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Portuguese Bible
Chapter # Verse # Verse Detail
11Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores;   
12antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite.   
13Pois será como a árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará.   
14Não são assim os ímpios, mas são semelhantes à moinha que o vento espalha.   
15Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos;   
16porque o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à ruína.   
21Por que se amotinam as nações, e os povos tramam em vão?   
22Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos conspiram contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo:   
23Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas.   
24Aquele que está sentado nos céus se rirá; o Senhor zombará deles.   
25Então lhes falará na sua ira, e no seu furor os confundirá, dizendo:   
26Eu tenho estabelecido o meu Rei sobre Sião, meu santo monte.   
27Falarei do decreto do Senhor; ele me disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei.   
28Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e as extremidades da terra por possessão.   
29Tu os quebrarás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro.   
210Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra.   
211Servi ao Senhor com temor, e regozijai-vos com tremor.   
212Beijai o Filho, para que não se ire, e pereçais no caminho; porque em breve se inflamará a sua ira. Bem-aventurados todos aqueles que nele confiam.   
31Senhor, como se têm multiplicado os meus adversários! Muitos se levantam contra mim.   
32Muitos são os que dizem de mim: Não há socorro para ele em Deus.   
33Mas tu, Senhor, és um escudo ao redor de mim, a minha glória, e aquele que exulta a minha cabeça.   
34Com a minha voz clamo ao Senhor, e ele do seu santo monte me responde.   
35Eu me deito e durmo; acordo, pois o Senhor me sustenta.   
36Não tenho medo dos dez milhares de pessoas que se puseram contra mim ao meu redor.   
37Levanta-te, Senhor! salva-me, Deus meu! pois tu feres no queixo todos os meus inimigos; quebras os dentes aos ímpios.   
38A salvação vem do Senhor; sobre o teu povo seja a tua bênção.   
41Responde-me quando eu clamar, ó Deus da minha justiça! Na angústia me deste largueza; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração.   
42Filhos dos homens, até quando convertereis a minha glória em infâmia? Até quando amareis a vaidade e buscareis a mentira?   
43Sabei que o Senhor separou para si aquele que é piedoso; o Senhor me ouve quando eu clamo a ele.   
44Irai-vos e não pequeis; consultai com o vosso coração em vosso leito, e calai-vos.   
45Oferecei sacrifícios de justiça, e confiai no Senhor.   
46Muitos dizem: Quem nos mostrará o bem? Levanta, Senhor, sobre nós a luz do teu rosto.   
47Puseste no meu coração mais alegria do que a deles no tempo em que se lhes multiplicam o trigo e o vinho.   
48Em paz me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança.   
51Dá ouvidos às minhas palavras, ó Senhor; atende aos meus gemidos.   
52Atende à voz do meu clamor, Rei meu e Deus meu, pois é a ti que oro.   
53Pela manhã ouves a minha voz, ó Senhor; pela manhã te apresento a minha oração, e vigio.   
54Porque tu não és um Deus que tenha prazer na iniqüidade, nem contigo habitará o mal.   
55Os arrogantes não subsistirão diante dos teus olhos; detestas a todos os que praticam a maldade.   
56Destróis aqueles que proferem a mentira; ao sanguinário e ao fraudulento o Senhor abomina.   
57Mas eu, pela grandeza da tua benignidade, entrarei em tua casa; e em teu temor me inclinarei para o teu santo templo.   
58Guia-me, Senhor, na tua justiça, por causa dos meus inimigos; aplana diante de mim o teu caminho.   
59Porque não há fidelidade na boca deles; as suas entranhas são verdadeiras maldades, a sua garganta é um sepulcro aberto; lisonjeiam com a sua língua.   
510Declara-os culpados, ó Deus; que caiam por seus próprios conselhos; lança-os fora por causa da multidão de suas transgressões, pois se revoltaram contra ti.   
511Mas alegrem-se todos os que confiam em ti; exultem eternamente, porquanto tu os defendes; sim, gloriem-se em ti os que amam o teu nome.   
512Pois tu, Senhor, abençoas o justo; tu o circundas do teu favor como de um escudo.   
61Senhor, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor.   
62Tem compaixão de mim, Senhor, porque sou fraco; sara-me, Senhor, porque os meus ossos estão perturbados.   
63Também a minha alma está muito perturbada; mas tu, Senhor, até quando?...   
64Volta-te, Senhor, livra a minha alma; salva-me por tua misericórdia.   
65Pois na morte não há lembrança de ti; no Seol quem te louvará?   
66Estou cansado do meu gemido; toda noite faço nadar em lágrimas a minha cama, inundo com elas o meu leito.   
67Os meus olhos estão consumidos pela mágoa, e enfraquecem por causa de todos os meus inimigos.   
68Apartai-vos de mim todos os que praticais a iniquidade; porque o Senhor já ouviu a voz do meu pranto.   
69O Senhor já ouviu a minha súplica, o Senhor aceita a minha oração.   
610Serão envergonhados e grandemente perturbados todos os meus inimigos; tornarão atrás e subitamente serão envergonhados.   
71Senhor, Deus meu, confio, salva-me de todo o que me persegue, e livra-me;   
72para que ele não me arrebate, qual leão, despedaçando-me, sem que haja quem acuda.   
73Senhor, Deus meu, se eu fiz isto, se há perversidade nas minhas mãos,   
74se paguei com o mal àquele que tinha paz comigo, ou se despojei o meu inimigo sem causa.   
75persiga-me o inimigo e alcance-me; calque aos pés a minha vida no chão, e deite no pó a minha glória.   
76Ergue-te, Senhor, na tua ira; levanta-te contra o furor dos meus inimigos; desperta-te, meu Deus, pois tens ordenado o juízo.   
77Reúna-se ao redor de ti a assembléia dos povos, e por cima dela remonta-te ao alto.   
78O Senhor julga os povos; julga-me, Senhor, de acordo com a minha justiça e conforme a integridade que há em mim.   
79Cesse a maldade dos ímpios, mas estabeleça-se o justo; pois tu, ó justo Deus, provas o coração e os rins.   
710O meu escudo está em Deus, que salva os retos de coração.   
711Deus é um juiz justo, um Deus que sente indignação todos os dias.   
712Se o homem não se arrepender, Deus afiará a sua espada; armado e teso está o seu arco;   
713já preparou armas mortíferas, fazendo suas setas inflamadas.   
714Eis que o mau está com dores de perversidade; concedeu a malvadez, e dará à luz a falsidade.   
715Abre uma cova, aprofundando-a, e cai na cova que fez.   
716A sua malvadez recairá sobre a sua cabeça, e a sua violência descerá sobre o seu crânio.   
717Eu louvarei ao Senhor segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do Senhor, o Altíssimo.   
81Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome em toda a terra, tu que puseste a tua glória dos céus!   
82Da boca das crianças e dos que mamam tu suscitaste força, por causa dos teus adversários para fazeres calar o inimigo e vingador.   
83Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que estabeleceste,   
84que é o homem, para que te lembres dele? e o filho do homem, para que o visites?   
85Contudo, pouco abaixo de Deus o fizeste; de glória e de honra o coroaste.   
86Deste-lhe domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés:   
87todas as ovelhas e bois, assim como os animais do campo,   
88as aves do céu, e os peixes do mar, tudo o que passa pelas veredas dos mares.   
89Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome em toda a terra!   
91Eu te louvarei, Senhor, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas.   
92Em ti me alegrarei e exultarei; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo;   
93porquanto os meus inimigos retrocedem, caem e perecem diante de ti.   
94Sustentaste o meu direito e a minha causa; tu te assentaste no tribunal, julgando justamente.   
95Repreendeste as nações, destruíste os ímpios; apagaste o seu nome para sempre e eternamente.   
96Os inimigos consumidos estão; perpétuas são as suas ruínas.   
97Mas o Senhor está entronizado para sempre; preparou o seu trono para exercer o juízo.   
98Ele mesmo julga o mundo com justiça; julga os povos com eqüidade.   
99O Senhor é também um alto refúgio para o oprimido, um alto refúgio em tempos de angústia.   
910Em ti confiam os que conhecem o teu nome; porque tu, Senhor, não abandonas aqueles que te buscam.   
911Cantai louvores ao Senhor, que habita em Sião; anunciai entre os povos os seus feitos.   
912Pois ele, o vingador do sangue, se lembra deles; não se esquece do clamor dos aflitos.   
913Tem misericórdia de mim, Senhor; olha a aflição que sofro daqueles que me odeiam, tu que me levantas das portas da morte.   
914para que eu conte todos os teus louvores nas portas da filha de Sião e me alegre na tua salvação.   
915Afundaram-se as nações na cova que abriram; na rede que ocultaram ficou preso o seu pé.   
916O Senhor deu-se a conhecer, executou o juízo; enlaçado ficou o ímpio nos seus próprios feitos.   
917Os ímpios irão para o Seol, sim, todas as nações que se esquecem de Deus.   
918Pois o necessitado não será esquecido para sempre, nem a esperança dos pobres será frustrada perpetuamente.   
919Levanta-te, Senhor! Não prevaleça o homem; sejam julgadas as nações na tua presença!   
920Senhor, incute-lhes temor! Que as nações saibam que não passam de meros homens!   
101Por que te conservas ao longe, Senhor? Por que te escondes em tempos de angústia?   
102Os ímpios, na sua arrogância, perseguem furiosamente o pobre; sejam eles apanhados nas ciladas que maquinaram.   
103Pois o ímpio gloria-se do desejo do seu coração, e o que é dado à rapina despreza e maldiz o Senhor.   
104Por causa do seu orgulho, o ímpio não o busca; todos os seus pensamentos são: Não há Deus.   
105Os seus caminhos são sempre prósperos; os teus juízos estão acima dele, fora da sua vista; quanto a todos os seus adversários, ele os trata com desprezo.   
106Diz em seu coração: Não serei abalado; nunca me verei na adversidade.   
107A sua boca está cheia de imprecações, de enganos e de opressão; debaixo da sua língua há malícia e iniqüidade.   
108Põe-se de emboscada nas aldeias; nos lugares ocultos mata o inocente; os seus olhos estão de espreita ao desamparado.   
109Qual leão no seu covil, está ele de emboscada num lugar oculto; está de emboscada para apanhar o pobre; apanha-o, colhendo-o na sua rede.   
1010Abaixa-se, curva-se; assim os desamparados lhe caem nas fortes garras.   
1011Diz ele em seu coração: Deus se esqueceu; cobriu o seu rosto; nunca verá isto.   
1012Levanta-te, Senhor; ó Deus, levanta a tua mão; não te esqueças dos necessitados.   
1013Por que blasfema de Deus o ímpio, dizendo no seu coração: Tu não inquirirás?   
1014Tu o viste, porque atentas para o trabalho e enfado, para o tomares na tua mão; a ti o desamparado se entrega; tu és o amparo do órfão.   
1015Quebra tu o braço do ímpio e malvado; esquadrinha a sua maldade, até que a descubras de todo.   
1016O Senhor é Rei sempre e eternamente; da sua terra perecerão as nações.   
1017Tu, Senhor, ouvirás os desejos dos mansos; confortarás o seu coração; inclinarás o teu ouvido,   
1018para fazeres justiça ao órfão e ao oprimido, a fim de que o homem, que é da terra, não mais inspire terror.   
111No Senhor confio. Como, pois, me dizeis: Foge para o monte, como um pássaro?   
112Pois eis que os ímpios armam o arco, põem a sua flecha na corda, para atirarem, às ocultas, aos retos de coração.   
113Quando os fundamentos são destruídos, que pode fazer o justo?   
114O Senhor está no seu santo templo, o trono do Senhor está nos céus; os seus olhos contemplam, as suas pálpebras provam os filhos dos homens.   
115O Senhor prova o justo e o ímpio; a sua alma odeia ao que ama a violência.   
116Sobre os ímpios fará chover brasas de fogo e enxofre; um vento abrasador será a porção do seu copo.   
117Porque o Senhor é justo; ele ama a justiça; os retos, pois, verão o seu rosto.   
121Salva-nos, Senhor, pois não existe mais o piedoso; os fiéis desapareceram dentre os filhos dos homens.   
122Cada um fala com falsidade ao seu próximo; falam com lábios lisonjeiros e coração dobre.   
123Corte o Senhor todos os lábios lisonjeiros e a língua que fala soberbamente,   
124os que dizem: Com a nossa língua prevaleceremos; os nossos lábios a nós nos pertecem; quem sobre nós é senhor?   
125Por causa da opressão dos pobres, e do gemido dos necessitados, levantar-me-ei agora, diz o Senhor; porei em segurança quem por ela suspira.   
126As palavras do Senhor são palavras puras, como prata refinada numa fornalha de barro, purificada sete vezes.   
127Guarda-nos, ó Senhor; desta geração defende-nos para sempre.   
128Os ímpios andam por toda parte, quando a vileza se exalta entre os filhos dos homens.   
131Até quando, ó Senhor, te esquecerás de mim? para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto?   
132Até quando encherei de cuidados a minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia? Até quando o meu inimigo se exaltará sobre mim?   
133Considera e responde-me, ó Senhor, Deus meu; alumia os meus olhos para que eu não durma o sono da morte;   
134para que o meu inimigo não diga: Prevaleci contra ele; e os meus adversários não se alegrem, em sendo eu abalado.   
135Mas eu confio na tua benignidade; o meu coração se regozija na tua salvação.   
136Cantarei ao Senhor, porquanto me tem feito muito bem.   
141Diz o néscio no seu coração: Não há Deus. Os homens têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras; não há quem faça o bem.   
142O Senhor olhou do céu para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento, que buscasse a Deus.   
143Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um.   
144Acaso não tem conhecimento nem sequer um dos que praticam a iniqüidade, que comem o meu povo como se comessem pão, e que não invocam o Senhor?   
145Achar-se-ão ali em grande pavor, porque Deus está na geração dos justos.   
146Vós quereis frustar o conselho dos pobres, mas o Senhor é o seu refúgio.   
147Oxalá que de Sião viesse a salvação de Israel! Quando o Senhor fizer voltar os cativos do seu povo, então se regozijará Jacó e se alegrará Israel.   
151Quem, Senhor, habitará na tua tenda? quem morará no teu santo monte?   
152Aquele que anda irrepreensivelmente e pratica a justiça, e do coração fala a verdade;   
153que não difama com a sua língua, nem faz o mal ao seu próximo, nem contra ele aceita nenhuma afronta;   
154aquele a cujos olhos o réprobo é desprezado, mas que honra os que temem ao Senhor; aquele que, embora jure com dano seu, não muda;   
155que não empresta o seu dinheiro a juros, nem recebe peitas contra o inocente. Aquele que assim procede nunca será abalado.   
161Guarda-me, ó Deus, porque em ti me refugio.   
162Digo ao Senhor: Tu és o meu Senhor; além de ti não tenho outro bem.   
163Quanto aos santos que estão na terra, eles são os ilustres nos quais está todo o meu prazer.   
164Aqueles que escolhem a outros deuses terão as suas dores multiplicadas; eu não oferecerei as suas libações de sangue, nem tomarei os seus nomes nos meus lábios.   
165Tu, Senhor, és a porção da minha herança e do meu cálice; tu és o sustentáculo do meu quinhão.   
166As sortes me caíram em lugares deliciosos; sim, coube-me uma formosa herança.   
167Bendigo ao Senhor que me aconselha; até os meus rins me ensinam de noite.   
168Tenho posto o Senhor continuamente diante de mim; porquanto ele está à minha mão direita, não serei abalado.   
169Porquanto está alegre o meu coração e se regozija a minha alma; também a minha carne habitará em segurança.   
1610Pois não deixarás a minha alma no Seol, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.   
1611Tu me farás conhecer a vereda da vida; na tua presença há plenitude de alegria; à tua mão direita há delícias perpetuamente.   
171Ouve, Senhor, a justa causa; atende ao meu clamor; dá ouvidos à minha oração, que não procede de lábios enganosos.   
172Venha de ti a minha sentença; atendam os teus olhos à eqüidade.   
173Provas-me o coração, visitas-me de noite; examinas-me e não achas iniqüidade; a minha boca não transgride.   
174Quanto às obras dos homens, pela palavra dos teus lábios eu me tenho guardado dos caminhos do homem violento.   
175Os meus passos apegaram-se às tuas veredas, não resvalaram os meus pés.   
176A ti, ó Deus, eu clamo, pois tu me ouvirás; inclina para mim os teus ouvidos, e ouve as minhas palavras.   
177Faze maravilhosas as tuas beneficências, ó Salvador dos que à tua destra se refugiam daqueles que se levantam contra eles.   
178Guarda-me como à menina do olho; esconde-me, à sombra das tuas asas,   
179dos ímpios que me despojam, dos meus inimigos mortais que me cercam.   
1710Eles fecham o seu coração; com a boca falam soberbamente.   
1711Andam agora rodeando os meus passos; fixam em mim os seus olhos para me derrubarem por terra.   
1712Parecem-se com o leão que deseja arrebatar a sua presa, e com o leãozinho que espreita em esconderijos.   
1713Levanta-te, Senhor, detém-nos, derruba-os; livra-me dos ímpios, pela tua espada,   
1714dos homens, pela tua mão, Senhor, dos homens do mundo, cujo quinhão está nesta vida. Enche-lhes o ventre da tua ira entesourada. Fartem-se dela os seus filhos, e dêem ainda os sobejos por herança aos seus pequeninos.   
1715Quanto a mim, em retidão contemplarei a tua face; eu me satisfarei com a tua semelhança quando acordar.   
181Eu te amo, ó Senhor, força minha.   
182O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo, em quem me refúgio; o meu escudo, a força da minha salvação, e o meu alto refúgio.   
183Invoco o Senhor, que é digno de louvor, e sou salvo dos meus inimigos.   
184Cordas de morte me cercaram, e torrentes de perdição me amedrontaram.   
185Cordas de Seol me cingiram, laços de morte me surpreenderam.   
186Na minha angústia invoquei o Senhor, sim, clamei ao meu Deus; do seu templo ouviu ele a minha voz; o clamor que eu lhe fiz chegou aos seus ouvidos.   
187Então a terra se abalou e tremeu, e os fundamentos dos montes também se moveram e se abalaram, porquanto ele se indignou.   
188Das suas narinas subiu fumaça, e da sua boca saiu fogo devorador; dele saíram brasas ardentes.   
189Ele abaixou os céus e desceu; trevas espessas havia debaixo de seus pés.   
1810Montou num querubim, e voou; sim, voou sobre as asas do vento.   
1811Fez das trevas o seu retiro secreto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das águas e as espessas nuvens do céu.   
1812Do resplendor da sua presença saíram, pelas suas espessas nuvens, saraiva e brasas de fogo.   
1813O Senhor trovejou a sua voz; e havia saraiva e brasas de fogo.   
1814Despediu as suas setas, e os espalhou; multiplicou raios, e os perturbou.   
1815Então foram vistos os leitos das águas, e foram descobertos os fundamentos do mundo, à tua repreensão, Senhor, ao sopro do vento das tuas narinas.   
1816Do alto estendeu o braço e me tomou; tirou-me das muitas águas.   
1817Livrou-me do meu inimigo forte e daqueles que me odiavam; pois eram mais poderosos do que eu.   
1818Surpreenderam-me eles no dia da minha calamidade, mas o Senhor foi o meu amparo.   
1819Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me, porque tinha prazer em mim.   
1820Recompensou-me o Senhor conforme a minha justiça, retribuiu-me conforme a pureza das minhas mãos.   
1821Pois tenho guardado os caminhos do Senhor, e não me apartei impiamente do meu Deus.   
1822Porque todas as suas ordenanças estão diante de mim, e nunca afastei de mim os seus estatutos.   
1823Também fui irrepreensível diante dele, e me guardei da iniqüidade.   
1824Pelo que o Senhor me recompensou conforme a minha justiça, conforme a pureza de minhas mãos perante os seus olhos.   
1825Para com o benigno te mostras benigno, e para com o homem perfeito te mostras perfeito.   
1826Para com o puro te mostras puro, e para com o perverso te mostras contrário.   
1827Porque tu livras o povo aflito, mas os olhos altivos tu os abates.   
1828Sim, tu acendes a minha candeia; o Senhor meu Deus alumia as minhas trevas.   
1829Com o teu auxílio dou numa tropa; com o meu Deus salto uma muralha.   
1830Quanto a Deus, o seu caminho é perfeito; a promessa do Senhor é provada; ele é um escudo para todos os que nele confiam.   
1831Pois, quem é Deus senão o Senhor? e quem é rochedo senão o nosso Deus?   
1832Ele é o Deus que me cinge de força e torna perfeito o meu caminho;   
1833faz os meus pés como os das corças, e me coloca em segurança nos meus lugares altos.   
1834Adestra as minhas mãos para a peleja, de sorte que os meus braços vergam um arco de bronze.   
1835Também me deste o escudo da tua salvação; a tua mão direita me sustém, e a tua clemência me engrandece.   
1836Alargas o caminho diante de mim, e os meus pés não resvalam.   
1837Persigo os meus inimigos, e os alcanço; não volto senão depois de os ter consumido.   
1838Atravesso-os, de modo que nunca mais se podem levantar; caem debaixo dos meus pés.   
1839Pois me cinges de força para a peleja; prostras debaixo de mim aqueles que contra mim se levantam.   
1840Fazes também que os meus inimigos me dêem as costas; aos que me odeiam eu os destruo.   
1841Clamam, porém não há libertador; clamam ao Senhor, mas ele não lhes responde.   
1842Então os esmiúço como o pó diante do vento; lanço-os fora como a lama das ruas.   
1843Livras-me das contendas do povo, e me fazes cabeça das nações; um povo que eu não conhecia se me sujeita.   
1844Ao ouvirem de mim, logo me obedecem; com lisonja os estrangeiros se me submetem.   
1845Os estrangeiros desfalecem e, tremendo, saem dos seus esconderijos.   
1846Vive o Senhor; bendita seja a minha rocha, e exaltado seja o Deus da minha salvação,   
1847o Deus que me dá vingança, e sujeita os povos debaixo de mim,   
1848que me livra de meus inimigos; sim, tu me exaltas sobre os que se levantam contra mim; tu me livras do homem violento.   
1849Pelo que, ó Senhor, te louvarei entre as nações, e entoarei louvores ao teu nome.   
1850Ele dá grande livramento ao seu rei, e usa de benignidade para com o seu ungido, para com Davi e sua posteridade, para sempre.   
191Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.   
192Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite.   
193Não há fala, nem palavras; não se lhes ouve a voz.   
194Por toda a terra estende-se a sua linha, e as suas palavras até os consfins do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol,   
195que é qual noivo que sai do seu tálamo, e se alegra, como um herói, a correr a sua carreira.   
196A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até a outra extremidade deles; e nada se esconde ao seu calor.   
197A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples.   
198Os preceitos do Senhor são retos, e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e alumia os olhos.   
199O temor do Senhor é limpo, e permanece para sempre; os juízos do Senhor são verdadeiros e inteiramente justos.   
1910Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o que goteja dos favos.   
1911Também por eles o teu servo é advertido; e em os guardar há grande recompensa.   
1912Quem pode discernir os próprios erros? Purifica-me tu dos que me são ocultos.   
1913Também de pecados de presunção guarda o teu servo, para que não se assenhoreiem de mim; então serei perfeito, e ficarei limpo de grande transgressão.   
1914Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu!   
201O Senhor te ouça no dia da angústia; o nome do Deus de Jacó te proteja.   
202Envie-te socorro do seu santuário, e te sustenha de Sião.   
203Lembre-se de todas as tuas ofertas, e aceite os teus holocaustos.   
204Conceda-te conforme o desejo do teu coração, e cumpra todo o teu desígnio.   
205Nós nos alegraremos pela tua salvação, e em nome do nosso Deus arvoraremos pendões; satisfaça o Senhor todas as tuas petições.   
206Agora sei que o Senhor salva o seu ungido; ele lhe responderá lá do seu santo céu, com a força salvadora da sua destra.   
207Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus.   
208Uns encurvam-se e caem, mas nós nos erguemos e ficamos de pé.   
209Salva-nos, Senhor; ouça-nos o Rei quando clamarmos.   
211Na tua força, ó Senhor, o rei se alegra; e na tua salvação quão grandemente se regozija!   
212Concedeste-lhe o desejo do seu coração, e não lhe negaste a petição dos seus lábios.   
213Pois o proveste de bênçãos excelentes; puseste-lhe na cabeça uma coroa de ouro fino.   
214Vida te pediu, e lha deste, longura de dias para sempre e eternamente.   
215Grande é a sua glória pelo teu socorro; de honra e de majestade o revestes.   
216Sim, tu o fazes para sempre abençoado; tu o enches de gozo na tua presença.   
217Pois o rei confia no Senhor; e pela bondade do Altíssimo permanecerá inabalável.   
218A tua mão alcançará todos os teus inimigos, a tua destra alcançará todos os que te odeiam.   
219Tu os farás qual fornalha ardente quando vieres; o Senhor os consumirá na sua indignação, e o fogo os devorará.   
2110A sua prole destruirás da terra, e a sua descendência dentre os filhos dos homens.   
2111Pois intentaram o mal contra ti; maquinaram um ardil, mas não prevalecerão.   
2112Porque tu os porás em fuga; contra os seus rostos assestarás o teu arco.   
2113Exalta-te, Senhor, na tua força; então cantaremos e louvaremos o teu poder.   
221Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? por que estás afastado de me auxiliar, e das palavras do meu bramido?   
222Deus meu, eu clamo de dia, porém tu não me ouves; também de noite, mas não acho sossego.   
223Contudo tu és santo, entronizado sobre os louvores de Israel.   
224Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste.   
225A ti clamaram, e foram salvos; em ti confiaram, e não foram confundidos.   
226Mas eu sou verme, e não homem; opróbrio dos homens e desprezado do povo.   
227Todos os que me vêem zombam de mim, arreganham os beiços e meneiam a cabeça, dizendo:   
228Confiou no Senhor; que ele o livre; que ele o salve, pois que nele tem prazer.   
229Mas tu és o que me tiraste da madre; o que me preservaste, estando eu ainda aos seios de minha mãe.   
2210Nos teus braços fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe.   
2211Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem acuda.   
2212Muitos touros me cercam; fortes touros de Basã me rodeiam.   
2213Abrem contra mim sua boca, como um leão que despedaça e que ruge.   
2214Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas.   
2215A minha força secou-se como um caco e a língua se me pega ao paladar; tu me puseste no pó da morte.   
2216Pois cães me rodeiam; um ajuntamento de malfeitores me cerca; transpassaram-me as mãos e os pés.   
2217Posso contar todos os meus ossos. Eles me olham e ficam a mirar-me.   
2218Repartem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica lançam sortes.   
2219Mas tu, Senhor, não te alongues de mim; força minha, apressa-te em socorrer-me.   
2220Livra-me da espada, e a minha vida do poder do cão.   
2221Salva-me da boca do leão, sim, livra-me dos chifres do boi selvagem.   
2222Então anunciarei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação.   
2223Vós, que temeis ao Senhor, louvai-o; todos vós, filhos de Jacó, glorificai-o; temei-o todos vós, descendência de Israel.   
2224Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem dele escondeu o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu.   
2225De ti vem o meu louvor na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem.   
2226Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao Senhor os que o buscam. Que o vosso coração viva eternamente!   
2227Todos os limites da terra se lembrarão e se converterão ao Senhor, e diante dele adorarão todas as famílias das nações.   
2228Porque o domínio é do Senhor, e ele reina sobre as nações.   
2229Todos os grandes da terra comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele, os que não podem reter a sua vida.   
2230A posteridade o servirá; falar-se-á do Senhor à geração vindoura.   
2231Chegarão e anunciarão a justiça dele; a um povo que há de nascer contarão o que ele fez.   
231O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.   
232Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranqüilas.   
233Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.   
234Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.   
235Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda.   
236Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias.   
241Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam.   
242Porque ele a fundou sobre os mares, e a firmou sobre os rios.   
243Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo?   
244Aquele que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.   
245Este receberá do Senhor uma bênção, e a justiça do Deus da sua salvação.   
246Tal é a geração daqueles que o buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó.   
247Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.   
248Quem é o Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na batalha.   
249Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.   
2410Quem é esse Rei da Glória? O Senhor dos exércitos; ele é o Rei da Glória.   
251A ti, Senhor, elevo a minha alma.   
252Deus meu, em ti confio; não seja eu envergonhado; não triunfem sobre mim os meus inimigos.   
253Não seja envergonhado nenhum dos que em ti esperam; envergonhados sejam os que sem causa procedem traiçoeiramente.   
254Faze-me saber os teus caminhos, Senhor; ensina-me as tuas veredas.   
255Guia-me na tua verdade, e ensina-me; pois tu és o Deus da minha salvação; por ti espero o dia todo.   
256Lembra-te, Senhor, da tua compaixão e da tua benignidade, porque elas são eternas.   
257Não te lembres dos pecado da minha mocidade, nem das minhas transgressões; mas, segundo a tua misericórdia, lembra-te de mim, pela tua bondade, ó Senhor.   
258Bom e reto é o Senhor; pelo que ensina o caminho aos pecadores.   
259Guia os mansos no que é reto, e lhes ensina o seu caminho.   
2510Todas as veredas do Senhor são misericórdia e verdade para aqueles que guardam o seu pacto e os seus testemunhos.   
2511Por amor do teu nome, Senhor, perdoa a minha iniqüidade, pois é grande.   
2512Qual é o homem que teme ao Senhor? Este lhe ensinará o caminho que deve escolher.   
2513Ele permanecerá em prosperidade, e a sua descendência herdará a terra.   
2514O conselho do Senhor é para aqueles que o temem, e ele lhes faz saber o seu pacto.   
2515Os meus olhos estão postos continuamente no Senhor, pois ele tirará do laço os meus pés.   
2516Olha para mim, e tem misericórdia de mim, porque estou desamparado e aflito.   
2517Alivia as tribulações do meu coração; tira-me das minhas angústias.   
2518Olha para a minha aflição e para a minha dor, e perdoa todos os meus pecados.   
2519Olha para os meus inimigos, porque são muitos e me odeiam com ódio cruel.   
2520Guarda a minha alma, e livra-me; não seja eu envergonhado, porque em ti me refúgio.   
2521A integridade e a retidão me protejam, porque em ti espero.   
2522Redime, ó Deus, a Israel de todas as suas angústias.   
261Julga-me, ó Senhor, pois tenho andado na minha integridade; no Senhor tenho confiado sem vacilar.   
262Examina-me, Senhor, e prova-me; esquadrinha o meu coração e a minha mente.   
263Pois a tua benignidade está diante dos meus olhos, e tenho andado na tua verdade.   
264Não me tenho assentado com homens falsos, nem associo com dissimuladores.   
265Odeio o ajuntamento de malfeitores; não me sentarei com os ímpios.   
266Lavo as minhas mãos na inocência; e assim, ó Senhor, me acerco do teu altar,   
267para fazer ouvir a voz de louvor, e contar todas as tuas maravilhas.   
268Ó Senhor, eu amo o recinto da tua casa e o lugar onde permanece a tua glória.   
269Não colhas a minha alma com a dos pecadores, nem a minha vida a dos homens sanguinolentos,   
2610em cujas mãos há malefício, e cuja destra está cheia de subornos.   
2611Quanto a mim, porém, ando na minha integridade; resgata-me e tem compaixão de mim.   
2612O meu pé está firme em terreno plano; nas congregações bendirei ao Senhor.   
271O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei?   
272Quando os malvados investiram contra mim, para comerem as minhas carnes, eles, meus adversários e meus inimigos, tropeçaram e caíram.   
273Ainda que um exército se acampe contra mim, o meu coração não temerá; ainda que a guerra se levante contra mim, conservarei a minha confiança.   
274Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e inquirir no seu templo.   
275Pois no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no recôndito do seu tabernáculo me esconderá; sobre uma rocha me elevará.   
276E agora será exaltada a minha cabeça acima dos meus inimigos que estão ao redor de mim; e no seu tabernáculo oferecerei sacrifícios de júbilo; cantarei, sim, cantarei louvores ao Senhor.   
277Ouve, ó Senhor, a minha voz quando clamo; compadece-te de mim e responde-me.   
278Quando disseste: Buscai o meu rosto; o meu coração te disse a ti: O teu rosto, Senhor, buscarei.   
279Não escondas de mim o teu rosto, não rejeites com ira o teu servo, tu que tens sido a minha ajuda. Não me enjeites nem me desampares, ó Deus da minha salvação.   
2710Se meu pai e minha mãe me abandonarem, então o Senhor me acolherá.   
2711Ensina-me, ó Senhor, o teu caminho, e guia-me por uma vereda plana, por causa dos que me espreitam.   
2712Não me entregues à vontade dos meus adversários; pois contra mim se levantaram falsas testemunhas e os que repiram violência.   
2713Creio que hei de ver a bondade do Senhor na terra dos viventes.   
2714Espera tu pelo Senhor; anima-te, e fortalece o teu coração; espera, pois, pelo Senhor.   
281A ti clamo, ó Senhor; rocha minha, não emudeças para comigo; não suceda que, calando-te a meu respeito, eu me torne semelhante aos que descem à cova.   
282Ouve a voz das minhas súplicas, quando a ti clamo, quando levanto as minhas mãos para o teu santo templo.   
283Não me arrastes juntamente com os ímpios e com os que praticam a iniqüidade, que falam de paz ao seu próximo, mas têm o mal no seu coração.   
284Retribui-lhes segundo as suas obras e segundo a malícia dos seus feitos; dá-lhes conforme o que fizeram as suas mãos; retribui-lhes o que eles merecem.   
285Porquanto eles não atentam para as obras do Senhor, nem para o que as suas mãos têm feito, ele os derrubará e não os reedificará   
286Bendito seja o Senhor, porque ouviu a voz das minhas súplicas.   
287O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele confiou o meu coração, e fui socorrido; pelo que o meu coração salta de prazer, e com o meu cântico o louvarei.   
288O Senhor é a força do seu povo; ele é a fortaleza salvadora para o seu ungido.   
289Salva o teu povo, e abençoa a tua herança; apascenta-os e exalta-os para sempre.   
291Tributai ao Senhor, ó filhos dos poderosos, tributai ao Senhor glória e força.   
292Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome; adorai o Senhor vestidos de trajes santos.   
293A voz do Senhor ouve-se sobre as águas; o Deus da glória troveja; o Senhor está sobre as muitas águas.   
294A voz do Senhor é poderosa; a voz do Senhor é cheia de majestade.   
295A voz do Senhor quebra os cedros; sim, o Senhor quebra os cedros do Líbano.   
296Ele faz o Líbano saltar como um bezerro; e Siriom, como um filhote de boi selvagem.   
297A voz do Senhor lança labaredas de fogo.   
298A voz do Senhor faz tremer o deserto; o Senhor faz tremer o deserto de Cades.   
299A voz do Senhor faz as corças dar à luz, e desnuda as florestas; e no seu templo todos dizem: Glória!   
2910O Senhor está entronizado sobre o dilúvio; o Senhor se assenta como rei, perpetuamente.   
2911O Senhor dará força ao seu povo; o Senhor abençoará o seu povo com paz.   
301Exaltar-te-ei, ó Senhor, porque tu me levantaste, e não permitiste que meus inimigos se alegrassem sobre mim.   
302Ó Senhor, Deus meu, a ti clamei, e tu me curaste.   
303Senhor, fizeste subir a minha alma do Seol, conservaste-me a vida, dentre os que descem à cova.   
304Cantai louvores ao Senhor, vós que sois seus santos, e louvai o seu santo nome.   
305Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite; pela manhã, porém, vem o cântico de júbilo.   
306Quanto a mim, dizia eu na minha prosperidade: Jamais serei abalado.   
307Tu, Senhor, pelo teu favor fizeste que a minha montanha permanecesse forte; ocultaste o teu rosto, e fiquei conturbado.   
308A ti, Senhor, clamei, e ao Senhor supliquei:   
309Que proveito haverá no meu sangue, se eu descer à cova? Porventura te louvará o pó? Anunciará ele a tua verdade?   
3010Ouve, Senhor, e tem compaixão de mim! Ó Senhor, sê o meu ajudador!   
3011Tornaste o meu pranto em regozijo, tiraste o meu cilício, e me cingiste de alegria;   
3012para que a minha alma te cante louvores, e não se cale. Senhor, Deus meu, eu te louvarei para sempre.   
311Em ti, Senhor, me refugio; nunca seja eu envergonhado; livra-me pela tua justiça!   
312Inclina para mim os teus ouvidos, livra-me depressa! Sê para mim uma rocha de refúgio, uma casa de defesa que me salve!   
313Porque tu és a minha rocha e a minha fortaleza; pelo que, por amor do teu nome, guia-me e encaminha-me.   
314Tira-me do laço que me armaram, pois tu és o meu refúgio.   
315Nas tuas mãos entrego o meu espírito; tu me remiste, ó Senhor, Deus da verdade.   
316Odeias aqueles que atentam para ídolos vãos; eu, porém, confio no Senhor.   
317Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois tens visto a minha aflição. Tens conhecido as minhas angústias,   
318e não me entregaste nas mãos do inimigo; puseste os meus pés num lugar espaçoso.   
319Tem compaixão de mim, ó Senhor, porque estou angustiado; consumidos estão de tristeza os meus olhos, a minha alma e o meu corpo.   
3110Pois a minha vida está gasta de tristeza, e os meus anos de suspiros; a minha força desfalece por causa da minha iniqüidade, e os meus ossos se consomem.   
3111Por causa de todos os meus adversários tornei-me em opróbrio, sim, sobremodo o sou para os meus vizinhos, e horror para os meus conhecidos; os que me vêem na rua fogem de mim.   
3112Sou esquecido como um morto de quem não há memória; sou como um vaso quebrado.   
3113Pois tenho ouvido a difamação de muitos, terror por todos os lados; enquanto juntamente conspiravam contra mim, maquinaram tirar-me a vida.   
3114Mas eu confio em ti, ó Senhor; e digo: Tu és o meu Deus.   
3115Os meus dias estão nas tuas mãos; livra-me das mãos dos meus inimigos e dos que me perseguem.   
3116Faze resplandecer o teu rosto sobre o teu servo; salva-me por tua bondade.   
3117Não seja eu envergonhado, ó Senhor, porque te invoco; envergonhados sejam os ímpios, emudeçam no Seol.   
3118Emudeçam os lábios mentirosos, que falam insolentemente contra o justo, com arrogância e com desprezo.   
3119Oh! quão grande é a tua bondade, que guardaste para os que te temem, a qual na presença dos filhos dos homens preparaste para aqueles que em ti se refugiam!   
3120No abrigo da tua presença tu os escondes das intrigas dos homens; em um pavilhão os ocultas da contenda das línguas.   
3121Bendito seja o Senhor, pois fez maravilhosa a sua bondade para comigo numa cidade sitiada.   
3122Eu dizia no meu espanto: Estou cortado de diante dos teus olhos; não obstante, tu ouviste as minhas súplicas quando eu a ti clamei.   
3123Amai ao Senhor, vós todos os que sois seus santos; o Senhor guarda os fiéis, e retribui abundantemente ao que usa de soberba.   
3124Esforçai-vos, e fortaleça-se o vosso coração, vós todos os que esperais no Senhor.   
321Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto.   
322Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui a iniqüidade, e em cujo espírito não há dolo.   
323Enquanto guardei silêncio, consumiram-se os meus ossos pelo meu bramido durante o dia todo.   
324Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio.   
325Confessei-te o meu pecado, e a minha iniqüidade não encobri. Disse eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a culpa do meu pecado.   
326Pelo que todo aquele é piedoso ore a ti, a tempo de te poder achar; no trasbordar de muitas águas, estas e ele não chegarão.   
327Tu és o meu esconderijo; preservas-me da angústia; de alegres cânticos de livramento me cercas.   
328Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; aconselhar-te-ei, tendo-te sob a minha vista.   
329Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio; de outra forma não se sujeitarão.   
3210O ímpio tem muitas dores, mas aquele que confia no Senhor, a misericórdia o cerca.   
3211Alegrai-vos no Senhor, e regozijai-vos, vós justos; e cantai de júbilo, todos vós que sois retos de coração.   
331Regozijai-vos no Senhor, vós justos, pois aos retos fica bem o louvor.   
332Louvai ao Senhor com harpa, cantai-lhe louvores com saltério de dez cordas.   
333Cantai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo.   
334Porque a palavra do Senhor é reta; e todas as suas obras são feitas com fidelidade.   
335Ele ama a retidão e a justiça; a terra está cheia da benignidade do Senhor.   
336Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo sopro da sua boca.   
337Ele ajunta as águas do mar como num montão; põe em tesouros os abismos.   
338Tema ao Senhor a terra toda; temam-no todos os moradores do mundo.   
339Pois ele falou, e tudo se fez; ele mandou, e logo tudo apareceu.   
3310O Senhor desfaz o conselho das nações, anula os intentos dos povos.   
3311O conselho do Senhor permanece para sempre, e os intentos do seu coração por todas as gerações.   
3312Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, o povo que ele escolheu para sua herança.   
3313O Senhor olha lá do céu; vê todos os filhos dos homens;   
3314da sua morada observa todos os moradores da terra,   
3315aquele que forma o coração de todos eles, que contempla todas as suas obras.   
3316Um rei não se salva pela multidão do seu exército; nem o homem valente se livra pela muita força.   
3317O cavalo é vã esperança para a vitória; não pode livrar ninguém pela sua grande força.   
3318Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua benignidade,   
3319para os livrar da morte, e para os conservar vivos na fome.   
3320A nossa alma espera no Senhor; ele é o nosso auxílio e o nosso escudo.   
3321Pois nele se alegra o nosso coração, porquanto temos confiado no seu santo nome.   
3322Seja a tua benignidade, Senhor, sobre nós, assim como em ti esperamos.   
341Bendirei ao Senhor em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha boca.   
342No Senhor se gloria a minha alma; ouçam-no os mansos e se alegrem.   
343Engrandeci ao Senhor comigo, e juntos exaltemos o seu nome.   
344Busquei ao Senhor, e ele me respondeu, e de todos os meus temores me livrou.   
345Olhai para ele, e sede iluminados; e os vossos rostos jamais serão confundidos.   
346Clamou este pobre, e o Senhor o ouviu, e o livrou de todas as suas angústias.   
347O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra.   
348Provai, e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia.   
349Temei ao Senhor, vós, seus santos, porque nada falta aos que o temem.   
3410Os leõezinhos necessitam e sofrem fome, mas àqueles que buscam ao Senhor, bem algum lhes faltará.   
3411Vinde, filhos, ouvi-me; eu vos ensinarei o temor do Senhor.   
3412Quem é o homem que deseja a vida, e quer longos dias para ver o bem?   
3413Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem dolosamente.   
3414Aparta-te do mal, e faze o bem: busca a paz, e segue-a.   
3415Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos ao seu clamor.   
3416A face do Senhor está contra os que fazem o mal, para desarraigar da terra a memória deles.   
3417Os justos clama, e o Senhor os ouve, e os livra de todas as suas angústias.   
3418Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito.   
3419Muitas são as aflições do justo, mas de todas elas o Senhor o livra.   
3420Ele lhe preserva todos os ossos; nem sequer um deles se quebra.   
3421A malícia matará o ímpio, e os que odeiam o justo serão condenados.   
3422O Senhor resgata a alma dos seus servos, e nenhum dos que nele se refugiam será condenado.   
351Contende, Senhor, com aqueles que contendem comigo; combate contra os que me combatem.   
352Pega do escudo e do pavês, e levanta-te em meu socorro.   
353Tira da lança e do dardo contra os que me perseguem. Dize à minha alma: Eu sou a tua salvação.   
354Sejam envergonhados e confundidos os que buscam a minha vida; voltem atrás e se confudam os que contra mim intentam o mal.   
355Sejam como a moinha diante do vento, e o anjo do Senhor os faça fugir.   
356Seja o seu caminho tenebroso e escorregadio, e o anjo do Senhor os persiga.   
357Pois sem causa me armaram ocultamente um laço; sem razão cavaram uma cova para a minha vida.   
358Sobrevenha-lhes inesperadamente a destruição, e prenda-os o laço que ocultaram; caiam eles nessa mesma destruição.   
359Então minha alma se regozijará no Senhor; exultará na sua salvação.   
3510Todos os meus ossos dirão: Ó Senhor, quem é como tu, que livras o fraco daquele que é mais forte do que ele? sim, o pobre e o necessitado, daquele que o rouba.   
3511Levantam-se testemunhas maliciosas; interrogam-me sobre coisas que eu ignoro.   
3512Tornam-me o mal pelo bem, causando-me luto na alma.   
3513Mas, quanto a mim, estando eles enfermos, vestia-me de cilício, humilhava-me com o jejum, e orava de cabeça sobre o peito.   
3514Portava-me como o faria por meu amigo ou meu irmão; eu andava encurvado e lamentando-me, como quem chora por sua mãe.   
3515Mas, quando eu tropeçava, eles se alegravam e se congregavam; congregavam-se contra mim, homens miseráveis que eu não conhecia; difamavam-me sem cessar.   
3516Como hipócritas zombadores nas festas, rangiam os dentes contra mim.   
3517Ó Senhor, até quando contemplarás isto? Livra-me das suas violências; salva a minha vida dos leões!   
3518Então te darei graças na grande assembléia; entre muitíssimo povo te louvarei.   
3519Não se alegrem sobre mim os que são meus inimigos sem razão, nem pisquem os olhos aqueles que me odeiam sem causa.   
3520Pois não falaram de paz, antes inventam contra os quietos da terra palavras enganosas.   
3521Escancararam contra mim a sua boca, e dizem: Ah! Ah! os nossos olhos o viram.   
3522Tu, Senhor, o viste, não te cales; Senhor, não te alongues de mim.   
3523Acorda e desperta para o meu julgamento, para a minha causa, Deus meu, e Senhor meu.   
3524Justifica-me segundo a tua justiça, Senhor Deus meu, e não se regozijem eles sobre mim.   
3525Não digam em seu coração: Eia! cumpriu-se o nosso desejo! Não digam: Nós o havemos devorado.   
3526Envergonhem-se e confundam-se à uma os que se alegram com o meu mal; vistam-se de vergonha e de confusão os que se engrandecem contra mim.   
3527Bradem de júbilo e se alegrem os que desejam a minha justificação, e digam a minha justificação, e digam continuamente: Seja engrandecido o Senhor, que se deleita na prosperidade do seu servo.   
3528Então a minha língua falará da tua justiça e do teu louvor o dia todo.   
361A transgressão fala ao ímpio no íntimo do seu coração; não há temor de Deus perante os seus olhos.   
362Porque em seus próprios olhos se lisonjeia, cuidando que a sua iniqüidade não será descoberta e detestada.   
363As palavras da sua boca são malícia e engano; deixou de ser prudente e de fazer o bem.   
364Maquina o mal na sua cama; põe-se em caminho que não é bom; não odeia o mal.   
365A tua benignidade, Senhor, chega até os céus, e a tua fidelidade até as nuvens.   
366A tua justiça é como os montes de Deus, os teus juízos são como o abismo profundo. Tu, Senhor, preservas os homens e os animais.   
367Quão preciosa é, ó Deus, a tua benignidade! Os filhos dos homens se refugiam à sombra das tuas asas.   
368Eles se fartarão da gordura da tua casa, e os farás beber da corrente das tuas delícias;   
369pois em ti está o manancial da vida; na tua luz vemos a luz.   
3610Continua a tua benignidade aos que te conhecem, e a tua justiça aos retos de coração.   
3611Não venha sobre mim o pé da soberba, e não me mova a mão dos ímpios.   
3612Ali caídos estão os que praticavam a iniqüidade; estão derrubados, e não se podem levantar.   
371Não te enfades por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniqüidade.   
372Pois em breve murcharão como a relva, e secarão como a erva verde.   
373Confia no Senhor e faze o bem; assim habitarás na terra, e te alimentarás em segurança.   
374Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração.   
375Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará.   
376E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu direito como o meio-dia.   
377Descansa no Senhor, e espera nele; não te enfades por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que executa maus desígnios.   
378Deixa a ira, e abandona o furor; não te enfades, pois isso só leva à prática do mal.   
379Porque os malfeitores serão exterminados, mas aqueles que esperam no Senhor herdarão a terra.   
3710Pois ainda um pouco, e o ímpio não existirá; atentarás para o seu lugar, e ele ali não estará.   
3711Mas os mansos herdarão a terra, e se deleitarão na abundância de paz.   
3712O ímpio maquina contra o justo, e contra ele range os dentes,   
3713mas o Senhor se ri do ímpio, pois vê que vem chegando o seu dia.   
3714Os ímpios têm puxado da espada e têm entesado o arco, para derrubarem o poder e necessitado, e para matarem os que são retos no seu caminho.   
3715Mas a sua espada lhes entrará no coração, e os seus arcos quebrados.   
3716Mais vale o pouco que o justo tem, do que as riquezas de muitos ímpios.   
3717Pois os braços dos ímpios serão quebrados, mas o Senhor sustém os justos.   
3718O Senhor conhece os dias dos íntegros, e a herança deles permanecerá para sempre.   
3719Não serão envergonhados no dia do mal, e nos dias da fome se fartarão.   
3720Mas os ímpios perecerão, e os inimigos do Senhor serão como a beleza das pastagens; desaparecerão, em fumaça se desfarão.   
3721O ímpio toma emprestado, e não paga; mas o justo se compadece e dá.   
3722Pois aqueles que são abençoados pelo Senhor herdarão a terra, mas aqueles que são por ele amaldiçoados serão exterminados.   
3723Confirmados pelo Senhor são os passos do homem em cujo caminho ele se deleita;   
3724ainda que caia, não ficará prostrado, pois o Senhor lhe segura a mão.   
3725Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão.   
3726Ele é sempre generoso, e empresta, e a sua descendência é abençoada.   
3727Aparta-te do mal e faze o bem; e terás morada permanente.   
3728Pois o Senhor ama a justiça e não desampara os seus santos. Eles serão preservados para sempre, mas a descendência dos ímpios será exterminada.   
3729Os justos herdarão a terra e nela habitarão para sempre.   
3730A boca do justo profere sabedoria; a sua língua fala o que é reto.   
3731A lei do seu Deus está em seu coração; não resvalarão os seus passos.   
3732O ímpio espreita o justo, e procura matá-lo.   
3733O Senhor não o deixará nas mãos dele, nem o condenará quando for julgado.   
3734Espera no Senhor, e segue o seu caminho, e ele te exaltará para herdares a terra; tu o verás quando os ímpios forem exterminados.   
3735Vi um ímpio cheio de prepotência, e a espalhar-se como a árvore verde na terra natal.   
3736Mas eu passei, e ele já não era; procurei-o, mas não pôde ser encontrado.   
3737Nota o homem íntegro, e considera o reto, porque há para o homem de paz um porvir feliz.   
3738Quanto aos transgressores, serão à uma destruídos, e a posteridade dos ímpios será exterminada.   
3739Mas a salvação dos justos vem do Senhor; ele é a sua fortaleza no tempo da angústia.   
3740E o Senhor os ajuda e os livra; ele os livra dos ímpios e os salva, porquanto nele se refugiam.   
381Ó Senhor, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor.   
382Porque as tuas flechas se cravaram em mim, e sobre mim a tua mão pesou.   
383Não há coisa sã na minha carne, por causa da tua cólera; nem há saúde nos meus ossos, por causa do meu pecado.   
384Pois já as minhas iniqüidades submergem a minha cabeça; como carga pesada excedem as minhas forças.   
385As minhas chagas se tornam fétidas e purulentas, por causa da minha loucura.   
386Estou encurvado, estou muito abatido, ando lamentando o dia todo.   
387Pois os meus lombos estão cheios de ardor, e não há coisa sã na minha carne.   
388Estou gasto e muito esmagado; dou rugidos por causa do desassossego do meu coração.   
389Senhor, diante de ti está todo o meu desejo, e o meu suspirar não te é oculto.   
3810O meu coração está agitado; a minha força me falta; quanto à luz dos meus olhos, até essa me deixou.   
3811Os meus amigos e os meus companheiros afastaram-se da minha chaga; e os meus parentes se põem à distância.   
3812Também os que buscam a minha vida me armam laços, e os que procuram o meu mal dizem coisas perniciosas,   
3813Mas eu, como um surdo, não ouço; e sou qual um mudo que não abre a boca.   
3814Assim eu sou como homem que não ouve, e em cuja boca há com que replicar.   
3815Mas por ti, Senhor, espero; tu, Senhor meu Deus, responderás.   
3816Rogo, pois: Ouve-me, para que eles não se regozijem sobre mim e não se engrandeçam contra mim quando resvala o meu pé.   
3817Pois estou prestes a tropeçar; a minha dor está sempre comigo.   
3818Confesso a minha iniqüidade; entristeço-me por causa do meu pecado.   
3819Mas os meus inimigos são cheios de vida e são fortes, e muitos são os que sem causa me odeiam.   
3820Os que tornam o mal pelo bem são meus adversários, porque eu sigo o que é bom.   
3821Não me desampares, ó Senhor; Deus meu, não te alongues de mim.   
3822Apressa-te em meu auxílio, Senhor, minha salvação.   
391Disse eu: Guardarei os meus caminhos para não pecar com a minha língua; guardarei a minha boca com uma mordaça, enquanto o ímpio estiver diante de mim.   
392Com silêncio fiquei qual um mundo; calava-me mesmo acerca do bem; mas a minha dor se agravou.   
393Escandesceu-se dentro de mim o meu coração; enquanto eu meditava acendeu-se o fogo; então com a minha língua, dizendo;   
394Faze-me conhecer, ó Senhor, o meu fim, e qual a medida dos meus dias, para que eu saiba quão frágil sou.   
395Eis que mediste os meus dias a palmos; o tempo da minha vida é como que nada diante de ti. Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é totalmente vaidade.   
396Na verdade, todo homem anda qual uma sombra; na verdade, em vão se inquieta, amontoa riquezas, e não sabe quem as levará.   
397Agora, pois, Senhor, que espero eu? a minha esperança está em ti.   
398Livra-me de todas as minhas transgressões; não me faças o opróbrio do insensato.   
399Emudecido estou, não abro a minha boca; pois tu és que agiste,   
3910Tira de sobre mim o teu flagelo; estou desfalecido pelo golpe da tua mão.   
3911Quando com repreensões castigas o homem por causa da iniquidade, destróis, como traça, o que ele tem de precioso; na verdade todo homem é vaidade.   
3912Ouve, Senhor, a minha oração, e inclina os teus ouvidos ao meu clamor; não te cales perante as minhas lágrimas, porque sou para contigo como um estranho, um peregrino como todos os meus pais.   
3913Desvia de mim o teu olhar, para que eu tome alento, antes que me vá e não exista mais.   
401Esperei com paciência pelo Senhor, e ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor.   
402Também me tirou duma cova de destruição, dum charco de lodo; pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos.   
403Pôs na minha boca um cântico novo, um hino ao nosso Deus; muitos verão isso e temerão, e confiarão no Senhor.   
404Bem-aventurado o homem que faz do Senhor a sua confiança, e que não atenta para os soberbos nem para os apóstatas mentirosos.   
405Muitas são, Senhor, Deus meu, as maravilhas que tens operado e os teus pensamentos para conosco; ninguém há que se possa comparar a ti; eu quisera anunciá-los, e manifestá-los, mas são mais do que se podem contar.   
406Sacrifício e oferta não desejas; abriste-me os ouvidos; holocauto e oferta de expiação pelo pecado não reclamaste.   
407Então disse eu: Eis aqui venho; no rolo do livro está escrito a meu respeito:   
408Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração.   
409Tenho proclamado boas-novas de justiça na grande congregação; eis que não retive os meus lábios;   
4010Não ocultei dentro do meu coração a tua justiça; apregoei a tua fidelidade e a tua salvação; não escondi da grande congregação a tua benignidade e a tua verdade.   
4011Não detenhas para comigo, Senhor a tua compaixão; a tua benignidade e a tua fidelidade sempre me guardem.   
4012Pois males sem número me têm rodeado; as minhas iniqüidades me têm alcançado, de modo que não posso ver; são mais numerosas do que os cabelos da minha cabeça, pelo que desfalece o meu coração.   
4013Digna-te, Senhor, livra-me; Senhor, apressa-te em meu auxílio.   
4014Sejam à uma envergonhados e confundidos os que buscam a minha vida para destruí-la; tornem atrás e confundam-se os que me desejam o mal.   
4015Desolados sejam em razão da sua afronta os que me dizem: Ah! Ah!   
4016Regozijem-se e alegrem-se em ti todos os que te buscam. Digam continuamente os que amam a tua salvação: Engrandecido seja o Senhor.   
4017Eu, na verdade, sou pobre e necessitado, mas o Senhor cuida de mim. Tu és o meu auxílio e o meu libertador; não te detenhas, ó Deus meu.   
411Bem-aventurado é aquele que considera o pobre; o Senhor o livrará no dia do mal.   
412O Senhor o guardará, e o conservará em vida; será abençoado na terra; tu, Senhor não o entregarás à vontade dos seus inimigos.   
413O Senhor o sustentará no leito da enfermidade; tu lhe amaciarás a cama na sua doença.   
414Disse eu da minha parte: Senhor, compadece-te de mim, sara a minha alma, pois pequei contra ti.   
415Os meus inimigos falam mal de mim, dizendo: Quando morrerá ele, e perecerá o seu nome?   
416E, se algum deles vem ver-me, diz falsidades; no seu coração amontoa a maldade; e quando ele sai, é disso que fala.   
417Todos os que me odeiam cochicham entre si contra mim; contra mim maquinam o mal, dizendo:   
418Alguma coisa ruim se lhe apega; e agora que está deitado, não se levantará mais.   
419Até o meu próprio amigo íntimo em quem eu tanto confiava, e que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar.   
4110Mas tu, Senhor, compadece-te de mim e levanta-me, para que eu lhes retribua.   
4111Por isso conheço eu que te deleitas em mim, por não triunfar de mim o meu inimigo   
4112Quanto a mim, tu me sustentas na minha integridade, e me colocas diante da tua face para sempre.   
4113Bendito seja o Senhor Deus de Israel de eternidade a eternidade. Amém e amém.   
421Como o cervo anseia pelas correntes das águas, assim a minha alma anseia por ti, ó Deus!   
422A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e verei a face de Deus?   
423As minhas lágrimas têm sido o meu alimento de dia e de noite, porquanto se me diz constantemente: Onde está o teu Deus?   
424Dentro de mim derramo a minha alma ao lembrar-me de como eu ia com a multidão, guiando-a em procissão à casa de Deus, com brados de júbilo e louvor, uma multidão que festejava.   
425Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação que há na sua presença.   
426Ó Deus meu, dentro de mim a minha alma está abatida; porquanto me lembrarei de ti desde a terra do Jordão, e desde o Hermom, desde o monte Mizar.   
427Um abismo chama outro abismo ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas tuas ondas e vagas têm passado sobre mim.   
428Contudo, de dia o Senhor ordena a sua bondade, e de noite a sua canção está comigo, uma oração ao Deus da minha vida.   
429A Deus, a minha rocha, digo: Por que te esqueceste de mim? por que ando em pranto por causa da opressão do inimigo?   
4210Como com ferida mortal nos meus ossos me afrontam os meus adversários, dizendo-me continuamente: Onde está o teu Deus?   
4211Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele que é o meu socorro, e o meu Deus.   
431Faze-me justiça, ó Deus, e pleiteia a minha causa contra uma nação ímpia; livra-me do homem fraudulento e iníquo.   
432Pois tu és o Deus da minha fortaleza; por que me rejeitaste? por que ando em pranto por causa da opressão do inimigo?   
433Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem; levem-me elas ao teu santo monte, e à tua habitação.   
434Então irei ao altar de Deus, a Deus, que é a minha grande alegria; e ao som da harpa te louvarei, ó Deus, Deus meu.   
435Por que estás abatida, ó minha alma? e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele que é o meu socorro, e o meu Deus.   
441Ó Deus, nós ouvimos com os nossos ouvidos, nossos pais nos têm contado os feitos que realizaste em seus dias, nos tempos da antigüidade.   
442Tu expeliste as nações com a tua mão, mas a eles plantaste; afligiste os povos, mas a eles estendes-te largamente.   
443Pois não foi pela sua espada que conquistaram a terra, nem foi o seu braço que os salvou, mas a tua destra e o teu braço, e a luz do teu rosto, porquanto te agradaste deles.   
444Tu és o meu Rei, ó Deus; ordena livramento para Jacó.   
445Por ti derrubamos os nossos adversários; pelo teu nome pisamos os que se levantam contra nós.   
446Pois não confio no meu arco, nem a minha espada me pode salvar.   
447Mas tu nos salvaste dos nossos adversários, e confundiste os que nos odeiam.   
448Em Deus é que nos temos gloriado o dia todo, e sempre louvaremos o teu nome.   
449Mas agora nos rejeitaste e nos humilhaste, e não sais com os nossos exércitos.   
4410Fizeste-nos voltar as costas ao inimigo e aqueles que nos odeiam nos despojam à vontade.   
4411Entregaste-nos como ovelhas para alimento, e nos espalhaste entre as nações.   
4412Vendeste por nada o teu povo, e não lucraste com o seu preço.   
4413Puseste-nos por opróbrio aos nossos vizinhos, por escárnio e zombaria àqueles que estão à roda de nós.   
4414Puseste-nos por provérbio entre as nações, por ludíbrio entre os povos.   
4415A minha ignomínia está sempre diante de mim, e a vergonha do meu rosto me cobre,   
4416à voz daquele que afronta e blasfema, à vista do inimigo e do vingador.   
4417Tudo isto nos sobreveio; todavia não nos esquecemos de ti, nem nos houvemos falsamente contra o teu pacto.   
4418O nosso coração não voltou atrás, nem os nossos passos se desviaram das tuas veredas,   
4419para nos teres esmagado onde habitam os chacais, e nos teres coberto de trevas profundas.   
4420Se nos tivéssemos esquecido do nome do nosso Deus, e estendido as nossas mãos para um deus estranho,   
4421porventura Deus não haveria de esquadrinhar isso? pois ele conhece os segredos do coração.   
4422Mas por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; somos considerados como ovelhas para o matadouro.   
4423Desperta! por que dormes, Senhor? Acorda! não nos rejeites para sempre.   
4424Por que escondes o teu rosto, e te esqueces da nossa tribulação e da nossa angústia?   
4425Pois a nossa alma está abatida até o pó; o nosso corpo pegado ao chão.   
4426Levanta-te em nosso auxílio, e resgata-nos por tua benignidade.   
451O meu coração trasborda de boas palavras; dirijo os meus versos ao rei; a minha língua é qual pena de um hábil escriba.   
452Tu és o mais formoso dos filhos dos homens; a graça se derramou nos teus lábios; por isso Deus te abençoou para sempre.   
453Cinge a tua espada à coxa, ó valente, na tua glória e majestade.   
454E em tua majestade cavalga vitoriosamente pela causa da verdade, da mansidão e da justiça, e a tua destra te ensina coisas terríveis.   
455As tuas flechas são agudas no coração dos inimigos do rei; os povos caem debaixo de ti.   
456O teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos; cetro de eqüidade é o cetro do teu reino.   
457Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros.   
458Todas as tuas vestes cheiram a mirra a aloés e a cássia; dos palácios de marfim os instrumentos de cordas e te alegram.   
459Filhas de reis estão entre as tuas ilustres donzelas; à tua mão direita está a rainha, ornada de ouro de Ofir.   
4510Ouve, filha, e olha, e inclina teus ouvidos; esquece-te do teu povo e da casa de teu pai.   
4511Então o rei se afeiçoará à tua formosura. Ele é teu senhor, presta-lhe, pois, homenagem.   
4512A filha de Tiro estará ali com presentes; os ricos do povo suplicarão o teu favor.   
4513A filha do rei está esplendente lá dentro do palácio; as suas vestes são entretecidas de ouro.   
4514Em vestidos de cores brilhantes será conduzida ao rei; as virgens, suas companheiras que a seguem, serão trazidas à tua presença.   
4515Com alegria e regozijo serão trazidas; elas entrarão no palácio do rei.   
4516Em lugar de teus pais estarão teus filhos; tu os farás príncipes sobre toda a terra.   
4517Farei lembrado o teu nome de geração em geração; pelo que os povos te louvarão eternamente.   
461Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.   
462Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares;   
463ainda que as águas rujam e espumem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza.   
464Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o lugar santo das moradas do Altíssimo.   
465Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará desde o raiar da alva.   
466Bramam nações, reinos se abalam; ele levanta a sua voz, e a terra se derrete.   
467O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.   
468Vinde contemplai as obras do Senhor, as desolações que tem feito na terra.   
469Ele faz cessar as guerras até os confins da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo.   
4610Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra.   
4611O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.   
471Batei palmas, todos os povos; aclamai a Deus com voz de júbilo.   
472Porque o Senhor Altíssimo é tremendo; é grande Rei sobre toda a terra.   
473Ele nos sujeitou povos e nações sob os nossos pés.   
474Escolheu para nós a nossa herança, a glória de Jacó, a quem amou.   
475Deus subiu entre aplausos, o Senhor subiu ao som de trombeta.   
476Cantai louvores a Deus, cantai louvores; cantai louvores ao nosso Rei, cantai louvores.   
477Pois Deus é o Rei de toda a terra; cantai louvores com salmo.   
478Deus reina sobre as nações; Deus está sentado sobre o seu santo trono.   
479Os príncipes dos povos se reúnem como povo do Deus de Abraão, porque a Deus pertencem os escudos da terra; ele é sumamente exaltado.   
481Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus, no seu monte santo.   
482De bela e alta situação, alegria de toda terra é o monte Sião aos lados do norte, a cidade do grande Rei.   
483Nos palácios dela Deus se fez conhecer como alto refúgio.   
484Pois eis que os reis conspiraram; juntos vieram chegando.   
485Viram-na, e então ficaram maravilhados; ficaram assombrados e se apressaram em fugir.   
486Aí se apoderou deles o tremor, sentiram dores como as de uma parturiente.   
487Com um vento oriental quebraste as naus de Társis.   
488Como temos ouvido, assim vimos na cidade do Senhor dos exércitos, na cidade do nosso Deus; Deus a estabelece para sempre.   
489Temos meditado, ó Deus, na tua benignidade no meio do teu templo.   
4810Como é o teu nome, ó Deus, assim é o teu louvor até os confins da terra; de retidão está cheia a tua destra.   
4811Alegre-se o monte Sião, regozijem-se as filhas de Judá, por causa dos teus juízos.   
4812Dai voltas a Sião, ide ao redor dela; contai as suas torres.   
4813Notai bem os seus antemuros, percorrei os seus palácios, para que tudo narreis à geração seguinte.   
4814Porque este Deus é o nosso Deus para todo o sempre; ele será nosso guia até a morte.   
491Ouvi isto, vós todos os povos; inclinai os ouvidos, todos os habitantes do mundo,   
492quer humildes quer grandes, tanto ricos como pobres.   
493A minha boca falará a sabedoria, e a meditação do meu coração será de entendimento.   
494Inclinarei os meus ouvidos a uma parábola; decifrarei o meu enigma ao som da harpa.   
495Por que temeria eu nos dias da adversidade, ao cercar-me a iniqüidade dos meus perseguidores,   
496dos que confiam nos seus bens e se gloriam na multidão das suas riquezas?   
497Nenhum deles de modo algum pode remir a seu irmão, nem por ele dar um resgate a Deus,   
498(pois a redenção da sua vida é caríssima, de sorte que os seus recursos não dariam;)   
499para que continuasse a viver para sempre, e não visse a cova.   
4910Sim, ele verá que até os sábios morrem, que perecem igualmente o néscio e o estúpido, e deixam a outros os seus bens.   
4911O pensamento íntimo deles é que as suas casas são perpétuas e as suas habitações de geração em geração; dão às suas terras os seus próprios nomes.   
4912Mas o homem, embora esteja em honra, não permanece; antes é como os animais que perecem.   
4913Este é o destino dos que confiam em si mesmos; o fim dos que se satisfazem com as suas próprias palavras.   
4914Como ovelhas são arrebanhados ao Seol; a morte os pastoreia; ao romper do dia os retos terão domínio sobre eles; e a sua formosura se consumirá no Seol, que lhes será por habitação.   
4915Mas Deus remirá a minha alma do poder do Seol, pois me receberá.   
4916Não temas quando alguém se enriquece, quando a glória da sua casa aumenta.   
4917Pois, quando morrer, nada levará consigo; a sua glória não descerá após ele.   
4918Ainda que ele, enquanto vivo, se considera feliz e os homens o louvam quando faz o bem a si mesmo,   
4919ele irá ter com a geração de seus pais; eles nunca mais verão a luz   
4920Mas o homem, embora esteja em honra, não permanece; antes é como os animais que perecem.   
501O Poderoso, o Senhor Deus, fala e convoca a terra desde o nascer do sol até o seu ocaso.   
502Desde Sião, a perfeição da formosura. Deus resplandece.   
503O nosso Deus vem, e não guarda silêncio; diante dele há um fogo devorador, e grande tormenta ao seu redor.   
504Ele intima os altos céus e a terra, para o julgamento do seu povo:   
505Congregai os meus santos, aqueles que fizeram comigo um pacto por meio de sacrifícios.   
506Os céus proclamam a justiça dele, pois Deus mesmo é Juiz.   
507Ouve, povo meu, e eu falarei; ouve, ó Israel, e eu te protestarei: Eu sou Deus, o teu Deus.   
508Não te repreendo pelos teus sacrifícios, pois os teus holocaustos estão de contínuo perante mim.   
509Da tua casa não aceitarei novilho, nem bodes dos teus currais.   
5010Porque meu é todo animal da selva, e o gado sobre milhares de outeiros.   
5011Conheço todas as aves dos montes, e tudo o que se move no campo é meu.   
5012Se eu tivesse fome, não to diria pois meu é o mundo e a sua plenitude.   
5013Comerei eu carne de touros? ou beberei sangue de bodes?   
5014Oferece a Deus por sacrifício ações de graças, e paga ao Altíssimo os teus votos;   
5015e invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.   
5016Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitares os meus estatutos, e em tomares o meu pacto na tua boca,   
5017visto que aborreces a correção, e lanças as minhas palavras para trás de ti?   
5018Quando vês um ladrão, tu te comprazes nele; e tens parte com os adúlteros.   
5019Soltas a tua boca para o mal, e a tua língua trama enganos.   
5020Tu te sentas a falar contra teu irmão; difamas o filho de tua mãe.   
5021Estas coisas tens feito, e eu me calei; pensavas que na verdade eu era como tu; mas eu te argüirei, e tudo te porei à vista.   
5022Considerai pois isto, vós que vos esqueceis de Deus, para que eu não vos despedace, sem que haja quem vos livre.   
5023Aquele que oferece por sacrifício ações de graças me glorifica; e àquele que bem ordena o seu caminho eu mostrarei a salvação de Deus.   
511Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas tansgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.   
512Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado.   
513Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.   
514Contra ti, contra ti somente, pequei, e fiz o que é mau diante dos teus olhos; de sorte que és justificado em falares, e inculpável em julgares.   
515Eis que eu nasci em iniqüidade, e em pecado me concedeu minha mãe.   
516Eis que desejas que a verdade esteja no íntimo; faze-me, pois, conhecer a sabedoria no secreto da minha alma.   
517Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve.   
518Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que se regozijem os ossos que esmagaste.   
519Esconde o teu rosto dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniqüidades.   
5110Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito estável.   
5111Não me lances fora da tua presença, e não retire de mim o teu santo Espírito.   
5112Restitui-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário.   
5113Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e pecadores se converterão a ti.   
5114Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua cantará alegremente a tua justiça.   
5115Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca proclamará o teu louvor.   
5116Pois tu não te comprazes em sacrifícios; se eu te oferecesse holocaustos, tu não te deleitarias.   
5117O sacrifício aceitável a Deus é o espírito quebrantado; ao coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.   
5118Faze o bem a Sião, segundo a tua boa vontade; edifica os muros de Jerusalém.   
5119Então te agradarás de sacrifícios de justiça dos holocaustos e das ofertas queimadas; então serão oferecidos novilhos sobre o teu altar.   
521Por que te glorias na malícia, ó homem poderoso? pois a bondade de Deus subsiste em todo o tempo.   
522A tua língua maquina planos de destruição, como uma navalha afiada, ó tu que usas de dolo.   
523Tu amas antes o mal do que o bem, e o mentir do que o falar a verdade.   
524Amas todas as palavras devoradoras, ó língua fraudulenta.   
525Também Deus te esmagará para sempre; arrebatar-te-á e arrancar-te-á da tua habitação, e desarraigar-te-á da terra dos viventes.   
526Os justos o verão e temerão; e se rirão dele, dizendo:   
527Eis aqui o homem que não tomou a Deus por sua fortaleza; antes confiava na abundância das suas riquezas, e se fortalecia na sua perversidade.   
528Mas eu sou qual oliveira verde na casa de Deus; confio na bondade de Deus para sempre e eternamente.   
529Para sempre te louvarei, porque tu isso fizeste, e proclamarei o teu nome, porque é bom diante de teus santos.   
531Diz o néscio no seu coração: Não há Deus. Corromperam-se e cometeram abominável iniqüidade; não há quem faça o bem.   
532Deus olha lá dos céus para os filhos dos homens, para ver se há algum que tenha entendimento, que busque a Deus.   
533Desviaram-se todos, e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um.   
534Acaso não têm conhecimento os que praticam a iniqüidade, os quais comem o meu povo como se comessem pão, e não invocam a Deus?   
535Eis que eles se acham em grande pavor onde não há motivo de pavor, porque Deus espalhará os ossos daqueles que se acampam contra ti; tu os confundirás, porque Deus os rejeitou.   
536Oxalá que de Sião viesse a salvação de Israel! Quando Deus fizer voltar os cativos do seu povo, então se regozijará Jacó e se alegrará Israel.   
541Salva-me, ó Deus, pelo teu nome, e faze-me justiça pelo teu poder.   
542Ó Deus, ouve a minha oração, dá ouvidos às palavras da minha boca.   
543Porque homens insolentes se levantam contra mim, e violentos procuram a minha vida; eles não põem a Deus diante de si.   
544Eis que Deus é o meu ajudador; o Senhor é quem sustenta a minha vida.   
545Faze recair o mal sobre os meus inimigos; destrói-os por tua verdade.   
546De livre vontade te oferecerei sacrifícios; louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom.   
547Porque tu me livraste de toda a angústia; e os meus olhos viram a ruína dos meus inimigos.   
551Dá ouvidos, ó Deus, à minha oração, e não te escondas da minha súplica.   
552Atende-me, e ouve-me; agitado estou, e ando perplexo,   
553por causa do clamor do inimigo e da opressão do ímpio; pois lançam sobre mim iniqüidade, e com furor me perseguem.   
554O meu coração confrange-se dentro de mim, e terrores de morte sobre mim caíram.   
555Temor e tremor me sobrevêm, e o horror me envolveu.   
556Pelo que eu disse: Ah! quem me dera asas como de pomba! então voaria, e encontraria descanso.   
557Eis que eu fugiria para longe, e pernoitaria no deserto.   
558Apressar-me-ia a abrigar-me da fúria do vento e da tempestade.   
559Destrói, Senhor, confunde as suas línguas, pois vejo violência e contenda na cidade.   
5510Dia e noite andam ao redor dela, sobre os seus muros; também iniqüidade e malícia estão no meio dela.   
5511Há destruição lá dentro; opressão e fraude não se apartam das suas ruas.   
5512Pois não é um inimigo que me afronta, então eu poderia suportá-lo; nem é um adversário que se exalta contra mim, porque dele poderia esconder-me;   
5513mas és tu, homem meu igual, meu companheiro e meu amigo íntimo.   
5514Conservávamos juntos tranqüilamente, e em companhia andávamos na casa de Deus.   
5515A morte os assalte, e vivos desçam ao Seol; porque há maldade na sua morada, no seu próprio íntimo.   
5516Mas eu invocarei a Deus, e o Senhor me salvará.   
5517De tarde, de manhã e ao meio-dia me queixarei e me lamentarei; e ele ouvirá a minha voz.   
5518Livrará em paz a minha vida, de modo que ninguém se aproxime de mim; pois há muitos que contendem contra mim.   
5519Deus ouvirá; e lhes responderá aquele que está entronizado desde a antigüidade; porque não há neles nenhuma mudança, e tampouco temem a Deus.   
5520Aquele meu companheiro estendeu a sua mão contra os que tinham paz com ele; violou o seu pacto.   
5521A sua fala era macia como manteiga, mas no seu coração havia guerra; as suas palavras eram mais brandas do que o azeite, todavia eram espadas desembainhadas.   
5522Lança o teu fardo sobre o Senhor, e ele te susterá; nunca permitirá que o justo seja abalado.   
5523Mas tu, ó Deus, os farás descer ao poço da perdição; homens de sangue e de traição não viverão metade dos seus dias; mas eu em ti confiarei.   
561Compadece-te de mim, ó Deus, pois homens me calcam aos pés e, pelejando, me aflingem o dia todo.   
562Os meus inimigos me calcam aos pés o dia todo, pois são muitos os que insolentemente pelejam contra mim.   
563No dia em que eu temer, hei de confiar em ti.   
564Em Deus, cuja palavra eu lovo, em Deus ponho a minha confiança e não terei medo;   
565Todos os dias torcem as minhas palavras; todos os seus pensamentos são contra mim para o mal.   
566Ajuntam-se, escondem-se, espiam os meus passos, como que aguardando a minha morte.   
567Escaparão eles por meio da sua iniqüidade? Ó Deus, derruba os povos na tua ira!   
568Tu contaste as minhas aflições; põe as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas no teu livro?   
569No dia em que eu te invocar retrocederão os meus inimigos; isto eu sei, que Deus está comigo.   
5610Em Deus, cuja palavra eu louvo, no Senhor, cuja palavra eu louvo,   
5611em Deus ponho a minha confiança, e não terei medo; que me pode fazer o homem?   
5612Sobre mim estão os votos que te fiz, ó Deus; eu te oferecerei ações de graças;   
5613pois tu livraste a minha alma da morte. Não livraste também os meus pés de tropeçarem, para que eu ande diante de Deus na luz da vida?   
571Compadece-te de mim, ó Deus, compadece-te de mim, pois em ti se refugia a minha alma; à sombra das tuas asas me refugiarei, até que passem as calamidades.   
572Clamarei ao Deus altíssimo, ao Deus que por mim tudo executa.   
573Ele do céu enviará seu auxílio , e me salvará, quando me ultrajar aquele que quer calçar-me aos pés. Deus enviará a sua misericórdia e a sua verdade.   
574Estou deitado no meio de leões; tenho que deitar-me no meio daqueles que respiram chamas, filhos dos homens, cujos dentes são lanças e flechas, e cuja língua é espada afiada.   
575Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; seja a tua glória sobre toda a terra.   
576Armaram um laço para os meus passos, a minha alma ficou abatida; cavaram uma cova diante de mim, mas foram eles que nela caíram.   
577Resoluto está o meu coração, ó Deus, resoluto está o meu coração; cantarei, sim, cantarei louvores.   
578Desperta, minha alma; despertai, alaúde e harpa; eu mesmo despertarei a aurora.   
579Louvar-te-ei, Senhor, entre os povos; cantar-te-ei louvores entre as nações.   
5710Pois a tua benignidade é grande até os céus, e a tua verdade até as nuvens.   
5711Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; e seja a tua glória sobre a terra.   
581Falais deveras o que é reto, vós os poderosos? Julgais retamente, ó filhos dos homens?   
582Não, antes no coração forjais iniqüidade; sobre a terra fazeis pesar a violência das vossas mãos.   
583Alienam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que nasceram, proferindo mentiras.   
584Têm veneno semelhante ao veneno da serpente; são como a víbora surda, que tapa os seus ouvidos,   
585de sorte que não ouve a voz dos encantadores, nem mesmo do encantador perito em encantamento.   
586Ó Deus, quebra-lhes os dentes na sua boca; arranca, Senhor, os caninos aos filhos dos leões.   
587Sumam-se como águas que se escoam; sejam pisados e murcham como a relva macia.   
588Sejam como a lesma que se derrete e se vai; como o aborto de mulher, que nunca viu o sol.   
589Que ele arrebate os espinheiros antes que cheguem a aquecer as vossas panelas, assim os verdes, como os que estão ardendo.   
5810O justo se alegrará quando vir a vingança; lavará os seus pés no sangue do ímpio.   
5811Então dirão os homens: Deveras há uma recompensa para o justo; deveras há um Deus que julga na terra.   
591Livra-me, Deus meu, dos meus inimigos; protege-me daqueles que se levantam contra mim.   
592Livra-me do que praticam a iniqüidade, e salva-me dos homens sanguinários.   
593Pois eis que armam ciladas à minha alma; os fortes se ajuntam contra mim, não por transgressão minha nem por pecado meu, ó Senhor.   
594Eles correm, e se preparam, sem culpa minha; desperta para me ajudares, e olha.   
595Tu, ó Senhor, Deus dos exércitos, Deus de Israel, desperta para punir todas as nações; não tenhas misericórdia de nenhum dos pérfidos que praticam a iniqüidade.   
596Eles voltam à tarde, uivam como cães, e andam rodeando a cidade.   
597Eis que eles soltam gritos; espadas estão nos seus lábios; porque (pensam eles), quem ouve?   
598Mas tu, Senhor, te rirás deles; zombarás de todas as nações.   
599Em ti, força minha, esperarei; pois Deus é o meu alto refúgio.   
5910O meu Deus com a sua benignidade virá ao meu encontro; Deus me fará ver o meu desejo sobre os meus inimigos.   
5911Não os mates, para que meu povo não se esqueça; espalha-os pelo teu poder, e abate-os ó Senhor, escudo nosso.   
5912Pelo pecado da sua boca e pelas palavras dos seus lábios fiquem presos na sua soberba. Pelas maldições e pelas mentiras que proferem,   
5913consome-os na tua indignação; consome-os, de modo que não existem mais; para que saibam que Deus reina sobre Jacó, até os confins da terra.   
5914Eles tornam a vir à tarde, uivam como cães, e andam rodeando a cidade;   
5915vagueiam buscando o que comer, e resmungam se não se fartarem.   
5916Eu, porém, cantarei a tua força; pela manhã louvarei com alegria a tua benignidade, porquanto tens sido para mim uma fortaleza, e refúgio no dia da minha angústia.   
5917A ti, ó força minha, cantarei louvores; porque Deus é a minha fortaleza, é o Deus que me mostra benignidade.   
601Ó Deus, tu nos rejeitaste, tu nos esmagaste, tu tens estado indignado; oh, restabelece-nos.   
602Abalaste a terra, e a fendeste; sara as suas fendas, pois ela treme.   
603Ao teu povo fizeste ver duras coisas; fizeste-nos beber o vinho de aturdimento.   
604Deste um estandarte aos que te temem, para o qual possam fugir de diante do arco.   
605Para que os teus amados sejam livres, salva-nos com a tua destra, e responde-nos.   
606Deus falou na sua santidade: Eu exultarei; repartirei Siquém e medirei o vale de Sucote.   
607Meu é Gileade, e meu é Manassés; Efraim é o meu capacete; Judá é o meu cetro.   
608Moabe é a minha bacia de lavar; sobre Edom lançarei o meu sapato; sobre a Filístia darei o brado de vitória.   
609Quem me conduzirá à cidade forte? Quem me guiará até Edom?   
6010Não nos rejeitaste, ó Deus? e tu, ó Deus, não deixaste de sair com os nossos exércitos?   
6011Dá-nos auxílio contra o adversário, pois vão é o socorro da parte do homem.   
6012Em Deus faremos proezas; porque é ele quem calcará aos pés os nossos inimigos.   
611Ouve, ó Deus, o meu clamor; atende à minha oração.   
612Desde a extremidade da terra clamo a ti, estando abatido o meu coração; leva-me para a rocha que é mais alta do que eu.   
613Pois tu és o meu refúgio, uma torre forte contra o inimigo.   
614Deixa-me habitar no teu tabernáculo para sempre; dá que me abrigue no esconderijo das tuas asas.   
615Pois tu, ó Deus, ouviste os meus votos; deste-me a herança dos que temem o teu nome.   
616Prolongarás os dias do rei; e os seus anos serão como muitas gerações.   
617Ele permanecerá no trono diante de Deus para sempre; faze que a benignidade e a fidelidade o preservem.   
618Assim cantarei louvores ao teu nome perpetuamente, para pagar os meus votos de dia em dia.   
621Somente em Deus espera silenciosa a minha alma; dele vem a minha salvação.   
622Só ele é a minha rocha e a minha salvação; é ele a minha fortaleza; não serei grandemente abalado.   
623Até quando acometereis um homem, todos vós, para o derrubardes, como a um muro pendido, uma cerca prestes a cair?   
624Eles somente consultam como derrubá-lo da sua alta posição; deleitam-se em mentiras; com a boca bendizem, mas no íntimo maldizem.   
625Ó minha alma, espera silenciosa somente em Deus, porque dele vem a minha esperança.   
626Só ele é a minha rocha e a minha salvação; é a minha fortaleza; não serei abalado.   
627Em Deus está a minha salvação e a minha glória; Deus é o meu forte rochedo e o meu refúgio.   
628Confiai nele, ó povo, em todo o tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio.   
629Certamente que os filhos de Adão são vaidade, e os filhos dos homens são desilusão; postos na balança, subiriam; todos juntos são mais leves do que um sopro.   
6210Não confieis na opressão, nem vos vanglorieis na rapina; se as vossas riquezas aumentarem, não ponhais nelas o coração.   
6211Uma vez falou Deus, duas vezes tenho ouvido isto: que o poder pertence a Deus.   
6212A ti também, Senhor, pertence a benignidade; pois retribuis a cada um segundo a sua obra.   
631Ó Deus, tu és o meu Deus; ansiosamente te busco. A minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água.   
632Assim no santuário te contemplo, para ver o teu poder e a tua glória.   
633Porquanto a tua benignidade é melhor do que a vida, os meus lábios te louvarão.   
634Assim eu te bendirei enquanto viver; em teu nome levantarei as minhas mãos.   
635A minha alma se farta, como de tutano e de gordura; e a minha boca te louva com alegres lábios.   
636quando me lembro de ti no meu leito, e medito em ti nas vigílias da noite,   
637pois tu tens sido o meu auxílio; de júbilo canto à sombra das tuas asas.   
638A minha alma se apega a ti; a tua destra me sustenta.   
639Mas aqueles que procuram a minha vida para a destruírem, irão para as profundezas da terra.   
6310Serão entregues ao poder da espada, servidão de pasto aos chacais.   
6311Mas o rei se regozijará em Deus; todo o que por ele jura se gloriará, porque será tapada a boca aos que falam a mentira.   
641Ouve, ó Deus, a minha voz na minha queixa; preserva a minha voz na minha queixa; preserva a minha vida do horror do inimigo.   
642Esconde-me do secreto conselho dos maus, e do ajuntamento dos que praticam a iniqüidade,   
643os quais afiaram a sua língua como espada, e armaram por suas flechas palavras amargas.   
644Para em lugares ocultos atirarem sobre o íntegro; disparam sobre ele repentinamente, e não temem.   
645Firmam-se em mau intento; falam de armar laços secretamente, e dizem: Quem nos verá?   
646Planejam iniqüidades; ocultam planos bem traçados; pois o íntimo e o coração do homem são inescrutáveis.   
647Mas Deus disparará sobre eles uma seta, e de repente ficarão feridos.   
648Assim serão levados a tropeçar, por causa das suas próprias línguas; todos aqueles que os virem fugirão.   
649E todos os homens temerão, e anunciarão a obra de Deus, e considerarão a obra de Deus, e considerarão prudentemente os seus feitos.   
6410O justo se alegrará no Senhor e confiará nele, e todos os de coração reto cantarão louvores.   
651A ti, ó Deus, é devido o louvor em Sião; e a ti se pagará o voto.   
652Ó tu que ouves a oração! a ti virá toda a carne.   
653Prevalecem as iniqüidades contra mim; mas as nossas transgressões, tu as perdoarás.   
654Bem-aventurado aquele a quem tu escolhes, e fazes chegar a ti, para habitar em teus átrios! Nós seremos satisfeitos com a bondade da tua casa, do teu santo templo.   
655Com prodígios nos respondes em justiça, ó Deus da nossa salvação, a esperança de todas as extremidades da terra, e do mais remoto mar;   
656tu que pela tua força consolidas os montes, cingido de poder;   
657que aplacas o ruído dos mares, o ruído das suas ondas, e o tumulto dos povos.   
658Os que habitam os confins da terra são tomados de medo à vista dos teus sinais; tu fazes exultar de júbilo as saídas da manhã e da tarde.   
659Tu visitas a terra, e a regas; grandemente e enriqueces; o rio de Deus está cheio d`água; tu lhe dás o trigo quando assim a tens preparado;   
6510enches d`água os seus sulcos, aplanando-lhes as leivas, amolecendo-a com a chuva, e abençoando as suas novidades.   
6511Coroas o ano com a tua bondade, e as tuas veredas destilam gordura;   
6512destilam sobre as pastagens do deserto, e os outeiros se cingem de alegria.   
6513As pastagens revestem-se de rebanhos, e os vales se cobrem de trigo; por isso eles se regozijam, por isso eles cantam.   
661Louvai a Deus com brados de júbilo, todas as terras.   
662Cantai a glória do seu nome, dai glória em seu louvor.   
663Dizei a Deus: Quão tremendas são as tuas obras! pela grandeza do teu poder te lisonjeiam os teus inimigos.   
664Toda a terra te adorará e te cantará louvores; eles cantarão o teu nome.   
665Vinde, e vede as obras de Deus; ele é tremendo nos seus feitos para com os filhos dos homens.   
666Converteu o mar em terra seca; passaram o rio a pé; ali nos alegramos nele.   
667Ele governa eternamente pelo seu poder; os seus olhos estão sobre as nações; não se exaltem os rebeldes.   
668Bendizei, povos, ao nosso Deus, e fazei ouvir a voz do seu louvor;   
669ao que nos conserva em vida, e não consente que resvalem os nossos pés.   
6610Pois tu, ó Deus, nos tens provado; tens nos refinado como se refina a prata.   
6611Fizeste-nos entrar no laço; pesada carga puseste sobre os nossos lombos.   
6612Fizeste com que os homens cavalgassem sobre as nossas cabeças; passamos pelo fogo e pela água, mas nos trouxeste a um lugar de abundância.   
6613Entregarei em tua casa com holocaustos; pagar-te-ei os meus votos,   
6614votos que os meus lábios pronunciaram e a minha boca prometeu, quando eu estava na angústia.   
6615Oferecer-te-ei holocausto de animais nédios, com incenso de carneiros; prepararei novilhos com cabritos.   
6616Vinde, e ouvi, todos os que temeis a Deus, e eu contarei o que ele tem feito por mim.   
6617A ele clamei com a minha boca, e ele foi exaltado pela minha língua.   
6618Se eu tivesse guardado iniqüidade no meu coração, o Senhor não me teria ouvido;   
6619mas, na verdade, Deus me ouviu; tem atendido à voz da minha oração.   
6620Bendito seja Deus, que não rejeitou a minha oração, nem retirou de mim a sua benignidade.   
671Deus se compadeça de nós e nos abençoe, e faça resplandecer o seu rosto sobre nós,   
672para que se conheça na terra o seu caminho e entre todas as nações a sua salvação.   
673Louvem-te, ó Deus, os povos; louvem-te os povos todos.   
674Alegrem-se e regozijem-se as nações, pois julgas os povos com eqüidade, e guias as nações sobre a terra.   
675Louvem-te, ó Deus, os povos; louvem os povos todos.   
676A terra tem produzido o seu fruto; e Deus, o nosso Deus, tem nos abençoado.   
677Deus nos tem abençoado; temam-no todas as extremidades da terra!   
681Levanta-se Deus! Sejam dispersos os seus inimigos; fujam de diante dele os que o odeiam!   
682Como é impelida a fumaça, assim tu os impeles; como a cera se derrete diante do fogo, assim pereçam os ímpios diante de Deus.   
683Mas alegrem-se os justos, e se regozijem na presença de Deus, e se encham de júbilo.   
684Cantai a Deus, cantai louvores ao seu nome; louvai aquele que cavalga sobre as nuvens, pois o seu nome é Já; exultai diante dele.   
685Pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus na sua santa morada.   
686Deus faz que o solitário viva em família; liberta os presos e os faz prosperar; mas os rebeldes habitam em terra árida.   
687Ó Deus! quando saías à frente do teu povo, quando caminhavas pelo deserto,   
688a terra se abalava e os céus gotejavam perante a face de Deus; o próprio Sinai tremeu na presença de Deus, do Deus de Israel.   
689Tu, ó Deus, mandaste copiosa chuva; restauraste a tua herança, quando estava cansada.   
6810Nela habitava o teu rebanho; da tua bondade, ó Deus, proveste o pobre.   
6811O Senhor proclama a palavra; grande é a companhia dos que anunciam as boas-novas.   
6812Reis de exércitos fogem, sim, fogem; as mulheres em casa repartem os despojos.   
6813Deitados entre redis, sois como as asas da pomba cobertas de prata, com as suas penas de ouro amarelo.   
6814Quando o Todo-Poderoso ali dispersou os reis, caiu neve em Zalmom.   
6815Monte grandíssimo é o monte de Basã; monte de cimos numerosos é o monte de Basã!   
6816Por que estás, ó monte de cimos numerosos, olhando com inveja o monte que Deus desejou para sua habitação? Na verdade o Senhor habitará nele eternamente.   
6817Os carros de Deus são miríades, milhares de milhares. O Senhor está no meio deles, como em Sinai no santuário.   
6818Tu subiste ao alto, levando os teus cativos; recebeste dons dentre os homens, e até dentre os rebeldes, para que o Senhor Deus habitasse entre eles.   
6819Bendito seja o Senhor, que diariamente leva a nossa carga, o Deus que é a nossa salvação.   
6820Deus é para nós um Deus de libertação; a Jeová, o Senhor, pertence o livramento da morte.   
6821Mas Deus esmagará a cabeça de seus inimigos, o crânio cabeludo daquele que prossegue em suas culpas.   
6822Disse o Senhor: Eu os farei voltar de Basã; fá-los-ei voltar das profundezas do mar;   
6823para que mergulhes o teu pé em sangue, e para que a língua dos teus cães tenha dos inimigos o seu quinhão.   
6824Viu-se, ó Deus, a tua entrada, a entrada do meu Deus, meu Rei, no santuário.   
6825Iam na frente os cantores, atrás os tocadores de instrumentos, no meio as donzelas que tocavam adufes.   
6826Bendizei a Deus nas congregações, ao Senhor, vós que sois da fonte de Israel.   
6827Ali está Benjamim, o menor deles, na frente; os chefes de Judá com o seu ajuntamento; os chefes de Judá com o seu ajuntamento; os chefes de Zebulom e os chefes de Naftali.   
6828Ordena, ó Deus, a tua força; confirma, ó Deus, o que já fizeste por nós.   
6829Por amor do teu templo em Jerusalém, os reis te trarão presentes.   
6830Repreende as feras dos caniçais, a multidão dos touros, com os bezerros dos povos. Calca aos pés as suas peças de prata; dissípa os povos que se deleitam na guerra.   
6831Venham embaixadores do Egito; estenda a Etiópia ansiosamente as mãos para Deus.   
6832Reinos da terra, cantai a Deus, cantai louvores ao Senhor,   
6833àquele que vai montado sobre os céus dos céus, que são desde a antigüidade; eis que faz ouvir a sua voz, voz veemente.   
6834Atribuí a Deus força; sobre Israel está a sua excelência, e a sua força nos firmamento.   
6835Ó Deus, tu és tremendo desde o teu santuário; o Deus de Israel, ele dá força e poder ao seu povo. Bendito seja Deus!   
691Salva-me, ó Deus, pois as águas me sobem até o pescoço.   
692Atolei-me em profundo lamaçal, onde não se pode firmar o pé; entrei na profundeza das águas, onde a corrente me submerge.   
693Estou cansado de clamar; secou-se-me a garganta; os meus olhos desfalecem de esperar por meu Deus.   
694Aqueles que me odeiam sem causa são mais do que os cabelos da minha cabeça; poderosos são aqueles que procuram destruir-me, que me atacam com mentiras; por isso tenho de restituir o que não extorqui.   
695Tu, ó Deus, bem conheces a minha estultícia, e as minhas culpas não são ocultas.   
696Não sejam envergonhados por minha causa aqueles que esperam em ti, ó Senhor Deus dos exércitos; não sejam confundidos por minha causa aqueles que te buscam, ó Deus de Israel.   
697Porque por amor de ti tenho suportado afrontas; a confusão me cobriu o rosto.   
698Tornei-me como um estranho para os meus irmãos, e um desconhecido para os filhos de minha mãe.   
699Pois o zelo da tua casa me devorou, e as afrontas dos que te afrontam caíram sobre mim.   
6910Quando chorei e castiguei com jejum a minha alma, isto se me tornou em afrontas.   
6911Quando me vesti de cilício, fiz-me para eles um provérbio.   
6912Aqueles que se sentem à porta falam de mim; e sou objeto das cantigas dos bêbedos.   
6913Eu, porém, faço a minha oração a ti, ó Senhor, em tempo aceitável; ouve-me, ó Deus, segundo a grandeza da tua benignidade, segundo a fidelidade da tua salvação.   
6914Tira-me do lamaçal, e não me deixes afundar; seja eu salvo dos meus inimigos, e das profundezas das águas.   
6915Não me submerja a corrente das águas e não me trague o abismo, nem cerre a cova a sua boca sobre mim.   
6916Ouve-me, Senhor, pois grande é a tua benignidade; volta-te para mim segundo a tua muitíssima compaixão.   
6917Não escondas o teu rosto do teu servo; ouve-me depressa, pois estou angustiado.   
6918Aproxima-te da minha alma, e redime-a; resgata-me por causa dos meus inimigos.   
6919Tu conheces o meu opróbrio, a minha vergonha, e a minha ignomínia; diante de ti estão todos os meus adversários.   
6920Afrontas quebrantaram-me o coração, e estou debilitado. Esperei por alguém que tivesse compaixão, mas não houve nenhum; e por consoladores, mas não os achei.   
6921Deram-me fel por mantimento, e na minha sede me deram a beber vinagre.   
6922Torne-se a sua mesa diante deles em laço, e sejam-lhes as suas ofertas pacíficas uma armadilha.   
6923Obscureçam-se-lhes os olhos, para que não vejam, e faze com que os seus lombos tremam constantemente.   
6924Derrama sobre eles a tua indignação, e apanhe-os o ardor da tua ira.   
6925Fique desolada a sua habitação, e não haja quem habite nas suas tendas.   
6926Pois perseguem a quem afligiste, e aumentam a dor daqueles a quem feriste.   
6927Acrescenta iniqüidade à iniqüidade deles, e não encontrem eles absolvição na tua justiça.   
6928Sejam riscados do livro da vida, e não sejam inscritos com os justos.   
6929Eu, porém, estou aflito e triste; a tua salvação, ó Deus, me ponha num alto retiro.   
6930Louvarei o nome de Deus com um cântico, e engrandecê-lo-ei com ação de graças.   
6931Isto será mais agradável ao Senhor do que um boi, ou um novilho que tem pontas e unhas.   
6932Vejam isto os mansos, e se alegrem; vós que buscais a Deus reviva o vosso coração.   
6933Porque o Senhor ouve os necessitados, e não despreza os seus, embora sejam prisioneiros.   
6934Louvem-no os céus e a terra, os mares e tudo quanto neles se move.   
6935Porque Deus salvará a Sião, e edificará as cidades de Judá, e ali habitarão os seus servos e a possuirão.   
6936E herdá-la-á a descendência de seus servos, e os que amam o seu nome habitarão nela.   
701Apressa-te, ó Deus, em me livrar; Senhor, apressa-te em socorrer-me.   
702Fiquem envergonhados e confundidos os que procuram tirar-me a vida; tornem atrás e confundam-se os que me desejam o mal.   
703Sejam cobertos de vergonha os que dizem: Ah! Ah!   
704Folguem e alegrem-se em ti todos os que te buscam; e aqueles que amam a tua salvação digam continuamente: engrandecido seja Deus.   
705Eu, porém, estou aflito e necessitado; apressa-te em me valer, ó Deus. Tu és o meu amparo e o meu libertador; Senhor, não te detenhas.   
711Em ti, Senhor, me refugio; nunca seja eu confundido.   
712Na tua justiça socorre-me e livra-me; inclina os teus ouvidos para mim, e salva-me.   
713Sê tu para mim uma rocha de refúgio a que sempre me acolha; deste ordem para que eu seja salvo, pois tu és a minha rocha e a minha fortaleza.   
714Livra-me, Deus meu, da mão do ímpio, do poder do homem injusto e cruel,   
715Pois tu és a minha esperança, Senhor Deus; tu és a minha confiança desde a minha mocidade.   
716Em ti me tenho apoiado desde que nasci; tu és aquele que me tiraste das entranhas de minha mãe. O meu louvor será teu constantemente.   
717Sou para muitos um assombro, mas tu és o meu refúgio forte.   
718A minha boca se enche do teu louvor e da tua glória continuamente.   
719Não me enjeites no tempo da velhice; não me desampares, quando se forem acabando as minhas forças.   
7110Porque os meus inimigos falam de mim, e os que espreitam a minha vida consultam juntos,   
7111dizendo: Deus o desamparou; persegui-o e prendei-o, pois não há quem o livre.   
7112Ó Deus, não te alongues de mim; meu Deus, apressa-te em socorrer-me.   
7113Sejam envergonhados e consumidos os meus adversários; cubram-se de opróbrio e de confusão aqueles que procuram o meu mal.   
7114Mas eu esperarei continuamente, e te louvarei cada vez mais.   
7115A minha boca falará da tua justiça e da tua salvação todo o dia, posto que não conheça a sua grandeza.   
7116Virei na força do Senhor Deus; farei menção da tua justiça, da tua tão somente.   
7117Ensinaste-me, ó Deus, desde a minha mocidade; e até aqui tenho anunciado as tuas maravilhas.   
7118Agora, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus, até que tenha anunciado a tua força a esta geração, e o teu poder a todos os vindouros.   
7119A tua justiça, ó Deus, atinge os altos céus; tu tens feito grandes coisas; ó Deus, quem é semelhante a ti?   
7120Tu, que me fizeste ver muitas e penosas tribulações, de novo me restituirás a vida, e de novo me tirarás dos abismos da terra.   
7121Aumentarás a minha grandeza, e de novo me consolarás.   
7122Também eu te louvarei ao som do saltério, pela tua fidelidade, ó meu Deus; cantar-te-ei ao som da harpa, ó Santo de Israel.   
7123Os meus lábios exultarão quando eu cantar os teus louvores, assim como a minha alma, que tu remiste.   
7124Também a minha língua falará da tua justiça o dia todo; pois estão envergonhados e confundidos aqueles que procuram o meu mal.   
721Ó Deus, dá ao rei os teus juízes, e a tua justiça ao filho do rei.   
722Julgue ele o teu povo com justiça, e os teus pobres com eqüidade.   
723Que os montes tragam paz ao povo, como também os outeiros, com justiça.   
724Julgue ele os aflitos do povo, salve os filhos do necessitado, e esmague o opressor.   
725Viva ele enquanto existir o sol, e enquanto durar a lua, por todas as gerações.   
726Desça como a chuva sobre o prado, como os chuveiros que regam a terra.   
727Nos seus dias floreça a justiça, e haja abundância de paz enquanto durar a lua.   
728Domine de mar a mar, e desde o Rio até as extremidades da terra.   
729Inclinem-se diante dele os seus adversários, e os seus inimigos lambam o pó.   
7210Paguem-lhe tributo os reis de Társis e das ilhas; os reis de Sabá e de Seba ofereçam-lhe dons.   
7211Todos os reis se prostrem perante ele; todas as nações o sirvam.   
7212Porque ele livra ao necessitado quando clama, como também ao aflito e ao que não tem quem o ajude.   
7213Compadece-se do pobre e do necessitado, e a vida dos necessitados ele salva.   
7214Ele os liberta da opressão e da violência, e precioso aos seus olhos é o sangue deles.   
7215Viva, pois, ele; e se lhe dê do ouro de Sabá; e continuamente se faça por ele oração, e o bendigam em todo o tempo.   
7216Haja abundância de trigo na terra sobre os cumes dos montes; ondule o seu fruto como o Líbano, e das cidades floresçam homens como a erva da terra.   
7217Permaneça o seu nome eternamente; continue a sua fama enquanto o sol durar, e os homens sejam abençoados nele; todas as nações o chamem bem-aventurado.   
7218Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel, o único que faz maravilhas.   
7219Bendito seja para sempre o seu nome glorioso, e encha-se da sua glória toda a terra. Amém e amém.   
7220Findam aqui as orações de Davi, filho de Jessé.   
731Verdadeiramente bom é Deus para com Israel, para com os limpos de coração.   
732Quanto a mim, os meus pés quase resvalaram; pouco faltou para que os meus passos escorregassem.   
733Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios.   
734Porque eles não sofrem dores; são e robusto é o seu corpo.   
735Não se acham em tribulações como outra gente, nem são afligidos como os demais homens.   
736Pelo que a soberba lhes cinge o pescoço como um colar; a violência os cobre como um vestido.   
737Os olhos deles estão inchados de gordura; trasbordam as fantasias do seu coração.   
738Motejam e falam maliciosamente; falam arrogantemente da opressão.   
739Põem a sua boca contra os céus, e a sua língua percorre a terra.   
7310Pelo que o povo volta para eles e não acha neles falta alguma.   
7311E dizem: Como o sabe Deus? e: Há conhecimento no Altíssimo?   
7312Eis que estes são ímpios; sempre em segurança, aumentam as suas riquezas.   
7313Na verdade que em vão tenho purificado o meu coração e lavado as minhas mãos na inocência,   
7314pois todo o dia tenho sido afligido, e castigado cada manhã.   
7315Se eu tivesse dito: Também falarei assim; eis que me teria havido traiçoeiramente para com a geração de teus filhos.   
7316Quando me esforçava para compreender isto, achei que era tarefa difícil para mim,   
7317até que entrei no santuário de Deus; então percebi o fim deles.   
7318Certamente tu os pões em lugares escorregadios, tu os lanças para a ruína.   
7319Como caem na desolação num momento! ficam totalmente consumidos de terrores.   
7320Como faz com um sonho o que acorda, assim, ó Senhor, quando acordares, desprezarás as suas fantasias.   
7321Quando o meu espírito se amargurava, e sentia picadas no meu coração,   
7322estava embrutecido, e nada sabia; era como animal diante de ti.   
7323Todavia estou sempre contigo; tu me seguras a mão direita.   
7324Tu me guias com o teu conselho, e depois me receberás em glória.   
7325A quem tenho eu no céu senão a ti? e na terra não há quem eu deseje além de ti.   
7326A minha carne e o meu coração desfalecem; do meu coração, porém, Deus é a fortaleza, e o meu quinhão para sempre.   
7327Pois os que estão longe de ti perecerão; tu exterminas todos aqueles que se desviam de ti.   
7328Mas para mim, bom é aproximar-me de Deus; ponho a minha confiança no Senhor Deus, para anunciar todas as suas obras.   
741Ó Deus, por que nos rejeitaste para sempre? Por que se acende a tua ira contra o rebanho do teu pasto?   
742Lembra-te da tua congregação, que compraste desde a antigüidade, que remiste para ser a tribo da tua herança, e do monte Sião, em que tens habitado.   
743Dirige os teus passos para as perpétuas ruínas, para todo o mal que o inimigo tem feito no santuário.   
744Os teus inimigos bramam no meio da tua assembléia; põem nela as suas insígnias por sinais.   
745A entrada superior cortaram com machados a grade de madeira.   
746Eis que toda obra entalhada, eles a despedaçaram a machados e martelos.   
747Lançaram fogo ao teu santuário; profanaram, derrubando-a até o chão, a morada do teu nome.   
748Disseram no seu coração: Despojemo-la duma vez. Queimaram todas as sinagogas de Deus na terra.   
749Não vemos mais as nossas insígnias, não há mais profeta; nem há entre nós alguém que saiba até quando isto durará.   
7410Até quando, ó Deus, o adversário afrontará? O inimigo ultrajará o teu nome para sempre?   
7411Por que reténs a tua mão, sim, a tua destra? Tira-a do teu seio, e consome-os.   
7412Todavia, Deus é o meu Rei desde a antigüidade, operando a salvação no meio da terra.   
7413Tu dividiste o mar pela tua força; esmigalhaste a cabeça dos monstros marinhos sobre as águas.   
7414Tu esmagaste as cabeças do leviatã, e o deste por mantimento aos habitantes do deserto.   
7415Tu abriste fontes e ribeiros; tu secaste os rios perenes.   
7416Teu é o dia e tua é a noite: tu preparaste a luz e o sol.   
7417Tu estabeleceste todos os limites da terra; verão e inverno, tu os fizeste.   
7418Lembra-te disto: que o inimigo te afrontou, ó Senhor, e que um povo insensato ultrajou o teu nome.   
7419Não entregues às feras a alma da tua rola; não te esqueça para sempre da vida dos teus aflitos.   
7420Atenta para o teu pacto, pois os lugares tenebrosos da terra estão cheios das moradas de violência.   
7421Não volte envergonhado o oprimido; louvem o teu nome o aflito e o necessitado.   
7422Levanta-te, ó Deus, pleiteia a tua própria causa; lembra-te da afronta que o insensato te faz continuamente.   
7423Não te esqueças da gritaria dos teus adversários; o tumulto daqueles que se levantam contra ti sobe continuamente.   
751Damos-te graças, ó Deus, damos-te graças, pois o teu nome está perto; os que invocam o teu nome anunciam as tuas maravilhas.   
752Quando chegar o tempo determinado, julgarei retamente.   
753Dissolve-se a terra e todos os seus moradores, mas eu lhe fortaleci as colunas.   
754Digo eu aos arrogantes: Não sejais arrogantes; e aos ímpios: Não levanteis a fronte;   
755não levanteis ao alto a vossa fronte, nem faleis com arrogância.   
756Porque nem do oriente, nem do ocidente, nem do deserto vem a exaltação.   
757Mas Deus é o que julga; a um abate, e a outro exalta.   
758Porque na mão do Senhor há um cálice, cujo vinho espuma, cheio de mistura, do qual ele dá a beber; certamente todos os ímpios da terra sorverão e beberão as suas fezes.   
759Mas, quanto a mim, exultarei para sempre, cantarei louvores ao Deus de Jacó.   
7510E quebrantarei todas as forças dos ímpios, mas as forças dos justos serão exaltadas.   
761Conhecido é Deus em Judá, grande é o seu nome em Israel.   
762Em Salém está a sua tenda, e a sua morada em Sião.   
763Ali quebrou ele as flechas do arco, o escudo, a espada, e a guerra.   
764Glorioso és tu, mais majestoso do que os montes eternos.   
765Os ousados de coração foram despojados; dormiram o seu último sono; nenhum dos homens de força pôde usar as mãos.   
766Â tua repreensão, ó Deus de Jacó, cavaleiros e cavalos ficaram estirados sem sentidos.   
767Tu, sim, tu és tremendo; e quem subsistirá à tua vista, quando te irares?   
768Desde o céu fizeste ouvir o teu juízo; a terra tremeu e se aquietou,   
769quando Deus se levantou para julgar, para salvar a todos os mansos da terra.   
7610Na verdade a cólera do homem redundará em teu louvor, e do restante da cólera tu te cingirás.   
7611Fazei votos, e pagai-os ao Senhor, vosso Deus; tragam presentes, os que estão em redor dele, àquele que deve ser temido.   
7612Ele ceifará o espírito dos príncipes; é tremendo para com os reis da terra.   
771Levanto a Deus a minha voz; a Deus levanto a minha voz, para que ele me ouça.   
772No dia da minha angústia busco ao Senhor; de noite a minha mão fica estendida e não se cansa; a minha alma recusa ser consolada.   
773Lembro-me de Deus, e me lamento; queixo-me, e o meu espírito desfalece.   
774Conservas vigilantes os meus olhos; estou tão perturbado que não posso falar.   
775Considero os dias da antigüidade, os anos dos tempos passados.   
776De noite lembro-me do meu cântico; consulto com o meu coração, e examino o meu espírito.   
777Rejeitará o Senhor para sempre e não tornará a ser favorável?   
778Cessou para sempre a sua benignidade? Acabou-se a sua promessa para todas as gerações   
779Esqueceu-se Deus de ser compassivo? Ou na sua ira encerrou ele as suas ternas misericórdias?   
7710E eu digo: Isto é minha enfermidade; acaso se mudou a destra do Altíssimo?   
7711Recordarei os feitos do Senhor; sim, me lembrarei das tuas maravilhas da antigüidade.   
7712Meditarei também em todas as tuas obras, e ponderarei os teus feitos poderosos   
7713O teu caminho, ó Deus, é em santidade; que deus é grande como o nosso Deus?   
7714Tu és o Deus que fazes maravilhas; tu tens feito notória a tua força entre os povos.   
7715Com o teu braço remiste o teu povo, os filhos de Jacó e de José.   
7716As águas te viram, ó Deus, as águas te viram, e tremeram; os abismos também se abalaram.   
7717As nuvens desfizeram-se em água; os céus retumbaram; as tuas flechas também correram de uma para outra parte.   
7718A voz do teu trovão estava no redemoinho; os relâmpagos alumiaram o mundo; a terra se abalou e tremeu.   
7719Pelo mar foi teu caminho, e tuas veredas pelas grandes águas; e as tuas pegadas não foram conhecidas.   
7720Guiaste o teu povo, como a um rebanho, pela mão de Moisés e de Arão.   
781Escutai o meu ensino, povo meu; inclinai os vossos ouvidos às palavras da minha boca.   
782Abrirei a minha boca numa parábola; proporei enigmas da antigüidade,   
783coisas que temos ouvido e sabido, e que nossos pais nos têm contado.   
784Não os encobriremos aos seus filhos, cantaremos às gerações vindouras os louvores do Senhor, assim como a sua força e as maravilhas que tem feito.   
785Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e instituiu uma lei em Israel, as quais coisas ordenou aos nossos pais que as ensinassem a seus filhos;   
786para que as soubesse a geração vindoura, os filhos que houvesse de nascer, os quais se levantassem e as contassem a seus filhos,   
787a fim de que pusessem em Deus a sua esperança, e não se esquecessem das obras de Deus, mas guardassem os seus mandamentos;   
788e que não fossem como seus pais, geração contumaz e rebelde, geração de coração instável, cujo espírito não foi fiel para com Deus.   
789Os filhos de Efraim, armados de arcos, retrocederam no dia da peleja.   
7810Não guardaram o pacto de Deus, e recusaram andar na sua lei;   
7811esqueceram-se das suas obras e das maravilhas que lhes fizera ver.   
7812Maravilhas fez ele à vista de seus pais na terra do Egito, no campo de Zoá.   
7813Dividiu o mar, e os fez passar por ele; fez com que as águas parassem como um montão.   
7814Também os guiou de dia por uma nuvem, e a noite toda por um clarão de fogo.   
7815Fendeu rochas no deserto, e deu-lhes de beber abundantemente como de grandes abismos.   
7816Da penha fez sair fontes, e fez correr águas como rios.   
7817Todavia ainda prosseguiram em pecar contra ele, rebelando-se contra o Altíssimo no deserto.   
7818E tentaram a Deus nos seus corações, pedindo comida segundo o seu apetite.   
7819Também falaram contra Deus, dizendo: Poderá Deus porventura preparar uma mesa no deserto? Acaso fornecerá carne para o seu povo?   
7820Pelo que o Senhor, quando os ouviu, se indignou; e acendeu um fogo contra Jacó, e a sua ira subiu contra Israel;   
7821Pelo que o Senhor, quando os ouviu, se indignou; e acendeu um fogo contra Jacó, e a sua ira subiu contra Israel;   
7822porque não creram em Deus nem confiaram na sua salvação.   
7823Contudo ele ordenou às nuvens lá em cima, e abriu as portas dos céus;   
7824fez chover sobre eles maná para comerem, e deu-lhes do trigo dos céus.   
7825Cada um comeu o pão dos poderosos; ele lhes mandou comida em abundância.   
7826Fez soprar nos céus o vento do oriente, e pelo seu poder trouxe o vento sul.   
7827Sobre eles fez também chover carne como poeira, e aves de asas como a areia do mar;   
7828e as fez cair no meio do arraial deles, ao redor de suas habitações.   
7829Então comeram e se fartaram bem, pois ele lhes trouxe o que cobiçavam.   
7830Não refrearam a sua cobiça. Ainda lhes estava a comida na boca,   
7831quando a ira de Deus se levantou contra eles, e matou os mais fortes deles, e prostrou os escolhidos de Israel.   
7832Com tudo isso ainda pecaram, e não creram nas suas maravilhas.   
7833Pelo que consumiu os seus dias como um sopo, e os seus anos em repentino terror.   
7834Quando ele os fazia morrer, então o procuravam; arrependiam-se, e de madrugada buscavam a Deus.   
7835Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, e o Deus Altíssimo o seu Redentor.   
7836Todavia lisonjeavam-no com a boca, e com a língua lhe mentiam.   
7837Pois o coração deles não era constante para com ele, nem foram eles fiéis ao seu pacto.   
7838Mas ele, sendo compassivo, perdoou a sua iniqüidade, e não os destruiu; antes muitas vezes desviou deles a sua cólera, e não acendeu todo o seu furor.   
7839Porque se lembrou de que eram carne, um vento que passa e não volta.   
7840Quantas vezes se rebelaram contra ele no deserto, e o ofenderam no ermo!   
7841Voltaram atrás, e tentaram a Deus; e provocaram o Santo de Israel.   
7842Não se lembraram do seu poder, nem do dia em que os remiu do adversário,   
7843nem de como operou os seus sinais no Egito, e as suas maravilhas no campo de Zoã,   
7844convertendo em sangue os seus rios, para que não pudessem beber das suas correntes.   
7845Também lhes mandou enxames de moscas que os consumiram, e rãs que os destruíram.   
7846Entregou às lagartas as novidades deles, e o fruto do seu trabalho aos gafanhotos.   
7847Destruiu as suas vinhas com saraiva, e os seus sicômoros com chuva de pedra.   
7848Também entregou à saraiva o gado deles, e aos coriscos os seus rebanhos.   
7849E atirou sobre eles o ardor da sua ira, o furor, a indignação, e a angústia, qual companhia de anjos destruidores.   
7850Deu livre curso à sua ira; não os poupou da morte, mas entregou a vida deles à pestilência.   
7851Feriu todo primogênito no Egito, primícias da força deles nas tendas de Cão.   
7852Mas fez sair o seu povo como ovelhas, e os guiou pelo deserto como a um rebanho.   
7853Guiou-os com segurança, de sorte que eles não temeram; mas aos seus inimigos, o mar os submergiu.   
7854Sim, conduziu-os até a sua fronteira santa, até o monte que a sua destra adquirira.   
7855Expulsou as nações de diante deles; e dividindo suas terras por herança, fez habitar em suas tendas as tribos de Israel.   
7856Contudo tentaram e provocaram o Deus Altíssimo, e não guardaram os seus testemunhos.   
7857Mas tornaram atrás, e portaram-se aleivosamente como seus pais; desviaram-se como um arco traiçoeiro.   
7858Pois o provocaram à ira com os seus altos, e o incitaram a zelos com as suas imagens esculpidas.   
7859Ao ouvir isso, Deus se indignou, e sobremodo abominou a Israel.   
7860Pelo que desamparou o tabernáculo em Siló, a tenda da sua morada entre os homens,   
7861dando a sua força ao cativeiro, e a sua glória à mão do inimigo.   
7862Entregou o seu povo à espada, e encolerizou-se contra a sua herança.   
7863Aos seus mancebos o fogo devorou, e suas donzelas não tiveram cântico nupcial.   
7864Os seus sacerdotes caíram à espada, e suas viúvas não fizeram pranto.   
7865Então o Senhor despertou como dum sono, como um valente que o vinho excitasse.   
7866E fez recuar a golpes os seus adversários; infligiu-lhes eterna ignomínia.   
7867Além disso, rejeitou a tenda de José, e não escolheu a tribo de Efraim;   
7868antes escolheu a tribo de Judá, o monte Sião, que ele amava.   
7869Edificou o seu santuário como os lugares elevados, como a terra que fundou para sempre.   
7870Também escolheu a Davi, seu servo, e o tirou dos apriscos das ovelhas;   
7871de após as ovelhas e suas crias o trouxe, para apascentar a Jacó, seu povo, e a Israel, sua herança.   
7872E ele os apascentou, segundo a integridade do seu coração, e os guiou com a perícia de suas mãos.   
791Ó Deus, as nações invadiram a tua herança; contaminaram o teu santo templo; reduziram Jerusalém a ruínas.   
792Deram os cadáveres dos teus servos como pastos às aves dos céus, e a carne dos teus santos aos animais da terra.   
793Derramaram o sangue deles como água ao redor de Jerusalém, e não houve quem os sepultasse.   
794Somos feitos o opróbrio dos nossos vizinhos, o escárnio e a zombaria dos que estão em redor de nós.   
795Até quando, Senhor? Indignar-te-ás para sempre? Arderá o teu zelo como fogo?   
796Derrama o teu furor sobre as nações que não te conhecem, e sobre os reinos que não invocam o teu nome;   
797porque eles devoraram a Jacó, e assolaram a sua morada.   
798Não te lembres contra nós das iniqüidades de nossos pais; venha depressa ao nosso encontro a tua compaixão, pois estamos muito abatidos.   
799Ajuda-nos, ó Deus da nossa salvação, pela glória do teu nome; livra-nos, e perdoa os nossos pecados, por amor do teu nome.   
7910Por que diriam as nações: Onde está o seu Deus? Torne-se manifesta entre as nações, à nossa vista, a vingança do sangue derramado dos teus servos.   
7911Chegue à tua presença o gemido dos presos; segundo a grandeza do teu braço, preserva aqueles que estão condenados à morte.   
7912E aos nossos vizinhos, deita-lhes no regaço, setuplicadamente, a injúria com que te injuriaram, Senhor.   
7913Assim nós, teu povo ovelhas de teu pasto, te louvaremos eternamente; de geração em geração publicaremos os teus louvores.   
801Ó pastor de Israel, dá ouvidos; tu, que guias a José como a um rebanho, que estás entronizado sobre os querubins, resplandece.   
802Perante Efraim, Benjamim e Manassés, desperta o teu poder, e vem salvar-nos.   
803Reabilita-nos, ó Deus; faze resplandecer o teu rosto, para que sejamos salvos.   
804Ó Senhor Deus dos exércitos, até quando te indignarás contra a oração do teu povo?   
805Tu os alimentaste com pão de lágrimas, e lhes deste a beber lágrimas em abundância.   
806Tu nos fazes objeto de escárnio entre os nossos vizinhos; e os nossos inimigos zombam de nós entre si.   
807Reabilita-nos, ó Deus dos exércitos; faze resplandecer o teu rosto, para que sejamos salvos.   
808Trouxeste do Egito uma videira; lançaste fora as nações, e a plantaste.   
809Preparaste-lhe lugar; e ela deitou profundas raízes, e encheu a terra.   
8010Os montes cobriram-se com a sua sombra, e os cedros de Deus com os seus ramos.   
8011Ela estendeu a sua ramagem até o mar, e os seus rebentos até o Rio.   
8012Por que lhe derrubaste as cercas, de modo que a vindimam todos os que passam pelo caminho?   
8013O javali da selva a devasta, e as feras do campo alimentam-se dela.   
8014Ó Deus dos exércitos, volta-te, nós te rogamos; atende do céu, e vê, e visita esta videira,   
8015a videira que a tua destra plantou, e o sarmento que fortificaste para ti.   
8016Está queimada pelo fogo, está cortada; eles perecem pela repreensão do teu rosto.   
8017Seja a tua mão sobre o varão da tua destra, sobre o filho do homem que fortificaste para ti.   
8018E não nos afastaremos de ti; vivifica-nos, e nós invocaremos o teu nome.   
8019Reabilita-nos, Senhor Deus dos exércitos; faze resplandecer o teu rosto, para que sejamos salvos.   
811Cantai alegremente a Deus, nossa fortaleza; erguei alegres vozes ao Deus de Jacó.   
812Entoai um salmo, e fazei soar o adufe, a suave harpa e o saltério.   
813Tocai a trombeta pela lua nova, pela lua cheia, no dia da nossa festa.   
814Pois isso é um estatuto para Israel, e uma ordenança do Deus de Jacó.   
815Ordenou-o por decreto em José, quando saiu contra a terra do Egito. Ouvi uma voz que não conhecia, dizendo:   
816Livrei da carga o seu ombro; as suas mãos ficaram livres dos cestos.   
817Na angústia clamaste e te livrei; respondi-te no lugar oculto dos trovões; provei-te junto às águas de Meribá.   
818Ouve-me, povo meu, e eu te admoestarei; ó Israel, se me escutasses!   
819não haverá em ti deus estranho, nem te prostrarás ante um deus estrangeiro.   
8110Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito; abre bem a tua boca, e eu a encherei.   
8111Mas o meu povo não ouviu a minha voz, e Israel não me quis.   
8112Pelo que eu os entreguei à obstinação dos seus corações, para que andassem segundo os seus próprios conselhos.   
8113Oxalá me escutasse o meu povo! oxalá Israel andasse nos meus caminhos!   
8114Em breve eu abateria os seus inimigos, e voltaria a minha mão contra os seus adversários.   
8115Os que odeiam ao Senhor o adulariam, e a sorte deles seria eterna.   
8116E eu te sustentaria com o trigo mais fino; e com o mel saído da rocha eu te saciaria.   
821Deus está na assembléia divina; julga no meio dos deuses:   
822Até quando julgareis injustamente, e tereis respeito às pessoas dos ímpios?   
823Fazei justiça ao pobre e ao órfão; procedei retamente com o aflito e o desamparado.   
824Livrai o pobre e o necessitado, livrai-os das mãos dos ímpios.   
825Eles nada sabem, nem entendem; andam vagueando às escuras; abalam-se todos os fundamentos da terra.   
826Eu disse: Vós sois deuses, e filhos do Altíssimo, todos vós.   
827Todavia, como homens, haveis de morrer e, como qualquer dos príncipes, haveis de cair.   
828Levanta-te, ó Deus, julga a terra; pois a ti pertencem todas as nações.   
831Ó Deus, não guardes silêncio; não te cales nem fiques impassível, ó Deus.   
832Pois eis que teus inimigos se alvoroçam, e os que te odeiam levantam a cabeça.   
833Astutamente formam conselho contra o teu povo, e conspiram contra os teus protegidos.   
834Dizem eles: Vinde, e apaguemo-los para que não sejam nação, nem seja lembrado mais o nome de Israel.   
835Pois à uma se conluiam; aliam-se contra ti   
836as tendas de Edom e os ismaelitas, Moabe e os hagarenos,   
837Gebal, Amom e Amaleque, e a Filístia com os habitantes de tiro.   
838Também a Assíria se ligou a eles; eles são o braço forte dos filhos de Ló.   
839Faze-lhes como fizeste a Midiã, como a Sísera, como a Jabim junto ao rio Quisom,   
8310os quais foram destruídos em En-Dor; tornaram-se esterco para a terra.   
8311Faze aos seus nobres como a Orebe e a Zeebe; e a todos os seus príncipes como a Zebá e a Zalmuna,   
8312que disseram: Tomemos para nós as pastagens de Deus.   
8313Deus meu, faze-os como um turbilhão de pó, como a palha diante do vento.   
8314Como o fogo queima um bosque, e como a chama incedeia as montanhas,   
8315assim persegue-os com a tua tempestade, e assombra-os com o teu furacão.   
8316Cobre-lhes o rosto de confusão, de modo que busquem o teu nome, Senhor.   
8317Sejam envergonhados e conturbados perpetuamente; sejam confundidos, e pereçam,   
8318para que saibam que só tu, cujo nome é o Senhor, és o Altíssimo sobre toda a terra.   
841Quão amável são os teus tabernáculos, ó Senhor dos exércitos!   
842A minha alma suspira! sim, desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo.   
843Até o pardal encontrou casa, e a andorinha ninho para si, onde crie os seus filhotes, junto aos teus altares, ó Senhor dos exércitos, Rei meu e Deus meu.   
844Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvar-te-ão continuamente.   
845Bem-aventurados os homens cuja força está em ti, em cujo coração os caminhos altos.   
846Passando pelo vale de Baca, fazem dele um lugar de fontes; e a primeira chuva o cobre de bênçãos.   
847Vão sempre aumentando de força; cada um deles aparece perante Deus em Sião.   
848Senhor Deus dos exércitos, escuta a minha oração; inclina os ouvidos, ó Deus de Jacó!   
849Olha, ó Deus, escudo nosso, e contempla o rosto do teu ungido.   
8410Porque vale mais um dia nos teus átrios do que em outra parte mil. Preferiria estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas da perversidade.   
8411Porquanto o Senhor Deus é sol e escudo; o Senhor dará graça e glória; não negará bem algum aos que andam na retidão.   
8412Ó Senhor dos exércitos, bem-aventurado o homem que em ti põe a sua confiança.   
851Mostraste favor, Senhor, à tua terra; fizeste regressar os cativos de Jacó.   
852Perdoaste a iniqüidade do teu povo; cobriste todos os seus pecados.   
853Retraíste toda a tua cólera; refreaste o ardor da tua ira.   
854Restabelece-nos, ó Deus da nossa salvação, e faze cessar a tua indignação contra nós.   
855Estarás para sempre irado contra nós? estenderás a tua ira a todas as gerações?   
856Não tornarás a vivificar-nos, para que o teu povo se regozije em ti?   
857Mostra-nos, Senhor, a tua benignidade, e concede-nos a tua salvação.   
858Escutarei o que Deus, o Senhor, disser; porque falará de paz ao seu povo, e aos seus santos, contanto que não voltem à insensatez.   
859Certamente que a sua salvação está perto aqueles que o temem, para que a glória habite em nossa terra.   
8510A benignidade e a fidelidade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram.   
8511A fidelidade brota da terra, e a justiça olha desde o céu.   
8512O Senhor dará o que é bom, e a nossa terra produzirá o seu fruto.   
8513A justiça irá adiante dele, marcando o caminho com as suas pegadas.   
861Inclina, Senhor, os teus ouvidos, e ouve-me, porque sou pobre e necessitado.   
862Preserva a minha vida, pois sou piedoso; o Deus meu, salva o teu servo, que em ti confia.   
863Compadece-te de mim, ó Senhor, pois a ti clamo o dia todo.   
864Alegra a alma do teu servo, pois a ti, Senhor, elevo a minha alma.   
865Porque tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para com todos os que te invocam.   
866Dá ouvidos, Senhor, à minha oração, e atende à voz das minhas súplicas.   
867No dia da minha angústia clamo a ti, porque tu me respondes.   
868Entre os deuses nenhum há semelhante a ti, Senhor, nem há obras como as tuas.   
869Todas as nações que fizeste virão e se prostrarão diante de ti, Senhor, e glorificarão o teu nome.   
8610Ensina-me, Senhor, o teu caminho, e andarei na tua verdade; dispõe o meu coração para temer o teu nome.   
8611Louvar-te-ei, Senhor Deus meu, de todo o meu coração, e glorificarei o teu nome para sempre.   
8612Pois grande é a tua benignidade para comigo, e livraste a minha alma das profundezas do Seol.   
8613Pois grande é a tua benignidade para comigo, e livraste a minha alma das profundezas do Seol.   
8614Ó Deus, os soberbos têm-se levantado contra mim, e um bando de homens violentos procura tirar-me a vida; eles não te puseram diante dos seus olhos.   
8615Mas tu, Senhor, és um Deus compassivo e benigno, longânimo, e abundante em graça e em fidelidade.   
8616Volta-te para mim, e compadece-te de mim; dá a tua força ao teu servo, e a salva o filho da tua serva.   
8617Mostra-me um sinal do teu favor, para que o vejam aqueles que me odeiam, e sejam envergonhados, por me haveres tu, Senhor, ajuntado e confortado.   
871O fundamento dela está nos montes santos.   
872O Senhor ama as portas de Sião mais do que todas as habitações de Jacó.   
873Coisas gloriosas se dizem de ti, ó cidade de Deus.   
874Farei menção de Raabe e de Babilônia dentre os que me conhecem; eis que da Filístia, e de Tiro, e da Etiópia, se dirá: Este nasceu ali.   
875Sim, de Sião se dirá: Este e aquele nasceram ali; e o próprio Altíssimo a estabelecerá.   
876O Senhor, ao registrar os povos, dirá: Este nasceu ali.   
877Tanto os cantores como os que tocam instrumentos dirão: Todas as minhas fontes estão em ti.   
881Ó Senhor, Deus da minha salvação, dia e noite clamo diante de ti.   
882Chegue à tua presença a minha oração, inclina os teus ouvidos ao meu clamor;   
883porque a minha alma está cheia de angústias, e a minha vida se aproxima do Seol.   
884Já estou contado com os que descem à cova; estou como homem sem forças,   
885atirado entre os finados; como os mortos que jazem na sepultura, dos quais já não te lembras, e que são desamparados da tua mão.   
886Puseste-me na cova mais profunda, em lugares escuros, nas profundezas.   
887Sobre mim pesa a tua cólera; tu me esmagaste com todas as tuas ondas.   
888Apartaste de mim os meus conhecidos, fizeste-me abominável para eles; estou encerrado e não posso sair.   
889Os meus olhos desfalecem por causa da aflição. Clamo a ti todo dia, Senhor, estendendo-te as minhas mãos.   
8810Mostrarás tu maravilhas aos mortos? ou levantam-se os mortos para te louvar?   
8811Será anunciada a tua benignidade na sepultura, ou a tua fidelidade no Abadom?   
8812Serão conhecidas nas trevas as tuas maravilhas, e a tua justiça na terra do esquecimento?   
8813Eu, porém, Senhor, clamo a ti; de madrugada a minha oração chega à tua presença.   
8814Senhor, por que me rejeitas? por que escondes de mim a tua face?   
8815Estou aflito, e prestes a morrer desde a minha mocidade; sofro os teus terrores, estou desamparado.   
8816Sobre mim tem passado a tua ardente indignação; os teus terrores deram cabo de mim.   
8817Como águas me rodeiam todo o dia; cercam-me todos juntos.   
8818Aparte de mim amigos e companheiros; os meus conhecidos se acham nas trevas.   
891Cantarei para sempre as benignidades do Senhor; com a minha boca proclamarei a todas as gerações a tua fidelidade.   
892Digo, pois: A tua benignidade será renovada para sempre; tu confirmarás a tua fidelidade até nos céus, dizendo:   
893Fiz um pacto com o meu escolhido; jurei ao meu servo Davi:   
894Estabelecerei para sempre a tua descendência, e firmarei o teu trono por todas as gerações.   
895Os céus louvarão as tuas maravilhas, ó Senhor, e a tua fidelidade na assembléia dos santos.   
896Pois quem no firmamento se pode igualar ao Senhor? Quem entre os filhos de Deus é semelhante ao Senhor,   
897um Deus sobremodo tremendo na assembléia dos santos, e temível mais do que todos os que estão ao seu redor?   
898Ó Senhor, Deus dos exércitos, quem é poderoso como tu, Senhor, com a tua fidelidade ao redor de ti?   
899Tu dominas o ímpio do mar; quando as suas ondas se levantam tu as fazes aquietar.   
8910Tu abateste a Raabe como se fora ferida de morte; com o teu braço poderoso espalhaste os teus inimigos.   
8911São teus os céus, e tua é a terra; o mundo e a sua plenitude, tu os fundaste.   
8912O norte e o sul, tu os criaste; o Tabor e o Hermom regozijam-se em teu nome.   
8913Tu tens um braço poderoso; forte é a tua mão, e elevado a tua destra.   
8914Justiça e juízo são a base do teu trono; benignidade e verdade vão adiante de ti.   
8915Bem-aventurado o povo que conhece o som festivo, que anda, ó Senhor, na luz da tua face,   
8916que se regozija em teu nome todo o dia, e na tua justiça é exaltado.   
8917Pois tu és a glória da sua força; e pelo teu favor será exaltado o nosso poder.   
8918Porque o Senhor é o nosso escudo, e o Santo de Israel é o nosso Rei.   
8919Naquele tempo falaste em visão ao teu santo, e disseste: Coloquei a coroa num homem poderoso; exaltei um escolhido dentre o povo.   
8920Achei Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi.   
8921A minha mão será sempre com ele, e o meu braço o fortalecerá.   
8922O inimigo não o surpreenderá, nem o filho da perversidade o afligirá.   
8923Eu esmagarei diante dele os seus adversários, e aos que o odeiam abaterei.   
8924A minha fidelidade, porém, e a minha benignidade estarão com ele, e em meu nome será exaltado o seu poder.   
8925Porei a sua mão sobre o mar, e a sua destra sobre os rios.   
8926Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, e a rocha da minha salvação.   
8927Também lhe darei o lugar de primogênito; fá-lo-ei o mais excelso dos reis da terra.   
8928Conservar-lhe-ei para sempre a minha benignidade, e o meu pacto com ele ficará firme.   
8929Farei que subsista para sempre a sua descendência, e o seu trono como os dias dos céus.   
8930Se os seus filhos deixarem a minha lei, e não andarem nas minhas ordenanças,   
8931se profanarem os meus preceitos, e não guardarem os meus mandamentos,   
8932então visitarei com vara a sua transgressão, e com açoites a sua iniqüidade.   
8933Mas não lhe retirarei totalmente a minha benignidade, nem faltarei com a minha fidelidade.   
8934Não violarei o meu pacto, nem alterarei o que saiu dos meus lábios.   
8935Uma vez para sempre jurei por minha santidade; não mentirei a Davi.   
8936A sua descendência subsistirá para sempre, e o seu trono será como o sol diante de mim;   
8937será estabelecido para sempre como a lua, e ficará firme enquanto o céu durar.   
8938Mas tu o repudiaste e rejeitaste, tu estás indignado contra o teu ungido.   
8939Desprezaste o pacto feito com teu servo; profanaste a sua coroa, arrojando-a por terra.   
8940Derribaste todos os seus muros; arruinaste as suas fortificações.   
8941Todos os que passam pelo caminho o despojam; tornou-se objeto de opróbrio para os seus vizinhos.   
8942Exaltaste a destra dos seus adversários; fizeste com que todos os seus inimigos se regozijassem.   
8943Embotaste o fio da sua espada, e não o sustentaste na peleja;   
8944fizeste cessar o seu esplendor, e arrojaste por terra o seu trono;   
8945abreviaste os dias da sua mocidade; cobriste-o de vergonha.   
8946Até quando, Senhor? Esconder-te-ás para sempre? Até quando arderá a tua ira como fogo?   
8947Lembra-te de quão breves são os meus dias; de quão efêmeros criaste todos os filhos dos homens!   
8948Que homem há que viva e não veja a morte? ou que se livre do poder do Seol?   
8949Senhor, onde estão as tuas antigas benignidades, que juraste a Davi na tua fidelidade?   
8950Lembre-te, Senhor, do opróbrio dos teus servos; e de como trago no meu peito os insultos de todos os povos poderosos,   
8951com que os teus inimigos, ó Senhor, têm difamado, com que têm difamado os passos do teu ungido.   
8952Bendito seja o Senhor para sempre. Amém e amém.   
901Senhor, tu tens sido o nosso refúgio de geração em geração.   
902Antes que nascessem os montes, ou que tivesses formado a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade tu és Deus.   
903Tu reduzes o homem ao pó, e dizes: Voltai, filhos dos homens!   
904Porque mil anos aos teus olhos são como o dia de ontem que passou, e como uma vigília da noite.   
905Tu os levas como por uma torrente; são como um sono; de manhã são como a erva que cresce;   
906de manhã cresce e floresce; à tarde corta-se e seca.   
907Pois somos consumidos pela tua ira, e pelo teu furor somos conturbados.   
908Diante de ti puseste as nossas iniqüidades, à luz do teu rosto os nossos pecados ocultos.   
909Pois todos os nossos dias vão passando na tua indignação; acabam-se os nossos anos como um suspiro.   
9010A duração da nossa vida é de setenta anos; e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, a medida deles é canseira e enfado; pois passa rapidamente, e nós voamos.   
9011Quem conhece o poder da tua ira? e a tua cólera, segundo o temor que te é devido?   
9012Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios.   
9013Volta-te para nós, Senhor! Até quando? Tem compaixão dos teus servos.   
9014Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que nos regozijemos e nos alegremos todos os nossos dias.   
9015Alegra-nos pelos dias em que nos afligiste, e pelos anos em que vimos o mal.   
9016Apareça a tua obra aos teus servos, e a tua glória sobre seus filhos.   
9017Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos.   
911Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Todo-Poderoso descansará.   
912Direi do Senhor: Ele é o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio.   
913Porque ele te livra do laço do passarinho, e da peste perniciosa.   
914Ele te cobre com as suas penas, e debaixo das suas asas encontras refúgio; a sua verdade é escudo e broquel.   
915Não temerás os terrores da noite, nem a seta que voe de dia,   
916nem peste que anda na escuridão, nem mortandade que assole ao meio-dia.   
917Mil poderão cair ao teu lado, e dez mil à tua direita; mas tu não serás atingido.   
918Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios.   
919Porquanto fizeste do Senhor o teu refúgio, e do Altíssimo a tua habitação,   
9110nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda.   
9111Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.   
9112Eles te susterão nas suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra.   
9113Pisarás o leão e a áspide; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.   
9114Pois que tanto me amou, eu o livrarei; pô-lo-ei num alto retiro, porque ele conhece o meu nome.   
9115Quando ele me invocar, eu lhe responderei; estarei com ele na angústia, livrá-lo-ei, e o honrarei.   
9116Com longura de dias fartá-lo-ei, e lhe mostrarei a minha salvação.   
921Bom é render graças ao Senhor, e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo,   
922anunciar de manhã a tua benignidade, e à noite a tua fidelidade,   
923sobre um instrumento de dez cordas, e sobre o saltério, ao som solene da harpa.   
924Pois me alegraste, Senhor, pelos teus feitos; exultarei nas obras das tuas mãos.   
925Quão grandes são, ó Senhor, as tuas obras! quão profundos são os teus pensamentos!   
926O homem néscio não sabe, nem o insensato entende isto:   
927quando os ímpios brotam como a erva, e florescem todos os que praticam a iniqüidade, é para serem destruídos para sempre.   
928Mas tu, Senhor, estás nas alturas para sempre.   
929Pois eis que os teus inimigos, Senhor, eis que os teus inimigos perecerão; serão dispersos todos os que praticam a iniqüidade.   
9210Mas tens exaltado o meu poder, como o do boi selvagem; fui ungido com óleo fresco.   
9211Os meus olhos já viram o que é feito dos que me espreitam, e os meus ouvidos já ouviram o que sucedeu aos malfeitores que se levantam contra mim.   
9212Os justos florescerão como a palmeira, crescerão como o cedro no Líbano.   
9213Estão plantados na casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus.   
9214Na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes,   
9215para proclamarem que o Senhor é reto. Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça.   
931O Senhor reina; está vestido de majestade. O Senhor se revestiu, cingiu-se de fortaleza; o mundo também está estabelecido, de modo que não pode ser abalado.   
932O teu trono está firme desde a antigüidade; desde a eternidade tu existes.   
933Os rios levantaram, ó Senhor, os rios levantaram o seu ruído, os rios levantam o seu fragor.   
934Mais que o ruído das grandes águas, mais que as vagas estrondosas do mar, poderoso é o Senhor nas alturas.   
935Mui fiéis são os teus testemunhos; a santidade convém à tua casa, Senhor, para sempre.   
941Ó Senhor, Deus da vingança, ó Deus da vingança, resplandece!   
942Exalta-te, ó juiz da terra! dá aos soberbos o que merecem.   
943Até quando os ímpios, Senhor, até quando os ímpios exultarão?   
944Até quando falarão, dizendo coisas arrogantes, e se gloriarão todos os que praticam a iniqüidade?   
945Esmagam o teu povo, ó Senhor, e afligem a tua herança.   
946Matam a viúva e o estrangeiro, e tiram a vida ao órfão.   
947E dizem: O Senhor não vê; o Deus de Jacó não o percebe.   
948Atendei, ó néscios, dentre o povo; e vós, insensatos, quando haveis de ser sábios?   
949Aquele que fez ouvido, não ouvirá? ou aquele que formou o olho, não verá?   
9410Porventura aquele que disciplina as nações, não corrigirá? Aquele que instrui o homem no conhecimento,   
9411o Senhor, conhece os pensamentos do homem, que são vaidade.   
9412Bem-aventurado é o homem a quem tu repreendes, ó Senhor, e a quem ensinas a tua lei,   
9413para lhe dares descanso dos dias da adversidade, até que se abra uma cova para o ímpio.   
9414Pois o Senhor não rejeitará o seu povo, nem desamparará a sua herança.   
9415Mas o juízo voltará a ser feito com justiça, e hão de segui-lo todos os retos de coração.   
9416Quem se levantará por mim contra os malfeitores? quem se porá ao meu lado contra os que praticam a iniqüidade?   
9417Se o Senhor não tivesse sido o meu auxílio, já a minha alma estaria habitando no lugar do silêncio.   
9418Quando eu disse: O meu pé resvala; a tua benignidade, Senhor, me susteve.   
9419Quando os cuidados do meu coração se multiplicam, as tuas consolações recreiam a minha alma.   
9420Pode acaso associar-se contigo o trono de iniqüidade, que forja o mal tendo a lei por pretexto?   
9421Acorrem em tropel contra a vida do justo, e condenam o sangue inocente.   
9422Mas o Senhor tem sido o meu alto retiro, e o meu Deus a rocha do meu alto retiro, e o meu Deus a rocha do meu refúgio.   
9423Ele fará recair sobre eles a sua própria iniqüidade, e os destruirá na sua própria malícia; o Senhor nosso Deus os destruirá.   
951Vinde, cantemos alegremente ao Senhor, cantemos com júbilo à rocha da nossa salvação.   
952Apresentemo-nos diante dele com ações de graças, e celebremo-lo com salmos de louvor.   
953Porque o Senhor é Deus grande, e Rei grande acima de todos os deuses.   
954Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas.   
955Seu é o mar, pois ele o fez, e as suas mãos formaram a serra terra seca.   
956Oh, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou.   
957Porque ele é o nosso Deus, e nós povo do seu pasto e ovelhas que ele conduz. Oxalá que hoje ouvísseis a sua voz:   
958Não endureçais o vosso coração como em Meribá, como no dia de Massá no deserto,   
959quando vossos pais me tentaram, me provaram e viram a minha obra.   
9510Durante quarenta anos estive irritado com aquela geração, e disse: É um povo que erra de coração, e não conhece os meus caminhos;   
9511por isso jurei na minha ira: Eles não entrarão no meu descanso.   
961Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor, todos os moradores da terra.   
962Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome; anunciai de dia em dia a sua salvação.   
963Anunciai entre as nações a sua glória, entre todos os povos as suas maravilhas.   
964Porque grande é o Senhor, e digno de ser louvado; ele é mais temível do que todos os deuses.   
965Porque todos os deuses dos povos são ídolos; mas o Senhor fez os céus.   
966Glória e majestade estão diante dele, força e formosura no seu santuário.   
967Tributai ao Senhor, ó famílias dos povos, tributai ao Senhor glória e força.   
968Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome; trazei oferendas, e entrai nos seus átrios.   
969Adorai ao Senhor vestidos de trajes santos; tremei diante dele, todos os habitantes da terra.   
9610Dizei entre as nações: O Senhor reina; ele firmou o mundo, de modo que não pode ser abalado. Ele julgará os povos com retidão.   
9611Alegrem-se os céus, e regozije-se a terra; brame o mar e a sua plenitude.   
9612Exulte o campo, e tudo o que nele há; então cantarão de júbilo todas as árvores do bosque   
9613diante do Senhor, porque ele vem, porque vem julgar a terra: julgará o mundo com justiça e os povos com a sua fidelidade.   
971O Senhor reina, regozije-se a terra; alegrem-se as numerosas ilhas.   
972Nuvens e escuridão estão ao redor dele; justiça e eqüidade são a base do seu trono.   
973Adiante dele vai um fogo que abrasa os seus inimigos em redor.   
974Os seus relâmpagos alumiam o mundo; a terra os vê e treme.   
975Os montes, como cerca, se derretem na presença do Senhor, na presença do Senhor de toda a terra.   
976Os céus anunciam a sua justiça, e todos os povos vêem a sua glória.   
977Confundidos são todos os que servem imagens esculpidas, que se gloriam de ídolos; prostrai-vos diante dele, todos os deuses.   
978Sião ouve e se alegra, e regozijam-se as filhas de Judá por causa dos teus juízos, Senhor.   
979Pois tu, Senhor, és o Altíssimo sobre toda a terra; tu és sobremodo exaltado acima de todos os deuses.   
9710O Senhor ama aos que odeiam o mal; ele preserva as almas dos seus santos, ele os livra das mãos dos ímpios.   
9711A luz é semeada para o justo, e a alegria para os retos de coração.   
9712Alegrai-vos, ó justos, no Senhor, e rendei graças ao seu santo nome.   
981Cantai ao Senhor um cântico novo, porque ele tem feito maravilhas; a sua destra e o seu braço santo lhe alcançaram a vitória.   
982O Senhor fez notória a sua salvação, manifestou a sua justiça perante os olhos das nações.   
983Lembrou-se da sua misericórdia e da sua fidelidade para com a casa de Israel; todas as extremidades da terra viram a salvação do nosso Deus.   
984Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os habitantes da terra; dai brados de alegria, regozijai-vos, e cantai louvores.   
985Louvai ao Senhor com a harpa; com a harpa e a voz de canto.   
986Com trombetas, e ao som de buzinas, exultai diante do Rei, o Senhor.   
987Brame o mar e a sua plenitude, o mundo e os que nele habitam;   
988batam palmas os rios; à uma regozijem-se os montes   
989diante do Senhor, porque vem julgar a terra; com justiça julgará o mundo, e os povos com eqüidade.   
991O Senhor reina, tremam os povos; ele está entronizado sobre os querubins, estremeça a terra.   
992O Senhor é grande em Sião, e exaltado acima de todos os povos.   
993Louvem o teu nome, grande e tremendo; pois é santo.   
994És Rei poderoso que amas a justiça; estabeleces a eqüidade, executas juízo e justiça em Jacó.   
995Exaltai o Senhor nosso Deus, e prostrai-vos diante do escabelo de seus pés; porque ele é santo.   
996Moisés e Arão entre os seus sacerdotes, e Samuel entre os que invocavam o seu nome, clamavam ao Senhor, e ele os ouvia.   
997Na coluna de nuvem lhes falava; eles guardavam os seus testemunhos, e os estatutos que lhes dera.   
998Tu os ouviste, Senhor nosso Deus; tu foste para eles um Deus perdoador, embora vingador dos seus atos.   
999Exaltai o Senhor nosso Deus e adorai-o no seu santo monte, porque o Senhor nosso Deus é santo.   
1001Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os habitantes da terra.   
1002Servi ao Senhor com alegria, e apresentai-vos a ele com cântico.   
1003Sabei que o Senhor é Deus! Foi ele quem nos fez, e somos dele; somos o seu povo e ovelhas do seu pasto.   
1004Entrai pelas suas portas com ação de graças, e em seus átrios com louvor; dai-lhe graças e bendizei o seu nome.   
1005Porque o Senhor é bom; a sua benignidade dura para sempre, e a sua fidelidade de geração em geração.   
1011Cantarei a benignidade e o juízo; a ti, Senhor, cantarei.   
1012Portar-me-ei sabiamente no caminho reto. Oh, quando virás ter comigo? Andarei em minha casa com integridade de coração.   
1013Não porei coisa torpe diante dos meus olhos; aborreço as ações daqueles que se desviam; isso não se apagará a mim.   
1014Longe de mim estará o coração perverso; não conhecerei o mal.   
1015Aquele que difama o seu próximo às escondidas, eu o destruirei; aquele que tem olhar altivo e coração soberbo, não o tolerarei.   
1016Os meus olhos estão sobre os fiéis da terra, para que habitem comigo; o que anda no caminho perfeito, esse me servirá.   
1017O que usa de fraude não habitará em minha casa; o que profere mentiras não estará firme perante os meus olhos.   
1018De manhã em manhã destruirei todos os ímpios da terra, para desarraigar da cidade do Senhor todos os que praticam a iniqüidade.   
1021Ó Senhor, ouve a minha oração, e chegue a ti o meu clamor.   
1022Não escondas de mim o teu rosto no dia da minha angústia; inclina para mim os teus ouvidos; no dia em que eu clamar, ouve-me depressa.   
1023Pois os meus dias se desvanecem como fumaça, e os meus ossos ardem como um tição.   
1024O meu coração está ferido e seco como a erva, pelo que até me esqueço de comer o meu pão.   
1025Por causa do meu doloroso gemer, os meus ossos se apegam à minha carne.   
1026Sou semelhante ao pelicano no deserto; cheguei a ser como a coruja das ruínas.   
1027Vigio, e tornei-me como um passarinho solitário no telhado.   
1028Os meus inimigos me afrontam todo o dia; os que contra mim se enfurecem, me amaldiçoam.   
1029Pois tenho comido cinza como pão, e misturado com lágrimas a minha bebida,   
10210por causa da tua indignação e da tua ira; pois tu me levantaste e me arrojaste de ti.   
10211Os meus dias são como a sombra que declina, e eu, como a erva, me vou secando.   
10212Mas tu, Senhor, estás entronizado para sempre, e o teu nome será lembrado por todas as gerações.   
10213Tu te lenvantarás e terás piedade de Sião; pois é o tempo de te compadeceres dela, sim, o tempo determinado já chegou.   
10214Porque os teus servos têm prazer nas pedras dela, e se compadecem do seu pó.   
10215As nações, pois, temerão o nome do Senhor, e todos os reis da terra a tua glória,   
10216quando o Senhor edificar a Sião, e na sua glória se manifestar,   
10217atendendo à oração do desamparado, e não desprezando a sua súplica.   
10218Escreva-se isto para a geração futura, para que um povo que está por vir louve ao Senhor.   
10219Pois olhou do alto do seu santuário; dos céus olhou o Senhor para a terra,   
10220para ouvir o gemido dos presos, para libertar os sentenciados à morte;   
10221a fim de que seja anunciado em Sião o nome do Senhor, e o seu louvor em Jerusalém,   
10222quando se congregarem os povos, e os reinos, para servirem ao Senhor.   
10223Ele abateu a minha força no caminho; abreviou os meus dias.   
10224Eu clamo: Deus meu, não me leves no meio dos meus dias, tu, cujos anos alcançam todas as gerações.   
10225Desde a antigüidade fundaste a terra; e os céus são obra das tuas mãos.   
10226Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles, como um vestido, envelhecerão; como roupa os mundarás, e ficarão mudados.   
10227Mas tu és o mesmo, e os teus anos não acabarão.   
10228Os filhos dos teus servos habitarão seguros, e a sua descendência ficará firmada diante de ti.   
1031Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome.   
1032Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum dos seus benefícios.   
1033É ele quem perdoa todas as tuas iniqüidades, quem sara todas as tuas enfermidades,   
1034quem redime a tua vida da cova, quem te coroa de benignidade e de misericórdia,   
1035quem te supre de todo o bem, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia.   
1036O Senhor executa atos de justiça, e juízo a favor de todos os oprimidos.   
1037Fez notórios os seus caminhos a Moisés, e os seus feitos aos filhos de Israel.   
1038Compassivo e misericordioso é o Senhor; tardio em irar-se e grande em benignidade.   
1039Não repreenderá perpetuamente, nem para sempre conservará a sua ira.   
10310Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui segundo as nossas iniqüidades.   
10311Pois quanto o céu está elevado acima da terra, assim é grande a sua benignidade para com os que o temem.   
10312Quanto o oriente está longe do ocidente, tanto tem ele afastado de nós as nossas transgressões.   
10313Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem.   
10314Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó.   
10315Quanto ao homem, os seus dias são como a erva; como a flor do campo, assim ele floresce.   
10316Pois, passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não a conhece mais.   
10317Mas é de eternidade a eternidade a benignidade do Senhor sobre aqueles que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos,   
10318sobre aqueles que guardam o seu pacto, e sobre os que se lembram dos seus preceitos para os cumprirem.   
10319O Senhor estabeleceu o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo.   
10320Bendizei ao Senhor, vós anjos seus, poderosos em força, que cumpris as suas ordens, obedecendo à voz da sua palavra!   
10321Bendizei ao Senhor, vós todos os seus exércitos, vós ministros seus, que executais a sua vontade!   
10322Bendizei ao Senhor, vós todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio! Bendizei, ó minha alma ao Senhor!   
1041Bendize, ó minha alma, ao Senhor! Senhor, Deus meu, tu és magnificentíssimo! Estás vestido de honra e de majestade,   
1042tu que te cobres de luz como de um manto, que estendes os céus como uma cortina.   
1043És tu que pões nas águas os vigamentos da tua morada, que fazes das nuvens o teu carro, que andas sobre as asas do vento;   
1044que fazes dos ventos teus mensageiros, dum fogo abrasador os teus ministros.   
1045Lançaste os fundamentos da terra, para que ela não fosse abalada em tempo algum.   
1046Tu a cobriste do abismo, como dum vestido; as águas estavam sobre as montanhas.   
1047Â tua repreensão fugiram; à voz do teu trovão puseram-se em fuga.   
1048Elevaram-se as montanhas, desceram os vales, até o lugar que lhes determinaste.   
1049Limite lhes traçaste, que não haviam de ultrapassar, para que não tornassem a cobrir a terra.   
10410És tu que nos vales fazes rebentar nascentes, que correm entre as colinas.   
10411Dão de beber a todos os animais do campo; ali os asnos monteses matam a sua sede.   
10412Junto delas habitam as aves dos céus; dentre a ramagem fazem ouvir o seu canto.   
10413Da tua alta morada regas os montes; a terra se farta do fruto das tuas obras.   
10414Fazes crescer erva para os animais, e a verdura para uso do homem, de sorte que da terra tire o alimento,   
10415o vinho que alegra o seu coração, o azeite que faz reluzir o seu rosto, e o pão que lhe fortalece o coração.   
10416Saciam-se as árvores do Senhor, os cedros do Líbano que ele plantou,   
10417nos quais as aves se aninham, e a cegonha, cuja casa está nos ciprestes.   
10418Os altos montes são um refúgio para as cabras montesas, e as rochas para os querogrilos.   
10419Designou a lua para marcar as estações; o sol sabe a hora do seu ocaso.   
10420Fazes as trevas, e vem a noite, na qual saem todos os animais da selva.   
10421Os leões novos os animais bramam pela presa, e de Deus buscam o seu sustento.   
10422Quando nasce o sol, logo se recolhem e se deitam nos seus covis.   
10423Então sai o homem para a sua lida e para o seu trabalho, até a tarde.   
10424Ó Senhor, quão multiformes são as tuas obras! Todas elas as fizeste com sabedoria; a terra está cheia das tuas riquezas.   
10425Eis também o vasto e espaçoso mar, no qual se movem seres inumeráveis, animais pequenos e grandes.   
10426Ali andam os navios, e o leviatã que formaste para nele folgar.   
10427Todos esperam de ti que lhes dês o sustento a seu tempo.   
10428Tu lho dás, e eles o recolhem; abres a tua mão, e eles se fartam de bens.   
10429Escondes o teu rosto, e ficam perturbados; se lhes tiras a respiração, morrem, e voltam para o seu pó.   
10430Envias o teu fôlego, e são criados; e assim renovas a face da terra.   
10431Permaneça para sempre a glória do Senhor; regozije-se o Senhor nas suas obras;   
10432ele olha para a terra, e ela treme; ele toca nas montanhas, e elas fumegam.   
10433Cantarei ao Senhor enquanto eu viver; cantarei louvores ao meu Deus enquanto eu existir.   
10434Seja-lhe agradável a minha meditação; eu me regozijarei no Senhor.   
10435Sejam extirpados da terra os pecadores, e não subsistam mais os ímpios. Bendize, ó minha alma, ao Senhor. Louvai ao Senhor.   
1051Dai graças ao Senhor; invocai o seu nome; fazei conhecidos os seus feitos entre os povos.   
1052Cantai-lhe, cantai-lhe louvores; falai de todas as suas maravilhas.   
1053Gloriai-vos no seu santo nome; regozije-se o coração daqueles que buscam ao Senhor.   
1054Buscai ao Senhor e a sua força; buscai a sua face continuamente.   
1055Lembrai-vos das maravilhas que ele tem feito, dos seus prodígios e dos juízos da sua boca,   
1056vós, descendência de Abraão, seu servo, vós, filhos de Jacó, seus escolhidos.   
1057Ele é o Senhor nosso Deus; os seus juízos estão em toda a terra.   
1058Lembra-se perpetuamente do seu pacto, da palavra que ordenou para mil gerações;   
1059do pacto que fez com Abraão, e do seu juramento a Isaque;   
10510o qual ele confirmou a Jacó por estatuto, e a Israel por pacto eterno,   
10511dizendo: A ti darei a terra de Canaã, como porção da vossa herança.   
10512Quando eles eram ainda poucos em número, de pouca importância, e forasteiros nela,   
10513andando de nação em nação, dum reino para outro povo,   
10514não permitiu que ninguém os oprimisse, e por amor deles repreendeu reis, dizendo:   
10515Não toqueis nos meus ungidos, e não maltrateis os meus profetas.   
10516Chamou a fome sobre a terra; retirou-lhes todo o sustento do pão.   
10517Enviou adiante deles um varão; José foi vendido como escravo;   
10518feriram-lhe os pés com grilhões; puseram-no a ferro,   
10519até o tempo em que a sua palavra se cumpriu; a palavra do Senhor o provou.   
10520O rei mandou, e fez soltá-lo; o governador dos povos o libertou.   
10521Fê-lo senhor da sua casa, e governador de toda a sua fazenda,   
10522para, a seu gosto, dar ordens aos príncipes, e ensinar aos anciãos a sabedoria.   
10523Então Israel entrou no Egito, e Jacó peregrinou na terra de Cão.   
10524E o Senhor multiplicou sobremodo o seu povo, e o fez mais poderoso do que os seus inimigos.   
10525Mudou o coração destes para que odiassem o seu povo, e tratassem astutamente aos seus servos.   
10526Enviou Moisés, seu servo, e Arão, a quem escolhera,   
10527os quais executaram entre eles os seus sinais e prodígios na terra de Cão.   
10528Mandou à escuridão que a escurecesse; e foram rebeldes à sua palavra.   
10529Converteu-lhes as águas em sangue, e fez morrer os seus peixes.   
10530A terra deles produziu rãs em abundância, até nas câmaras dos seus reis.   
10531Ele falou, e vieram enxames de moscas em todo o seu têrmo.   
10532Deu-lhes saraiva por chuva, e fogo abrasador na sua terra.   
10533Feriu-lhes também as vinhas e os figueirais, e quebrou as árvores da sua terra.   
10534Ele falou, e vieram gafanhotos, e pulgões em quantidade inumerável,   
10535que comeram toda a erva da sua terra, e devoraram o fruto dos seus campos.   
10536Feriu também todos os primogênitos da terra deles, as primícias de toda a sua força.   
10537E fez sair os israelitas com prata e ouro, e entre as suas tribos não havia quem tropeçasse.   
10538O Egito alegrou-se quando eles saíram, porque o temor deles o dominara.   
10539Estendeu uma nuvem para os cobrir, e um fogo para os alumiar de noite.   
10540Eles pediram, e ele fez vir codornizes, e os saciou com pão do céu.   
10541Fendeu a rocha, e dela brotaram águas, que correram pelos lugares áridos como um rio.   
10542Porque se lembrou da sua santa palavra, e de Abraão, seu servo.   
10543Fez sair com alegria o seu povo, e com cânticos de júbilo os seus escolhidos.   
10544Deu-lhes as terras das nações, e eles herdaram o fruto do trabalho dos povos,   
10545para que guardassem os seus preceitos, e observassem as suas leis. Louvai ao Senhor   
1061Louvai ao Senhor. Louvai ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.   
1062Quem pode referir os poderosos feitos do Senhor, ou anunciar todo o seu louvor?   
1063Bem-aventurados os que observam o direito, que praticam a justiça em todos os tempos.   
1064Lembra-te de mim, Senhor, quando mostrares favor ao teu povo; visita-me com a tua salvação,   
1065para que eu veja a prosperidade dos teus escolhidos, para que me alegre com a alegria da tua nação, e me glorie juntamente com a tua herança.   
1066Nós pecamos, como nossos pais; cometemos a iniqüidade, andamos perversamente.   
1067Nossos pais não atentaram para as tuas maravilhas no Egito, não se lembraram da multidão das tuas benignidades; antes foram rebeldes contra o Altíssimo junto ao Mar Vermelho.   
1068Não obstante, ele os salvou por amor do seu nome, para fazer conhecido o seu poder.   
1069Pois repreendeu o Mar Vermelho e este se secou; e os fez caminhar pelos abismos como pelo deserto.   
10610Salvou-os da mão do adversário, livrou-os do poder do inimigo.   
10611As águas, porém, cobriram os seus adversários; nem um só deles ficou.   
10612Então creram nas palavras dele e cantaram-lhe louvor.   
10613Cedo, porém, se esqueceram das suas obras; não esperaram pelo seu conselho;   
10614mas deixaram-se levar pela cobiça no deserto, e tentaram a Deus no ermo.   
10615E ele lhes deu o que pediram, mas fê-los definhar de doença.   
10616Tiveram inveja de Moisés no acampamento, e de Arão, o santo do Senhor.   
10617Abriu-se a terra, e engoliu a Datã, e cobriu a companhia de Abirão;   
10618ateou-se um fogo no meio da congregação; e chama abrasou os ímpios.   
10619Fizeram um bezerro em Horebe, e adoraram uma imagem de fundição.   
10620Assim trocaram a sua glória pela figura de um boi que come erva.   
10621Esqueceram-se de Deus seu Salvador, que fizera grandes coisas no Egito,   
10622maravilhas na terra de Cão, coisas tremendas junto ao Mar Vermelho.   
10623Pelo que os teria destruído, como dissera, se Moisés, seu escolhido, não se tivesse interposto diante dele, para desviar a sua indignação, a fim de que não os destruísse.   
10624Também desprezaram a terra aprazível; não confiaram na sua promessa;   
10625antes murmuraram em suas tendas e não deram ouvidos à voz do Senhor.   
10626Pelo que levantou a sua mão contra eles, afirmando que os faria cair no deserto;   
10627que dispersaria também a sua descendência entre as nações, e os espalharia pelas terras.   
10628Também se apegaram a Baal-Peor, e comeram sacrifícios oferecidos aos mortos.   
10629Assim o provocaram à ira com as suas ações; e uma praga rebentou entre eles.   
10630Então se levantou Finéias, que executou o juízo; e cessou aquela praga.   
10631E isto lhe foi imputado como justiça, de geração em geração, para sempre.   
10632Indignaram-no também junto às águas de Meribá, de sorte que sucedeu mal a Moisés por causa deles;   
10633porque amarguraram o seu espírito; e ele falou imprudentemente com seus lábios.   
10634Não destruíram os povos, como o Senhor lhes ordenara;   
10635antes se misturaram com as nações, e aprenderam as suas obras.   
10636Serviram aos seus ídolos, que vieram a ser-lhes um laço;   
10637sacrificaram seus filhos e suas filhas aos demônios;   
10638e derramaram sangue inocente, o sangue de seus filhos e de suas filhas, que eles sacrificaram aos ídolos de Canaã; e a terra foi manchada com sangue.   
10639Assim se contaminaram com as suas obras, e se prostituíram pelos seus feitos.   
10640Pelo que se acendeu a ira do Senhor contra o seu povo, de modo que abominou a sua herança;   
10641entregou-os nas mãos das nações, e aqueles que os odiavam dominavam sobre eles.   
10642Os seus inimigos os oprimiram, e debaixo das mãos destes foram eles humilhados.   
10643Muitas vezes os livrou; mas eles foram rebeldes nos seus desígnios, e foram abatidos pela sua iniqüidade.   
10644Contudo, atentou para a sua aflição, quando ouviu o seu clamor;   
10645e a favor deles lembrou-se do seu pacto, e aplacou-se, segundo a abundância da sua benignidade.   
10646Por isso fez com que obtivessem compaixão da parte daqueles que os levaram cativos.   
10647Salva-nos, Senhor, nosso Deus, e congrega-nos dentre as nações, para que louvemos o teu santo nome, e nos gloriemos no teu louvor.   
10648Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, de eternidade em eternidade! E diga todo o povo: Amém. Louvai ao Senhor.   
1071Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre;   
1072digam-no os remidos do Senhor, os quais ele remiu da mão do inimigo,   
1073e os que congregou dentre as terras, do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul.   
1074Andaram desgarrados pelo deserto, por caminho ermo; não acharam cidade em que habitassem.   
1075Andavam famintos e sedentos; desfalecia-lhes a alma.   
1076E clamaram ao Senhor na sua tribulação, e ele os livrou das suas angústias;   
1077conduziu-os por um caminho direito, para irem a uma cidade em que habitassem.   
1078Dêem graças ao Senhor pela sua benignidade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens!   
1079Pois ele satisfaz a alma sedenta, e enche de bens a alma faminta.   
10710Quanto aos que se assentavam nas trevas e sombra da morte, presos em aflição e em ferros,   
10711por se haverem rebelado contra as palavras de Deus, e desprezado o conselho do Altíssimo,   
10712eis que lhes abateu o coração com trabalho; tropeçaram, e não houve quem os ajudasse.   
10713Então clamaram ao Senhor na sua tribulação, e ele os livrou das suas angústias.   
10714Tirou-os das trevas e da sombra da morte, e quebrou-lhes as prisões.   
10715Dêem graças ao Senhor pela sua benignidade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens!   
10716Pois quebrou as portas de bronze e despedaçou as trancas de ferro.   
10717Os insensatos, por causa do seu caminho de transgressão, e por causa das suas iniqüidades, são afligidos.   
10718A sua alma aborreceu toda sorte de comida, e eles chegaram até as portas da morte.   
10719Então clamaram ao Senhor na sua tribulação, e ele os livrou das suas angústias.   
10720Enviou a sua palavra, e os sarou, e os livrou da destruição.   
10721Dêem graças ao Senhor pela sua benignidade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens!   
10722Ofereçam sacrifícios de louvor, e relatem as suas obras com regozijo!   
10723Os que descem ao mar em navios, os que fazem comércio nas grandes águas,   
10724esses vêem as obras do Senhor, e as suas maravilhas no abismo.   
10725Pois ele manda, e faz levantar o vento tempestuoso, que eleva as ondas do mar.   
10726Eles sobem ao céu, descem ao abismo; esvaece-lhes a alma de aflição.   
10727Balançam e cambaleiam como ébrios, e perdem todo o tino.   
10728Então clamam ao Senhor na sua tribulação, e ele os livra das suas angústias.   
10729Faz cessar a tormenta, de modo que se acalmam as ondas.   
10730Então eles se alegram com a bonança; e assim ele os leva ao porto desejado.   
10731Dêem graças ao Senhor pela sua benignidade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens!   
10732Exaltem-no na congregação do povo, e louvem-no na assembléia dos anciãos!   
10733Ele converte rios em deserto, e nascentes em terra sedenta;   
10734a terra frutífera em deserto salgado, por causa da maldade dos que nela habitam.   
10735Converte o deserto em lagos, e a terra seca em nascentes.   
10736E faz habitar ali os famintos, que edificam uma cidade para sua habitação;   
10737semeiam campos e plantam vinhas, que produzem frutos abundantes.   
10738Ele os abençoa, de modo que se multiplicam sobremaneira; e não permite que o seu gado diminua.   
10739Quando eles decrescem e são abatidos pela opressão, aflição e tristeza,   
10740ele lança o desprezo sobre os príncipes, e os faz desgarrados pelo deserto, onde não há caminho.   
10741Mas levanta da opressão o necessitado para um alto retiro, e dá-lhe famílias como um rebanho.   
10742Os retos o vêem e se regozijam, e toda a iniqüidade tapa a sua própria boca.   
10743Quem é sábio observe estas coisas, e considere atentamente as benignidades do Senhor.   
1081Preparado está o meu coração, ó Deus; cantarei, sim, cantarei louvores, com toda a minha alma.   
1082Despertai, saltério e harpa; eu mesmo despertarei a aurora.   
1083Louvar-te-ei entre os povos, Senhor, cantar-te-ei louvores entre as nações.   
1084Pois grande, acima dos céus, é a tua benignidade, e a tua verdade ultrapassa as mais altas nuvens.   
1085Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus, e seja a tua glória acima de toda a terra!   
1086Para que sejam livres os teus amados, salva-nos com a tua destra, e ouve-nos.   
1087Deus falou no seu santuário: Eu me regozijarei; repartirei Siquém, e medirei o vale de Sucote.   
1088Meu é Gileade, meu é Manassés; também Efraim é o meu capacete; Judá o meu cetro.   
1089Moabe a minha bacia de lavar; sobre Edom lançarei o meu sapato; sobre a Filístia bradarei em triunfo.   
10810Quem me conduzirá à cidade fortificada? Quem me guiará até Edom?   
10811Porventura não nos rejeitaste, ó Deus? Não sais, ó Deus, com os nossos exércitos.   
10812Dá-nos auxílio contra o adversário, pois vão é o socorro da parte do homem.   
10813Em Deus faremos proezas; porque é ele quem calcará aos pés os nossos inimigos.   
1091Ó Deus do meu louvor, não te cales;   
1092pois a boca do ímpio e a boca fraudulenta se abrem contra mim; falam contra mim com uma língua mentirosa.   
1093Eles me cercam com palavras de ódio, e pelejam contra mim sem causa.   
1094Em paga do meu amor são meus adversários; mas eu me dedico à oração.   
1095Retribuem-me o mal pelo bem, e o ódio pelo amor.   
1096Põe sobre ele um ímpio, e esteja à sua direita um acusador.   
1097Quando ele for julgado, saia condenado; e em pecado se lhe torne a sua oração!   
1098Sejam poucos os seus dias, e outro tome o seu ofício!   
1099Fiquem órfãos os seus filhos, e viúva a sua mulher!   
10910Andem errantes os seus filhos, e mendiguem; esmolem longe das suas habitações assoladas.   
10911O credor lance mão de tudo quanto ele tenha, e despojem-no os estranhos do fruto do seu trabalho!   
10912Não haja ninguém que se compadeça dele, nem haja quem tenha pena dos seus órfãos!   
10913Seja extirpada a sua posteridade; o seu nome seja apagado na geração seguinte!   
10914Esteja na memória do Senhor a iniqüidade de seus pais; e não se apague o pecado de sua mãe!   
10915Antes estejam sempre perante o Senhor, para que ele faça desaparecer da terra a memória deles!   
10916Porquanto não se lembrou de usar de benignidade; antes perseguiu o varão aflito e o necessitado, como também o quebrantado de coração, para o matar.   
10917Visto que amou a maldição, que ela lhe sobrevenha! Como não desejou a bênção, que ela se afaste dele!   
10918Assim como se vestiu de maldição como dum vestido, assim penetre ela nas suas entranhas como água, e em seus ossos como azeite!   
10919Seja para ele como o vestido com que ele se cobre, e como o cinto com que sempre anda cingido!   
10920Seja este, da parte do Senhor, o galardão dos meus adversários, e dos que falam mal contra mim!   
10921Mas tu, ó Deus, meu Senhor age em meu favor por amor do teu nome; pois que é boa a tua benignidade, livra-me;   
10922pois sou pobre e necessitado, e dentro de mim está ferido o meu coração.   
10923Eis que me vou como a sombra que declina; sou arrebatado como o gafanhoto.   
10924Os meus joelhos estão enfraquecidos pelo jejum, e a minha carne perde a sua gordura.   
10925Eu sou para eles objeto de opróbrio; ao me verem, meneiam a cabeça.   
10926Ajuda-me, Senhor, Deus meu; salva-me segundo a tua benignidade.   
10927Saibam que nisto está a tua mão, e que tu, Senhor, o fizeste.   
10928Amaldiçoem eles, mas abençoa tu; fiquem confundidos os meus adversários; mas alegre-se o teu servo!   
10929Vistam-se de ignomínia os meus acusadores, e cubram-se da sua própria vergonha como dum manto!   
10930Muitas graças darei ao Senhor com a minha boca;   
10931Pois ele se coloca à direita do poder, para o salvar dos que o condenam.   
1101Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.   
1102O Senhor enviará de Sião o cetro do teu poder. Domina no meio dos teus inimigos.   
1103O teu povo apresentar-se-á voluntariamente no dia do teu poder, em trajes santos; como vindo do próprio seio da alva, será o orvalho da tua mocidade.   
1104Jurou o Senhor, e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.   
1105O Senhor, à tua direita, quebrantará reis no dia da sua ira.   
1106Julgará entre as nações; enchê-las-á de cadáveres; quebrantará os cabeças por toda a terra.   
1107Pelo caminho beberá da corrente, e prosseguirá de cabeça erguida.   
1111Louvai ao Senhor. De todo o coração darei graças ao Senhor, no concílio dos retos e na congregação.   
1112Grandes são as obras do Senhor, e para serem estudadas por todos os que nelas se comprazem.   
1113Glória e majestade há em sua obra; e a sua justiça permanece para sempre.   
1114Ele fez memoráveis as suas maravilhas; compassivo e misericordioso é o Senhor.   
1115Dá mantimento aos que o temem; lembra-se sempre do seu pacto.   
1116Mostrou ao seu povo o poder das suas obras, dando-lhe a herança das nações.   
1117As obras das suas mãos são verdade e justiça; fiéis são todos os seus preceitos;   
1118firmados estão para todo o sempre; são feitos em verdade e retidão.   
1119Enviou ao seu povo a redenção; ordenou para sempre o seu pacto; santo e tremendo é o seu nome.   
11110O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; têm bom entendimento todos os que cumprem os seus preceitos; o seu louvor subsiste para sempre.   
1121Louvai ao Senhor. Bem-aventurado o homem que teme ao Senhor, que em seus mandamentos tem grande prazer!   
1122A sua descendência será poderosa na terra; a geração dos retos será abençoada.   
1123Bens e riquezas há na sua casa; e a sua justiça permanece para sempre.   
1124Aos retos nasce luz nas trevas; ele é compassivo, misericordioso e justo.   
1125Ditoso é o homem que se compadece, e empresta, que conduz os seus negócios com justiça;   
1126pois ele nunca será abalado; o justo ficará em memória eterna.   
1127Ele não teme más notícias; o seu coração está firme, confiando no Senhor.   
1128O seu coração está bem firmado, ele não terá medo, até que veja cumprido o seu desejo sobre os seus adversários.   
1129Espalhou, deu aos necessitados; a sua justiça subsiste para sempre; o seu poder será exaltado em honra.   
11210O ímpio vê isto e se enraivece; range os dentes e se consome; o desejo dos ímpios perecerá.   
1131Louvai ao Senhor. Louvai, servos do Senhor, louvai o nome do Senhor.   
1132Bendito seja o nome do Senhor, desde agora e para sempre.   
1133Desde o nascimento do sol até o seu ocaso, há de ser louvado o nome do Senhor.   
1134Exaltado está o Senhor acima de todas as nações, e a sua glória acima dos céus.   
1135Quem é semelhante ao Senhor nosso Deus, que tem o seu assento nas alturas,   
1136que se inclina para ver o que está no céu e na terra?   
1137Ele levanta do pó o pobre, e do monturo ergue o necessitado,   
1138para o fazer sentar com os príncipes, sim, com os príncipes do seu povo.   
1139Ele faz com que a mulher estéril habite em família, e seja alegre mãe de filhos. Louvai ao Senhor.   
1141Quando Israel saiu do Egito, e a casa de Jacó dentre um povo de língua estranha,   
1142Judá tornou-lhe o santuário, e Israel o seu domínio.   
1143O mar viu isto, e fugiu; o Jordão tornou atrás.   
1144Os montes saltaram como carneiros, e os outeiros como cordeiros do rebanho.   
1145Que tens tu, ó mar, para fugires? e tu, ó Jordão, para tornares atrás?   
1146E vós, montes, que saltais como carneiros, e vós outeiros, como cordeiros do rebanho?   
1147Treme, ó terra, na presença do Senhor, na presença do Deus de Jacó,   
1148o qual converteu a rocha em lago de águas, a pederneira em manancial.   
1151Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade.   
1152Por que perguntariam as nações: Onde está o seu Deus?   
1153Mas o nosso Deus está nos céus; ele faz tudo o que lhe apraz.   
1154Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos do homem.   
1155Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem;   
1156têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz, mas não cheiram;   
1157têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta.   
1158Semelhantes a eles sejam os que fazem, e todos os que neles confiam.   
1159Confia, ó Israel, no Senhor; ele é seu auxílio e seu escudo.   
11510Casa de Arão, confia no Senhor; ele é seu auxílio e seu escudo.   
11511Vós, os que temeis ao Senhor, confiai no Senhor; ele é seu auxílio e seu escudo.   
11512O Senhor tem-se lembrado de nós, abençoar-nos-á; abençoará a casa de Israel; abençoará a casa de Arão;   
11513abençoará os que temem ao Senhor, tanto pequenos como grandes.   
11514Aumente-vos o Senhor cada vez mais, a vós e a vossos filhos.   
11515Sede vós benditos do Senhor, que fez os céus e a terra.   
11516Os céus são os céus do Senhor, mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens.   
11517Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio;   
11518nós, porém, bendiremos ao Senhor, desde agora e para sempre. Louvai ao Senhor.   
1161Amo ao Senhor, porque ele ouve a minha voz e a minha súplica.   
1162Porque inclina para mim o seu ouvido, invocá-lo-ei enquanto viver.   
1163Os laços da morte me cercaram; as angústias do Seol se apoderaram de mim; sofri tribulação e tristeza.   
1164Então invoquei o nome do Senhor, dizendo:Ó Senhor, eu te rogo, livra-me.   
1165Compassivo é o Senhor, e justo; sim, misericordioso é o nosso Deus.   
1166O Senhor guarda os simples; quando me acho abatido, ele me salva.   
1167Volta, minha alma, ao teu repouso, pois o Senhor te fez bem.   
1168Pois livraste a minha alma da morte, os meus olhos das lágrimas, e os meus pés de tropeçar.   
1169Andarei perante o Senhor, na terra dos viventes.   
11610Cri, por isso falei; estive muito aflito.   
11611Eu dizia na minha precipitação: Todos os homens são mentirosos.   
11612Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito?   
11613Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do Senhor.   
11614Pagarei os meus votos ao Senhor, na presença de todo o seu povo.   
11615Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos.   
11616Ó Senhor, deveras sou teu servo; sou teu servo, filho da tua serva; soltaste as minhas cadeias.   
11617Oferecer-te-ei sacrifícios de ação de graças, e invocarei o nome do Senhor.   
11618Pagarei os meus votos ao Senhor, na presença de todo o seu povo,   
11619nos átrios da casa do Senhor, no meio de ti, ó Jerusalém! Louvai ao Senhor.   
1171Louvai ao Senhor todas as nações, exaltai-o todos os povos.   
1172Porque a sua benignidade é grande para conosco, e a verdade do Senhor dura para sempre. Louvai ao Senhor.   
1181Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.   
1182Diga, pois, Israel: A sua benignidade dura para sempre.   
1183Diga, pois, a casa de Arão: A sua benignidade dura para sempre.   
1184Digam, pois, os que temem ao Senhor: A sua benignidade dura para sempre.   
1185Do meio da angústia invoquei o Senhor; o Senhor me ouviu, e me pôs em um lugar largo.   
1186O Senhor é por mim, não recearei; que me pode fazer o homem?   
1187O Senhor é por mim entre os que me ajudam; pelo que verei cumprido o meu desejo sobre os que me odeiam.   
1188É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar no homem.   
1189É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar nos príncipes.   
11810Todas as nações me cercaram, mas em nome do Senhor eu as exterminei.   
11811Cercaram-me, sim, cercaram-me; mas em nome do Senhor eu as exterminei.   
11812Cercaram-me como abelhas, mas apagaram-se como fogo de espinhos; pois em nome do Senhor as exterminei.   
11813Com força me impeliste para me fazeres cair, mas o Senhor me ajudou.   
11814O Senhor é a minha força e o meu cântico; tornou-se a minha salvação.   
11815Nas tendas dos justos há jubiloso cântico de vitória; a destra do Senhor faz proezas.   
11816A destra do Senhor se exalta, a destra do Senhor faz proezas.   
11817Não morrerei, mas viverei, e contarei as obras do Senhor.   
11818O Senhor castigou-me muito, mas não me entregou à morte.   
11819Abre-me as portas da justiça, para que eu entre por elas e dê graças ao Senhor.   
11820Esta é a porta do Senhor; por ela os justos entrarão.   
11821Graças te dou porque me ouviste, e te tornaste a minha salvação.   
11822A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular.   
11823Foi o Senhor que fez isto e é maravilhoso aos nossos olhos.   
11824Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele.   
11825Ó Senhor, salva, nós te pedimos; ó Senhor, nós te pedimos, envia-nos a prosperidade.   
11826Bendito aquele que vem em nome do Senhor; da casa do Senhor vos bendizemos.   
11827O Senhor é Deus, e nos concede a luz; atai a vítima da festa com cordas às pontas do altar.   
11828Tu és o meu Deus, e eu te darei graças; tu és o meu Deus, e eu te exaltarei.   
11829Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre. a tua palavra.   
1191Bem-aventurados os que trilham com integridade o seu caminho, os que andam na lei do Senhor!   
1192Bem-aventurados os que guardam os seus testemunhos, que o buscam de todo o coração,   
1193que não praticam iniqüidade, mas andam nos caminhos dele!   
1194Tu ordenaste os teus preceitos, para que fossem diligentemente observados.   
1195Oxalá sejam os meus caminhos dirigidos de maneira que eu observe os teus estatutos!   
1196Então não ficarei confundido, atentando para todos os teus mandamentos.   
1197Louvar-te-ei com retidão de coração, quando tiver aprendido as tuas retas ordenanças.   
1198Observarei os teus estatutos; não me desampares totalmente!   
1199Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o de acordo com a tua palavra.   
11910De todo o meu coração tenho te buscado; não me deixes desviar dos teus mandamentos.   
11911Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti.   
11912Bendito és tu, ó Senhor; ensina-me os teus estatutos.   
11913Com os meus lábios declaro todas as ordenanças da tua boca.   
11914Regozijo-me no caminho dos teus testemunhos, tanto como em todas as riquezas.   
11915Em teus preceitos medito, e observo os teus caminhos.   
11916Deleitar-me-ei nos teus estatutos; não me esquecerei da tua palavra.   
11917Faze bem ao teu servo, para que eu viva; assim observarei a tua palavra.   
11918Desvenda os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da tua lei.   
11919Sou peregrino na terra; não escondas de mim os teus mandamentos.   
11920A minha alma se consome de anelos por tuas ordenanças em todo o tempo.   
11921Tu repreendeste os soberbos, os malditos, que se desviam dos teus mandamentos.   
11922Tira de sobre mim o opróbrio e o desprezo, pois tenho guardado os teus testemunhos.   
11923Príncipes sentaram-se e falavam contra mim, mas o teu servo meditava nos teus estatutos.   
11924Os teus testemunhos são o meu prazer e os meus conselheiros.   
11925A minha alma apega-se ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra.   
11926Meus caminhos te descrevi, e tu me ouviste; ensina-me os teus estatutos.   
11927Faze-me entender o caminho dos teus preceitos; assim meditarei nas tuas maravilhas.   
11928A minha alma se consome de tristeza; fortalece-me segundo a tua palavra.   
11929Desvia de mim o caminho da falsidade, e ensina-me benignidade a tua lei.   
11930Escolhi o caminho da fidelidade; diante de mim pus as tuas ordenanças.   
11931Apego-me aos teus testemunhos, ó Senhor; não seja eu envergonhado.   
11932Percorrerei o caminho dos teus mandamentos, quando dilatares o meu coração.   
11933Ensina-me, ó Senhor, o caminho dos teus estatutos, e eu o guardarei até o fim.   
11934Dá-me entendimento, para que eu guarde a tua lei, e a observe de todo o meu coração.   
11935Faze-me andar na vereda dos teus mandamentos, porque nela me comprazo.   
11936Inclina o meu coração para os teus testemunhos, e não para a cobiça.   
11937Desvia os meus olhos de contemplarem a vaidade, e vivifica-me no teu caminho.   
11938Confirma a tua promessa ao teu servo, que se inclina ao teu temor.   
11939Desvia de mim o opróbrio que temo, pois as tuas ordenanças são boas.   
11940Eis que tenho anelado os teus preceitos; vivifica-me por tua justiça.   
11941Venha também sobre mim a tua benignidade, ó Senhor, e a tua salvação, segundo a tua palavra.   
11942Assim terei o que responder ao que me afronta, pois confio na tua palavra.   
11943De minha boca não tires totalmente a palavra da verdade, pois tenho esperado nos teus juízos.   
11944Assim observarei de contínuo a tua lei, para sempre e eternamente;   
11945e andarei em liberdade, pois tenho buscado os teus preceitos.   
11946Falarei dos teus testemunhos perante os reis, e não me envergonharei.   
11947Deleitar-me-ei em teus mandamentos, que eu amo.   
11948Também levantarei as minhas mãos para os teus mandamentos, que amo, e meditarei nos teus estatutos.   
11949Lembra-te da palavra dada ao teu servo, na qual me fizeste esperar.   
11950Isto é a minha consolação na minha angústia, que a tua promessa me vivifica.   
11951Os soberbos zombaram grandemente de mim; contudo não me desviei da tua lei.   
11952Lembro-me dos teus juízos antigos, ó Senhor, e assim me consolo.   
11953Grande indignação apoderou-se de mim, por causa dos ímpios que abandonam a tua lei.   
11954Os teus estatutos têm sido os meus cânticos na casa da minha peregrinação.   
11955De noite me lembrei do teu nome, ó Senhor, e observei a tua lei.   
11956Isto me sucedeu, porque tenho guardado os teus preceitos.   
11957O Senhor é o meu quinhão; prometo observar as tuas palavras.   
11958De todo o meu coração imploro o teu favor; tem piedade de mim, segundo a tua palavra.   
11959Quando considero os meus caminhos, volto os meus pés para os teus testemunhos.   
11960Apresso-me sem detença a observar os teus mandamentos.   
11961Enleiam-me os laços dos ímpios; mas eu não me esqueço da tua lei.   
11962Â meia-noite me levanto para dar-te graças, por causa dos teus retos juízos.   
11963Companheiro sou de todos os que te temem, e dos que guardam os teus preceitos.   
11964A terra, ó Senhor, está cheia da tua benignidade; ensina-me os teus estatutos.   
11965Tens usado de bondade para com o teu servo, Senhor, segundo a tua palavra.   
11966Ensina-me bom juízo e ciência, pois creio nos teus mandamentos.   
11967Antes de ser afligido, eu me extraviava; mas agora guardo a tua palavra.   
11968Tu és bom e fazes o bem; ensina-me os teus estatutos.   
11969Os soberbos forjam mentiras contra mim; mas eu de todo o coração guardo os teus preceitos.   
11970Torna-se-lhes insensível o coração como a gordura; mas eu me deleito na tua lei.   
11971Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.   
11972Melhor é para mim a lei da tua boca do que milhares de ouro e prata.   
11973As tuas mãos me fizeram e me formaram; dá-me entendimento para que aprenda os teus mandamentos.   
11974Os que te temem me verão e se alegrarão, porque tenho esperado na tua palavra.   
11975Bem sei eu, ó Senhor, que os teus juízos são retos, e que em tua fidelidade me afligiste.   
11976Sirva, pois, a tua benignidade para me consolar, segundo a palavra que deste ao teu servo.   
11977Venham sobre mim as tuas ternas misericórdias, para que eu viva, pois a tua lei é o meu deleite.   
11978Envergonhados sejam os soberbos, por me haverem subvertido sem causa; mas eu meditarei nos teus preceitos.   
11979Voltem-se para mim os que te temem, para que conheçam os teus testemunhos.   
11980Seja perfeito o meu coração nos teus estatutos, para que eu não seja envergonhado.   
11981Desfalece a minha alma, aguardando a tua salvação; espero na tua palavra.   
11982Os meus olhos desfalecem, esperando por tua promessa, enquanto eu pergunto: Quando me consolarás tu?   
11983Pois tornei-me como odre na fumaça, mas não me esqueci dos teus estatutos.   
11984Quantos serão os dias do teu servo? Até quando não julgarás aqueles que me perseguem?   
11985Abriram covas para mim os soberbos, que não andam segundo a tua lei.   
11986Todos os teus mandamentos são fiéis. Sou perseguido injustamente; ajuda-me!   
11987Quase que me consumiram sobre a terra, mas eu não deixei os teus preceitos.   
11988Vivifica-me segundo a tua benignidade, para que eu guarde os testemunhos da tua boca.   
11989Para sempre, ó Senhor, a tua palavra está firmada nos céus.   
11990A tua fidelidade estende-se de geração a geração; tu firmaste a terra, e firme permanece.   
11991Conforme a tua ordenança, tudo se mantém até hoje, porque todas as coisas te obedecem.   
11992Se a tua lei não fora o meu deleite, então eu teria perecido na minha angústia.   
11993Nunca me esquecerei dos teus preceitos, pois por eles me tens vivificado.   
11994Sou teu, salva-me; pois tenho buscado os teus preceitos.   
11995Os ímpios me espreitam para me destruírem, mas eu atento para os teus testemunhos.   
11996A toda perfeição vi limite, mas o teu mandamento é ilimitado.   
11997Oh! quanto amo a tua lei! ela é a minha meditação o dia todo.   
11998O teu mandamento me faz mais sábio do que meus inimigos, pois está sempre comigo.   
11999Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são a minha meditação.   
119100Sou mais entendido do que os velhos, porque tenho guardado os teus preceitos.   
119101Retenho os meus pés de todo caminho mau, a fim de observar a tua palavra.   
119102Não me aperto das tuas ordenanças, porque és tu quem me instrui.   
119103Oh! quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! mais doces do que o mel à minha boca.   
119104Pelos teus preceitos alcanço entendimento, pelo que aborreço toda vereda de falsidade.   
119105Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho.   
119106Fiz juramento, e o confirmei, de guardar as tuas justas ordenanças.   
119107Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua palavra.   
119108Aceita, Senhor, eu te rogo, as oferendas voluntárias da minha boca, e ensina-me as tuas ordenanças.   
119109Estou continuamente em perigo de vida; todavia não me esqueço da tua lei.   
119110Os ímpios me armaram laço, contudo não me desviei dos teus preceitos.   
119111Os teus testemunhos são a minha herança para sempre, pois são eles o gozo do meu coração.   
119112Inclino o meu coração a cumprir os teus estatutos, para sempre, até o fim.   
119113Aborreço a duplicidade, mas amo a tua lei.   
119114Tu és o meu refúgio e o meu escudo; espero na tua palavra.   
119115Apartai-vos de mim, malfeitores, para que eu guarde os mandamentos do meu Deus.   
119116Ampara-me conforme a tua palavra, para que eu viva; e não permitas que eu seja envergonhado na minha esperança.   
119117Sustenta-me, e serei salvo, e de contínuo terei respeito aos teus estatutos.   
119118Desprezas todos os que se desviam dos teus estatutos, pois a astúcia deles é falsidade.   
119119Deitas fora, como escória, todos os ímpios da terra; pelo que amo os teus testemunhos.   
119120Arrepia-se-me a carne com temor de ti, e tenho medo dos teus juízos.   
119121Tenho praticado a retidão e a justiça; não me abandones aos meus opressores.   
119122Fica por fiador do teu servo para o bem; não me oprimem os soberbos.   
119123Os meus olhos desfalecem à espera da tua salvação e da promessa da tua justiça.   
119124Trata com o teu servo segundo a tua benignidade, e ensina-me os teus estatutos.   
119125Sou teu servo; dá-me entendimento, para que eu conheça os teus testemunhos.   
119126É tempo de agires, ó Senhor, pois eles violaram a tua lei.   
119127Pelo que amo os teus mandamentos mais do que o ouro, sim, mais do que o ouro fino.   
119128Por isso dirijo os meus passos por todos os teus preceitos, e aborreço toda vereda de falsidade.   
119129Maravilhosos são os teus testemunhos, por isso a minha alma os guarda.   
119130A exposição das tuas palavras dá luz; dá entendimento aos simples.   
119131Abro a minha boca e arquejo, pois estou anelante pelos teus mandamentos.   
119132Volta-te para mim, e compadece-te de mim, conforme usas para com os que amam o teu nome.   
119133Firma os meus passos na tua palavra; e não se apodere de mim iniqüidade alguma.   
119134Resgata-me da opressão do homem; assim guardarei os teus preceitos.   
119135Faze resplandecer o teu rosto sobre o teu servo, e ensina-me os teus estatutos.   
119136Os meus olhos derramam rios de lágrimas, porque os homens não guardam a tua lei.   
119137Justo és, ó Senhor, e retos são os teus juízos.   
119138Ordenaste os teus testemunhos com retidão, e com toda a fidelidade.   
119139O meu zelo me consome, porque os meus inimigos se esquecem da tua palavra.   
119140A tua palavra é fiel a toda prova, por isso o teu servo a ama.   
119141Pequeno sou e desprezado, mas não me esqueço dos teus preceitos.   
119142A tua justiça é justiça eterna, e a tua lei é a verdade.   
119143Tribulação e angústia se apoderaram de mim; mas os teus mandamentos são o meu prazer.   
119144Justos são os teus testemunhos para sempre; dá-me entendimento, para que eu viva.   
119145Clamo de todo o meu coração; atende-me, Senhor! Eu guardarei os teus estatutos.   
119146A ti clamo; salva-me, para que guarde os teus testemunhos.   
119147Antecipo-me à alva da manhã e clamo; aguardo com esperança as tuas palavras.   
119148Os meus olhos se antecipam às vigílias da noite, para que eu medite na tua palavra.   
119149Ouve a minha voz, segundo a tua benignidade; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua justiça.   
119150Aproximam-se os que me perseguem maliciosamente; andam afastados da tua lei.   
119151Tu estás perto, Senhor, e todos os teus mandamentos são verdade.   
119152Há muito sei eu dos teus testemunhos que os fundaste para sempre.   
119153Olha para a minha aflição, e livra-me, pois não me esqueço da tua lei.   
119154Pleiteia a minha causa, e resgata-me; vivifica-me segundo a tua palavra.   
119155A salvação está longe dos ímpios, pois não buscam os teus estatutos.   
119156Muitas são, Senhor, as tuas misericórdias; vivifica-me segundo os teus juízos.   
119157Muitos são os meus perseguidores e os meus adversários, mas não me desvio dos teus testemunhos.   
119158Vi os pérfidos, e me afligi, porque não guardam a tua palavra.   
119159Considera como amo os teus preceitos; vivifica-me, Senhor, segundo a tua benignidade.   
119160A soma da tua palavra é a verdade, e cada uma das tuas justas ordenanças dura para sempre.   
119161Príncipes me perseguem sem causa, mas o meu coração teme as tuas palavras.   
119162Regozijo-me com a tua palavra, como quem acha grande despojo.   
119163Odeio e abomino a falsidade; amo, porém, a tua lei.   
119164Sete vezes no dia te louvo pelas tuas justas ordenanças.   
119165Muita paz têm os que amam a tua lei, e não há nada que os faça tropeçar.   
119166Espero, Senhor, na tua salvação, e cumpro os teus mandamentos.   
119167A minha alma observa os teus testemunhos; amo-os extremamente.   
119168Observo os teus preceitos e os teus testemunhos, pois todos os meus caminhos estão diante de ti.   
119169Chegue a ti o meu clamor, ó Senhor; dá-me entendimento conforme a tua palavra.   
119170Chegue à tua presença a minha súplica; livra-me segundo a tua palavra.   
119171Profiram louvor os meus lábios, pois me ensinas os teus estatutos.   
119172Celebre a minha língua a tua palavra, pois todos os teus mandamentos são justos.   
119173Esteja pronta a tua mão para me socorrer, pois escolhi os teus preceitos.   
119174Anelo por tua salvação, ó Senhor; a tua lei é o meu prazer.   
119175Que minha alma viva, para que te louve; ajudem-me as tuas ordenanças.   
119176Desgarrei-me como ovelha perdida; busca o teu servo, pois não me esqueço dos teus mandamentos.   
1201Na minha angústia clamei ao Senhor, e ele me ouviu.   
1202Senhor, livra-me dos lábios mentirosos e da língua enganadora.   
1203Que te será dado, ou que te será acrescentado, língua enganadora?   
1204Flechas agudas do valente, com brasas vivas de zimbro!   
1205Ai de mim, que peregrino em Meseque, e habito entre as tendas de Quedar!   
1206Há muito que eu habito com aqueles que odeiam a paz.   
1207Eu sou pela paz; mas quando falo, eles são pela guerra.   
1211Elevo os meus olhos para os montes; de onde me vem o socorro?   
1212O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra.   
1213Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não dormitará.   
1214Eis que não dormitará nem dormirá aquele que guarda a Israel.   
1215O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua mão direita.   
1216De dia o sol não te ferirá, nem a lua de noite.   
1217O Senhor te guardará de todo o mal; ele guardará a tua vida.   
1218O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre.   
1221Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor.   
1222Os nossos pés estão parados dentro das tuas portas, ó Jerusalém!   
1223Jerusalém, que és edificada como uma cidade compacta,   
1224aonde sobem as tribos, as tribos do Senhor, como testemunho para Israel, a fim de darem graças ao nome do Senhor.   
1225Pois ali estão postos os tronos de julgamento, os tronos da casa de Davi.   
1226Orai pela paz de Jerusalém; prosperem aqueles que te amam.   
1227Haja paz dentro de teus muros, e prosperidade dentro dos teus palácios.   
1228Por causa dos meus irmãos e amigos, direi: Haja paz dentro de ti.   
1229Por causa da casa do Senhor, nosso Deus, buscarei o teu bem.   
1231A ti levanto os meus olhos, ó tu que estás entronizado nos céus.   
1232Eis que assim como os olhos dos servos atentam para a mão do seu senhor, e os olhos da serva para a mão de sua senhora, assim os nossos olhos atentam para o Senhor nosso Deus, até que ele se compadeça de nós.   
1233Compadece-te de nós, ó Senhor, compadece-te de nós, pois estamos sobremodo fartos de desprezo.   
1234A nossa alma está sobremodo farta da zomabaria dos arrogantes, e do desprezo dos soberbos.   
1241Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, ora diga Israel:   
1242Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós,   
1243eles nos teriam tragado vivos, quando a sua ira se acendeu contra nós;   
1244as águas nos teriam submergido, e a torrente teria passado sobre nós;   
1245sim, as águas impetuosas teriam passado sobre nós.   
1246Bendito seja o Senhor, que não nos entregou, como presa, aos dentes deles.   
1247Escapamos, como um pássaro, do laço dos passarinheiros; o laço quebrou-se, e nós escapamos.   
1248O nosso socorro está no nome do Senhor, que fez os céus e a terra.   
1251Aqueles que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não pode ser abalado, mas permanece para sempre.   
1252Como estão os montes ao redor de Jerusalém, assim o Senhor está ao redor do seu povo, desde agora e para sempre.   
1253Porque o cetro da impiedade não repousará sobre a sorte dos justos, para que os justos não estendam as suas mãos para cometer a iniqüidade.   
1254Faze o bem, ó Senhor, aos bons e aos que são retos de coração.   
1255Mas aos que se desviam para os seus caminhos tortuosos, levá-los-á o Senhor juntamente com os que praticam a maldade. Que haja paz sobre Israel.   
1261Quando o Senhor trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, éramos como os que estão sonhando.   
1262Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cânticos. Então se dizia entre as nações: Grandes coisas fez o Senhor por eles.   
1263Sim, grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres.   
1264Faze regressar os nossos cativos, Senhor, como as correntes no sul.   
1265Os que semeiam em lágrimas, com cânticos de júbilo segarão.   
1266Aquele que sai chorando, levando a semente para semear, voltará com cânticos de júbilo, trazendo consigo os seus molhos.   
1271Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.   
1272Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.   
1273Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.   
1274Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.   
1275Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.   
1281Bem-aventurado todo aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos.   
1282Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.   
1283A tua mulher será como a videira frutífera, no interior da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira, ao redor da tua mesa.   
1284Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor.   
1285De Sião o Senhor te abençoará; verás a prosperidade de Jerusalém por todos os dias da tua vida,   
1286e verás os filhos de teus filhos. A paz seja sobre Israel.   
1291Gravemente me angustiaram desde a minha mocidade, diga agora Israel;   
1292gravemente me angustiaram desde a minha mocidade, todavia não prevaleceram contra mim.   
1293Os lavradores araram sobre as minhas costas; compridos fizeram os seus sulcos.   
1294O Senhor é justo; ele corta as cordas dos ímpios.   
1295Sejam envergonhados e repelidos para trás todos os que odeiam a Sião.   
1296Sejam como a erva dos telhados, que seca antes de florescer;   
1297com a qual o segador não enche a mão, nem o regaço o que ata os feixes;   
1298nem dizem os que passam: A bênção do Senhor seja sobre vós; nós vos abençoamos em nome do Senhor.   
1301Das profundezas clamo a ti, ó Senhor.   
1302Senhor, escuta a minha voz; estejam os teus ouvidos atentos à voz das minhas súplicas.   
1303Se tu, Senhor, observares as iniqüidades, Senhor, quem subsistirá?   
1304Mas contigo está o perdão, para que sejas temido.   
1305Aguardo ao Senhor; a minha alma o aguarda, e espero na sua palavra.   
1306A minha alma anseia pelo Senhor, mais do que os guardas pelo romper da manhã, sim, mais do que os guardas pela manhã.   
1307Espera, ó Israel, no Senhor! pois com o Senhor há benignidade, e com ele há copiosa redenção;   
1308e ele remirá a Israel de todas as suas iniqüidades.   
1311Senhor, o meu coração não é soberbo, nem os meus olhos são altivos; não me ocupo de assuntos grandes e maravilhosos demais para mim.   
1312Pelo contrário, tenho feito acalmar e sossegar a minha alma; qual criança desmamada sobre o seio de sua mãe, qual criança desmamada está a minha alma para comigo.   
1313Espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre.   
1321Lembra-te, Senhor, a bem de Davi, de todas as suas aflições;   
1322como jurou ao Senhor, e fez voto ao Poderoso de Jacó, dizendo:   
1323Não entrarei na casa em que habito, nem subirei ao leito em que durmo;   
1324não darei sono aos meus olhos, nem adormecimento às minhas pálpebras,   
1325até que eu ache um lugar para o Senhor uma morada para o Poderoso de Jacó.   
1326Eis que ouvimos falar dela em Efrata, e a achamos no campo de Jaar.   
1327Entremos nos seus tabernáculos; prostremo-nos ante o escabelo de seus pés.   
1328Levanta-te, Senhor, entra no lugar do teu repouso, tu e a arca da tua força.   
1329Vistam-se os teus sacerdotes de justiça, e exultem de júbilo os teus santos.   
13210Por amor de Davi, teu servo, não rejeites a face do teu ungido.   
13211O Senhor jurou a Davi com verdade, e não se desviará dela: Do fruto das tuas entranhas porei sobre o teu trono.   
13212Se os teus filhos guardarem o meu pacto, e os meus testemunhos, que eu lhes hei de ensinar, também os seus filhos se assentarão perpetuamente no teu trono.   
13213Porque o Senhor escolheu a Sião; desejou-a para sua habitação, dizendo:   
13214Este é o lugar do meu repouso para sempre; aqui habitarei, pois o tenho desejado.   
13215Abençoarei abundantemente o seu mantimento; fartarei de pão os seus necessitados.   
13216Vestirei de salvação os seus sacerdotes; e de júbilo os seus santos exultarão   
13217Ali farei brotar a força de Davi; preparei uma lâmpada para o meu ungido.   
13218Vestirei de confusão os seus inimigos; mas sobre ele resplandecerá a sua coroa.   
1331Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!   
1332É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desceu sobre a barba, a barba de Arão, que desceu sobre a gola das suas vestes;   
1333como o orvalho de Hermom, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o Senhor ordenou a bênção, a vida para sempre.   
1341Eis aqui, bendizei ao Senhor, todos vós, servos do Senhor, que de noite assistis na casa do Senhor.   
1342Erguei as mãos para o santuário, e bendizei ao Senhor.   
1343Desde Sião te abençoe o Senhor, que fez os céus e a terra.   
1351Louvai ao Senhor. Louvai o nome do Senhor; louvai-o, servos do Senhor,   
1352vós que assistis na casa do Senhor, nos átrios da casa do nosso Deus.   
1353Louvai ao Senhor, porque o Senhor é bom; cantai louvores ao seu nome, porque ele é bondoso.   
1354Porque o Senhor escolheu para si a Jacó, e a Israel para seu tesouro peculiar.   
1355Porque eu conheço que o Senhor é grande e que o nosso Senhor está acima de todos os deuses.   
1356Tudo o que o Senhor deseja ele o faz, no céu e na terra, nos mares e em todos os abismos.   
1357Faz subir os vapores das extremidades da terra; faz os relâmpagos para a chuva; tira os ventos dos seus tesouros.   
1358Foi ele que feriu os primogênitos do Egito, desde os homens até os animais;   
1359que operou sinais e prodígios no meio de ti, ó Egito, contra Faraó e contra os seus servos;   
13510que feriu muitas nações, e matou reis poderosos:   
13511a Siom, rei dos amorreus, e a Ogue, rei de Basã, e a todos os reinos de Canaã;   
13512e deu a terra deles em herança, em herança a Israel, seu povo.   
13513O teu nome, ó Senhor, subsiste para sempre; e a tua memória, ó Senhor, por todas as gerações.   
13514Pois o Senhor julgará o seu povo, e se compadecerá dos seus servos.   
13515Os ídolos das nações são prata e ouro, obra das mãos dos homens;   
13516têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem;   
13517têm ouvidos, mas não ouvem; nem há sopro algum na sua boca.   
13518Semelhantemente a eles se tornarão os que os fazem, e todos os que neles confiam.   
13519Ó casa de Israel, bendizei ao Senhor; ó casa de Arão, bendizei ao Senhor;   
13520ó casa de Levi, bendizei ao Senhor; vós, os que temeis ao Senhor, bendizei ao Senhor.   
13521Desde Sião seja bendito o Senhor, que habita em Jerusalém. Louvai ao Senhor.   
1361Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.   
1362Dai graças ao Deus dos deuses, porque a sua benignidade dura para sempre   
1363Dai graças ao Senhor dos senhores, porque a sua benignidade dura para sempre;   
1364ao único que faz grandes maravilhas, porque a sua benignidade dura para sempre;   
1365àquele que com entendimento fez os céus, porque a sua benignidade dura para sempre;   
1366àquele que estendeu a terra sobre as águas, porque a sua benignidade dura para sempre;   
1367àquele que fez os grandes luminares, porque a sua benignidade dura para sempre;   
1368o sol para governar de dia, porque a sua benignidade dura para sempre;   
1369a lua e as estrelas para presidirem a noite, porque a sua benignidade dura para sempre;   
13610àquele que feriu o Egito nos seus primogênitos, porque a sua benignidade dura para sempre;   
13611e que tirou a Israel do meio deles, porque a sua benignidade dura para sempre;   
13612com mão forte, e com braço estendido, porque a sua benignidade dura para sempre;   
13613àquele que dividiu o Mar Vermelho em duas partes, porque a sua benignidade dura para sempre;   
13614e fez passar Israel pelo meio dele, porque a sua benignidade dura para sempre;   
13615mas derrubou a Faraó com o seu exército no Mar Vermelho, porque a sua benignidade dura para sempre;   
13616àquele que guiou o seu povo pelo deserto, porque a sua benignidade dura para sempre;   
13617àquele que feriu os grandes reis, porque a sua benignidade dura para sempre;   
13618e deu a morte a reis famosos, porque a sua benignidade dura para sempre.   
13619a Siom, rei dos amorreus, porque a sua benignidade dura para sempre;   
13620e a Ogue, rei de Basã, porque a sua benignidade dura para sempre;   
13621e deu a terra deles em herança, porque a sua benignidade dura para sempre;   
13622sim, em herança a Israel, seu servo, porque a sua benignidade dura para sempre;   
13623que se lembrou de nós em nossa humilhação, porque a sua benignidade dura para sempre;   
13624e nos libertou dos nossos inimigos, porque a sua benignidade dura para sempre;   
13625que dá alimento a toda a carne, porque a sua benignidade dura para sempre.   
13626Dai graças ao Deus dos céus, porque a sua benignidade dura para sempre.   
1371Junto aos rios de Babilônia, ali nos assentamos e nos pusemos a chorar, recordando-nos de Sião.   
1372Nos salgueiros que há no meio dela penduramos as nossas harpas,   
1373pois ali aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções; e os que nos atormentavam, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos um dos cânticos de Sião.   
1374Mas como entoaremos o cântico do Senhor em terra estrangeira?   
1375Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha destra da sua destreza.   
1376Apegue-se-me a língua ao céu da boca, se não me lembrar de ti, se eu não preferir Jerusalém à minha maior alegria.   
1377Lembra-te, Senhor, contra os edomitas, do dia de Jerusalém, porque eles diziam: Arrasai-a, arrasai-a até os seus alicerces.   
1378Ah! filha de Babilônia, devastadora; feliz aquele que te retribuir consoante nos fizeste a nós;   
1379feliz aquele que pegar em teus pequeninos e der com eles nas pedra.   
1381Graças te dou de todo o meu coração; diante dos deuses a ti canto louvores.   
1382Inclino-me para o teu santo templo, e louvo o teu nome pela tua benignidade, e pela tua fidelidade; pois engrandeceste acima de tudo o teu nome e a tua palavra.   
1383No dia em que eu clamei, atendeste-me; alentaste-me, fortalecendo a minha alma.   
1384Todos os reis da terra de louvarão, ó Senhor, quando ouvirem as palavras da tua boca;   
1385e cantarão os caminhos do Senhor, pois grande é a glória do Senhor.   
1386Ainda que o Senhor é excelso, contudo atenta para o humilde; mas ao soberbo, conhece-o de longe.   
1387Embora eu ande no meio da angústia, tu me revivificas; contra a ira dos meus inimigos estendes a tua mão, e a tua destra me salva.   
1388O Senhor aperfeiçoará o que me diz respeito. A tua benignidade, ó Senhor, dura para sempre; não abandones as obras das tuas mãos.   
1391Senhor, tu me sondas, e me conheces.   
1392Tu conheces o meu sentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.   
1393Esquadrinhas o meu andar, e o meu deitar, e conheces todos os meus caminhos.   
1394Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces.   
1395Tu me cercaste em volta, e puseste sobre mim a tua mão.   
1396Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim; elevado é, não o posso atingir.   
1397Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença?   
1398Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também.   
1399Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,   
13910ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.   
13911Se eu disser: Ocultem-me as trevas; torne-se em noite a luz que me circunda;   
13912nem ainda as trevas são escuras para ti, mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa.   
13913Pois tu formaste os meus rins; entreteceste-me no ventre de minha mãe.   
13914Eu te louvarei, porque de um modo tão admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.   
13915Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e esmeradamente tecido nas profundezas da terra.   
13916Os teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no teu livro foram escritos os dias, sim, todos os dias que foram ordenados para mim, quando ainda não havia nem um deles.   
13917E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grande é a soma deles!   
13918Se eu os contasse, seriam mais numerosos do que a areia; quando acordo ainda estou contigo.   
13919Oxalá que matasses o perverso, ó Deus, e que os homens sanguinários se apartassem de mim,   
13920homens que se rebelam contra ti, e contra ti se levantam para o mal.   
13921Não odeio eu, ó Senhor, aqueles que te odeiam? e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti?   
13922Odeio-os com ódio completo; tenho-os por inimigos.   
13923Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos;   
13924vê se há em mim algum caminho perverso, e guia-me pelo caminho eterno.   
1401Livra-me, ó Senhor, dos homens maus; guarda-me dos homens violentos,   
1402os quais maquinam maldades no coração; estão sempre projetando guerras.   
1403Aguçaram as línguas como a serpente; peçonha de áspides está debaixo dos seus lábios.   
1404Guarda-me, ó Senhor, das mãos dos ímpios; preserva-me dos homens violentos, os quais planejaram transtornar os meus passos.   
1405Os soberbos armaram-me laços e cordas; estenderam uma rede à beira do caminho; puseram-me armadilhas.   
1406Eu disse, ao Senhor: Tu és o meu Deus; dá ouvidos, ó Senhor, à voz das minhas súplicas.   
1407Ó Senhor, meu Senhor, meu forte libertador, tu cobriste a minha cabeça no dia da batalha.   
1408Não concedas, ó Senhor, aos ímpios os seus desejos; não deixes ir por diante o seu mau propósito.   
1409Não levantem a cabeça os que me cercam; cubra-os a maldade dos seus lábios.   
14010Caiam sobre eles brasas vivas; sejam lançados em covas profundas, para que não se tornem a levantar!   
14011Não se estabeleça na terra o caluniador; o mal persiga o homem violento com golpe sobre golpe.   
14012Sei que o Senhor manterá a causa do aflito, e o direito do necessitado.   
14013Decerto os justos louvarão o teu nome; os retos habitarão na tua presença.   
1411Ó Senhor, a ti clamo; dá-te pressa em me acudir! Dá ouvidos à minha voz, quando a ti clamo!   
1412Suba a minha oração, como incenso, diante de ti, e seja o levantar das minhas mãos como o sacrifício da tarde!   
1413Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta dos meus lábios!   
1414Não inclines o meu coração para o mal, nem para se ocupar de coisas más, com aqueles que praticam a iniqüidade; e não coma eu das suas gulodices!   
1415Fira-me o justo, será isso uma benignidade; e repreenda-me, isso será como óleo sobre a minha cabeça; não o recuse a minha cabeça; mas continuarei a orar contra os feitos dos ímpios.   
1416Quando os seus juízes forem arremessados duma penha abaixo, saberão que as palavras do Senhor são verdadeiras.   
1417Como quando alguém lavra e sulca a terra, são os nossos ossos espalhados à boca do Seol.   
1418Mas os meus olhos te contemplam, ó Senhor, meu Senhor; em ti tenho buscado refúgio; não me deixes sem defesa!   
1419Guarda-me do laço que me armaram, e das armadilhas dos que praticam a iniqüidade.   
14110Caiam os ímpios nas suas próprias redes, até que eu tenha escapado inteiramente.   
1421Com a minha voz clamo ao Senhor; com a minha voz ao Senhor suplico.   
1422Derramo perante ele a minha queixa; diante dele exponho a minha tribulação.   
1423Quando dentro de mim esmorece o meu espírito, então tu conheces a minha vereda; no caminho em que eu ando ocultaram-me um laço.   
1424Olha para a minha mão direita, e vê, pois não há quem me conheça; refúgio me faltou; ninguém se interessa por mim.   
1425A ti, ó Senhor, clamei; eu disse: Tu és o meu refúgio, o meu quinhão na terra dos viventes.   
1426Atende ao meu clamor, porque estou muito abatido; livra-me dos meus perseguidores, porque são mais fortes do que eu.   
1427Tira-me da prisão, para que eu louve o teu nome; os justos me rodearão, pois me farás muito bem.   
1431Ó Senhor, ouve a minha oração, dá ouvidos às minhas súplicas! Atende-me na tua fidelidade, e na tua retidão;   
1432e não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente.   
1433Pois o inimigo me perseguiu; abateu-me até o chão; fez-me habitar em lugares escuros, como aqueles que morreram há muito.   
1434Pelo que dentro de mim esmorece o meu espírito, e em mim está desolado o meu coração.   
1435Lembro-me dos dias antigos; considero todos os teus feitos; medito na obra das tuas mãos.   
1436A ti estendo as minhas mãos; a minha alma, qual terra sedenta, tem sede de ti.   
1437Atende-me depressa, ó Senhor; o meu espírito desfalece; não escondas de mim o teu rosto, para que não me torne semelhante aos que descem à cova.   
1438Faze-me ouvir da tua benignidade pela manhã, pois em ti confio; faze-me saber o caminho que devo seguir, porque a ti elevo a minha alma.   
1439Livra-me, ó Senhor, dos meus inimigos; porque em ti é que eu me refugio.   
14310Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terreno plano.   
14311Vivifica-me, ó Senhor, por amor do teu nome; por amor da tua justiça, tira-me da tribulação.   
14312E por tua benignidade extermina os meus inimigos, e destrói todos os meus adversários, pois eu sou servo.   
1441Bendito seja o Senhor, minha rocha, que adestra as minhas mãos para a peleja e os meus dedos para a guerra;   
1442meu refúgio e minha fortaleza, meu alto retiro e meu e meu libertador, escudo meu, em quem me refugio; ele é quem me sujeita o meu povo.   
1443Ó Senhor, que é o homem, para que tomes conhecimento dele, e o filho do homem, para que o consideres?   
1444O homem é semelhante a um sopro; os seus dias são como a sombra que passa.   
1445Abaixa, ó Senhor, o teu céu, e desce! Toca os montes, para que fumeguem!   
1446Arremessa os teus raios, e dissipa-os; envia as tuas flechas, e desbarata-os!   
1447Estende as tuas mãos desde o alto; livra-me, e arrebata-me das poderosas águas e da mão do estrangeiro,   
1448cuja boca fala vaidade, e cuja mão direita é a destra da falsidade.   
1449A ti, ó Deus, cantarei um cântico novo; com a harpa de dez cordas te cantarei louvores,   
14410sim, a ti que dás a vitória aos reis, e que livras da espada maligna a teu servo Davi.   
14411Livra-me, e tira-me da mão do estrangeiro, cuja boca fala mentiras, e cuja mão direita é a destra da falsidade.   
14412Sejam os nossos filhos, na sua mocidade, como plantas bem desenvolvidas, e as nossas filhas como pedras angulares lavradas, como as de um palácio.   
14413Estejam repletos os nossos celeiros, fornecendo toda sorte de provisões; as nossas ovelhas produzam a milhares e a dezenas de milhares em nosos campos;   
14414os nossos bois levem ricas cargas; e não haja assaltos, nem sortidas, nem clamores em nossas ruas!   
14415Bem-aventurado o povo a quem assim sucede! Bem-aventurado o povo cujo Deus é o Senhor.   
1451Eu te exaltarei, ó Deus, rei meu; e bendirei o teu nome pelos séculos dos séculos.   
1452Cada dia te bendirei, e louvarei o teu nome pelos séculos dos séculos.   
1453Grande é o Senhor, e mui digno de ser louvado; e a sua grandeza é insondável.   
1454Uma geração louvará as tuas obras à outra geração, e anunciará os teus atos poderosos.   
1455Na magnificência gloriosa da tua majestade e nas tuas obras maravilhosas meditarei;   
1456falar-se-á do poder dos teus feitos tremendos, e eu contarei a tua grandeza.   
1457Publicarão a memória da tua grande bondade, e com júbilo celebrarão a tua justiça.   
1458Bondoso e compassivo é o Senhor, tardio em irar-se, e de grande benignidade.   
1459O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias estão sobre todas as suas obras.   
14510Todas as tuas obras te louvarão, ó Senhor, e os teus santos te bendirão.   
14511Falarão da glória do teu reino, e relatarão o teu poder,   
14512para que façam saber aos filhos dos homens os teus feitos poderosos e a glória do esplendor do teu reino.   
14513O teu reino é um reino eterno; o teu domínio dura por todas as gerações.   
14514O Senhor sustém a todos os que estão a cair, e levanta a todos os que estão abatidos.   
14515Os olhos de todos esperam em ti, e tu lhes dás o seu mantimento a seu tempo;   
14516abres a mão, e satisfazes o desejo de todos os viventes.   
14517Justo é o Senhor em todos os seus caminhos, e benigno em todas as suas obras.   
14518Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade.   
14519Ele cumpre o desejo dos que o temem; ouve o seu clamor, e os salva.   
14520O Senhor preserva todos os que o amam, mas a todos os ímpios ele os destrói.   
14521Publique a minha boca o louvor do Senhor; e bendiga toda a carne o seu santo nome para todo o sempre.   
1461Louvai ao Senhor.Ó minha alma, louva ao Senhor.   
1462Louvarei ao Senhor durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus enquanto viver.   
1463Não confieis em príncipes, nem em filho de homem, em quem não há auxílio.   
1464Sai-lhe o espírito, e ele volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos.   
1465Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, e cuja esperança está no Senhor seu Deus   
1466que fez os céus e a terra, o mar e tudo quanto neles há, e que guarda a verdade para sempre;   
1467que faz justiça aos oprimidos, que dá pão aos famintos. O Senhor solta os encarcerados;   
1468o Senhor abre os olhos aos cegos; o Senhor levanta os abatidos; o Senhor ama os justos.   
1469O Senhor preserva os peregrinos; ampara o órfão e a viúva; mas transtorna o caminho dos ímpios.   
14610O Senhor reinará eternamente: o teu Deus, ó Sião, reinará por todas as gerações. Louvai ao Senhor!   
1471Louvai ao Senhor; porque é bom cantar louvores ao nosso Deus; pois isso é agradável, e decoroso é o louvor.   
1472O Senhor edifica Jerusalém, congrega os dispersos de Israel;   
1473sara os quebrantados de coração, e cura-lhes as feridas;   
1474conta o número das estrelas, chamando-as a todas pelos seus nomes.   
1475Grande é o nosso Senhor, e de grande poder; não há limite ao seu entendimento.   
1476O Senhor eleva os humildes, e humilha os perversos até a terra.   
1477Cantai ao Senhor em ação de graças; com a harpa cantai louvores ao nosso Deus.   
1478Ele é que cobre o céu de nuvens, que prepara a chuva para a terra, e que faz produzir erva sobre os montes;   
1479que dá aos animais o seu alimento, e aos filhos dos corvos quando clamam.   
14710Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz nas pernas do homem.   
14711O Senhor se compraz nos que o temem, nos que esperam na sua benignidade.   
14712Louva, ó Jerusalém, ao Senhor; louva, ó Sião, ao teu Deus.   
14713Porque ele fortalece as trancas das tuas portas; abençoa aos teus filhos dentro de ti.   
14714Ele é quem estabelece a paz nas tuas fronteiras; quem do mais fino trigo te farta;   
14715quem envia o seu mandamento pela terra; a sua palavra corre mui velozmente.   
14716Ele dá a neve como lã, esparge a geada como cinza,   
14717e lança o seu gelo em pedaços; quem pode resistir ao seu frio?   
14718Manda a sua palavra, e os derrete; faz soprar o vento, e correm as águas;   
14719ele revela a sua palavra a Jacó, os seus estatutos e as suas ordenanças a Israel.   
14720Não fez assim a nenhuma das outras nações; e, quanto às suas ordenanças, elas não as conhecem. Louvai ao Senhor!   
1481Louvai ao Senhor! Louvai ao Senhor desde o céu, louvai-o nas alturas!   
1482Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todas as suas hostes!   
1483Louvai-o, sol e lua; louvai-o, todas as estrelas luzentes!   
1484Louvai-o, céus dos céus, e as águas que estão sobre os céus!   
1485Louvem eles o nome do Senhor; pois ele deu ordem, e logo foram criados.   
1486Também ele os estabeleceu para todo sempre; e lhes fixou um limite que nenhum deles ultrapassará.   
1487Louvai ao Senhor desde a terra, vós, monstros marinhos e todos os abismos;   
1488fogo e saraiva, neve e vapor; vento tempestuoso que excuta a sua palavra;   
1489montes e todos os outeiros; árvores frutíferas e todos os cedros;   
14810feras e todo o gado; répteis e aves voadoras;   
14811reis da terra e todos os povos; príncipes e todos os juízes da terra;   
14812mancebos e donzelas; velhos e crianças!   
14813Louvem eles o nome do Senhor, pois só o seu nome é excelso; a sua glória é acima da terra e do céu.   
14814Ele também exalta o poder do seu povo, o louvor de todos os seus santos, dos filhos de Israel, um povo que lhe é chegado. Louvai ao Senhor!   
1491Louvai ao Senhor! Cantai ao Senhor um cântico novo, e o seu louvor na assembléia dos santos!   
1492Alegre-se Israel naquele que o fez; regozijem-se os filhos de Sião no seu Rei.   
1493Louvem-lhe o nome com danças, cantem-lhe louvores com adufe e harpa.   
1494Porque o Senhor se agrada do seu povo; ele adorna os mansos com a salvação.   
1495Exultem de glória os santos, cantem de alegria nos seus leitos.   
1496Estejam na sua garganta os altos louvores de Deus, e na sua mão espada de dois gumes,   
1497para exercerem vingança sobre as nações, e castigos sobre os povos;   
1498para prenderem os seus reis com cadeias, e os seus nobres com grilhões de ferro;   
1499para executarem neles o juízo escrito; esta honra será para todos os santos. Louvai ao Senhor!   
1501Louvai ao Senhor! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu poder!   
1502Louvai-o pelos seus atos poderosos; louvai-o conforme a excelência da sua grandeza!   
1503Louvai-o ao som de trombeta; louvai-o com saltério e com harpa!   
1504Louvai-o com adufe e com danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flauta!   
1505Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos altissonantes!   
1506Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao Senhor!