidez? e até quando se deleitarão no escárnio os escarnecedores, e odiarão os insensatos o conhecimento?   
123Convertei-vos pela minha repreensão; eis que derramarei sobre vós o meu; espírito e vos farei saber as minhas palavras.   
124Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a minha mão, e nao houve quem desse atenção;   
125antes desprezastes todo o meu conselho, e não fizestes caso da minha repreensão;   
126também eu me rirei no dia da vossa calamidade; zombarei, quando sobrevier o vosso terror,   
127quando o terror vos sobrevier como tempestade, e a vossa calamidade passar como redemoinho, e quando vos sobrevierem aperto e angústia.   
128Então a mim clamarão, mas eu não responderei; diligentemente me buscarão, mas não me acharão.   
129Porquanto aborreceram o conhecimento, e não preferiram o temor do Senhor;   
130não quiseram o meu conselho e desprezaram toda a minha repreensão;   
131portanto comerão do fruto do seu caminho e se fartarão dos seus próprios conselhos.   
132Porque o desvio dos néscios os matará, e a prosperidade dos loucos os destruirá.   
133Mas o que me der ouvidos habitará em segurança, e estará tranqüilo, sem receio do mal.   
21Filho meu, se aceitares as minhas palavras, e entesourares contigo os meus mandamentos,   
22para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido, e para inclinares o teu coração ao entendimento;   
23sim, se clamares por discernimento, e por entendimento alçares a tua voz;   
24se o buscares como a prata e o procurares como a tesouros escondidos;   
25então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus.   
26Porque o Senhor dá a sabedoria; da sua boca procedem o conhecimento e o entendimento;   
27ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos; e escudo para os que caminham em integridade,   
28guardando-lhes as veredas da justiça, e preservando o caminho dos seus santos.   
29Então entenderás a retidão, a justiça, a eqüidade, e todas as boas veredas.   
210Pois a sabedoria entrará no teu coração, e o conhecimento será aprazível à tua alma;   
211o bom siso te protegerá, e o discernimento e guardará;   
212para te livrar do mau caminho, e do homem que diz coisas perversas;   
213dos que deixam as veredas da retidão, para andarem pelos caminhos das trevas;   
214que se alegram de fazer o mal, e se deleitam nas perversidades dos maus;   
215dos que são tortuosos nas suas veredas; e iníquos nas suas carreiras;   
216e para te livrar da mulher estranha, da estrangeira que lisonjeia com suas palavras;   
217a qual abandona o companheiro da sua mocidade e se esquece do concerto do seu Deus;   
218pois a sua casa se inclina para a morte, e as suas veredas para as sombras.   
219Nenhum dos que se dirigirem a ela, tornara a sair, nem retomará as veredas da vida.   
220Assim andarás pelo caminho dos bons, e guardarás as veredas dos justos.   
221Porque os retos habitarão a terra, e os íntegros permanecerão nela.   
222Mas os ímpios serão exterminados da terra, e dela os aleivosos serão desarraigados.   
31Filho meu, não te esqueças da minha instrução, e o teu coração guarde os meus mandamentos;   
32porque eles te darão longura de dias, e anos de vida e paz.   
33Não se afastem de ti a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço, escreve-as na tábua do teu coração;   
34assim acharás favor e bom entendimento à vista de Deus e dos homens.   
35Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.   
36Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.   
37Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.   
38Isso será saúde para a tua carne; e refrigério para os teus ossos.   
39Honra ao Senhor com os teus bens, e com as primícias de toda a tua renda;   
310assim se encherão de fartura os teus celeiros, e trasbordarão de mosto os teus lagares.   
311Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enojes da sua repreensão;   
312porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem.   
313Feliz é o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire entendimento;   
314pois melhor é o lucro que ela dá do que o lucro da prata, e a sua renda do que o ouro.   
315Mais preciosa é do que as jóias, e nada do que possas desejar é comparável a ela.   
316Longura de dias há na sua mão direita; na sua esquerda riquezas e honra.   
317Os seus caminhos são caminhos de delícias, e todas as suas veredas são paz.   
318É árvore da vida para os que dela lançam mão, e bem-aventurado é todo aquele que a retém.   
319O Senhor pela sabedoria fundou a terra; pelo entendimento estabeleceu o céu.   
320Pelo seu conhecimento se fendem os abismos, e as nuvens destilam o orvalho.   
321Filho meu, não se apartem estas coisas dos teus olhos: guarda a verdadeira sabedoria e o bom siso;   
322assim serão elas vida para a tua alma, e adorno para o teu pescoço.   
323Então andarás seguro pelo teu caminho, e não tropeçará o teu pé.   
324Quando te deitares, não temerás; sim, tu te deitarás e o teu sono será suave.   
325Não temas o pavor repentino, nem a assolação dos ímpios quando vier.   
326Porque o Senhor será a tua confiança, e guardará os teus pés de serem presos.   
327Não negues o bem a quem de direito, estando no teu poder fazê-lo.   
328Não digas ao teu próximo: Vai, e volta, amanhã to darei; tendo-o tu contigo.   
329Não maquines o mal contra o teu próximo, que habita contigo confiadamente.   
330Não contendas com um homem, sem motivo, não te havendo ele feito o mal.   
331Não tenhas inveja do homem violento, nem escolhas nenhum de seus caminhos.   
332Porque o perverso é abominação para o Senhor, mas com os retos está o seu segredo.   
333A maldição do Senhor habita na casa do ímpio, mas ele abençoa a habitação dos justos.   
334Ele escarnece dos escarnecedores, mas dá graça aos humildes.   
335Os sábios herdarão honra, mas a exaltação dos loucos se converte em ignomínia.   
41Ouvi, filhos, a instrução do pai, e estai atentos para conhecerdes o entendimento.   
42Pois eu vos dou boa doutrina; não abandoneis o meu ensino.   
43Quando eu era filho aos pés de meu, pai, tenro e único em estima diante de minha mãe,   
44ele me ensinava, e me dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos, e vive.   
45Adquire a sabedoria, adquire o entendimento; não te esqueças nem te desvies das palavras da minha boca.   
46Não a abandones, e ela te guardará; ama-a, e ela te preservará.   
47A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o que possuis adquire o entendimento.   
48Estima-a, e ela te exaltará; se a abraçares, ela te honrará.   
49Ela dará à tua cabeça uma grinalda de graça; e uma coroa de glória te entregará.   
410Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, para que se multipliquem os anos da tua vida.   
411Eu te ensinei o caminho da sabedoria; guiei-te pelas veredas da retidão.   
412Quando andares, não se embaraçarão os teus passos; e se correres, não tropeçarás.   
413Apega-te à instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida.   
414Não entres na vereda dos ímpios, nem andes pelo caminho dos maus.   
415Evita-o, não passes por ele; desvia-te dele e passa de largo.   
416Pois não dormem, se não fizerem o mal, e foge deles o sono se não fizerem tropeçar alguém.   
417Porque comem o pão da impiedade, e bebem o vinho da violência.   
418Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.   
419O caminho dos ímpios é como a escuridão: não sabem eles em que tropeçam.   
420Filho meu, atenta para as minhas palavras; inclina o teu ouvido às minhas instroções.   
421Não se apartem elas de diante dos teus olhos; guarda-as dentro do teu coração.   
422Porque são vida para os que as encontram, e saúde para todo o seu corpo.   
423Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.   
424Desvia de ti a malignidade da boca, e alonga de ti a perversidade dos lábios.   
425Dirijam-se os teus olhos para a frente, e olhem as tuas pálpebras diretamente diante de ti.   
426Pondera a vereda de teus pés, e serão seguros todos os teus caminhos.   
427Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal.   
51Filho meu, atende à minha sabedoria; inclinão teu ouvido à minha prudência;   
52para que observes a discrição, e os teus lábios guardem o conhecimento.   
53Porque os lábios da mulher licenciosa destilam mel, e a sua boca e mais macia do que o azeite;   
54mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois gumes.   
55Os seus pés descem à morte; os seus passos seguem no caminho do Seol.   
56Ela não pondera a vereda da vida; incertos são os seus caminhos, e ela o ignora.   
57Agora, pois, filhos, dai-me ouvidos, e não vos desvieis das palavras da minha boca.   
58Afasta para longe dela o teu caminho, e não te aproximes da porta da sua casa;   
59para que não dês a outros a tua honra, nem os teus anos a cruéis;   
510para que não se fartem os estranhos dos teus bens, e não entrem os teus trabalhos na casa do estrangeiro,   
511e gemas no teu fim, quando se consumirem a tua carne e o teu corpo,   
512e digas: Como detestei a disciplina! e desprezou o meu coração a repreensão!   
513e não escutei a voz dos que me ensinavam, nem aos que me instruíam inclinei o meu ouvido!   
514Quase cheguei à ruína completa, no meio da congregação e da assembléia.   
515Bebe a água da tua própria cisterna, e das correntes do teu poço.   
516Derramar-se-iam as tuas fontes para fora, e pelas ruas os ribeiros de águas?   
517Sejam para ti só, e não para os estranhos juntamente contigo.   
518Seja bendito o teu manancial; e regozija-te na mulher da tua mocidade.   
519Como corça amorosa, e graciosa cabra montesa saciem-te os seus seios em todo o tempo; e pelo seu amor sê encantado perpetuamente.   
520E por que, filho meu, andarias atraído pela mulher licenciosa, e abraÇarias o seio da adúltera?   
521Porque os caminhos do homem estão diante dos olhos do Senhor, o qual observa todas as suas veredas.   
522Quanto ao ímpio, as suas próprias iniqüidades o prenderão, e pelas cordas do seu pecado será detido.   
523Ele morre pela falta de disciplina; e pelo excesso da sua loucura anda errado.   
61Filho meu, se ficaste por fiador do teu próximo, se te empenhaste por um estranho,   
62estás enredado pelos teus lábios; estás preso pelas palavras da tua boca.   
63Faze pois isto agora, filho meu, e livra-te, pois já caíste nas mãos do teu próximo; vai, humilha-te, e importuna o teu próximo;   
64não dês sono aos teus olhos, nem adormecimento às tuas pálpebras;   
65livra-te como a gazela da mão do caçador, e como a ave da mão do passarinheiro.   
66Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos, e sê sábio;   
67a qual, não tendo chefe, nem superintendente, nem governador,   
68no verão faz a provisão do seu mantimento, e ajunta o seu alimento no tempo da ceifa.   
69o preguiçoso, até quando ficarás deitador? quando te levantarás do teu sono?   
610um pouco para dormir, um pouco para toscanejar, um pouco para cruzar as mãos em repouso;   
611assim te sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade como um homem armado.   
612O homem vil, o homem iníquo, anda com a perversidade na boca,   
613pisca os olhos, faz sinais com os pés, e acena com os dedos;   
614perversidade há no seu coração; todo o tempo maquina o mal; anda semeando contendas.   
615Pelo que a sua destruição virá repentinamente; subitamente será quebrantado, sem que haja cura.   
616Há seis coisas que o Senhor detesta; sim, há sete que ele abomina:   
617olhos altivos, língua mentirosa, e mãos que derramam sangue inocente;   
618coração que maquina projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal;   
619testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.   
620Filho meu, guarda o mandamento de, teu pai, e não abandones a instrução de tua mãe;   
621ata-os perpetuamente ao teu coração, e pendura-os ao teu pescoço.   
622Quando caminhares, isso te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo.   
623Porque o mandamento é uma lâmpada, e a instrução uma luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida,   
624para te guardarem da mulher má, e das lisonjas da língua da adúltera.   
625Não cobices no teu coração a sua formosura, nem te deixes prender pelos seus olhares.   
626Porque o preço da prostituta é apenas um bocado de pão, mas a adúltera anda à caça da própria vida do homem.   
627Pode alguém tomar fogo no seu seio, sem que os seus vestidos se queimem?   
628Ou andará sobre as brasas sem que se queimem os seus pés?   
629Assim será o que entrar à mulher do seu proximo; não ficará inocente quem a tocar.   
630Não é desprezado o ladrão, mesmo quando furta para saciar a fome?   
631E, se for apanhado, pagará sete vezes tanto, dando até todos os bens de sua casa.   
632O que adultera com uma mulher é falto de entendimento; destrói-se a si mesmo, quem assim procede.   
633Receberá feridas e ignomínia, e o seu opróbrio nunca se apagará;   
634porque o ciúme enfurece ao marido, que de maneira nenhuma poupará no dia da vingança.   
635Não aceitará resgate algum, nem se aplacará, ainda que multipliques os presentes.   
71Filho meu, guarda as minhas palavras, e entesoura contigo os meus mandamentos.   
72Observa os meus mandamentos e vive; guarda a minha lei, como a menina dos teus olhos.   
73Ata-os aos teus dedos, escreve-os na tábua do teu coração.   
74Dize à sabedoria: Tu és minha irmã; e chama ao entendimento teu amigo íntimo,   
75para te guardarem da mulher alheia, da adúltera, que lisonjeia com as suas palavras.   
76Porque da janela da minha casa, por minhas grades olhando eu,   
77vi entre os simples, divisei entre os jovens, um mancebo falto de juízo,   
78que passava pela rua junto à esquina da mulher adúltera e que seguia o caminho da sua casa,   
79no crepúsculo, à tarde do dia, à noite fechada e na escuridão;   
710e eis que uma mulher lhe saiu ao encontro, ornada à moda das prostitutas, e astuta de coração.   
711Ela é turbulenta e obstinada; não param em casa os seus pés;   
712ora está ela pelas ruas, ora pelas praças, espreitando por todos os cantos.   
713Pegou dele, pois, e o beijou; e com semblante impudico lhe disse:   
714Sacrifícios pacíficos tenho comigo; hoje paguei os meus votos.   
715Por isso saí ao teu encontro a buscar-te diligentemente, e te achei.   
716Já cobri a minha cama de cobertas, de colchas de linho do Egito.   
717Já perfumei o meu leito com mirra, aloés e cinamomo.   
718Vem, saciemo-nos de amores até pela manhã; alegremo-nos com amores.   
719Porque meu marido não está em casa; foi fazer uma jornada ao longe;   
720um saquitel de dinheiro levou na mão; só lá para o dia da lua cheia voltará para casa.   
721Ela o faz ceder com a multidão das suas palavras sedutoras, com as lisonjas dos seus lábios o arrasta.   
722Ele a segue logo, como boi que vai ao matadouro, e como o louco ao castigo das prisões;   
723até que uma flecha lhe atravesse o fígado, como a ave que se apressa para o laço, sem saber que está armado contra a sua vida.   
724Agora, pois, filhos, ouvi-me, e estai atentos às palavras da minha boca.   
725Não se desvie para os seus caminhos o teu coração, e não andes perdido nas suas veredas.   
726Porque ela a muitos tem feito cair feridos; e são muitíssimos os que por ela foram mortos.   
727Caminho de Seol é a sua casa, o qual desce às câmaras da morte.   
81Não clama porventura a sabedoria, e não faz o entendimento soar a sua voz?   
82No cume das alturas, junto ao caminho, nas encruzilhadas das veredas ela se coloca.   
83Junto às portas, à entrada da cidade, e à entrada das portas está clamando:   
84A vós, ó homens, clamo; e a minha voz se dirige aos filhos dos homens.   
85Aprendei, ó simples, a prudência; entendei, ó loucos, a sabedoria.   
86Ouvi vós, porque profiro coisas excelentes; os meus lábios se abrem para a eqüidade.   
87Porque a minha boca profere a verdade, os meus lábios abominam a impiedade.   
88Justas são todas as palavras da minha boca; não há nelas nenhuma coisa tortuosa nem perversa.   
89Todas elas são retas para o que bem as entende, e justas para os que acham o conhecimento.   
810Aceitai antes a minha correção, e não a prata; e o conhecimento, antes do que o ouro escolhido.   
811Porque melhor é a sabedoria do que as jóias; e de tudo o que se deseja nada se pode comparar com ela.   
812Eu, a sabedoria, habito com a prudência, e possuo o conhecimento e a discrição.   
813O temor do Senhor é odiar o mal; a soberba, e a arrogância, e o mau caminho, e a boca perversa, eu os odeio.   
814Meu é o conselho, e a verdadeira sabedoria; eu sou o entendimento; minha é a fortaleza.   
815Por mim reinam os reis, e os príncipes decretam o que justo.   
816Por mim governam os príncipes e os nobres, sim, todos os juízes da terra.   
817Eu amo aos que me amam, e os que diligentemente me buscam me acharão.   
818Riquezas e honra estão comigo; sim, riquezas duráveis e justiça.   
819Melhor é o meu fruto do que o ouro, sim, do que o ouro refinado; e a minha renda melhor do que a prata escolhida.   
820Ando pelo caminho da retidão, no meio das veredas da justiça,   
821dotando de bens permanentes os que me amam, e enchendo os seus tesouros.   
822O Senhor me criou como a primeira das suas obras, o princípio dos seus feitos mais antigos.   
823Desde a eternidade fui constituída, desde o princípio, antes de existir a terra.   
824Antes de haver abismos, fui gerada, e antes ainda de haver fontes cheias d`água.   
825Antes que os montes fossem firmados, antes dos outeiros eu nasci,   
826quando ele ainda não tinha feito a terra com seus campos, nem sequer o princípio do pó do mundo.   
827Quando ele preparava os céus, aí estava eu; quando traçava um círculo sobre a face do abismo,   
828quando estabelecia o firmamento em cima, quando se firmavam as fontes do abismo,   
829quando ele fixava ao mar o seu termo, para que as águas não traspassassem o seu mando, quando traçava os fundamentos da terra,   
830então eu estava ao seu lado como arquiteto; e era cada dia as suas delícias, alegrando-me perante ele em todo o tempo;   
831folgando no seu mundo habitável, e achando as minhas delícias com os filhos dos homens.   
832Agora, pois, filhos, ouvi-me; porque felizes são os que guardam os meus caminhos.   
833Ouvi a correção, e sede sábios; e não a rejeiteis.   
834Feliz é o homem que me dá ouvidos, velando cada dia às minhas entradas, esperando junto às ombreiras da minha porta.   
835Porque o que me achar achará a vida, e alcançará o favor do Senhor.   
836Mas o que pecar contra mim fará mal à sua própria alma; todos os que me odeiam amam a morte.   
91A sabedoria já edificou a sua casa, já lavrou as suas sete colunas;   
92já imolou as suas vítimas, misturou o seu vinho, e preparou a sua mesa.   
93Já enviou as suas criadas a clamar sobre as alturas da cidade, dizendo:   
94Quem é simples, volte-se para cá. Aos faltos de entendimento diz:   
95Vinde, comei do meu pão, e bebei do vinho que tenho misturado.   
96Deixai a insensatez, e vivei; e andai pelo caminho do entendimento.   
97O que repreende ao escarnecedor, traz afronta sobre si; e o que censura ao ímpio, recebe a sua mancha.   
98Não repreendas ao escarnecedor, para que não te odeie; repreende ao sábio, e amar-te-á.   
99Instrui ao sábio, e ele se fará mais, sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento.   
910O temor do Senhor é o princípio sabedoria; e o conhecimento do Santo é o entendimento.   
911Porque por mim se multiplicam os teus dias, e anos de vida se te acrescentarão.   
912Se fores sábio, para ti mesmo o serás; e, se fores escarnecedor, tu só o suportarás.   
913A mulher tola é alvoroçadora; é insensata, e não conhece o pudor.   
914Senta-se à porta da sua casa ou numa cadeira, nas alturas da cidade,   
915chamando aos que passam e seguem direitos o seu caminho:   
916Quem é simples, volte-se para cá! E aos faltos de entendimento diz:   
917As águas roubadas são doces, e o pão comido às ocultas é agradável.   
918Mas ele não sabe que ali estão os mortos; que os seus convidados estão nas profundezas do Seol.   
101Provérbios de Salomão. Um filho sábio alegra a seu pai; mas um filho insensato é a tristeza de sua mae.   
102Os tesouros da impiedade de nada aproveitam; mas a justiça livra da morte.   
103O Senhor não deixa o justo passar fome; mas o desejo dos ímpios ele rechaça.   
104O que trabalha com mão remissa empobrece; mas a mão do diligente enriquece.   
105O que ajunta no verão é filho prudente; mas o que dorme na sega é filho que envergonha.   
106Bênçãos caem sobre a cabeça do justo; porém a boca dos ímpios esconde a violência.   
107A memória do justo é abençoada; mas o nome dos ímpios apodrecerá.   
108O sábio de coração aceita os mandamentos; mas o insensato palra dor cairá.   
109Quem anda em integridade anda seguro; mas o que perverte os seus caminhos será conhecido.   
1010O que acena com os olhos dá dores; e o insensato palrador cairá.   
1011A boca do justo é manancial de vida, porém a boca dos ímpios esconde a violência.   
1012O ódio excita contendas; mas o amor cobre todas as transgressões.   
1013Nos lábios do entendido se acha a sabedoria; mas a vara é para as costas do que é falto de entendimento.   
1014Os sábios entesouram o conhecimento; porém a boca do insensato é uma destruição iminente.   
1015Os bens do rico são a sua cidade forte; a ruína dos pobres é a sua pobreza.   
1016O trabalho do justo conduz à vida; a renda do ímpio, para o pecado.   
1017O que atende à instrução está na vereda da vida; mas o que rejeita a repreensão anda errado.   
1018O que encobre o ódio tem lábios falsos; e o que espalha a calúnia é um insensato.   
1019Na multidão de palavras não falta transgressão; mas o que refreia os seus lábios é prudente.   
1020A língua do justo é prata escolhida; o coração dos ímpios é de pouco valor.   
1021Os lábios do justo apascentam a muitos; mas os insensatos, por falta de entendimento, morrem.   
1022A bênção do Senhor é que enriquece; e ele não a faz seguir de dor alguma.   
1023E um divertimento para o insensato o praticar a iniqüidade; mas a conduta sábia é o prazer do homem entendido.   
1024O que o ímpio teme, isso virá sobre ele; mas aos justos se lhes concederá o seu desejo.   
1025Como passa a tempestade, assim desaparece o impio; mas o justo tem fundamentos eternos.   
1026Como vinagre para os dentes, como fumaça para os olhos, assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam.   
1027O temor do Senhor aumenta os dias; mas os anos os impios serão abreviados.   
1028A esperança dos justos é alegria; mas a expectação dos ímpios perecerá.   
1029O caminho do Senhor é fortaleza para os retos; mas é destruição para os que praticam a iniqüidade.   
1030O justo nunca será abalado; mas os ímpios não habitarão a terra.   
1031A boca do justo produz sabedoria; porém a língua perversa será desarraigada.   
1032Os lábios do justo sabem o que agrada; porém a boca dos ímpios fala perversidades.   
111A balança enganosa é abominação para o Senhor; mas o peso justo é o seu prazer.   
112Quando vem a soberba, então vem a desonra; mas com os humildes está a sabedoria.   
113A integridade dos retos os guia; porém a perversidade dos desleais os destrói.   
114De nada aproveitam as riquezas no dia da ira; porém a justiça livra da morte.   
115A justiça dos perfeitos endireita o seu caminho; mas o ímpio cai pela sua impiedade.   
116A justiça dos retos os livra; mas os traiçoeiros são apanhados nas, suas próprias cobiças.   
117Morrendo o ímpio, perece a sua esperança; e a expectativa da iniqüidade.   
118O justo é libertado da angústia; e o ímpio fica em seu lugar.   
119O hipócrita com a boca arruína o seu proximo; mas os justos são libertados pelo conhecimento.   
1110Quando os justos prosperam, exulta a cidade; e quando perecem os ímpios, há júbilo.   
1111Pela bênção dos retos se exalta a cidade; mas pela boca dos ímpios é derrubada.   
1112Quem despreza o seu próximo é falto de senso; mas o homem de entendimento se cala.   
1113O que anda mexericando revela segredos; mas o fiel de espírito encobre o negócio.   
1114Quando não há sábia direção, o povo cai; mas na multidão de conselheiros há segurança.   
1115Decerto sofrerá prejuízo aquele que fica por fiador do estranho; mas o que aborrece a fiança estará seguro.   
1116A mulher aprazível obtém honra, e os homens violentos obtêm riquezas.   
1117O homem bondoso faz bem à sua, própria alma; mas o cruel faz mal a si mesmo.   
1118O ímpio recebe um salário ilusório; mas o que semeia justiça recebe galardão seguro.   
1119Quem é fiel na retidão encaminha, para a vida, e aquele que segue o mal encontra a morte.   
1120Abominação para o Senhor são os perversos de coração; mas os que são perfeitos em seu caminho são o seu deleite.   
1121Decerto o homem mau não ficará sem castigo; porém a descendência dos justos será livre.   
1122Como jóia de ouro em focinho de porca, assim é a mulher formosa que se aparta da discrição.   
1123O desejo dos justos é somente o bem; porém a expectativa dos ímpios é a ira.   
1124Um dá liberalmente, e se torna mais rico; outro retém mais do que é justo, e se empobrece.   
1125A alma generosa prosperará, e o que regar também será regado.   
1126Ao que retém o trigo o povo o amaldiçoa; mas bênção haverá sobre a cabeça do que o vende.   
1127O que busca diligentemente o bem, busca favor; mas ao que procura o mal, este lhe sobrevirá.   
1128Aquele que confia nas suas riquezas, cairá; mas os justos reverdecerão como a folhagem.   
1129O que perturba a sua casa herdará o vento; e o insensato será servo do entendido de coração.   
1130O fruto do justo é árvore de vida; e o que ganha almas sábio é.   
1131Eis que o justo é castigado na terra; quanto mais o ímpio e o pecador!   
121O que ama a correção ama o conhecimento; mas o que aborrece a repreensão é insensato.   
122O homem de bem alcançará o favor do Senhor; mas ao homem de perversos desígnios ele condenará.   
123O homem não se estabelece pela impiedade; a raiz dos justos, porém, nunca será, removida.   
124A mulher virtuosa é a coroa do seu marido; porém a que procede vergonhosamente é como apodrecimento nos seus ossos.   
125Os pensamentos do justo são retos; mas os conselhos do ímpio são falsos.   
126As palavras dos ímpios são emboscadas para derramarem sangue; a boca dos retos, porém, os livrará.   
127Transtornados serão os ímpios, e não serão mais; porém a casa dos justos permanecerá.   
128Segundo o seu entendimento é louvado o homem; mas o perverso decoração é desprezado.   
129Melhor é o que é estimado em pouco e tem servo, do que quem se honra a si mesmo e tem falta de pão.   
1210O justo olha pela vida dos seus animais; porém as entranhas dos ímpios são crueis.   
1211O que lavra a sua terra se fartará de pão; mas o que segue os ociosos é falto de entendimento.   
1212Deseja o ímpio o despojo dos maus; porém a raiz dos justos produz o seu próprio fruto.   
1213Pela transgressão dos lábios se enlaça o mau; mas o justo escapa da angústia.   
1214Do fruto das suas palavras o homem se farta de bem; e das obras das suas mãos se lhe retribui.   
1215O caminho do insensato é reto aos seus olhos; mas o que dá ouvidos ao conselho é sábio.   
1216A ira do insensato logo se revela; mas o prudente encobre a afronta.   
1217Quem fala a verdade manifesta a justiça; porém a testemunha falsa produz a fraude.   
1218Há palrador cujas palavras ferem como espada; porém a língua dos sábios traz saúde.   
1219O lábio veraz permanece para sempre; mas a língua mentirosa dura só um momento.   
1220Engano há no coração dos que maquinam o mal; mas há gozo para os que aconselham a paz.   
1221Nenhuma desgraça sobrevém ao justo; mas os ímpios ficam cheios de males.   
1222Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor; mas os que praticam a verdade são o seu deleite.   
1223O homem prudente encobre o conhecimento; mas o coração dos tolos proclama a estultícia.   
1224A mão dos diligentes dominará; mas o indolente será tributário servil.   
1225A ansiedade no coração do homem o abate; mas uma boa palavra o alegra.   
1226O justo é um guia para o seu próximo; mas o caminho dos ímpios os faz errar.   
1227O preguiçoso não apanha a sua caça; mas o bem precioso do homem é para o diligente.   
1228Na vereda da justiça está a vida; e no seu caminho não há morte.   
131O filho sábio ouve a instrução do pai; mas o escarnecedor não escuta a repreensão.   
132Do fruto da boca o homem come o bem; mas o apetite dos prevaricadores alimenta-se da violência.   
133O que guarda a sua boca preserva a sua vida; mas o que muito abre os seus lábios traz sobre si a ruína.   
134O preguiçoso deseja, e coisa nenhuma alcança; mas o desejo do diligente será satisfeito.   
135O justo odeia a palavra mentirosa, mas o ímpio se faz odioso e se cobre de vergonha.   
136A justiça guarda ao que é reto no seu caminho; mas a perversidade transtorna o pecador.   
137Há quem se faça rico, não tendo coisa alguma; e quem se faça pobre, tendo grande riqueza.   
138O resgate da vida do homem são as suas riquezas; mas o pobre não tem meio de se resgatar.   
139A luz dos justos alegra; porem a lâmpada dos impios se apagará.   
1310Da soberba só provém a contenda; mas com os que se aconselham se acha a sabedoria.   
1311A riqueza adquirida às pressas diminuira; mas quem a ajunta pouco a pouco terá aumento.   
1312A esperança adiada entristece o coração; mas o desejo cumprido é árvore devida.   
1313O que despreza a palavra traz sobre si a destruição; mas o que teme o mandamento será galardoado.   
1314O ensino do sábio é uma fonte devida para desviar dos laços da morte.   
1315O bom senso alcança favor; mas o caminho dos prevaricadores é aspero:   
1316Em tudo o homem prudente procede com conhecimento; mas o tolo espraia a sua insensatez.   
1317O mensageiro perverso faz cair no mal; mas o embaixador fiel traz saúde.   
1318Pobreza e afronta virão ao que rejeita a correção; mas o que guarda a repreensão será honrado.   
1319O desejo que se cumpre deleita a alma; mas apartar-se do ma e abominação para os tolos.   
1320Quem anda com os sábios será sábio; mas o companheiro dos tolos sofre aflição.   
1321O mal persegue os pecadores; mas os justos são galardoados com o bem.   
1322O homem de bem deixa uma herança aos filhos de seus filhos; a riqueza do pecador, porém, é reservada para o justo.   
1323Abundância de mantimento há, na lavoura do pobre; mas se perde por falta de juízo.   
1324Aquele que poupa a vara aborrece a seu filho; mas quem o ama, a seu tempo o castiga.   
1325O justo come e fica satisfeito; mas o apetite dos ímpios nunca se satisfaz.   
141Toda mulher sábia edifica a sua casa; a insensata, porém, derruba-a com as suas mãos.   
142Quem anda na sua retidão teme ao Senhor; mas aquele que é perverso nos seus caminhos despreza-o.   
143Na boca do tolo está a vara da soberba, mas os lábios do sábio preservá-lo-ão.   
144Onde não há bois, a manjedoura está vazia; mas pela força do boi há abundância de colheitas.   
145A testemunha verdadeira não mentirá; a testemunha falsa, porém, se desboca em mentiras.   
146O escarnecedor busca sabedoria, e não a encontra; mas para o prudente o conhecimento é fácil.   
147Vai-te da presença do homem insensato, pois nele não acharás palavras de ciência.   
148A sabedoria do prudente é entender o seu caminho; porém a estultícia dos tolos é enganar.   
149A culpa zomba dos insensatos; mas os retos têm o favor de Deus.   
1410O coração conhece a sua própria amargura; e o estranho não participa da sua alegria.   
1411A casa dos ímpios se desfará; porém a tenda dos retos florescerá.   
1412Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte.   
1413Até no riso terá dor o coração; e o fim da alegria é tristeza.   
1414Dos seus próprios caminhos se fartará o infiel de coração, como também o homem bom se contentará dos seus.   
1415O simples dá crédito a tudo; mas o prudente atenta para os seus passos.   
1416O sábio teme e desvia-se do mal, mas o tolo é arrogante e dá-se por seguro.   
1417Quem facilmente se ira fará doidices; mas o homem discreto é paciente;   
1418Os simples herdam a estultícia; mas os prudentes se coroam de conhecimento.   
1419Os maus inclinam-se perante os bons; e os ímpios diante das portas dos justos.   
1420O pobre é odiado até pelo seu vizinho; mas os amigos dos ricos são muitos.   
1421O que despreza ao seu vizinho peca; mas feliz é aquele que se compadece dos pobres.   
1422Porventura não erram os que maquinam o mal? mas há beneficência e fidelidade para os que planejam o bem.   
1423Em todo trabalho há proveito; meras palavras, porém, só encaminham para a penúria.   
1424A coroa dos sábios é a sua riqueza; porém a estultícia dos tolos não passa de estultícia.   
1425A testemunha verdadeira livra as almas; mas o que fala mentiras é traidor.   
1426No temor do Senhor há firme confiança; e os seus filhos terão um lugar de refúgio.   
1427O temor do Senhor é uma fonte de vida, para o homem se desviar dos laços da morte.   
1428Na multidão do povo está a glória do rei; mas na falta de povo está a ruína do príncipe.   
1429Quem é tardio em irar-se é grande em entendimento; mas o que é de ânimo precipitado exalta a loucura.   
1430O coração tranqüilo é a vida da carne; a inveja, porém, é a podridão dos ossos.   
1431O que oprime ao pobre insulta ao seu Criador; mas honra-o aquele que se compadece do necessitado.   
1432O ímpio é derrubado pela sua malícia; mas o justo até na sua morte acha refúgio.   
1433No coração do prudente repousa a sabedoria; mas no coração dos tolos não é conhecida.   
1434A justiça exalta as nações; mas o pecado é o opróbrio dos povos.   
1435O favor do rei é concedido ao servo que procede sabiamente; mas sobre o que procede indignamente cairá o seu furor.   
151A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.   
152A língua dos sábios destila o conhecimento; porém a boca dos tolos derrama a estultícia.   
153Os olhos do Senhor estão em todo lugar, vigiando os maus e os bons.   
154Uma língua suave é árvore de vida; mas a língua perversa quebranta o espírito.   
155O insensato despreza a correção e seu pai; mas o que atende à admoestação prudentemente se haverá.   
156Na casa do justo há um grande tesouro; mas nos lucros do ímpio há perturbação.   
157Os lábios dos sábios difundem conhecimento; mas não o faz o coração dos tolos.   
158O sacrifício dos ímpios é abominável ao Senhor; mas a oração dos retos lhe é agradável.   
159O caminho do ímpio é abominável ao Senhor; mas ele ama ao que segue a justiça.   
1510Há disciplina severa para o que abandona a vereda; e o que aborrece a repreensão morrerá.   
1511O Seol e o Abadom estão abertos perante o Senhor; quanto mais o coração dos filhos dos homens!   
1512O escarnecedor não gosta daquele que o repreende; não irá ter com os sábios.   
1513O coração alegre aformoseia o rosto; mas pela dor do coração o espírito se abate.   
1514O coração do inteligente busca o conhecimento; mas a boca dos tolos se apascenta de estultícia.   
1515Todos os dias do aflito são maus; mas o coração contente tem um banquete contínuo.   
1516Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro, e com ele a inquietação.   
1517Melhor é um prato de hortaliça, onde há amor, do que o boi gordo, e com ele o ódio.   
1518O homem iracundo suscita contendas; mas o longânimo apazigua a luta.   
1519O caminho do preguiçoso é como a sebe de espinhos; porém a vereda dos justos é uma estrada real.   
1520O filho sábio alegra a seu pai; mas o homem insensato despreza a sua mãe.   
1521A estultícia é alegria para o insensato; mas o homem de entendimento anda retamente.   
1522Onde não há conselho, frustram-se os projetos; mas com a multidão de conselheiros se estabelecem.   
1523O homem alegra-se em dar uma resposta adequada; e a palavra a seu tempo quão boa é!   
1524Para o sábio o caminho da vida é para cima, a fim de que ele se desvie do Seol que é em baixo.   
1525O Senhor desarraiga a casa dos soberbos, mas estabelece a herança da viúva.   
1526Os desígnios dos maus são abominação para o Senhor; mas as palavras dos limpos lhe são aprazíveis.   
1527O que se dá à cobiça perturba a sua própria casa; mas o que aborrece a peita viverá.   
1528O coração do justo medita no que há de responder; mas a boca dos ímpios derrama coisas más.   
1529Longe está o Senhor dos ímpios, mas ouve a oração dos justos.   
1530A luz dos olhos alegra o coração, e boas-novas engordam os ossos.   
1531O ouvido que escuta a advertência da vida terá a sua morada entre os sábios.   
1532Quem rejeita a correção menospreza a sua alma; mas aquele que escuta a advertência adquire entendimento.   
1533O temor do Senhor é a instrução da sabedoria; e adiante da honra vai a humildade.   
161Ao homem pertencem os planos do coração; mas a resposta da língua é do Senhor.   
162Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos; mas o Senhor pesa os espíritos.   
163Entrega ao Senhor as tuas obras, e teus desígnios serão estabelecidos.   
164O Senhor fez tudo para um fim; sim, até o ímpio para o dia do mal.   
165Todo homem arrogante é abominação ao Senhor; certamente não ficará impune.   
166Pela misericórdia e pela verdade expia-se a iniqüidade; e pelo temor do Senhor os homens se desviam do mal.   
167Quando os caminhos do homem agradam ao Senhor, faz que até os seus inimigos tenham paz com ele.   
168Melhor é o pouco com justiça, do que grandes rendas com injustiça.   
169O coração do homem propõe o seu caminho; mas o Senhor lhe dirige os passos.   
1610Nos lábios do rei acham-se oráculos; em juízo a sua boca não prevarica.   
1611O peso e a balança justos são do Senhor; obra sua são todos os pesos da bolsa.   
1612Abominação é para os reis o praticarem a impiedade; porque com justiça se estabelece o trono.   
1613Lábios justos são o prazer dos reis; e eles amam aquele que fala coisas retas.   
1614O furor do rei é mensageiro da morte; mas o homem sábio o aplacará.   
1615Na luz do semblante do rei está a vida; e o seu favor é como a nuvem de chuva serôdia.   
1616Quanto melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro! e quanto mais excelente é escolher o entendimento do que a prata!   
1617A estrada dos retos desvia-se do mal; o que guarda o seu caminho preserva a sua vida.   
1618A soberba precede a destruição, e a altivez do espírito precede a queda.   
1619Melhor é ser humilde de espírito com os mansos, do que repartir o despojo com os soberbos.   
1620O que atenta prudentemente para a palavra prosperará; e feliz é aquele que confia no Senhor.   
1621O sábio de coração será chamado prudente; e a doçura dos lábios aumenta o saber.   
1622O entendimento, para aquele que o possui, é uma fonte de vida, porém a estultícia é o castigo dos insensatos.   
1623O coração do sábio instrui a sua boca, e aumenta o saber nos seus lábios.   
1624Palavras suaves são como favos de mel, doçura para a alma e saúde para o corpo.   
1625Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte.   
1626O apetite do trabalhador trabalha por ele, porque a sua fome o incita a isso.   
1627O homem vil suscita o mal; e nos seus lábios há como que um fogo ardente.   
1628O homem perverso espalha contendas; e o difamador separa amigos íntimos.   
1629O homem violento alicia o seu vizinho, e guia-o por um caminho que não é bom.   
1630Quando fecha os olhos fá-lo para maquinar perversidades; quando morde os lábios, efetua o mal.   
1631Coroa de honra são as cãs, a qual se obtém no caminho da justiça.   
1632Melhor é o longânimo do que o valente; e o que domina o seu espírito do que o que toma uma cidade.   
1633A sorte se lança no regaço; mas do Senhor procede toda a disposição dela.   
171Melhor é um bocado seco, e com ele a tranqüilidade, do que a casa cheia de festins, com rixas.   
172O servo prudente dominará sobre o filho que procede indignamente; e entre os irmãos receberá da herança.   
173O crisol é para a prata, e o forno para o ouro; mas o Senhor é que prova os corações.   
174O malfazejo atenta para o lábio iníquo; o mentiroso inclina os ouvidos para a língua maligna.   
175O que escarnece do pobre insulta ao seu Criador; o que se alegra da calamidade não ficará impune.   
176Coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são seus pais.   
177Não convém ao tolo a fala excelente; quanto menos ao príncipe o lábio mentiroso!   
178Pedra preciosa é a peita aos olhos de quem a oferece; para onde quer que ele se volte, serve-lhe de proveito.   
179O que perdoa a transgressão busca a amizade; mas o que renova a questão, afastam amigos íntimos.   
1710Mais profundamente entra a repreensão no prudente, do que cem açoites no insensato.   
1711O rebelde não busca senão o mal; portanto um mensageiro cruel será enviado contra ele.   
1712Encontre-se o homem com a ursa roubada dos filhotes, mas não com o insensato na sua estultícia.   
1713Quanto àquele que torna mal por bem, não se apartará o mal da sua casa.   
1714O princípio da contenda é como o soltar de águas represadas; deixa por isso a porfia, antes que haja rixas.   
1715O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, são abomináveis ao Senhor, tanto um como o outro.   
1716De que serve o preço na mão do tolo para comprar a sabedoria, visto que ele não tem entendimento?   
1717O amigo ama em todo o tempo; e para a angústia nasce o irmão.   
1718O homem falto de entendimento compromete-se, tornando-se fiador na presença do seu vizinho.   
1719O que ama a contenda ama a transgressao; o que faz alta a sua porta busca a ruína.   
1720O perverso de coração nunca achará o bem; e o que tem a língua dobre virá a cair no mal.   
1721O que gera um tolo, para sua tristeza o faz; e o pai do insensato não se alegrará.   
1722O coração alegre serve de bom remédio; mas o espírito abatido seca os ossos.   
1723O ímpio recebe do regaço a peita, para perverter as veredas da justiça.   
1724O alvo do inteligente é a sabedoria; mas os olhos do insensato estão nas extremidades da terra.   
1725O filho insensato é tristeza para seu, pai, e amargura para quem o deu à luz.   
1726Não é bom punir ao justo, nem ferir aos nobres por causa da sua retidão.   
1727Refreia as suas palavras aquele que possui o conhecimento; e o homem de entendimento é de espírito sereno.   
1728Até o tolo, estando calado, é tido por sábio; e o que cerra os seus lábios, por entendido.   
181Aquele que vive isolado busca seu próprio desejo; insurge-se contra a verdadeira sabedoria.   
182O tolo não toma prazer no entendimento, mas tão somente em revelar a sua opinião.   
183Quando vem o ímpio, vem também o desprezo; e com a desonra vem o opróbrio.   
184Aguas profundas são as palavras da boca do homem; e a fonte da sabedoria é um ribeiro que corre.   
185Não é bom ter respeito à pessoa do impio, nem privar o justo do seu direito.   
186Os lábios do tolo entram em contendas, e a sua boca clama por açoites.   
187A boca do tolo é a sua própria destruição, e os seus lábios um laço para a sua alma.   
188As palavras do difamador são como bocados doces, que penetram até o íntimo das entranhas.   
189Aquele que é remisso na sua obra é irmão do que é destruidor.   
1810Torre forte é o nome do Senhor; para ela corre o justo, e está seguro.   
1811Os bens do rico são a sua cidade forte, e como um muro alto na sua imaginação.   
1812Antes da ruína eleva-se o coração do homem; e adiante da honra vai a humildade.   
1813Responder antes de ouvir, é estultícia e vergonha.   
1814O espírito do homem o sustentará na sua enfermidade; mas ao espírito abatido quem o levantará?   
1815O coração do entendido adquire conhecimento; e o ouvido dos sábios busca conhecimento;   
1816O presente do homem alarga-lhe o caminho, e leva-o à presença dos grandes.   
1817O que primeiro começa o seu pleito parece justo; até que vem o outro e o examina.   
1818A sorte faz cessar os pleitos, e decide entre os poderosos.   
1819um irmão ajudado pelo irmão é como uma cidade fortificada; é forte como os ferrolhos dum castelo.   
1820O homem se fartará do fruto da sua boca; dos renovos dos seus lábios se fartará.   
1821A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto.   
1822Quem encontra uma esposa acha uma coisa boa; e alcança o favor do Senhor.   
1823O pobre fala com rogos; mas o rico responde com durezas.   
1824O homem que tem muitos amigos, tem-nos para a sua ruína; mas há um amigo que é mais chegado do que um irmão.   
191Melhor é o pobre que anda na sua integridade, do que aquele que é perverso de lábios e tolo.   
192Não é bom agir sem refletir; e o que se apressa com seus pés erra o caminho.   
193A estultícia do homem perverte o seu caminho, e o seu coração se irrita contra o Senhor.   
194As riquezas granjeiam muitos amigos; mas do pobre o seu próprio amigo se separa.   
195A testemunha falsa não ficará impune; e o que profere mentiras não escapará.   
196Muitos procurarão o favor do liberal; e cada um é amigo daquele que dá presentes.   
197Todos os irmãos do pobre o aborrecem; quanto mais se afastam dele os seus amigos! persegue-os com súplicas, mas eles já se foram.   
198O que adquire a sabedoria é amigo de si mesmo; o que guarda o entendimento prosperará.   
199A testemunha falsa não ficará impune, e o que profere mentiras perecerá.   
1910Ao tolo não convém o luxo; quanto menos ao servo dominar os príncipes!   
1911A discrição do homem fá-lo tardio em irar-se; e sua glória está em esquecer ofensas.   
1912A ira do rei é como o bramido o leão; mas o seu favor é como o orvalho sobre a erva.   
1913O filho insensato é a calamidade do pai; e as rixas da mulher são uma goteira contínua.   
1914Casa e riquezas são herdadas dos pais; mas a mulher prudente vem do Senhor.   
1915A preguiça faz cair em profundo sono; e o ocioso padecerá fome.   
1916Quem guarda o mandamento guarda a sua alma; mas aquele que não faz caso dos seus caminhos morrerá.   
1917O que se compadece do pobre empresta ao Senhor, que lhe retribuirá o seu benefício.   
1918Corrige a teu filho enquanto há esperança; mas não te incites a destruí-lo.   
1919Homem de grande ira tem de sofrer o castigo; porque se o livrares, terás de o fazer de novo.   
1920Ouve o conselho, e recebe a correção, para que sejas sábio nos teus últimos dias.   
1921Muitos são os planos no coração do homem; mas o desígnio do Senhor, esse prevalecerá.   
1922O que faz um homem desejável é a sua benignidade; e o pobre é melhor do que o mentiroso.   
1923O temor do Senhor encaminha para a vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e mal nenhum o visitará.   
1924O preguiçoso esconde a sua mão no prato, e nem ao menos quer levá-la de novo à boca.   
1925Fere ao escarnecedor, e o simples aprenderá a prudência; repreende ao que tem entendimento, e ele crescerá na ciencia.   
1926O que aflige a seu pai, e faz fugir a sua mãe, é filho que envergonha e desonra.   
1927Cessa, filho meu, de ouvir a instrução, e logo te desviarás das palavras do conhecimento.   
1928A testemunha vil escarnece da justiça; e a boca dos ímpios engole a iniqüidade.   
1929A condenação está preparada para os escarnecedores, e os açoites para as costas dos tolos.   
201O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar não e sábio.   
202Como o bramido do leão é o terror do rei; quem o provoca a ira peca contra a sua própria vida.   
203Honroso é para o homem o desviar-se de questões; mas todo insensato se entremete nelas.   
204O preguiçoso não lavra no outono; pelo que mendigará na sega, e nada receberá.   
205Como águas profundas é o propósito no coração do homem; mas o homem inteligente o descobrirá.   
206Muitos há que proclamam a sua própria bondade; mas o homem fiel, quem o achará?   
207O justo anda na sua integridade; bem-aventurados serão os seus filhos depois dele.   
208Assentando-se o rei no trono do juízo, com os seus olhos joeira a todo malfeitor.   
209Quem pode dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou de meu pecado?   
2010O peso fraudulento e a medida falsa são abominação ao Senhor, tanto uma como outra coisa.   
2011Até a criança se dá a conhecer pelas suas ações, se a sua conduta é pura e reta.   
2012O ouvido que ouve, e o olho que vê, o Senhor os fez a ambos.   
2013Não ames o sono, para que não empobreças; abre os teus olhos, e te fartarás de pão.   
2014Nada vale, nada vale, diz o comprador; mas, depois de retirar-se, então se gaba.   
2015Há ouro e abundância de pedras preciosas; mas os lábios do conhecimento são jóia de grande valor.   
2016Tira a roupa àquele que fica por fiador do estranho; e toma penhor daquele que se obriga por estrangeiros.   
2017Suave é ao homem o pão da mentira; mas depois a sua boca se enche de pedrinhas.   
2018Os projetos se confirmam pelos conselhos; assim, pois, com prudencia faze a guerra.   
2019O que anda mexericando revela segredos; pelo que não te metas com quem muito abre os seus lábios.   
2020O que amaldiçoa a seu pai ou a sua mãe, apagar-se-lhe-á a sua lâmpada nas, mais densas trevas.   
2021A herança que no princípio é adquirida às pressas, não será abençoada no seu fim.   
2022Não digas: vingar-me-ei do mal; espera pelo Senhor e ele te livrará.   
2023Pesos fraudulentos são abomináveis ao Senhor; e balanças enganosas não são boas.   
2024Os passos do homem são dirigidos pelo Senhor; como, pois, poderá o homem entender o seu caminho?   
2025Laço é para o homem dizer precipitadamente: É santo; e, feitos os votos, então refletir.   
2026O rei sábio joeira os ímpios e faz girar sobre eles a roda.   
2027O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, a qual esquadrinha todo o mais íntimo do coração.   
2028A benignidade e a verdade guardam o rei; e com a benignidade sustém ele o seu trono.   
2029A glória dos jovens é a sua força; e a beleza dos velhos são as cãs.   
2030Os açoites que ferem purificam do mal; e as feridas penetram até o mais íntimo do corpo.   
211Como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; ele o inclina para onde quer.   
212Todo caminho do homem é reto aos seus olhos; mas o Senhor pesa os corações.   
213Fazer justiça e julgar com retidão é mais aceitável ao Senhor do que oferecer-lhe sacrifício.   
214Olhar altivo e coração orgulhoso, tal lâmpada dos ímpios é pecado.   
215Os planos do diligente conduzem à abundância; mas todo precipitado apressa-se para a penúria.   
216Ajuntar tesouros com língua falsa é uma vaidade fugitiva; aqueles que os buscam, buscam a morte.   
217A violência dos ímpios arrebatá-los-á, porquanto recusam praticar a justiça.   
218O caminho do homem perverso é tortuoso; mas o proceder do puro é reto.   
219Melhor é morar num canto do eirado, do que com a mulher rixosa numa casa ampla.   
2110A alma do ímpio deseja o mal; o seu próximo não agrada aos seus olhos.   
2111Quando o escarnecedor é castigado, o simples torna-se sábio; e, quando o sábio é instruído, recebe o conhecimento.   
2112O justo observa a casa do ímpio; precipitam-se os ímpios na ruína.   
2113Quem tapa o seu ouvido ao clamor do pobre, também clamará e não será ouvido.   
2114O presente que se dá em segredo aplaca a ira; e a dádiva às escondidas, a forte indignação.   
2115A execução da justiça é motivo de alegria para o justo; mas é espanto para os que praticam a iniqüidade.   
2116O homem que anda desviado do caminho do entendimento repousará na congregação dos mortos.   
2117Quem ama os prazeres empobrecerá; quem ama o vinho e o azeite nunca enriquecera.   
2118Resgate para o justo é o ímpio; e em lugar do reto ficará o prevaricador.   
2119Melhor é morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa e iracunda.   
2120Há tesouro precioso e azeite na casa do sábio; mas o homem insensato os devora.   
2121Aquele que segue a justiça e a bondade achará a vida, a justiça e a honra.   
2122O sábio escala a cidade dos valentes, e derriba a fortaleza em que ela confia.   
2123O que guarda a sua boca e a sua língua, guarda das angústias a sua alma.   
2124Quanto ao soberbo e presumido, zombador é seu nome; ele procede com insolente orgulho.   
2125O desejo do preguiçoso o mata; porque as suas mãos recusam-se a trabalhar.   
2126Todo o dia o ímpio cobiça; mas o justo dá, e não retém.   
2127O sacrifício dos ímpios é abominaçao; quanto mais oferecendo-o com intenção maligna!   
2128A testemunha mentirosa perecerá; mas o homem que ouve falará sem ser contestado.   
2129O homem ímpio endurece o seu rosto; mas o reto considera os seus caminhos.   
2130Não há sabedoria, nem entendimento, nem conselho contra o Senhor.   
2131O cavalo prepara-se para o dia da batalha; mas do Senhor vem a vitória.   
221Mais digno de ser escolhido é o bom nome do que as muitas riquezas; e o favor é melhor do que a prata e o ouro.   
222O rico e o pobre se encontram; quem os faz a ambos é o Senhor.   
223O prudente vê o perigo e esconde-se; mas os simples passam adiante e sofrem a pena.   
224O galardão da humildade e do temor do Senhor é riquezas, e honra e vida.   
225Espinhos e laços há no caminho do perverso; o que guarda a sua alma retira-se para longe deles.   
226Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.   
227O rico domina sobre os pobres; e o que toma emprestado é servo do que empresta.   
228O que semear a perversidade segará males; e a vara da sua indignação falhará.   
229Quem vê com olhos bondosos será abençoado; porque dá do seu pão ao pobre.   
2210Lança fora ao escarnecedor, e a contenda se irá; cessarao a rixa e a injúria.   
2211O que ama a pureza do coração, e que tem graça nos seus lábios, terá por seu amigo o rei.   
2212Os olhos do Senhor preservam o que tem conhecimento; mas ele transtorna as palavras do prevaricador.   
2213Diz o preguiçoso: um leão está lá fora; serei morto no meio das ruas.   
2214Cova profunda é a boca da adúltera; aquele contra quem o Senhor está irado cairá nela.   
2215A estultícia está ligada ao coração do menino; mas a vara da correção a afugentará dele.   
2216O que para aumentar o seu lucro oprime o pobre, e dá ao rico, certamente chegará à: penuria.   
2217Inclina o teu ouvido e ouve as palavras dos sábios, e aplica o teu coração ao meu conhecimento.   
2218Porque será coisa suave, se os guardares no teu peito, se estiverem todos eles prontos nos teus lábios.   
2219Para que a tua confiança esteja no senhor, a ti tos fiz saber hoje, sim, a ti mesmo.   
2220Porventura não te escrevi excelentes coisas acerca dos conselhos e do conhecimento,   
2221para te fazer saber a certeza das palavras de verdade, para que possas responder com palavras de verdade aos que te enviarem?   
2222Não roubes ao pobre, porque é pobre; nem oprimas ao aflito na porta;   
2223porque o Senhor defenderá a sua causa em juízo, e aos que os roubam lhes tirará a vida.   
2224Não faças amizade com o iracundo; nem andes com o homem colérico;   
2225para que não aprendas as suas veredas, e tomes um laço para a tua alma.   
2226Não estejas entre os que se comprometem, que ficam por fiadores de dívidas.   
2227Se não tens com que pagar, por que tirariam a tua cama de debaixo de ti?   
2228Não removas os limites antigos que teus pais fixaram.   
2229Vês um homem hábil na sua obrar? esse perante reis assistirá; e não assistirá perante homens obscuros.   
231Quando te assentares a comer com um governador, atenta bem para aquele que está diante de ti;   
232e põe uma faca à tua garganta, se fores homem de grande apetite.   
233Não cobices os seus manjares gostosos, porque é comida enganadora.   
234Não te fatigues para seres rico; dá de mão à tua própria sabedoria:   
235Fitando tu os olhos nas riquezas, elas se vão; pois fazem para si asas, como a águia, voam para o céu.   
236Não comas o pão do avarento, nem cobices os seus manjares gostosos.   
237Porque, como ele pensa consigo mesmo, assim é; ele te diz: Come e bebe; mas o seu coração não está contigo.   
238Vomitarás o bocado que comeste, e perderás as tuas suaves palavras.   
239Não fales aos ouvidos do tolo; porque desprezará a sabedoria das tuas palavras.   
2310Não removas os limites antigos; nem entres nos campos dos órfãos,   
2311porque o seu redentor é forte; ele lhes pleiteará a causa contra ti.   
2312Aplica o teu coração à instrução, e os teus ouvidos às palavras do conhecimento.   
2313Não retires da criança a disciplina; porque, fustigando-a tu com a vara, nem por isso morrerá.   
2314Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do Seol.   
2315Filho meu, se o teu coração for sábio, alegrar-se-á o meu coração, sim, ó, meu próprio;   
2316e exultará o meu coração, quando os teus lábios falarem coisas retas.   
2317Não tenhas inveja dos pecadores; antes conserva-te no temor do Senhor todo o dia.   
2318Porque deveras terás uma recompensa; não será malograda a tua esperança.   
2319Ouve tu, filho meu, e sê sábio; e dirige no caminho o teu coração.   
2320Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne.   
2321Porque o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a sonolência cobrirá de trapos o homem.   
2322Ouve a teu pai, que te gerou; e não desprezes a tua mãe, quando ela envelhecer.   
2323Compra a verdade, e não a vendas; sim, a sabedoria, a disciplina, e o entendimento.   
2324Grandemente se regozijará o pai do justo; e quem gerar um filho sábio, nele se alegrará.   
2325Alegrem-se teu pai e tua mãe, e regozije-se aquela que te deu à luz.   
2326Filho meu, dá-me o teu coração; e deleitem-se os teus olhos nos meus caminhos.   
2327Porque cova profunda é a prostituta; e poço estreito é a aventureira.   
2328Também ela, como o salteador, se põe a espreitar; e multiplica entre os homens os prevaricadores.   
2329Para quem são os ais? para quem os pesares? para quem as pelejas, para quem as queixas? para quem as feridas sem causa? e para quem os olhos vermelhos?   
2330Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando bebida misturada.   
2331Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente.   
2332No seu fim morderá como a cobra, e como o basilisco picará.   
2333Os teus olhos verão coisas estranhas, e tu falarás perversidades.   
2334o serás como o que se deita no meio do mar, e como o que dorme no topo do mastro.   
2335E diràs: Espancaram-me, e não me doeu; bateram-me, e não o senti; quando virei a despertar? ainda tornarei a buscá-lo outra vez.   
241Não tenhas inveja dos homens malignos; nem desejes estar com eles;   
242porque o seu coração medita a violência; e os seus lábios falam maliciosamente.   
243Com a sabedoria se edifica a casa, e com o entendimento ela se estabelece;   
244e pelo conhecimento se encherão as câmaras de todas as riquezas preciosas e deleitáveis.   
245O sábio é mais poderoso do que o forte; e o inteligente do que o que possui a força.   
246Porque com conselhos prudentes tu podes fazer a guerra; e há vitória na multidão dos conselheiros.   
247A sabedoria é alta demais para o insensato; ele não abre a sua boca na porta.   
248Aquele que cuida em fazer o mal, mestre de maus intentos o chamarão.   
249O desígnio do insensato é pecado; e abominável aos homens é o escarnecedor.   
2410Se enfraqueces no dia da angústia, a tua força é pequena.   
2411Livra os que estão sendo levados à morte, detém os que vão tropeçando para a matança.   
2412Se disseres: Eis que não o sabemos; porventura aquele que pesa os corações não o percebe? e aquele que guarda a tua vida não o sabe? e não retribuirá a cada um conforme a sua obra?   
2413Come mel, filho meu, porque é bom, e do favo de mel, que é doce ao teu paladar.   
2414Sabe que é assim a sabedoria para a tua alma: se a achares, haverá para ti recompensa, e não será malograda a tua esperança.   
2415Não te ponhas de emboscada, ó ímpio, contra a habitação do justo; nem assoles a sua pousada.   
2416Porque sete vezes cai o justo, e se levanta; mas os ímpios são derribados pela calamidade.   
2417Quando cair o teu inimigo, não te alegres, e quando tropeçar, não se regozije o teu coração;   
2418para que o Senhor não o veja, e isso seja mau aos seus olhos, e desvie dele, a sua ira.   
2419Não te aflijas por causa dos malfeitores; nem tenhas inveja dos ímpios;   
2420porque o maligno não tem futuro; e a lâmpada dos ímpios se apagará.   
2421Filho meu, teme ao Senhor, e ao rei; e não te entremetas com os que gostam de mudanças.   
2422Porque de repente se levantará a sua calamidade; e a ruína deles, quem a conhecerá?   
2423Também estes são provérbios dos sábios: Fazer acepção de pessoas no juízo não é bom.   
2424Aquele que disser ao ímpio: Justo és; os povos o amaldiçoarão, as nações o detestarão;   
2425mas para os que julgam retamente haverá delícias, e sobre eles virá copiosa bênção.   
2426O que responde com palavras retas beija os lábios.   
2427Prepara os teus trabalhos de fora, apronta bem o teu campo; e depois edifica a tua casa.   
2428Não sejas testemunha sem causa contra o teu próximo; e não enganes com os teus lábios.   
2429Não digas: Como ele me fez a mim, assim lhe farei a ele; pagarei a cada um segundo a sua obra.   
2430Passei junto ao campo do preguiçoso, e junto à vinha do homem falto de entendimento;   
2431e eis que tudo estava cheio de cardos, e a sua superfície coberta de urtigas, e o seu muro de pedra estava derrubado.   
2432O que tendo eu visto, o considerei; e, vendo-o, recebi instrução.   
2433Um pouco para dormir, um pouco para toscanejar, um pouco para cruzar os braços em repouso;   
2434assim sobrevirá a tua pobreza como um salteador, e a tua necessidade como um homem armado.   
251Também estes são provérbios de Salomão, os quais transcreveram os homens de Ezequias, rei de Judá.   
252A glória de Deus é encobrir as coisas; mas a glória dos reis é esquadrinhá-las.   
253Como o céu na sua altura, e como a terra na sua profundidade, assim o coração dos reis é inescrutável.   
254Tira da prata a escória, e sairá um vaso para o fundidor.   
255Tira o ímpio da presença do rei, e o seu trono se firmará na justiça.   
256Não reclames para ti honra na presença do rei, nem te ponhas no lugar dos grandes;   
257porque melhor é que te digam: Sobe, para aqui; do que seres humilhado perante o príncipe.   
258O que os teus olhos viram, não te apresses a revelar, para depois, ao fim, não saberes o que hás de fazer, podendo-te confundir o teu próximo.   
259Pleiteia a tua causa com o teu próximo mesmo; e não reveles o segredo de outrem;   
2510para que não te desonre aquele que o ouvir, não se apartando de ti a infâmia.   
2511Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.   
2512Como pendentes de ouro e gargantilhas de ouro puro, assim é o sábio repreensor para o ouvido obediente.   
2513Como o frescor de neve no tempo da sega, assim é o mensageiro fiel para com os que o enviam, porque refrigera o espírito dos seus senhores.   
2514como nuvens e ventos que não trazem chuva, assim é o homem que se gaba de dádivas que não fez.   
2515Pela longanimidade se persuade o príncipe, e a língua branda quebranta os ossos.   
2516Se achaste mel, come somente o que te basta, para que porventura não te fartes dele, e o venhas a vomitar.   
2517Põe raramente o teu pé na casa do teu próximo, para que não se enfade de ti, e te aborreça.   
2518Malho, e espada, e flecha aguda é o homem que levanta falso testemunho contra o seu próximo.   
2519Como dente quebrado, e pé deslocado, é a confiança no homem desleal, no dia da angústia.   
2520O que entoa canções ao coração aflito é como aquele que despe uma peça de roupa num dia de frio, e como vinagre sobre a chaga.   
2521Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe pão para comer, e se tiver sede, dá-lhe água para beber;   
2522porque assim lhe amontoarás brasas sobre a cabeça, e o Senhor te recompensará.   
2523O vento norte traz chuva, e a língua caluniadora, o rosto irado.   
2524Melhor é morar num canto do eirado, do que com a mulher rixosa numa casa ampla.   
2525Como água fresca para o homem sedento, tais são as boas-novas de terra remota.   
2526Como fonte turva, e manancial poluído, assim é o justo que cede lugar diante do ímpio.   
2527comer muito mel não é bom; não multipliques, pois, as palavras de lisonja.   
2528Como a cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não pode conter o seu espírito.   
261Como a neve no verão, e como a chuva no tempo da ceifa, assim não convém ao tolo a honra.   
262Como o pássaro no seu vaguear, como a andorinha no seu voar, assim a maldição sem causa não encontra pouso.   
263O açoite é para o cavalo, o freio para o jumento, e a vara para as costas dos tolos.   
264Não respondas ao tolo segundo a sua estultícia, para que também não te faças semelhante a ele.   
265Responde ao tolo segundo a sua estultícia, para que ele não seja sábio aos seus próprios olhos.   
266Os pés decepa, e o dano bebe, quem manda mensagens pela mão dum tolo.   
267As pernas do coxo pendem frouxas; assim é o provérbio na boca dos tolos.   
268Como o que ata a pedra na funda, assim é aquele que dá honra ao tolo.   
269Como o espinho que entra na mão do ébrio, assim é o provérbio na mão dos tolos.   
2610Como o flecheiro que fere a todos, assim é aquele que assalaria ao transeunte tolo, ou ao ébrio.   
2611Como o cão que torna ao seu vômito, assim é o tolo que reitera a sua estultícia.   
2612Vês um homem que é sábio a seus próprios olhos? Maior esperança há para o tolo do que para ele.   
2613Diz o preguiçoso: Um leão está no caminho; um leão está nas ruas.   
2614Como a porta se revolve nos seus gonzos, assim o faz o preguiçoso na sua cama.   
2615O preguiçoso esconde a sua mão no prato, e nem ao menos quer levá-la de novo à boca.   
2616Mais sábio é o preguiçoso a seus olhos do que sete homens que sabem responder bem.   
2617O que, passando, se mete em questão alheia é como aquele que toma um cão pelas orelhas.   
2618Como o louco que atira tições, flechas, e morte,   
2619assim é o homem que engana o seu próximo, e diz: Fiz isso por brincadeira.   
2620Faltando lenha, apaga-se o fogo; e não havendo difamador, cessa a contenda.   
2621Como o carvão para as brasas, e a lenha para o fogo, assim é o homem contencioso para acender rixas.   
2622As palavras do difamador são como bocados deliciosos, que descem ao íntimo do ventre.   
2623Como o vaso de barro coberto de escória de prata, assim são os lábios ardentes e o coração maligno.   
2624Aquele que odeia dissimula com os seus lábios; mas no seu interior entesoura o engano.   
2625Quando te suplicar com voz suave, não o creias; porque sete abominações há no teu coração.   
2626Ainda que o seu ódio se encubra com dissimulação, na congregação será revelada a sua malícia.   
2627O que faz uma cova cairá nela; e a pedra voltará sobre aquele que a revolve.   
2628A língua falsa odeia aqueles a quem ela tenha ferido; e a boca lisonjeira opera a ruína.   
271Não te glories do dia de amanhã; porque não sabes o que produzirá o dia.   
272Seja outro o que te louve, e não a tua boca; o estranho, e não os teus lábios.   
273Pesada é a pedra, e a areia também; mas a ira do insensato é mais pesada do que elas ambas.   
274Cruel é o furor, e impetuosa é a ira; mas quem pode resistir à inveja?   
275Melhor é a repreensão aberta do que o amor encoberto.   
276Fiéis são as feridas dum amigo; mas os beijos dum inimigo são enganosos.   
277O que está farto despreza o favo de mel; mas para o faminto todo amargo é doce.   
278Qual a ave que vagueia longe do seu ninho, tal é o homem que anda vagueando longe do seu lugar.   
279O óleo e o perfume alegram o coração; assim é o doce conselho do homem para o seu amigo.   
2710Não abandones o teu amigo, nem o amigo de teu pai; nem entres na casa de teu irmão no dia de tua adversidade. Mais vale um vizinho que está perto do que um irmão que está longe.   
2711Sê sábio, filho meu, e alegra o meu coração, para que eu tenha o que responder àquele que me vituperar.   
2712O prudente vê o mal e se esconde; mas os insensatos passam adiante e sofrem a pena.   
2713Tira a roupa àquele que fica por fiador do estranho, e toma penhor daquele que se obriga por uma estrangeira.   
2714O que bendiz ao seu amigo em alta voz, levantando-se de madrugada, isso lhe será contado como maldição.   
2715A goteira contínua num dia chuvoso e a mulher rixosa são semelhantes;   
2716retê-la é reter o vento, ou segurar o óleo com a destra.   
2717Afia-se o ferro com o ferro; assim o homem afia o rosto do seu amigo.   
2718O que cuida da figueira comerá do fruto dela; e o que vela pelo seu senhor será honrado.   
2719Como na água o rosto corresponde ao rosto, assim o coração do homem ao homem.   
2720O Seol e o Abadom nunca se fartam, e os olhos do homem nunca se satisfazem.   
2721O crisol é para a prata, e o forno para o ouro, e o homem é provado pelos louvores que recebe.   
2722Ainda que pisasses o insensato no gral entre grãos pilados, contudo não se apartaria dele a sua estultícia.   
2723Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; cuida bem dos teus rebanhos;   
2724porque as riquezas não duram para sempre; e duraria a coroa de geração em geração?   
2725Quando o feno é removido, e aparece a erva verde, e recolhem-se as ervas dos montes,   
2726os cordeiros te proverão de vestes, e os bodes, do preço do campo.   
2727E haverá bastante leite de cabras para o teu sustento, para o sustento da tua casa e das tuas criadas.   
281Fogem os ímpios, sem que ninguém os persiga; mas os justos são ousados como o leão.   
282Por causa da transgressão duma terra são muitos os seus príncipes; mas por virtude de homens prudentes e entendidos, ela subsistirá por longo tempo.   
283O homem pobre que oprime os pobres, é como chuva impetuosa, que não deixa trigo nenhum.   
284Os que abandonam a lei louvam os ímpios; mas os que guardam a lei pelejam contra eles.   
285Os homens maus não entendem a justiça; mas os que buscam ao Senhor a entendem plenamente.   
286Melhor é o pobre que anda na sua integridade, do que o rico perverso nos seus caminhos.   
287O que guarda a lei é filho sábio; mas o companheiro dos comilões envergonha a seu pai.   
288O que aumenta a sua riqueza com juros e usura, ajunta-a para o que se compadece do pobre.   
289O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração é abominável.   
2810O que faz com que os retos se desviem para um mau caminho, ele mesmo cairá na cova que abriu; mas os inocentes herdarão o bem.   
2811O homem rico é sábio aos seus próprios olhos; mas o pobre que tem entendimento o esquadrinha.   
2812Quando os justos triunfam há grande, glória; mas quando os ímpios sobem, escondem-se os homens.   
2813O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.   
2814Feliz é o homem que teme ao Senhor continuamente; mas o que endurece o seu coração virá a cair no mal.   
2815Como leão bramidor, e urso faminto, assim é o ímpio que domina sobre um povo pobre.   
2816O príncipe falto de entendimento é também opressor cruel; mas o que aborrece a avareza prolongará os seus dias.   
2817O homem culpado do sangue de qualquer pessoa será fugitivo até a morte; ninguém o ajude.   
2818O que anda retamente salvar-se-á; mas o perverso em seus caminhos cairá de repente.   
2819O que lavra a sua terra se fartará de pão; mas o que segue os ociosos se encherá de pobreza.   
2820O homem fiel gozará de abundantes bênçãos; mas o que se apressa a enriquecer não ficará impune.   
2821Fazer acepção de pessoas não é bom; mas até por um bocado de pão prevaricará o homem.   
2822Aquele que é cobiçoso corre atrás das riquezas; e não sabe que há de vir sobre ele a penúria.   
2823O que repreende a um homem achará depois mais favor do que aquele que lisonjeia com a língua.   
2824O que rouba a seu pai, ou a sua mãe, e diz: Isso não é transgressão; esse é companheiro do destruidor.   
2825O cobiçoso levanta contendas; mas o que confia no senhor prosperará.   
2826O que confia no seu próprio coração é insensato; mas o que anda sabiamente será livre.   
2827O que dá ao pobre não terá falta; mas o que esconde os seus olhos terá muitas maldições.   
2828Quando os ímpios sobem, escondem-se os homens; mas quando eles perecem, multiplicam-se os justos.   
291Aquele que, sendo muitas vezes repreendido, endurece a cerviz, será quebrantado de repente sem que haja cura.   
292Quando os justos governam, alegra-se o povo; mas quando o ímpio domina, o povo geme.   
293O que ama a sabedoria alegra a seu pai; mas o companheiro de prostitutas desperdiça a sua riqueza.   
294O rei pela justiça estabelece a terra; mas o que exige presentes a transtorna.   
295O homem que lisonjeia a seu próximo arma-lhe uma rede aos passos.   
296Na transgressão do homem mau há laço; mas o justo canta e se regozija.   
297O justo toma conhecimento da causa dos pobres; mas o ímpio não tem entendimento para a conhecer.   
298Os escarnecedores abrasam a cidade; mas os sábios desviam a ira.   
299O sábio que pleiteia com o insensato, quer este se agaste quer se ria, não terá descanso.   
2910Os homens sanguinários odeiam o íntegro; mas os retos procuram o seu bem.   
2911O tolo derrama toda a sua ira; mas o sábio a reprime e aplaca.   
2912O governador que dá atenção às palavras mentirosas achará que todos os seus servos são ímpios.   
2913O pobre e o opressor se encontram; o Senhor alumia os olhos de ambos.   
2914Se o rei julgar os pobres com eqüidade, o seu trono será estabelecido para sempre.   
2915A vara e a repreensão dão sabedoria; mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe.   
2916Quando os ímpios se multiplicam, multiplicam-se as transgressões; mas os justos verão a queda deles.   
2917Corrige a teu filho, e ele te dará descanso; sim, deleitará o teu coração.   
2918Onde não há profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei esse é bem-aventurado.   
2919O servo não se emendará com palavras; porque, ainda que entenda, não atenderá.   
2920Vês um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há para o tolo do que para ele.   
2921Aquele que cria delicadamente o seu servo desde a meninice, no fim tê-lo-á por herdeiro.   
2922O homem iracundo levanta contendas, e o furioso multiplica as transgressões.   
2923A soberba do homem o abaterá; mas o humilde de espírito obterá honra.   
2924O que é sócio do ladrão odeia a sua própria alma; sendo ajuramentado, nada denuncia.   
2925O receio do homem lhe arma laços; mas o que confia no Senhor está seguro.   
2926Muitos buscam o favor do príncipe; mas é do Senhor que o homem recebe a justiça.   
2927O ímpio é abominação para os justos; e o que é reto no seu caminho é abominação para o ímpio.   
301Palavras de Agur, filho de Jaqué de Massá. Diz o homem a Itiel, e a Ucal:   
302Na verdade que eu sou mais estúpido do que ninguém; não tenho o entendimento do homem;   
303não aprendi a sabedoria, nem tenho o conhecimento do Santo.   
304Quem subiu ao céu e desceu? quem encerrou os ventos nos seus punhos? mas amarrou as águas no seu manto? quem estabeleceu todas as extremidades da terra? qual é o seu nome, e qual é o nome de seu filho? Certamente o sabes!   
305Toda palavra de Deus é pura; ele é um escudo para os que nele confiam.   
306Nada acrescentes às suas palavras, para que ele não te repreenda e tu sejas achado mentiroso.   
307Duas coisas te peço; não mas negues, antes que morra:   
308Alonga de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza: dá-me só o pão que me é necessário;   
309para que eu de farto não te negue, e diga: Quem é o Senhor? ou, empobrecendo, não venha a furtar, e profane o nome de Deus.   
3010Não calunies o servo diante de seu senhor, para que ele não te amaldiçoe e fiques tu culpado.   
3011Há gente que amaldiçoa a seu pai, e que não bendiz a sua mãe.   
3012Há gente que é pura aos seus olhos, e contudo nunca foi lavada da sua imundícia.   
3013Há gente cujos olhos são altivos, e cujas pálpebras são levantadas para cima.   
3014Há gente cujos dentes são como espadas; e cujos queixais sao como facas, para devorarem da terra os aflitos, e os necessitados dentre os homens.   
3015A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá. Há três coisas que nunca se fartam; sim, quatro que nunca dizem: Basta;   
3016o Seol, a madre estéril, a terra que não se farta d`água, e o fogo que nunca diz: Basta.   
3017Os olhos que zombam do pai, ou desprezam a obediência à mãe, serão arrancados pelos corvos do vale e devorados pelos filhos da águia.   
3018Há três coisas que são maravilhosas demais para mim, sim, há quatro que não conheço:   
3019o caminho da águia no ar, o caminho da cobra na penha, o caminho do navio no meio do mar, e o caminho do homem com uma virgem.   
3020Tal é o caminho da mulher adúltera: ela come, e limpa a sua boca, e diz: não pratiquei iniqüidade.   
3021Por três coisas estremece a terra, sim, há quatro que não pode suportar:   
3022o escravo quando reina; o tolo quando se farta de comer;   
3023a mulher desdenhada quando se casa; e a serva quando fica herdeira da sua senhora.   
3024Quatro coisas há na terra que são pequenas, entretanto são extremamente sábias;   
3025as formigas são um povo sem força, todavia no verão preparam a sua comida;   
3026os querogrilos são um povo débil, contudo fazem a sua casa nas rochas;   
3027os gafanhotos não têm rei, contudo marcham todos enfileirados;   
3028a lagartixa apanha-se com as mãos, contudo anda nos palácios dos reis.   
3029Há três que andam com elegância, sim, quatro que se movem airosamente:   
3030o leão, que é o mais forte entre os animais, e que não se desvia diante de ninguém;   
3031o galo emproado, o bode, e o rei à frente do seu povo.   
3032Se procedeste loucamente em te elevares, ou se maquinaste o mal, põe a mão sobre a boca.   
3033Como o espremer do leite produz queijo verde, e o espremer do nariz produz sangue, assim o espremer da ira produz contenda.   
311As palavras do rei Lemuel, rei de Massá, que lhe ensinou sua mãe.   
312Que te direi, filho meu? e que te direi, ó filho do meu ventre? e que te direi, ó filho dos meus votos?   
313Não dês às mulheres a tua força, nem os teus caminhos às que destroem os reis.   
314Não é dos reis, ó Lemuel, não é dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte;   
315para que não bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de quem anda aflito.   
316Dai bebida forte ao que está para perecer, e o vinho ao que está em amargura de espírito.   
317Bebam e se esqueçam da sua pobreza, e da sua miséria não se lembrem mais.   
318Abre a tua boca a favor do mudo, a favor do direito de todos os desamparados.   
319Abre a tua boca; julga retamente, e faze justiça aos pobres e aos necessitados.   
3110Álefe. Mulher virtuosa, quem a pode achar? Pois o seu valor muito excede ao de jóias preciosas.   
3111Bete. O coração do seu marido confia nela, e não lhe haverá falta de lucro.   
3112Guímel. Ela lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida.   
3113Dálete. Ela busca lã e linho, e trabalha de boa vontade com as mãos.   
3114Hê. É como os navios do negociante; de longe traz o seu pão.   
3115Vave. E quando ainda está escuro, ela se levanta, e dá mantimento à sua casa, e a tarefa às suas servas.   
3116Zaine. Considera um campo, e compra-o; planta uma vinha com o fruto de suas maos.   
3117Hete. Cinge os seus lombos de força, e fortalece os seus braços.   
3118Tete. Prova e vê que é boa a sua mercadoria; e a sua lâmpada não se apaga de noite.   
3119Iode. Estende as mãos ao fuso, e as suas mãos pegam na roca.   
3120Cafe. Abre a mão para o pobre; sim, ao necessitado estende as suas mãos.   
3121Lâmede. Não tem medo da neve pela sua família; pois todos os da sua casa estão vestidos de escarlate.   
3122Meme. Faz para si cobertas; de linho fino e de púrpura é o seu vestido.   
3123Nune. Conhece-se o seu marido nas portas, quando se assenta entre os anciãos da terra.   
3124Sâmerue. Faz vestidos de linho, e vende-os, e entrega cintas aos mercadores.   
3125Aine. A força e a dignidade são os seus vestidos; e ri-se do tempo vindouro.   
3126Pê. Abre a sua boca com sabedoria, e o ensino da benevolência está na sua língua.   
3127Tsadê. Olha pelo governo de sua casa, e não come o pão da preguiça.   
3128Côfe. Levantam-se seus filhos, e lhe chamam bem-aventurada, como também seu marido, que a louva, dizendo:   
3129Reche. Muitas mulheres têm procedido virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas.   
3130Chine. Enganosa é a graça, e vã é a formosura; mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada.   
3131Tau. Dai-lhe do fruto das suas mãos, e louvem-na nas portas as suas obras.