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Portuguese Bible | ||
Chapter # | Verse # | Verse Detail |
1 | 1 | Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; |
1 | 2 | antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite. |
1 | 3 | Pois será como a árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará. |
1 | 4 | Não são assim os ímpios, mas são semelhantes à moinha que o vento espalha. |
1 | 5 | Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos; |
1 | 6 | porque o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à ruína. |
2 | 1 | Por que se amotinam as nações, e os povos tramam em vão? |
2 | 2 | Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos conspiram contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo: |
2 | 3 | Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas. |
2 | 4 | Aquele que está sentado nos céus se rirá; o Senhor zombará deles. |
2 | 5 | Então lhes falará na sua ira, e no seu furor os confundirá, dizendo: |
2 | 6 | Eu tenho estabelecido o meu Rei sobre Sião, meu santo monte. |
2 | 7 | Falarei do decreto do Senhor; ele me disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei. |
2 | 8 | Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e as extremidades da terra por possessão. |
2 | 9 | Tu os quebrarás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro. |
2 | 10 | Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra. |
2 | 11 | Servi ao Senhor com temor, e regozijai-vos com tremor. |
2 | 12 | Beijai o Filho, para que não se ire, e pereçais no caminho; porque em breve se inflamará a sua ira. Bem-aventurados todos aqueles que nele confiam. |
3 | 1 | Senhor, como se têm multiplicado os meus adversários! Muitos se levantam contra mim. |
3 | 2 | Muitos são os que dizem de mim: Não há socorro para ele em Deus. |
3 | 3 | Mas tu, Senhor, és um escudo ao redor de mim, a minha glória, e aquele que exulta a minha cabeça. |
3 | 4 | Com a minha voz clamo ao Senhor, e ele do seu santo monte me responde. |
3 | 5 | Eu me deito e durmo; acordo, pois o Senhor me sustenta. |
3 | 6 | Não tenho medo dos dez milhares de pessoas que se puseram contra mim ao meu redor. |
3 | 7 | Levanta-te, Senhor! salva-me, Deus meu! pois tu feres no queixo todos os meus inimigos; quebras os dentes aos ímpios. |
3 | 8 | A salvação vem do Senhor; sobre o teu povo seja a tua bênção. |
4 | 1 | Responde-me quando eu clamar, ó Deus da minha justiça! Na angústia me deste largueza; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração. |
4 | 2 | Filhos dos homens, até quando convertereis a minha glória em infâmia? Até quando amareis a vaidade e buscareis a mentira? |
4 | 3 | Sabei que o Senhor separou para si aquele que é piedoso; o Senhor me ouve quando eu clamo a ele. |
4 | 4 | Irai-vos e não pequeis; consultai com o vosso coração em vosso leito, e calai-vos. |
4 | 5 | Oferecei sacrifícios de justiça, e confiai no Senhor. |
4 | 6 | Muitos dizem: Quem nos mostrará o bem? Levanta, Senhor, sobre nós a luz do teu rosto. |
4 | 7 | Puseste no meu coração mais alegria do que a deles no tempo em que se lhes multiplicam o trigo e o vinho. |
4 | 8 | Em paz me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança. |
5 | 1 | Dá ouvidos às minhas palavras, ó Senhor; atende aos meus gemidos. |
5 | 2 | Atende à voz do meu clamor, Rei meu e Deus meu, pois é a ti que oro. |
5 | 3 | Pela manhã ouves a minha voz, ó Senhor; pela manhã te apresento a minha oração, e vigio. |
5 | 4 | Porque tu não és um Deus que tenha prazer na iniqüidade, nem contigo habitará o mal. |
5 | 5 | Os arrogantes não subsistirão diante dos teus olhos; detestas a todos os que praticam a maldade. |
5 | 6 | Destróis aqueles que proferem a mentira; ao sanguinário e ao fraudulento o Senhor abomina. |
5 | 7 | Mas eu, pela grandeza da tua benignidade, entrarei em tua casa; e em teu temor me inclinarei para o teu santo templo. |
5 | 8 | Guia-me, Senhor, na tua justiça, por causa dos meus inimigos; aplana diante de mim o teu caminho. |
5 | 9 | Porque não há fidelidade na boca deles; as suas entranhas são verdadeiras maldades, a sua garganta é um sepulcro aberto; lisonjeiam com a sua língua. |
5 | 10 | Declara-os culpados, ó Deus; que caiam por seus próprios conselhos; lança-os fora por causa da multidão de suas transgressões, pois se revoltaram contra ti. |
5 | 11 | Mas alegrem-se todos os que confiam em ti; exultem eternamente, porquanto tu os defendes; sim, gloriem-se em ti os que amam o teu nome. |
5 | 12 | Pois tu, Senhor, abençoas o justo; tu o circundas do teu favor como de um escudo. |
6 | 1 | Senhor, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor. |
6 | 2 | Tem compaixão de mim, Senhor, porque sou fraco; sara-me, Senhor, porque os meus ossos estão perturbados. |
6 | 3 | Também a minha alma está muito perturbada; mas tu, Senhor, até quando?... |
6 | 4 | Volta-te, Senhor, livra a minha alma; salva-me por tua misericórdia. |
6 | 5 | Pois na morte não há lembrança de ti; no Seol quem te louvará? |
6 | 6 | Estou cansado do meu gemido; toda noite faço nadar em lágrimas a minha cama, inundo com elas o meu leito. |
6 | 7 | Os meus olhos estão consumidos pela mágoa, e enfraquecem por causa de todos os meus inimigos. |
6 | 8 | Apartai-vos de mim todos os que praticais a iniquidade; porque o Senhor já ouviu a voz do meu pranto. |
6 | 9 | O Senhor já ouviu a minha súplica, o Senhor aceita a minha oração. |
6 | 10 | Serão envergonhados e grandemente perturbados todos os meus inimigos; tornarão atrás e subitamente serão envergonhados. |
7 | 1 | Senhor, Deus meu, confio, salva-me de todo o que me persegue, e livra-me; |
7 | 2 | para que ele não me arrebate, qual leão, despedaçando-me, sem que haja quem acuda. |
7 | 3 | Senhor, Deus meu, se eu fiz isto, se há perversidade nas minhas mãos, |
7 | 4 | se paguei com o mal àquele que tinha paz comigo, ou se despojei o meu inimigo sem causa. |
7 | 5 | persiga-me o inimigo e alcance-me; calque aos pés a minha vida no chão, e deite no pó a minha glória. |
7 | 6 | Ergue-te, Senhor, na tua ira; levanta-te contra o furor dos meus inimigos; desperta-te, meu Deus, pois tens ordenado o juízo. |
7 | 7 | Reúna-se ao redor de ti a assembléia dos povos, e por cima dela remonta-te ao alto. |
7 | 8 | O Senhor julga os povos; julga-me, Senhor, de acordo com a minha justiça e conforme a integridade que há em mim. |
7 | 9 | Cesse a maldade dos ímpios, mas estabeleça-se o justo; pois tu, ó justo Deus, provas o coração e os rins. |
7 | 10 | O meu escudo está em Deus, que salva os retos de coração. |
7 | 11 | Deus é um juiz justo, um Deus que sente indignação todos os dias. |
7 | 12 | Se o homem não se arrepender, Deus afiará a sua espada; armado e teso está o seu arco; |
7 | 13 | já preparou armas mortíferas, fazendo suas setas inflamadas. |
7 | 14 | Eis que o mau está com dores de perversidade; concedeu a malvadez, e dará à luz a falsidade. |
7 | 15 | Abre uma cova, aprofundando-a, e cai na cova que fez. |
7 | 16 | A sua malvadez recairá sobre a sua cabeça, e a sua violência descerá sobre o seu crânio. |
7 | 17 | Eu louvarei ao Senhor segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do Senhor, o Altíssimo. |
8 | 1 | Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome em toda a terra, tu que puseste a tua glória dos céus! |
8 | 2 | Da boca das crianças e dos que mamam tu suscitaste força, por causa dos teus adversários para fazeres calar o inimigo e vingador. |
8 | 3 | Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que estabeleceste, |
8 | 4 | que é o homem, para que te lembres dele? e o filho do homem, para que o visites? |
8 | 5 | Contudo, pouco abaixo de Deus o fizeste; de glória e de honra o coroaste. |
8 | 6 | Deste-lhe domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés: |
8 | 7 | todas as ovelhas e bois, assim como os animais do campo, |
8 | 8 | as aves do céu, e os peixes do mar, tudo o que passa pelas veredas dos mares. |
8 | 9 | Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome em toda a terra! |
9 | 1 | Eu te louvarei, Senhor, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. |
9 | 2 | Em ti me alegrarei e exultarei; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo; |
9 | 3 | porquanto os meus inimigos retrocedem, caem e perecem diante de ti. |
9 | 4 | Sustentaste o meu direito e a minha causa; tu te assentaste no tribunal, julgando justamente. |
9 | 5 | Repreendeste as nações, destruíste os ímpios; apagaste o seu nome para sempre e eternamente. |
9 | 6 | Os inimigos consumidos estão; perpétuas são as suas ruínas. |
9 | 7 | Mas o Senhor está entronizado para sempre; preparou o seu trono para exercer o juízo. |
9 | 8 | Ele mesmo julga o mundo com justiça; julga os povos com eqüidade. |
9 | 9 | O Senhor é também um alto refúgio para o oprimido, um alto refúgio em tempos de angústia. |
9 | 10 | Em ti confiam os que conhecem o teu nome; porque tu, Senhor, não abandonas aqueles que te buscam. |
9 | 11 | Cantai louvores ao Senhor, que habita em Sião; anunciai entre os povos os seus feitos. |
9 | 12 | Pois ele, o vingador do sangue, se lembra deles; não se esquece do clamor dos aflitos. |
9 | 13 | Tem misericórdia de mim, Senhor; olha a aflição que sofro daqueles que me odeiam, tu que me levantas das portas da morte. |
9 | 14 | para que eu conte todos os teus louvores nas portas da filha de Sião e me alegre na tua salvação. |
9 | 15 | Afundaram-se as nações na cova que abriram; na rede que ocultaram ficou preso o seu pé. |
9 | 16 | O Senhor deu-se a conhecer, executou o juízo; enlaçado ficou o ímpio nos seus próprios feitos. |
9 | 17 | Os ímpios irão para o Seol, sim, todas as nações que se esquecem de Deus. |
9 | 18 | Pois o necessitado não será esquecido para sempre, nem a esperança dos pobres será frustrada perpetuamente. |
9 | 19 | Levanta-te, Senhor! Não prevaleça o homem; sejam julgadas as nações na tua presença! |
9 | 20 | Senhor, incute-lhes temor! Que as nações saibam que não passam de meros homens! |
10 | 1 | Por que te conservas ao longe, Senhor? Por que te escondes em tempos de angústia? |
10 | 2 | Os ímpios, na sua arrogância, perseguem furiosamente o pobre; sejam eles apanhados nas ciladas que maquinaram. |
10 | 3 | Pois o ímpio gloria-se do desejo do seu coração, e o que é dado à rapina despreza e maldiz o Senhor. |
10 | 4 | Por causa do seu orgulho, o ímpio não o busca; todos os seus pensamentos são: Não há Deus. |
10 | 5 | Os seus caminhos são sempre prósperos; os teus juízos estão acima dele, fora da sua vista; quanto a todos os seus adversários, ele os trata com desprezo. |
10 | 6 | Diz em seu coração: Não serei abalado; nunca me verei na adversidade. |
10 | 7 | A sua boca está cheia de imprecações, de enganos e de opressão; debaixo da sua língua há malícia e iniqüidade. |
10 | 8 | Põe-se de emboscada nas aldeias; nos lugares ocultos mata o inocente; os seus olhos estão de espreita ao desamparado. |
10 | 9 | Qual leão no seu covil, está ele de emboscada num lugar oculto; está de emboscada para apanhar o pobre; apanha-o, colhendo-o na sua rede. |
10 | 10 | Abaixa-se, curva-se; assim os desamparados lhe caem nas fortes garras. |
10 | 11 | Diz ele em seu coração: Deus se esqueceu; cobriu o seu rosto; nunca verá isto. |
10 | 12 | Levanta-te, Senhor; ó Deus, levanta a tua mão; não te esqueças dos necessitados. |
10 | 13 | Por que blasfema de Deus o ímpio, dizendo no seu coração: Tu não inquirirás? |
10 | 14 | Tu o viste, porque atentas para o trabalho e enfado, para o tomares na tua mão; a ti o desamparado se entrega; tu és o amparo do órfão. |
10 | 15 | Quebra tu o braço do ímpio e malvado; esquadrinha a sua maldade, até que a descubras de todo. |
10 | 16 | O Senhor é Rei sempre e eternamente; da sua terra perecerão as nações. |
10 | 17 | Tu, Senhor, ouvirás os desejos dos mansos; confortarás o seu coração; inclinarás o teu ouvido, |
10 | 18 | para fazeres justiça ao órfão e ao oprimido, a fim de que o homem, que é da terra, não mais inspire terror. |
11 | 1 | No Senhor confio. Como, pois, me dizeis: Foge para o monte, como um pássaro? |
11 | 2 | Pois eis que os ímpios armam o arco, põem a sua flecha na corda, para atirarem, às ocultas, aos retos de coração. |
11 | 3 | Quando os fundamentos são destruídos, que pode fazer o justo? |
11 | 4 | O Senhor está no seu santo templo, o trono do Senhor está nos céus; os seus olhos contemplam, as suas pálpebras provam os filhos dos homens. |
11 | 5 | O Senhor prova o justo e o ímpio; a sua alma odeia ao que ama a violência. |
11 | 6 | Sobre os ímpios fará chover brasas de fogo e enxofre; um vento abrasador será a porção do seu copo. |
11 | 7 | Porque o Senhor é justo; ele ama a justiça; os retos, pois, verão o seu rosto. |
12 | 1 | Salva-nos, Senhor, pois não existe mais o piedoso; os fiéis desapareceram dentre os filhos dos homens. |
12 | 2 | Cada um fala com falsidade ao seu próximo; falam com lábios lisonjeiros e coração dobre. |
12 | 3 | Corte o Senhor todos os lábios lisonjeiros e a língua que fala soberbamente, |
12 | 4 | os que dizem: Com a nossa língua prevaleceremos; os nossos lábios a nós nos pertecem; quem sobre nós é senhor? |
12 | 5 | Por causa da opressão dos pobres, e do gemido dos necessitados, levantar-me-ei agora, diz o Senhor; porei em segurança quem por ela suspira. |
12 | 6 | As palavras do Senhor são palavras puras, como prata refinada numa fornalha de barro, purificada sete vezes. |
12 | 7 | Guarda-nos, ó Senhor; desta geração defende-nos para sempre. |
12 | 8 | Os ímpios andam por toda parte, quando a vileza se exalta entre os filhos dos homens. |
13 | 1 | Até quando, ó Senhor, te esquecerás de mim? para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto? |
13 | 2 | Até quando encherei de cuidados a minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia? Até quando o meu inimigo se exaltará sobre mim? |
13 | 3 | Considera e responde-me, ó Senhor, Deus meu; alumia os meus olhos para que eu não durma o sono da morte; |
13 | 4 | para que o meu inimigo não diga: Prevaleci contra ele; e os meus adversários não se alegrem, em sendo eu abalado. |
13 | 5 | Mas eu confio na tua benignidade; o meu coração se regozija na tua salvação. |
13 | 6 | Cantarei ao Senhor, porquanto me tem feito muito bem. |
14 | 1 | Diz o néscio no seu coração: Não há Deus. Os homens têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras; não há quem faça o bem. |
14 | 2 | O Senhor olhou do céu para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento, que buscasse a Deus. |
14 | 3 | Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um. |
14 | 4 | Acaso não tem conhecimento nem sequer um dos que praticam a iniqüidade, que comem o meu povo como se comessem pão, e que não invocam o Senhor? |
14 | 5 | Achar-se-ão ali em grande pavor, porque Deus está na geração dos justos. |
14 | 6 | Vós quereis frustar o conselho dos pobres, mas o Senhor é o seu refúgio. |
14 | 7 | Oxalá que de Sião viesse a salvação de Israel! Quando o Senhor fizer voltar os cativos do seu povo, então se regozijará Jacó e se alegrará Israel. |
15 | 1 | Quem, Senhor, habitará na tua tenda? quem morará no teu santo monte? |
15 | 2 | Aquele que anda irrepreensivelmente e pratica a justiça, e do coração fala a verdade; |
15 | 3 | que não difama com a sua língua, nem faz o mal ao seu próximo, nem contra ele aceita nenhuma afronta; |
15 | 4 | aquele a cujos olhos o réprobo é desprezado, mas que honra os que temem ao Senhor; aquele que, embora jure com dano seu, não muda; |
15 | 5 | que não empresta o seu dinheiro a juros, nem recebe peitas contra o inocente. Aquele que assim procede nunca será abalado. |
16 | 1 | Guarda-me, ó Deus, porque em ti me refugio. |
16 | 2 | Digo ao Senhor: Tu és o meu Senhor; além de ti não tenho outro bem. |
16 | 3 | Quanto aos santos que estão na terra, eles são os ilustres nos quais está todo o meu prazer. |
16 | 4 | Aqueles que escolhem a outros deuses terão as suas dores multiplicadas; eu não oferecerei as suas libações de sangue, nem tomarei os seus nomes nos meus lábios. |
16 | 5 | Tu, Senhor, és a porção da minha herança e do meu cálice; tu és o sustentáculo do meu quinhão. |
16 | 6 | As sortes me caíram em lugares deliciosos; sim, coube-me uma formosa herança. |
16 | 7 | Bendigo ao Senhor que me aconselha; até os meus rins me ensinam de noite. |
16 | 8 | Tenho posto o Senhor continuamente diante de mim; porquanto ele está à minha mão direita, não serei abalado. |
16 | 9 | Porquanto está alegre o meu coração e se regozija a minha alma; também a minha carne habitará em segurança. |
16 | 10 | Pois não deixarás a minha alma no Seol, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção. |
16 | 11 | Tu me farás conhecer a vereda da vida; na tua presença há plenitude de alegria; à tua mão direita há delícias perpetuamente. |
17 | 1 | Ouve, Senhor, a justa causa; atende ao meu clamor; dá ouvidos à minha oração, que não procede de lábios enganosos. |
17 | 2 | Venha de ti a minha sentença; atendam os teus olhos à eqüidade. |
17 | 3 | Provas-me o coração, visitas-me de noite; examinas-me e não achas iniqüidade; a minha boca não transgride. |
17 | 4 | Quanto às obras dos homens, pela palavra dos teus lábios eu me tenho guardado dos caminhos do homem violento. |
17 | 5 | Os meus passos apegaram-se às tuas veredas, não resvalaram os meus pés. |
17 | 6 | A ti, ó Deus, eu clamo, pois tu me ouvirás; inclina para mim os teus ouvidos, e ouve as minhas palavras. |
17 | 7 | Faze maravilhosas as tuas beneficências, ó Salvador dos que à tua destra se refugiam daqueles que se levantam contra eles. |
17 | 8 | Guarda-me como à menina do olho; esconde-me, à sombra das tuas asas, |
17 | 9 | dos ímpios que me despojam, dos meus inimigos mortais que me cercam. |
17 | 10 | Eles fecham o seu coração; com a boca falam soberbamente. |
17 | 11 | Andam agora rodeando os meus passos; fixam em mim os seus olhos para me derrubarem por terra. |
17 | 12 | Parecem-se com o leão que deseja arrebatar a sua presa, e com o leãozinho que espreita em esconderijos. |
17 | 13 | Levanta-te, Senhor, detém-nos, derruba-os; livra-me dos ímpios, pela tua espada, |
17 | 14 | dos homens, pela tua mão, Senhor, dos homens do mundo, cujo quinhão está nesta vida. Enche-lhes o ventre da tua ira entesourada. Fartem-se dela os seus filhos, e dêem ainda os sobejos por herança aos seus pequeninos. |
17 | 15 | Quanto a mim, em retidão contemplarei a tua face; eu me satisfarei com a tua semelhança quando acordar. |
18 | 1 | Eu te amo, ó Senhor, força minha. |
18 | 2 | O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo, em quem me refúgio; o meu escudo, a força da minha salvação, e o meu alto refúgio. |
18 | 3 | Invoco o Senhor, que é digno de louvor, e sou salvo dos meus inimigos. |
18 | 4 | Cordas de morte me cercaram, e torrentes de perdição me amedrontaram. |
18 | 5 | Cordas de Seol me cingiram, laços de morte me surpreenderam. |
18 | 6 | Na minha angústia invoquei o Senhor, sim, clamei ao meu Deus; do seu templo ouviu ele a minha voz; o clamor que eu lhe fiz chegou aos seus ouvidos. |
18 | 7 | Então a terra se abalou e tremeu, e os fundamentos dos montes também se moveram e se abalaram, porquanto ele se indignou. |
18 | 8 | Das suas narinas subiu fumaça, e da sua boca saiu fogo devorador; dele saíram brasas ardentes. |
18 | 9 | Ele abaixou os céus e desceu; trevas espessas havia debaixo de seus pés. |
18 | 10 | Montou num querubim, e voou; sim, voou sobre as asas do vento. |
18 | 11 | Fez das trevas o seu retiro secreto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das águas e as espessas nuvens do céu. |
18 | 12 | Do resplendor da sua presença saíram, pelas suas espessas nuvens, saraiva e brasas de fogo. |
18 | 13 | O Senhor trovejou a sua voz; e havia saraiva e brasas de fogo. |
18 | 14 | Despediu as suas setas, e os espalhou; multiplicou raios, e os perturbou. |
18 | 15 | Então foram vistos os leitos das águas, e foram descobertos os fundamentos do mundo, à tua repreensão, Senhor, ao sopro do vento das tuas narinas. |
18 | 16 | Do alto estendeu o braço e me tomou; tirou-me das muitas águas. |
18 | 17 | Livrou-me do meu inimigo forte e daqueles que me odiavam; pois eram mais poderosos do que eu. |
18 | 18 | Surpreenderam-me eles no dia da minha calamidade, mas o Senhor foi o meu amparo. |
18 | 19 | Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me, porque tinha prazer em mim. |
18 | 20 | Recompensou-me o Senhor conforme a minha justiça, retribuiu-me conforme a pureza das minhas mãos. |
18 | 21 | Pois tenho guardado os caminhos do Senhor, e não me apartei impiamente do meu Deus. |
18 | 22 | Porque todas as suas ordenanças estão diante de mim, e nunca afastei de mim os seus estatutos. |
18 | 23 | Também fui irrepreensível diante dele, e me guardei da iniqüidade. |
18 | 24 | Pelo que o Senhor me recompensou conforme a minha justiça, conforme a pureza de minhas mãos perante os seus olhos. |
18 | 25 | Para com o benigno te mostras benigno, e para com o homem perfeito te mostras perfeito. |
18 | 26 | Para com o puro te mostras puro, e para com o perverso te mostras contrário. |
18 | 27 | Porque tu livras o povo aflito, mas os olhos altivos tu os abates. |
18 | 28 | Sim, tu acendes a minha candeia; o Senhor meu Deus alumia as minhas trevas. |
18 | 29 | Com o teu auxílio dou numa tropa; com o meu Deus salto uma muralha. |
18 | 30 | Quanto a Deus, o seu caminho é perfeito; a promessa do Senhor é provada; ele é um escudo para todos os que nele confiam. |
18 | 31 | Pois, quem é Deus senão o Senhor? e quem é rochedo senão o nosso Deus? |
18 | 32 | Ele é o Deus que me cinge de força e torna perfeito o meu caminho; |
18 | 33 | faz os meus pés como os das corças, e me coloca em segurança nos meus lugares altos. |
18 | 34 | Adestra as minhas mãos para a peleja, de sorte que os meus braços vergam um arco de bronze. |
18 | 35 | Também me deste o escudo da tua salvação; a tua mão direita me sustém, e a tua clemência me engrandece. |
18 | 36 | Alargas o caminho diante de mim, e os meus pés não resvalam. |
18 | 37 | Persigo os meus inimigos, e os alcanço; não volto senão depois de os ter consumido. |
18 | 38 | Atravesso-os, de modo que nunca mais se podem levantar; caem debaixo dos meus pés. |
18 | 39 | Pois me cinges de força para a peleja; prostras debaixo de mim aqueles que contra mim se levantam. |
18 | 40 | Fazes também que os meus inimigos me dêem as costas; aos que me odeiam eu os destruo. |
18 | 41 | Clamam, porém não há libertador; clamam ao Senhor, mas ele não lhes responde. |
18 | 42 | Então os esmiúço como o pó diante do vento; lanço-os fora como a lama das ruas. |
18 | 43 | Livras-me das contendas do povo, e me fazes cabeça das nações; um povo que eu não conhecia se me sujeita. |
18 | 44 | Ao ouvirem de mim, logo me obedecem; com lisonja os estrangeiros se me submetem. |
18 | 45 | Os estrangeiros desfalecem e, tremendo, saem dos seus esconderijos. |
18 | 46 | Vive o Senhor; bendita seja a minha rocha, e exaltado seja o Deus da minha salvação, |
18 | 47 | o Deus que me dá vingança, e sujeita os povos debaixo de mim, |
18 | 48 | que me livra de meus inimigos; sim, tu me exaltas sobre os que se levantam contra mim; tu me livras do homem violento. |
18 | 49 | Pelo que, ó Senhor, te louvarei entre as nações, e entoarei louvores ao teu nome. |
18 | 50 | Ele dá grande livramento ao seu rei, e usa de benignidade para com o seu ungido, para com Davi e sua posteridade, para sempre. |
19 | 1 | Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. |
19 | 2 | Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. |
19 | 3 | Não há fala, nem palavras; não se lhes ouve a voz. |
19 | 4 | Por toda a terra estende-se a sua linha, e as suas palavras até os consfins do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol, |
19 | 5 | que é qual noivo que sai do seu tálamo, e se alegra, como um herói, a correr a sua carreira. |
19 | 6 | A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até a outra extremidade deles; e nada se esconde ao seu calor. |
19 | 7 | A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples. |
19 | 8 | Os preceitos do Senhor são retos, e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e alumia os olhos. |
19 | 9 | O temor do Senhor é limpo, e permanece para sempre; os juízos do Senhor são verdadeiros e inteiramente justos. |
19 | 10 | Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o que goteja dos favos. |
19 | 11 | Também por eles o teu servo é advertido; e em os guardar há grande recompensa. |
19 | 12 | Quem pode discernir os próprios erros? Purifica-me tu dos que me são ocultos. |
19 | 13 | Também de pecados de presunção guarda o teu servo, para que não se assenhoreiem de mim; então serei perfeito, e ficarei limpo de grande transgressão. |
19 | 14 | Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu! |
20 | 1 | O Senhor te ouça no dia da angústia; o nome do Deus de Jacó te proteja. |
20 | 2 | Envie-te socorro do seu santuário, e te sustenha de Sião. |
20 | 3 | Lembre-se de todas as tuas ofertas, e aceite os teus holocaustos. |
20 | 4 | Conceda-te conforme o desejo do teu coração, e cumpra todo o teu desígnio. |
20 | 5 | Nós nos alegraremos pela tua salvação, e em nome do nosso Deus arvoraremos pendões; satisfaça o Senhor todas as tuas petições. |
20 | 6 | Agora sei que o Senhor salva o seu ungido; ele lhe responderá lá do seu santo céu, com a força salvadora da sua destra. |
20 | 7 | Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus. |
20 | 8 | Uns encurvam-se e caem, mas nós nos erguemos e ficamos de pé. |
20 | 9 | Salva-nos, Senhor; ouça-nos o Rei quando clamarmos. |
21 | 1 | Na tua força, ó Senhor, o rei se alegra; e na tua salvação quão grandemente se regozija! |
21 | 2 | Concedeste-lhe o desejo do seu coração, e não lhe negaste a petição dos seus lábios. |
21 | 3 | Pois o proveste de bênçãos excelentes; puseste-lhe na cabeça uma coroa de ouro fino. |
21 | 4 | Vida te pediu, e lha deste, longura de dias para sempre e eternamente. |
21 | 5 | Grande é a sua glória pelo teu socorro; de honra e de majestade o revestes. |
21 | 6 | Sim, tu o fazes para sempre abençoado; tu o enches de gozo na tua presença. |
21 | 7 | Pois o rei confia no Senhor; e pela bondade do Altíssimo permanecerá inabalável. |
21 | 8 | A tua mão alcançará todos os teus inimigos, a tua destra alcançará todos os que te odeiam. |
21 | 9 | Tu os farás qual fornalha ardente quando vieres; o Senhor os consumirá na sua indignação, e o fogo os devorará. |
21 | 10 | A sua prole destruirás da terra, e a sua descendência dentre os filhos dos homens. |
21 | 11 | Pois intentaram o mal contra ti; maquinaram um ardil, mas não prevalecerão. |
21 | 12 | Porque tu os porás em fuga; contra os seus rostos assestarás o teu arco. |
21 | 13 | Exalta-te, Senhor, na tua força; então cantaremos e louvaremos o teu poder. |
22 | 1 | Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? por que estás afastado de me auxiliar, e das palavras do meu bramido? |
22 | 2 | Deus meu, eu clamo de dia, porém tu não me ouves; também de noite, mas não acho sossego. |
22 | 3 | Contudo tu és santo, entronizado sobre os louvores de Israel. |
22 | 4 | Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste. |
22 | 5 | A ti clamaram, e foram salvos; em ti confiaram, e não foram confundidos. |
22 | 6 | Mas eu sou verme, e não homem; opróbrio dos homens e desprezado do povo. |
22 | 7 | Todos os que me vêem zombam de mim, arreganham os beiços e meneiam a cabeça, dizendo: |
22 | 8 | Confiou no Senhor; que ele o livre; que ele o salve, pois que nele tem prazer. |
22 | 9 | Mas tu és o que me tiraste da madre; o que me preservaste, estando eu ainda aos seios de minha mãe. |
22 | 10 | Nos teus braços fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe. |
22 | 11 | Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem acuda. |
22 | 12 | Muitos touros me cercam; fortes touros de Basã me rodeiam. |
22 | 13 | Abrem contra mim sua boca, como um leão que despedaça e que ruge. |
22 | 14 | Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas. |
22 | 15 | A minha força secou-se como um caco e a língua se me pega ao paladar; tu me puseste no pó da morte. |
22 | 16 | Pois cães me rodeiam; um ajuntamento de malfeitores me cerca; transpassaram-me as mãos e os pés. |
22 | 17 | Posso contar todos os meus ossos. Eles me olham e ficam a mirar-me. |
22 | 18 | Repartem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica lançam sortes. |
22 | 19 | Mas tu, Senhor, não te alongues de mim; força minha, apressa-te em socorrer-me. |
22 | 20 | Livra-me da espada, e a minha vida do poder do cão. |
22 | 21 | Salva-me da boca do leão, sim, livra-me dos chifres do boi selvagem. |
22 | 22 | Então anunciarei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação. |
22 | 23 | Vós, que temeis ao Senhor, louvai-o; todos vós, filhos de Jacó, glorificai-o; temei-o todos vós, descendência de Israel. |
22 | 24 | Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem dele escondeu o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu. |
22 | 25 | De ti vem o meu louvor na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem. |
22 | 26 | Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao Senhor os que o buscam. Que o vosso coração viva eternamente! |
22 | 27 | Todos os limites da terra se lembrarão e se converterão ao Senhor, e diante dele adorarão todas as famílias das nações. |
22 | 28 | Porque o domínio é do Senhor, e ele reina sobre as nações. |
22 | 29 | Todos os grandes da terra comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele, os que não podem reter a sua vida. |
22 | 30 | A posteridade o servirá; falar-se-á do Senhor à geração vindoura. |
22 | 31 | Chegarão e anunciarão a justiça dele; a um povo que há de nascer contarão o que ele fez. |
23 | 1 | O Senhor é o meu pastor; nada me faltará. |
23 | 2 | Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranqüilas. |
23 | 3 | Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome. |
23 | 4 | Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. |
23 | 5 | Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda. |
23 | 6 | Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias. |
24 | 1 | Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam. |
24 | 2 | Porque ele a fundou sobre os mares, e a firmou sobre os rios. |
24 | 3 | Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? |
24 | 4 | Aquele que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. |
24 | 5 | Este receberá do Senhor uma bênção, e a justiça do Deus da sua salvação. |
24 | 6 | Tal é a geração daqueles que o buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó. |
24 | 7 | Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. |
24 | 8 | Quem é o Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na batalha. |
24 | 9 | Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. |
24 | 10 | Quem é esse Rei da Glória? O Senhor dos exércitos; ele é o Rei da Glória. |
25 | 1 | A ti, Senhor, elevo a minha alma. |
25 | 2 | Deus meu, em ti confio; não seja eu envergonhado; não triunfem sobre mim os meus inimigos. |
25 | 3 | Não seja envergonhado nenhum dos que em ti esperam; envergonhados sejam os que sem causa procedem traiçoeiramente. |
25 | 4 | Faze-me saber os teus caminhos, Senhor; ensina-me as tuas veredas. |
25 | 5 | Guia-me na tua verdade, e ensina-me; pois tu és o Deus da minha salvação; por ti espero o dia todo. |
25 | 6 | Lembra-te, Senhor, da tua compaixão e da tua benignidade, porque elas são eternas. |
25 | 7 | Não te lembres dos pecado da minha mocidade, nem das minhas transgressões; mas, segundo a tua misericórdia, lembra-te de mim, pela tua bondade, ó Senhor. |
25 | 8 | Bom e reto é o Senhor; pelo que ensina o caminho aos pecadores. |
25 | 9 | Guia os mansos no que é reto, e lhes ensina o seu caminho. |
25 | 10 | Todas as veredas do Senhor são misericórdia e verdade para aqueles que guardam o seu pacto e os seus testemunhos. |
25 | 11 | Por amor do teu nome, Senhor, perdoa a minha iniqüidade, pois é grande. |
25 | 12 | Qual é o homem que teme ao Senhor? Este lhe ensinará o caminho que deve escolher. |
25 | 13 | Ele permanecerá em prosperidade, e a sua descendência herdará a terra. |
25 | 14 | O conselho do Senhor é para aqueles que o temem, e ele lhes faz saber o seu pacto. |
25 | 15 | Os meus olhos estão postos continuamente no Senhor, pois ele tirará do laço os meus pés. |
25 | 16 | Olha para mim, e tem misericórdia de mim, porque estou desamparado e aflito. |
25 | 17 | Alivia as tribulações do meu coração; tira-me das minhas angústias. |
25 | 18 | Olha para a minha aflição e para a minha dor, e perdoa todos os meus pecados. |
25 | 19 | Olha para os meus inimigos, porque são muitos e me odeiam com ódio cruel. |
25 | 20 | Guarda a minha alma, e livra-me; não seja eu envergonhado, porque em ti me refúgio. |
25 | 21 | A integridade e a retidão me protejam, porque em ti espero. |
25 | 22 | Redime, ó Deus, a Israel de todas as suas angústias. |
26 | 1 | Julga-me, ó Senhor, pois tenho andado na minha integridade; no Senhor tenho confiado sem vacilar. |
26 | 2 | Examina-me, Senhor, e prova-me; esquadrinha o meu coração e a minha mente. |
26 | 3 | Pois a tua benignidade está diante dos meus olhos, e tenho andado na tua verdade. |
26 | 4 | Não me tenho assentado com homens falsos, nem associo com dissimuladores. |
26 | 5 | Odeio o ajuntamento de malfeitores; não me sentarei com os ímpios. |
26 | 6 | Lavo as minhas mãos na inocência; e assim, ó Senhor, me acerco do teu altar, |
26 | 7 | para fazer ouvir a voz de louvor, e contar todas as tuas maravilhas. |
26 | 8 | Ó Senhor, eu amo o recinto da tua casa e o lugar onde permanece a tua glória. |
26 | 9 | Não colhas a minha alma com a dos pecadores, nem a minha vida a dos homens sanguinolentos, |
26 | 10 | em cujas mãos há malefício, e cuja destra está cheia de subornos. |
26 | 11 | Quanto a mim, porém, ando na minha integridade; resgata-me e tem compaixão de mim. |
26 | 12 | O meu pé está firme em terreno plano; nas congregações bendirei ao Senhor. |
27 | 1 | O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei? |
27 | 2 | Quando os malvados investiram contra mim, para comerem as minhas carnes, eles, meus adversários e meus inimigos, tropeçaram e caíram. |
27 | 3 | Ainda que um exército se acampe contra mim, o meu coração não temerá; ainda que a guerra se levante contra mim, conservarei a minha confiança. |
27 | 4 | Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e inquirir no seu templo. |
27 | 5 | Pois no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no recôndito do seu tabernáculo me esconderá; sobre uma rocha me elevará. |
27 | 6 | E agora será exaltada a minha cabeça acima dos meus inimigos que estão ao redor de mim; e no seu tabernáculo oferecerei sacrifícios de júbilo; cantarei, sim, cantarei louvores ao Senhor. |
27 | 7 | Ouve, ó Senhor, a minha voz quando clamo; compadece-te de mim e responde-me. |
27 | 8 | Quando disseste: Buscai o meu rosto; o meu coração te disse a ti: O teu rosto, Senhor, buscarei. |
27 | 9 | Não escondas de mim o teu rosto, não rejeites com ira o teu servo, tu que tens sido a minha ajuda. Não me enjeites nem me desampares, ó Deus da minha salvação. |
27 | 10 | Se meu pai e minha mãe me abandonarem, então o Senhor me acolherá. |
27 | 11 | Ensina-me, ó Senhor, o teu caminho, e guia-me por uma vereda plana, por causa dos que me espreitam. |
27 | 12 | Não me entregues à vontade dos meus adversários; pois contra mim se levantaram falsas testemunhas e os que repiram violência. |
27 | 13 | Creio que hei de ver a bondade do Senhor na terra dos viventes. |
27 | 14 | Espera tu pelo Senhor; anima-te, e fortalece o teu coração; espera, pois, pelo Senhor. |
28 | 1 | A ti clamo, ó Senhor; rocha minha, não emudeças para comigo; não suceda que, calando-te a meu respeito, eu me torne semelhante aos que descem à cova. |
28 | 2 | Ouve a voz das minhas súplicas, quando a ti clamo, quando levanto as minhas mãos para o teu santo templo. |
28 | 3 | Não me arrastes juntamente com os ímpios e com os que praticam a iniqüidade, que falam de paz ao seu próximo, mas têm o mal no seu coração. |
28 | 4 | Retribui-lhes segundo as suas obras e segundo a malícia dos seus feitos; dá-lhes conforme o que fizeram as suas mãos; retribui-lhes o que eles merecem. |
28 | 5 | Porquanto eles não atentam para as obras do Senhor, nem para o que as suas mãos têm feito, ele os derrubará e não os reedificará |
28 | 6 | Bendito seja o Senhor, porque ouviu a voz das minhas súplicas. |
28 | 7 | O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele confiou o meu coração, e fui socorrido; pelo que o meu coração salta de prazer, e com o meu cântico o louvarei. |
28 | 8 | O Senhor é a força do seu povo; ele é a fortaleza salvadora para o seu ungido. |
28 | 9 | Salva o teu povo, e abençoa a tua herança; apascenta-os e exalta-os para sempre. |
29 | 1 | Tributai ao Senhor, ó filhos dos poderosos, tributai ao Senhor glória e força. |
29 | 2 | Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome; adorai o Senhor vestidos de trajes santos. |
29 | 3 | A voz do Senhor ouve-se sobre as águas; o Deus da glória troveja; o Senhor está sobre as muitas águas. |
29 | 4 | A voz do Senhor é poderosa; a voz do Senhor é cheia de majestade. |
29 | 5 | A voz do Senhor quebra os cedros; sim, o Senhor quebra os cedros do Líbano. |
29 | 6 | Ele faz o Líbano saltar como um bezerro; e Siriom, como um filhote de boi selvagem. |
29 | 7 | A voz do Senhor lança labaredas de fogo. |
29 | 8 | A voz do Senhor faz tremer o deserto; o Senhor faz tremer o deserto de Cades. |
29 | 9 | A voz do Senhor faz as corças dar à luz, e desnuda as florestas; e no seu templo todos dizem: Glória! |
29 | 10 | O Senhor está entronizado sobre o dilúvio; o Senhor se assenta como rei, perpetuamente. |
29 | 11 | O Senhor dará força ao seu povo; o Senhor abençoará o seu povo com paz. |
30 | 1 | Exaltar-te-ei, ó Senhor, porque tu me levantaste, e não permitiste que meus inimigos se alegrassem sobre mim. |
30 | 2 | Ó Senhor, Deus meu, a ti clamei, e tu me curaste. |
30 | 3 | Senhor, fizeste subir a minha alma do Seol, conservaste-me a vida, dentre os que descem à cova. |
30 | 4 | Cantai louvores ao Senhor, vós que sois seus santos, e louvai o seu santo nome. |
30 | 5 | Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite; pela manhã, porém, vem o cântico de júbilo. |
30 | 6 | Quanto a mim, dizia eu na minha prosperidade: Jamais serei abalado. |
30 | 7 | Tu, Senhor, pelo teu favor fizeste que a minha montanha permanecesse forte; ocultaste o teu rosto, e fiquei conturbado. |
30 | 8 | A ti, Senhor, clamei, e ao Senhor supliquei: |
30 | 9 | Que proveito haverá no meu sangue, se eu descer à cova? Porventura te louvará o pó? Anunciará ele a tua verdade? |
30 | 10 | Ouve, Senhor, e tem compaixão de mim! Ó Senhor, sê o meu ajudador! |
30 | 11 | Tornaste o meu pranto em regozijo, tiraste o meu cilício, e me cingiste de alegria; |
30 | 12 | para que a minha alma te cante louvores, e não se cale. Senhor, Deus meu, eu te louvarei para sempre. |
31 | 1 | Em ti, Senhor, me refugio; nunca seja eu envergonhado; livra-me pela tua justiça! |
31 | 2 | Inclina para mim os teus ouvidos, livra-me depressa! Sê para mim uma rocha de refúgio, uma casa de defesa que me salve! |
31 | 3 | Porque tu és a minha rocha e a minha fortaleza; pelo que, por amor do teu nome, guia-me e encaminha-me. |
31 | 4 | Tira-me do laço que me armaram, pois tu és o meu refúgio. |
31 | 5 | Nas tuas mãos entrego o meu espírito; tu me remiste, ó Senhor, Deus da verdade. |
31 | 6 | Odeias aqueles que atentam para ídolos vãos; eu, porém, confio no Senhor. |
31 | 7 | Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois tens visto a minha aflição. Tens conhecido as minhas angústias, |
31 | 8 | e não me entregaste nas mãos do inimigo; puseste os meus pés num lugar espaçoso. |
31 | 9 | Tem compaixão de mim, ó Senhor, porque estou angustiado; consumidos estão de tristeza os meus olhos, a minha alma e o meu corpo. |
31 | 10 | Pois a minha vida está gasta de tristeza, e os meus anos de suspiros; a minha força desfalece por causa da minha iniqüidade, e os meus ossos se consomem. |
31 | 11 | Por causa de todos os meus adversários tornei-me em opróbrio, sim, sobremodo o sou para os meus vizinhos, e horror para os meus conhecidos; os que me vêem na rua fogem de mim. |
31 | 12 | Sou esquecido como um morto de quem não há memória; sou como um vaso quebrado. |
31 | 13 | Pois tenho ouvido a difamação de muitos, terror por todos os lados; enquanto juntamente conspiravam contra mim, maquinaram tirar-me a vida. |
31 | 14 | Mas eu confio em ti, ó Senhor; e digo: Tu és o meu Deus. |
31 | 15 | Os meus dias estão nas tuas mãos; livra-me das mãos dos meus inimigos e dos que me perseguem. |
31 | 16 | Faze resplandecer o teu rosto sobre o teu servo; salva-me por tua bondade. |
31 | 17 | Não seja eu envergonhado, ó Senhor, porque te invoco; envergonhados sejam os ímpios, emudeçam no Seol. |
31 | 18 | Emudeçam os lábios mentirosos, que falam insolentemente contra o justo, com arrogância e com desprezo. |
31 | 19 | Oh! quão grande é a tua bondade, que guardaste para os que te temem, a qual na presença dos filhos dos homens preparaste para aqueles que em ti se refugiam! |
31 | 20 | No abrigo da tua presença tu os escondes das intrigas dos homens; em um pavilhão os ocultas da contenda das línguas. |
31 | 21 | Bendito seja o Senhor, pois fez maravilhosa a sua bondade para comigo numa cidade sitiada. |
31 | 22 | Eu dizia no meu espanto: Estou cortado de diante dos teus olhos; não obstante, tu ouviste as minhas súplicas quando eu a ti clamei. |
31 | 23 | Amai ao Senhor, vós todos os que sois seus santos; o Senhor guarda os fiéis, e retribui abundantemente ao que usa de soberba. |
31 | 24 | Esforçai-vos, e fortaleça-se o vosso coração, vós todos os que esperais no Senhor. |
32 | 1 | Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. |
32 | 2 | Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui a iniqüidade, e em cujo espírito não há dolo. |
32 | 3 | Enquanto guardei silêncio, consumiram-se os meus ossos pelo meu bramido durante o dia todo. |
32 | 4 | Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. |
32 | 5 | Confessei-te o meu pecado, e a minha iniqüidade não encobri. Disse eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a culpa do meu pecado. |
32 | 6 | Pelo que todo aquele é piedoso ore a ti, a tempo de te poder achar; no trasbordar de muitas águas, estas e ele não chegarão. |
32 | 7 | Tu és o meu esconderijo; preservas-me da angústia; de alegres cânticos de livramento me cercas. |
32 | 8 | Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; aconselhar-te-ei, tendo-te sob a minha vista. |
32 | 9 | Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio; de outra forma não se sujeitarão. |
32 | 10 | O ímpio tem muitas dores, mas aquele que confia no Senhor, a misericórdia o cerca. |
32 | 11 | Alegrai-vos no Senhor, e regozijai-vos, vós justos; e cantai de júbilo, todos vós que sois retos de coração. |
33 | 1 | Regozijai-vos no Senhor, vós justos, pois aos retos fica bem o louvor. |
33 | 2 | Louvai ao Senhor com harpa, cantai-lhe louvores com saltério de dez cordas. |
33 | 3 | Cantai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo. |
33 | 4 | Porque a palavra do Senhor é reta; e todas as suas obras são feitas com fidelidade. |
33 | 5 | Ele ama a retidão e a justiça; a terra está cheia da benignidade do Senhor. |
33 | 6 | Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo sopro da sua boca. |
33 | 7 | Ele ajunta as águas do mar como num montão; põe em tesouros os abismos. |
33 | 8 | Tema ao Senhor a terra toda; temam-no todos os moradores do mundo. |
33 | 9 | Pois ele falou, e tudo se fez; ele mandou, e logo tudo apareceu. |
33 | 10 | O Senhor desfaz o conselho das nações, anula os intentos dos povos. |
33 | 11 | O conselho do Senhor permanece para sempre, e os intentos do seu coração por todas as gerações. |
33 | 12 | Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, o povo que ele escolheu para sua herança. |
33 | 13 | O Senhor olha lá do céu; vê todos os filhos dos homens; |
33 | 14 | da sua morada observa todos os moradores da terra, |
33 | 15 | aquele que forma o coração de todos eles, que contempla todas as suas obras. |
33 | 16 | Um rei não se salva pela multidão do seu exército; nem o homem valente se livra pela muita força. |
33 | 17 | O cavalo é vã esperança para a vitória; não pode livrar ninguém pela sua grande força. |
33 | 18 | Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua benignidade, |
33 | 19 | para os livrar da morte, e para os conservar vivos na fome. |
33 | 20 | A nossa alma espera no Senhor; ele é o nosso auxílio e o nosso escudo. |
33 | 21 | Pois nele se alegra o nosso coração, porquanto temos confiado no seu santo nome. |
33 | 22 | Seja a tua benignidade, Senhor, sobre nós, assim como em ti esperamos. |
34 | 1 | Bendirei ao Senhor em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha boca. |
34 | 2 | No Senhor se gloria a minha alma; ouçam-no os mansos e se alegrem. |
34 | 3 | Engrandeci ao Senhor comigo, e juntos exaltemos o seu nome. |
34 | 4 | Busquei ao Senhor, e ele me respondeu, e de todos os meus temores me livrou. |
34 | 5 | Olhai para ele, e sede iluminados; e os vossos rostos jamais serão confundidos. |
34 | 6 | Clamou este pobre, e o Senhor o ouviu, e o livrou de todas as suas angústias. |
34 | 7 | O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra. |
34 | 8 | Provai, e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia. |
34 | 9 | Temei ao Senhor, vós, seus santos, porque nada falta aos que o temem. |
34 | 10 | Os leõezinhos necessitam e sofrem fome, mas àqueles que buscam ao Senhor, bem algum lhes faltará. |
34 | 11 | Vinde, filhos, ouvi-me; eu vos ensinarei o temor do Senhor. |
34 | 12 | Quem é o homem que deseja a vida, e quer longos dias para ver o bem? |
34 | 13 | Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem dolosamente. |
34 | 14 | Aparta-te do mal, e faze o bem: busca a paz, e segue-a. |
34 | 15 | Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos ao seu clamor. |
34 | 16 | A face do Senhor está contra os que fazem o mal, para desarraigar da terra a memória deles. |
34 | 17 | Os justos clama, e o Senhor os ouve, e os livra de todas as suas angústias. |
34 | 18 | Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito. |
34 | 19 | Muitas são as aflições do justo, mas de todas elas o Senhor o livra. |
34 | 20 | Ele lhe preserva todos os ossos; nem sequer um deles se quebra. |
34 | 21 | A malícia matará o ímpio, e os que odeiam o justo serão condenados. |
34 | 22 | O Senhor resgata a alma dos seus servos, e nenhum dos que nele se refugiam será condenado. |
35 | 1 | Contende, Senhor, com aqueles que contendem comigo; combate contra os que me combatem. |
35 | 2 | Pega do escudo e do pavês, e levanta-te em meu socorro. |
35 | 3 | Tira da lança e do dardo contra os que me perseguem. Dize à minha alma: Eu sou a tua salvação. |
35 | 4 | Sejam envergonhados e confundidos os que buscam a minha vida; voltem atrás e se confudam os que contra mim intentam o mal. |
35 | 5 | Sejam como a moinha diante do vento, e o anjo do Senhor os faça fugir. |
35 | 6 | Seja o seu caminho tenebroso e escorregadio, e o anjo do Senhor os persiga. |
35 | 7 | Pois sem causa me armaram ocultamente um laço; sem razão cavaram uma cova para a minha vida. |
35 | 8 | Sobrevenha-lhes inesperadamente a destruição, e prenda-os o laço que ocultaram; caiam eles nessa mesma destruição. |
35 | 9 | Então minha alma se regozijará no Senhor; exultará na sua salvação. |
35 | 10 | Todos os meus ossos dirão: Ó Senhor, quem é como tu, que livras o fraco daquele que é mais forte do que ele? sim, o pobre e o necessitado, daquele que o rouba. |
35 | 11 | Levantam-se testemunhas maliciosas; interrogam-me sobre coisas que eu ignoro. |
35 | 12 | Tornam-me o mal pelo bem, causando-me luto na alma. |
35 | 13 | Mas, quanto a mim, estando eles enfermos, vestia-me de cilício, humilhava-me com o jejum, e orava de cabeça sobre o peito. |
35 | 14 | Portava-me como o faria por meu amigo ou meu irmão; eu andava encurvado e lamentando-me, como quem chora por sua mãe. |
35 | 15 | Mas, quando eu tropeçava, eles se alegravam e se congregavam; congregavam-se contra mim, homens miseráveis que eu não conhecia; difamavam-me sem cessar. |
35 | 16 | Como hipócritas zombadores nas festas, rangiam os dentes contra mim. |
35 | 17 | Ó Senhor, até quando contemplarás isto? Livra-me das suas violências; salva a minha vida dos leões! |
35 | 18 | Então te darei graças na grande assembléia; entre muitíssimo povo te louvarei. |
35 | 19 | Não se alegrem sobre mim os que são meus inimigos sem razão, nem pisquem os olhos aqueles que me odeiam sem causa. |
35 | 20 | Pois não falaram de paz, antes inventam contra os quietos da terra palavras enganosas. |
35 | 21 | Escancararam contra mim a sua boca, e dizem: Ah! Ah! os nossos olhos o viram. |
35 | 22 | Tu, Senhor, o viste, não te cales; Senhor, não te alongues de mim. |
35 | 23 | Acorda e desperta para o meu julgamento, para a minha causa, Deus meu, e Senhor meu. |
35 | 24 | Justifica-me segundo a tua justiça, Senhor Deus meu, e não se regozijem eles sobre mim. |
35 | 25 | Não digam em seu coração: Eia! cumpriu-se o nosso desejo! Não digam: Nós o havemos devorado. |
35 | 26 | Envergonhem-se e confundam-se à uma os que se alegram com o meu mal; vistam-se de vergonha e de confusão os que se engrandecem contra mim. |
35 | 27 | Bradem de júbilo e se alegrem os que desejam a minha justificação, e digam a minha justificação, e digam continuamente: Seja engrandecido o Senhor, que se deleita na prosperidade do seu servo. |
35 | 28 | Então a minha língua falará da tua justiça e do teu louvor o dia todo. |
36 | 1 | A transgressão fala ao ímpio no íntimo do seu coração; não há temor de Deus perante os seus olhos. |
36 | 2 | Porque em seus próprios olhos se lisonjeia, cuidando que a sua iniqüidade não será descoberta e detestada. |
36 | 3 | As palavras da sua boca são malícia e engano; deixou de ser prudente e de fazer o bem. |
36 | 4 | Maquina o mal na sua cama; põe-se em caminho que não é bom; não odeia o mal. |
36 | 5 | A tua benignidade, Senhor, chega até os céus, e a tua fidelidade até as nuvens. |
36 | 6 | A tua justiça é como os montes de Deus, os teus juízos são como o abismo profundo. Tu, Senhor, preservas os homens e os animais. |
36 | 7 | Quão preciosa é, ó Deus, a tua benignidade! Os filhos dos homens se refugiam à sombra das tuas asas. |
36 | 8 | Eles se fartarão da gordura da tua casa, e os farás beber da corrente das tuas delícias; |
36 | 9 | pois em ti está o manancial da vida; na tua luz vemos a luz. |
36 | 10 | Continua a tua benignidade aos que te conhecem, e a tua justiça aos retos de coração. |
36 | 11 | Não venha sobre mim o pé da soberba, e não me mova a mão dos ímpios. |
36 | 12 | Ali caídos estão os que praticavam a iniqüidade; estão derrubados, e não se podem levantar. |
37 | 1 | Não te enfades por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniqüidade. |
37 | 2 | Pois em breve murcharão como a relva, e secarão como a erva verde. |
37 | 3 | Confia no Senhor e faze o bem; assim habitarás na terra, e te alimentarás em segurança. |
37 | 4 | Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração. |
37 | 5 | Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará. |
37 | 6 | E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu direito como o meio-dia. |
37 | 7 | Descansa no Senhor, e espera nele; não te enfades por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que executa maus desígnios. |
37 | 8 | Deixa a ira, e abandona o furor; não te enfades, pois isso só leva à prática do mal. |
37 | 9 | Porque os malfeitores serão exterminados, mas aqueles que esperam no Senhor herdarão a terra. |
37 | 10 | Pois ainda um pouco, e o ímpio não existirá; atentarás para o seu lugar, e ele ali não estará. |
37 | 11 | Mas os mansos herdarão a terra, e se deleitarão na abundância de paz. |
37 | 12 | O ímpio maquina contra o justo, e contra ele range os dentes, |
37 | 13 | mas o Senhor se ri do ímpio, pois vê que vem chegando o seu dia. |
37 | 14 | Os ímpios têm puxado da espada e têm entesado o arco, para derrubarem o poder e necessitado, e para matarem os que são retos no seu caminho. |
37 | 15 | Mas a sua espada lhes entrará no coração, e os seus arcos quebrados. |
37 | 16 | Mais vale o pouco que o justo tem, do que as riquezas de muitos ímpios. |
37 | 17 | Pois os braços dos ímpios serão quebrados, mas o Senhor sustém os justos. |
37 | 18 | O Senhor conhece os dias dos íntegros, e a herança deles permanecerá para sempre. |
37 | 19 | Não serão envergonhados no dia do mal, e nos dias da fome se fartarão. |
37 | 20 | Mas os ímpios perecerão, e os inimigos do Senhor serão como a beleza das pastagens; desaparecerão, em fumaça se desfarão. |
37 | 21 | O ímpio toma emprestado, e não paga; mas o justo se compadece e dá. |
37 | 22 | Pois aqueles que são abençoados pelo Senhor herdarão a terra, mas aqueles que são por ele amaldiçoados serão exterminados. |
37 | 23 | Confirmados pelo Senhor são os passos do homem em cujo caminho ele se deleita; |
37 | 24 | ainda que caia, não ficará prostrado, pois o Senhor lhe segura a mão. |
37 | 25 | Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão. |
37 | 26 | Ele é sempre generoso, e empresta, e a sua descendência é abençoada. |
37 | 27 | Aparta-te do mal e faze o bem; e terás morada permanente. |
37 | 28 | Pois o Senhor ama a justiça e não desampara os seus santos. Eles serão preservados para sempre, mas a descendência dos ímpios será exterminada. |
37 | 29 | Os justos herdarão a terra e nela habitarão para sempre. |
37 | 30 | A boca do justo profere sabedoria; a sua língua fala o que é reto. |
37 | 31 | A lei do seu Deus está em seu coração; não resvalarão os seus passos. |
37 | 32 | O ímpio espreita o justo, e procura matá-lo. |
37 | 33 | O Senhor não o deixará nas mãos dele, nem o condenará quando for julgado. |
37 | 34 | Espera no Senhor, e segue o seu caminho, e ele te exaltará para herdares a terra; tu o verás quando os ímpios forem exterminados. |
37 | 35 | Vi um ímpio cheio de prepotência, e a espalhar-se como a árvore verde na terra natal. |
37 | 36 | Mas eu passei, e ele já não era; procurei-o, mas não pôde ser encontrado. |
37 | 37 | Nota o homem íntegro, e considera o reto, porque há para o homem de paz um porvir feliz. |
37 | 38 | Quanto aos transgressores, serão à uma destruídos, e a posteridade dos ímpios será exterminada. |
37 | 39 | Mas a salvação dos justos vem do Senhor; ele é a sua fortaleza no tempo da angústia. |
37 | 40 | E o Senhor os ajuda e os livra; ele os livra dos ímpios e os salva, porquanto nele se refugiam. |
38 | 1 | Ó Senhor, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor. |
38 | 2 | Porque as tuas flechas se cravaram em mim, e sobre mim a tua mão pesou. |
38 | 3 | Não há coisa sã na minha carne, por causa da tua cólera; nem há saúde nos meus ossos, por causa do meu pecado. |
38 | 4 | Pois já as minhas iniqüidades submergem a minha cabeça; como carga pesada excedem as minhas forças. |
38 | 5 | As minhas chagas se tornam fétidas e purulentas, por causa da minha loucura. |
38 | 6 | Estou encurvado, estou muito abatido, ando lamentando o dia todo. |
38 | 7 | Pois os meus lombos estão cheios de ardor, e não há coisa sã na minha carne. |
38 | 8 | Estou gasto e muito esmagado; dou rugidos por causa do desassossego do meu coração. |
38 | 9 | Senhor, diante de ti está todo o meu desejo, e o meu suspirar não te é oculto. |
38 | 10 | O meu coração está agitado; a minha força me falta; quanto à luz dos meus olhos, até essa me deixou. |
38 | 11 | Os meus amigos e os meus companheiros afastaram-se da minha chaga; e os meus parentes se põem à distância. |
38 | 12 | Também os que buscam a minha vida me armam laços, e os que procuram o meu mal dizem coisas perniciosas, |
38 | 13 | Mas eu, como um surdo, não ouço; e sou qual um mudo que não abre a boca. |
38 | 14 | Assim eu sou como homem que não ouve, e em cuja boca há com que replicar. |
38 | 15 | Mas por ti, Senhor, espero; tu, Senhor meu Deus, responderás. |
38 | 16 | Rogo, pois: Ouve-me, para que eles não se regozijem sobre mim e não se engrandeçam contra mim quando resvala o meu pé. |
38 | 17 | Pois estou prestes a tropeçar; a minha dor está sempre comigo. |
38 | 18 | Confesso a minha iniqüidade; entristeço-me por causa do meu pecado. |
38 | 19 | Mas os meus inimigos são cheios de vida e são fortes, e muitos são os que sem causa me odeiam. |
38 | 20 | Os que tornam o mal pelo bem são meus adversários, porque eu sigo o que é bom. |
38 | 21 | Não me desampares, ó Senhor; Deus meu, não te alongues de mim. |
38 | 22 | Apressa-te em meu auxílio, Senhor, minha salvação. |
39 | 1 | Disse eu: Guardarei os meus caminhos para não pecar com a minha língua; guardarei a minha boca com uma mordaça, enquanto o ímpio estiver diante de mim. |
39 | 2 | Com silêncio fiquei qual um mundo; calava-me mesmo acerca do bem; mas a minha dor se agravou. |
39 | 3 | Escandesceu-se dentro de mim o meu coração; enquanto eu meditava acendeu-se o fogo; então com a minha língua, dizendo; |
39 | 4 | Faze-me conhecer, ó Senhor, o meu fim, e qual a medida dos meus dias, para que eu saiba quão frágil sou. |
39 | 5 | Eis que mediste os meus dias a palmos; o tempo da minha vida é como que nada diante de ti. Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é totalmente vaidade. |
39 | 6 | Na verdade, todo homem anda qual uma sombra; na verdade, em vão se inquieta, amontoa riquezas, e não sabe quem as levará. |
39 | 7 | Agora, pois, Senhor, que espero eu? a minha esperança está em ti. |
39 | 8 | Livra-me de todas as minhas transgressões; não me faças o opróbrio do insensato. |
39 | 9 | Emudecido estou, não abro a minha boca; pois tu és que agiste, |
39 | 10 | Tira de sobre mim o teu flagelo; estou desfalecido pelo golpe da tua mão. |
39 | 11 | Quando com repreensões castigas o homem por causa da iniquidade, destróis, como traça, o que ele tem de precioso; na verdade todo homem é vaidade. |
39 | 12 | Ouve, Senhor, a minha oração, e inclina os teus ouvidos ao meu clamor; não te cales perante as minhas lágrimas, porque sou para contigo como um estranho, um peregrino como todos os meus pais. |
39 | 13 | Desvia de mim o teu olhar, para que eu tome alento, antes que me vá e não exista mais. |
40 | 1 | Esperei com paciência pelo Senhor, e ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor. |
40 | 2 | Também me tirou duma cova de destruição, dum charco de lodo; pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos. |
40 | 3 | Pôs na minha boca um cântico novo, um hino ao nosso Deus; muitos verão isso e temerão, e confiarão no Senhor. |
40 | 4 | Bem-aventurado o homem que faz do Senhor a sua confiança, e que não atenta para os soberbos nem para os apóstatas mentirosos. |
40 | 5 | Muitas são, Senhor, Deus meu, as maravilhas que tens operado e os teus pensamentos para conosco; ninguém há que se possa comparar a ti; eu quisera anunciá-los, e manifestá-los, mas são mais do que se podem contar. |
40 | 6 | Sacrifício e oferta não desejas; abriste-me os ouvidos; holocauto e oferta de expiação pelo pecado não reclamaste. |
40 | 7 | Então disse eu: Eis aqui venho; no rolo do livro está escrito a meu respeito: |
40 | 8 | Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração. |
40 | 9 | Tenho proclamado boas-novas de justiça na grande congregação; eis que não retive os meus lábios; |
40 | 10 | Não ocultei dentro do meu coração a tua justiça; apregoei a tua fidelidade e a tua salvação; não escondi da grande congregação a tua benignidade e a tua verdade. |
40 | 11 | Não detenhas para comigo, Senhor a tua compaixão; a tua benignidade e a tua fidelidade sempre me guardem. |
40 | 12 | Pois males sem número me têm rodeado; as minhas iniqüidades me têm alcançado, de modo que não posso ver; são mais numerosas do que os cabelos da minha cabeça, pelo que desfalece o meu coração. |
40 | 13 | Digna-te, Senhor, livra-me; Senhor, apressa-te em meu auxílio. |
40 | 14 | Sejam à uma envergonhados e confundidos os que buscam a minha vida para destruí-la; tornem atrás e confundam-se os que me desejam o mal. |
40 | 15 | Desolados sejam em razão da sua afronta os que me dizem: Ah! Ah! |
40 | 16 | Regozijem-se e alegrem-se em ti todos os que te buscam. Digam continuamente os que amam a tua salvação: Engrandecido seja o Senhor. |
40 | 17 | Eu, na verdade, sou pobre e necessitado, mas o Senhor cuida de mim. Tu és o meu auxílio e o meu libertador; não te detenhas, ó Deus meu. |
41 | 1 | Bem-aventurado é aquele que considera o pobre; o Senhor o livrará no dia do mal. |
41 | 2 | O Senhor o guardará, e o conservará em vida; será abençoado na terra; tu, Senhor não o entregarás à vontade dos seus inimigos. |
41 | 3 | O Senhor o sustentará no leito da enfermidade; tu lhe amaciarás a cama na sua doença. |
41 | 4 | Disse eu da minha parte: Senhor, compadece-te de mim, sara a minha alma, pois pequei contra ti. |
41 | 5 | Os meus inimigos falam mal de mim, dizendo: Quando morrerá ele, e perecerá o seu nome? |
41 | 6 | E, se algum deles vem ver-me, diz falsidades; no seu coração amontoa a maldade; e quando ele sai, é disso que fala. |
41 | 7 | Todos os que me odeiam cochicham entre si contra mim; contra mim maquinam o mal, dizendo: |
41 | 8 | Alguma coisa ruim se lhe apega; e agora que está deitado, não se levantará mais. |
41 | 9 | Até o meu próprio amigo íntimo em quem eu tanto confiava, e que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar. |
41 | 10 | Mas tu, Senhor, compadece-te de mim e levanta-me, para que eu lhes retribua. |
41 | 11 | Por isso conheço eu que te deleitas em mim, por não triunfar de mim o meu inimigo |
41 | 12 | Quanto a mim, tu me sustentas na minha integridade, e me colocas diante da tua face para sempre. |
41 | 13 | Bendito seja o Senhor Deus de Israel de eternidade a eternidade. Amém e amém. |
42 | 1 | Como o cervo anseia pelas correntes das águas, assim a minha alma anseia por ti, ó Deus! |
42 | 2 | A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e verei a face de Deus? |
42 | 3 | As minhas lágrimas têm sido o meu alimento de dia e de noite, porquanto se me diz constantemente: Onde está o teu Deus? |
42 | 4 | Dentro de mim derramo a minha alma ao lembrar-me de como eu ia com a multidão, guiando-a em procissão à casa de Deus, com brados de júbilo e louvor, uma multidão que festejava. |
42 | 5 | Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação que há na sua presença. |
42 | 6 | Ó Deus meu, dentro de mim a minha alma está abatida; porquanto me lembrarei de ti desde a terra do Jordão, e desde o Hermom, desde o monte Mizar. |
42 | 7 | Um abismo chama outro abismo ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas tuas ondas e vagas têm passado sobre mim. |
42 | 8 | Contudo, de dia o Senhor ordena a sua bondade, e de noite a sua canção está comigo, uma oração ao Deus da minha vida. |
42 | 9 | A Deus, a minha rocha, digo: Por que te esqueceste de mim? por que ando em pranto por causa da opressão do inimigo? |
42 | 10 | Como com ferida mortal nos meus ossos me afrontam os meus adversários, dizendo-me continuamente: Onde está o teu Deus? |
42 | 11 | Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele que é o meu socorro, e o meu Deus. |
43 | 1 | Faze-me justiça, ó Deus, e pleiteia a minha causa contra uma nação ímpia; livra-me do homem fraudulento e iníquo. |
43 | 2 | Pois tu és o Deus da minha fortaleza; por que me rejeitaste? por que ando em pranto por causa da opressão do inimigo? |
43 | 3 | Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem; levem-me elas ao teu santo monte, e à tua habitação. |
43 | 4 | Então irei ao altar de Deus, a Deus, que é a minha grande alegria; e ao som da harpa te louvarei, ó Deus, Deus meu. |
43 | 5 | Por que estás abatida, ó minha alma? e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele que é o meu socorro, e o meu Deus. |
44 | 1 | Ó Deus, nós ouvimos com os nossos ouvidos, nossos pais nos têm contado os feitos que realizaste em seus dias, nos tempos da antigüidade. |
44 | 2 | Tu expeliste as nações com a tua mão, mas a eles plantaste; afligiste os povos, mas a eles estendes-te largamente. |
44 | 3 | Pois não foi pela sua espada que conquistaram a terra, nem foi o seu braço que os salvou, mas a tua destra e o teu braço, e a luz do teu rosto, porquanto te agradaste deles. |
44 | 4 | Tu és o meu Rei, ó Deus; ordena livramento para Jacó. |
44 | 5 | Por ti derrubamos os nossos adversários; pelo teu nome pisamos os que se levantam contra nós. |
44 | 6 | Pois não confio no meu arco, nem a minha espada me pode salvar. |
44 | 7 | Mas tu nos salvaste dos nossos adversários, e confundiste os que nos odeiam. |
44 | 8 | Em Deus é que nos temos gloriado o dia todo, e sempre louvaremos o teu nome. |
44 | 9 | Mas agora nos rejeitaste e nos humilhaste, e não sais com os nossos exércitos. |
44 | 10 | Fizeste-nos voltar as costas ao inimigo e aqueles que nos odeiam nos despojam à vontade. |
44 | 11 | Entregaste-nos como ovelhas para alimento, e nos espalhaste entre as nações. |
44 | 12 | Vendeste por nada o teu povo, e não lucraste com o seu preço. |
44 | 13 | Puseste-nos por opróbrio aos nossos vizinhos, por escárnio e zombaria àqueles que estão à roda de nós. |
44 | 14 | Puseste-nos por provérbio entre as nações, por ludíbrio entre os povos. |
44 | 15 | A minha ignomínia está sempre diante de mim, e a vergonha do meu rosto me cobre, |
44 | 16 | à voz daquele que afronta e blasfema, à vista do inimigo e do vingador. |
44 | 17 | Tudo isto nos sobreveio; todavia não nos esquecemos de ti, nem nos houvemos falsamente contra o teu pacto. |
44 | 18 | O nosso coração não voltou atrás, nem os nossos passos se desviaram das tuas veredas, |
44 | 19 | para nos teres esmagado onde habitam os chacais, e nos teres coberto de trevas profundas. |
44 | 20 | Se nos tivéssemos esquecido do nome do nosso Deus, e estendido as nossas mãos para um deus estranho, |
44 | 21 | porventura Deus não haveria de esquadrinhar isso? pois ele conhece os segredos do coração. |
44 | 22 | Mas por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; somos considerados como ovelhas para o matadouro. |
44 | 23 | Desperta! por que dormes, Senhor? Acorda! não nos rejeites para sempre. |
44 | 24 | Por que escondes o teu rosto, e te esqueces da nossa tribulação e da nossa angústia? |
44 | 25 | Pois a nossa alma está abatida até o pó; o nosso corpo pegado ao chão. |
44 | 26 | Levanta-te em nosso auxílio, e resgata-nos por tua benignidade. |
45 | 1 | O meu coração trasborda de boas palavras; dirijo os meus versos ao rei; a minha língua é qual pena de um hábil escriba. |
45 | 2 | Tu és o mais formoso dos filhos dos homens; a graça se derramou nos teus lábios; por isso Deus te abençoou para sempre. |
45 | 3 | Cinge a tua espada à coxa, ó valente, na tua glória e majestade. |
45 | 4 | E em tua majestade cavalga vitoriosamente pela causa da verdade, da mansidão e da justiça, e a tua destra te ensina coisas terríveis. |
45 | 5 | As tuas flechas são agudas no coração dos inimigos do rei; os povos caem debaixo de ti. |
45 | 6 | O teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos; cetro de eqüidade é o cetro do teu reino. |
45 | 7 | Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros. |
45 | 8 | Todas as tuas vestes cheiram a mirra a aloés e a cássia; dos palácios de marfim os instrumentos de cordas e te alegram. |
45 | 9 | Filhas de reis estão entre as tuas ilustres donzelas; à tua mão direita está a rainha, ornada de ouro de Ofir. |
45 | 10 | Ouve, filha, e olha, e inclina teus ouvidos; esquece-te do teu povo e da casa de teu pai. |
45 | 11 | Então o rei se afeiçoará à tua formosura. Ele é teu senhor, presta-lhe, pois, homenagem. |
45 | 12 | A filha de Tiro estará ali com presentes; os ricos do povo suplicarão o teu favor. |
45 | 13 | A filha do rei está esplendente lá dentro do palácio; as suas vestes são entretecidas de ouro. |
45 | 14 | Em vestidos de cores brilhantes será conduzida ao rei; as virgens, suas companheiras que a seguem, serão trazidas à tua presença. |
45 | 15 | Com alegria e regozijo serão trazidas; elas entrarão no palácio do rei. |
45 | 16 | Em lugar de teus pais estarão teus filhos; tu os farás príncipes sobre toda a terra. |
45 | 17 | Farei lembrado o teu nome de geração em geração; pelo que os povos te louvarão eternamente. |
46 | 1 | Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. |
46 | 2 | Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares; |
46 | 3 | ainda que as águas rujam e espumem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. |
46 | 4 | Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o lugar santo das moradas do Altíssimo. |
46 | 5 | Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará desde o raiar da alva. |
46 | 6 | Bramam nações, reinos se abalam; ele levanta a sua voz, e a terra se derrete. |
46 | 7 | O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. |
46 | 8 | Vinde contemplai as obras do Senhor, as desolações que tem feito na terra. |
46 | 9 | Ele faz cessar as guerras até os confins da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo. |
46 | 10 | Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. |
46 | 11 | O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. |
47 | 1 | Batei palmas, todos os povos; aclamai a Deus com voz de júbilo. |
47 | 2 | Porque o Senhor Altíssimo é tremendo; é grande Rei sobre toda a terra. |
47 | 3 | Ele nos sujeitou povos e nações sob os nossos pés. |
47 | 4 | Escolheu para nós a nossa herança, a glória de Jacó, a quem amou. |
47 | 5 | Deus subiu entre aplausos, o Senhor subiu ao som de trombeta. |
47 | 6 | Cantai louvores a Deus, cantai louvores; cantai louvores ao nosso Rei, cantai louvores. |
47 | 7 | Pois Deus é o Rei de toda a terra; cantai louvores com salmo. |
47 | 8 | Deus reina sobre as nações; Deus está sentado sobre o seu santo trono. |
47 | 9 | Os príncipes dos povos se reúnem como povo do Deus de Abraão, porque a Deus pertencem os escudos da terra; ele é sumamente exaltado. |
48 | 1 | Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus, no seu monte santo. |
48 | 2 | De bela e alta situação, alegria de toda terra é o monte Sião aos lados do norte, a cidade do grande Rei. |
48 | 3 | Nos palácios dela Deus se fez conhecer como alto refúgio. |
48 | 4 | Pois eis que os reis conspiraram; juntos vieram chegando. |
48 | 5 | Viram-na, e então ficaram maravilhados; ficaram assombrados e se apressaram em fugir. |
48 | 6 | Aí se apoderou deles o tremor, sentiram dores como as de uma parturiente. |
48 | 7 | Com um vento oriental quebraste as naus de Társis. |
48 | 8 | Como temos ouvido, assim vimos na cidade do Senhor dos exércitos, na cidade do nosso Deus; Deus a estabelece para sempre. |
48 | 9 | Temos meditado, ó Deus, na tua benignidade no meio do teu templo. |
48 | 10 | Como é o teu nome, ó Deus, assim é o teu louvor até os confins da terra; de retidão está cheia a tua destra. |
48 | 11 | Alegre-se o monte Sião, regozijem-se as filhas de Judá, por causa dos teus juízos. |
48 | 12 | Dai voltas a Sião, ide ao redor dela; contai as suas torres. |
48 | 13 | Notai bem os seus antemuros, percorrei os seus palácios, para que tudo narreis à geração seguinte. |
48 | 14 | Porque este Deus é o nosso Deus para todo o sempre; ele será nosso guia até a morte. |
49 | 1 | Ouvi isto, vós todos os povos; inclinai os ouvidos, todos os habitantes do mundo, |
49 | 2 | quer humildes quer grandes, tanto ricos como pobres. |
49 | 3 | A minha boca falará a sabedoria, e a meditação do meu coração será de entendimento. |
49 | 4 | Inclinarei os meus ouvidos a uma parábola; decifrarei o meu enigma ao som da harpa. |
49 | 5 | Por que temeria eu nos dias da adversidade, ao cercar-me a iniqüidade dos meus perseguidores, |
49 | 6 | dos que confiam nos seus bens e se gloriam na multidão das suas riquezas? |
49 | 7 | Nenhum deles de modo algum pode remir a seu irmão, nem por ele dar um resgate a Deus, |
49 | 8 | (pois a redenção da sua vida é caríssima, de sorte que os seus recursos não dariam;) |
49 | 9 | para que continuasse a viver para sempre, e não visse a cova. |
49 | 10 | Sim, ele verá que até os sábios morrem, que perecem igualmente o néscio e o estúpido, e deixam a outros os seus bens. |
49 | 11 | O pensamento íntimo deles é que as suas casas são perpétuas e as suas habitações de geração em geração; dão às suas terras os seus próprios nomes. |
49 | 12 | Mas o homem, embora esteja em honra, não permanece; antes é como os animais que perecem. |
49 | 13 | Este é o destino dos que confiam em si mesmos; o fim dos que se satisfazem com as suas próprias palavras. |
49 | 14 | Como ovelhas são arrebanhados ao Seol; a morte os pastoreia; ao romper do dia os retos terão domínio sobre eles; e a sua formosura se consumirá no Seol, que lhes será por habitação. |
49 | 15 | Mas Deus remirá a minha alma do poder do Seol, pois me receberá. |
49 | 16 | Não temas quando alguém se enriquece, quando a glória da sua casa aumenta. |
49 | 17 | Pois, quando morrer, nada levará consigo; a sua glória não descerá após ele. |
49 | 18 | Ainda que ele, enquanto vivo, se considera feliz e os homens o louvam quando faz o bem a si mesmo, |
49 | 19 | ele irá ter com a geração de seus pais; eles nunca mais verão a luz |
49 | 20 | Mas o homem, embora esteja em honra, não permanece; antes é como os animais que perecem. |
50 | 1 | O Poderoso, o Senhor Deus, fala e convoca a terra desde o nascer do sol até o seu ocaso. |
50 | 2 | Desde Sião, a perfeição da formosura. Deus resplandece. |
50 | 3 | O nosso Deus vem, e não guarda silêncio; diante dele há um fogo devorador, e grande tormenta ao seu redor. |
50 | 4 | Ele intima os altos céus e a terra, para o julgamento do seu povo: |
50 | 5 | Congregai os meus santos, aqueles que fizeram comigo um pacto por meio de sacrifícios. |
50 | 6 | Os céus proclamam a justiça dele, pois Deus mesmo é Juiz. |
50 | 7 | Ouve, povo meu, e eu falarei; ouve, ó Israel, e eu te protestarei: Eu sou Deus, o teu Deus. |
50 | 8 | Não te repreendo pelos teus sacrifícios, pois os teus holocaustos estão de contínuo perante mim. |
50 | 9 | Da tua casa não aceitarei novilho, nem bodes dos teus currais. |
50 | 10 | Porque meu é todo animal da selva, e o gado sobre milhares de outeiros. |
50 | 11 | Conheço todas as aves dos montes, e tudo o que se move no campo é meu. |
50 | 12 | Se eu tivesse fome, não to diria pois meu é o mundo e a sua plenitude. |
50 | 13 | Comerei eu carne de touros? ou beberei sangue de bodes? |
50 | 14 | Oferece a Deus por sacrifício ações de graças, e paga ao Altíssimo os teus votos; |
50 | 15 | e invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás. |
50 | 16 | Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitares os meus estatutos, e em tomares o meu pacto na tua boca, |
50 | 17 | visto que aborreces a correção, e lanças as minhas palavras para trás de ti? |
50 | 18 | Quando vês um ladrão, tu te comprazes nele; e tens parte com os adúlteros. |
50 | 19 | Soltas a tua boca para o mal, e a tua língua trama enganos. |
50 | 20 | Tu te sentas a falar contra teu irmão; difamas o filho de tua mãe. |
50 | 21 | Estas coisas tens feito, e eu me calei; pensavas que na verdade eu era como tu; mas eu te argüirei, e tudo te porei à vista. |
50 | 22 | Considerai pois isto, vós que vos esqueceis de Deus, para que eu não vos despedace, sem que haja quem vos livre. |
50 | 23 | Aquele que oferece por sacrifício ações de graças me glorifica; e àquele que bem ordena o seu caminho eu mostrarei a salvação de Deus. |
51 | 1 | Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas tansgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias. |
51 | 2 | Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado. |
51 | 3 | Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. |
51 | 4 | Contra ti, contra ti somente, pequei, e fiz o que é mau diante dos teus olhos; de sorte que és justificado em falares, e inculpável em julgares. |
51 | 5 | Eis que eu nasci em iniqüidade, e em pecado me concedeu minha mãe. |
51 | 6 | Eis que desejas que a verdade esteja no íntimo; faze-me, pois, conhecer a sabedoria no secreto da minha alma. |
51 | 7 | Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve. |
51 | 8 | Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que se regozijem os ossos que esmagaste. |
51 | 9 | Esconde o teu rosto dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniqüidades. |
51 | 10 | Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito estável. |
51 | 11 | Não me lances fora da tua presença, e não retire de mim o teu santo Espírito. |
51 | 12 | Restitui-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário. |
51 | 13 | Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e pecadores se converterão a ti. |
51 | 14 | Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua cantará alegremente a tua justiça. |
51 | 15 | Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca proclamará o teu louvor. |
51 | 16 | Pois tu não te comprazes em sacrifícios; se eu te oferecesse holocaustos, tu não te deleitarias. |
51 | 17 | O sacrifício aceitável a Deus é o espírito quebrantado; ao coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus. |
51 | 18 | Faze o bem a Sião, segundo a tua boa vontade; edifica os muros de Jerusalém. |
51 | 19 | Então te agradarás de sacrifícios de justiça dos holocaustos e das ofertas queimadas; então serão oferecidos novilhos sobre o teu altar. |
52 | 1 | Por que te glorias na malícia, ó homem poderoso? pois a bondade de Deus subsiste em todo o tempo. |
52 | 2 | A tua língua maquina planos de destruição, como uma navalha afiada, ó tu que usas de dolo. |
52 | 3 | Tu amas antes o mal do que o bem, e o mentir do que o falar a verdade. |
52 | 4 | Amas todas as palavras devoradoras, ó língua fraudulenta. |
52 | 5 | Também Deus te esmagará para sempre; arrebatar-te-á e arrancar-te-á da tua habitação, e desarraigar-te-á da terra dos viventes. |
52 | 6 | Os justos o verão e temerão; e se rirão dele, dizendo: |
52 | 7 | Eis aqui o homem que não tomou a Deus por sua fortaleza; antes confiava na abundância das suas riquezas, e se fortalecia na sua perversidade. |
52 | 8 | Mas eu sou qual oliveira verde na casa de Deus; confio na bondade de Deus para sempre e eternamente. |
52 | 9 | Para sempre te louvarei, porque tu isso fizeste, e proclamarei o teu nome, porque é bom diante de teus santos. |
53 | 1 | Diz o néscio no seu coração: Não há Deus. Corromperam-se e cometeram abominável iniqüidade; não há quem faça o bem. |
53 | 2 | Deus olha lá dos céus para os filhos dos homens, para ver se há algum que tenha entendimento, que busque a Deus. |
53 | 3 | Desviaram-se todos, e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um. |
53 | 4 | Acaso não têm conhecimento os que praticam a iniqüidade, os quais comem o meu povo como se comessem pão, e não invocam a Deus? |
53 | 5 | Eis que eles se acham em grande pavor onde não há motivo de pavor, porque Deus espalhará os ossos daqueles que se acampam contra ti; tu os confundirás, porque Deus os rejeitou. |
53 | 6 | Oxalá que de Sião viesse a salvação de Israel! Quando Deus fizer voltar os cativos do seu povo, então se regozijará Jacó e se alegrará Israel. |
54 | 1 | Salva-me, ó Deus, pelo teu nome, e faze-me justiça pelo teu poder. |
54 | 2 | Ó Deus, ouve a minha oração, dá ouvidos às palavras da minha boca. |
54 | 3 | Porque homens insolentes se levantam contra mim, e violentos procuram a minha vida; eles não põem a Deus diante de si. |
54 | 4 | Eis que Deus é o meu ajudador; o Senhor é quem sustenta a minha vida. |
54 | 5 | Faze recair o mal sobre os meus inimigos; destrói-os por tua verdade. |
54 | 6 | De livre vontade te oferecerei sacrifícios; louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom. |
54 | 7 | Porque tu me livraste de toda a angústia; e os meus olhos viram a ruína dos meus inimigos. |
55 | 1 | Dá ouvidos, ó Deus, à minha oração, e não te escondas da minha súplica. |
55 | 2 | Atende-me, e ouve-me; agitado estou, e ando perplexo, |
55 | 3 | por causa do clamor do inimigo e da opressão do ímpio; pois lançam sobre mim iniqüidade, e com furor me perseguem. |
55 | 4 | O meu coração confrange-se dentro de mim, e terrores de morte sobre mim caíram. |
55 | 5 | Temor e tremor me sobrevêm, e o horror me envolveu. |
55 | 6 | Pelo que eu disse: Ah! quem me dera asas como de pomba! então voaria, e encontraria descanso. |
55 | 7 | Eis que eu fugiria para longe, e pernoitaria no deserto. |
55 | 8 | Apressar-me-ia a abrigar-me da fúria do vento e da tempestade. |
55 | 9 | Destrói, Senhor, confunde as suas línguas, pois vejo violência e contenda na cidade. |
55 | 10 | Dia e noite andam ao redor dela, sobre os seus muros; também iniqüidade e malícia estão no meio dela. |
55 | 11 | Há destruição lá dentro; opressão e fraude não se apartam das suas ruas. |
55 | 12 | Pois não é um inimigo que me afronta, então eu poderia suportá-lo; nem é um adversário que se exalta contra mim, porque dele poderia esconder-me; |
55 | 13 | mas és tu, homem meu igual, meu companheiro e meu amigo íntimo. |
55 | 14 | Conservávamos juntos tranqüilamente, e em companhia andávamos na casa de Deus. |
55 | 15 | A morte os assalte, e vivos desçam ao Seol; porque há maldade na sua morada, no seu próprio íntimo. |
55 | 16 | Mas eu invocarei a Deus, e o Senhor me salvará. |
55 | 17 | De tarde, de manhã e ao meio-dia me queixarei e me lamentarei; e ele ouvirá a minha voz. |
55 | 18 | Livrará em paz a minha vida, de modo que ninguém se aproxime de mim; pois há muitos que contendem contra mim. |
55 | 19 | Deus ouvirá; e lhes responderá aquele que está entronizado desde a antigüidade; porque não há neles nenhuma mudança, e tampouco temem a Deus. |
55 | 20 | Aquele meu companheiro estendeu a sua mão contra os que tinham paz com ele; violou o seu pacto. |
55 | 21 | A sua fala era macia como manteiga, mas no seu coração havia guerra; as suas palavras eram mais brandas do que o azeite, todavia eram espadas desembainhadas. |
55 | 22 | Lança o teu fardo sobre o Senhor, e ele te susterá; nunca permitirá que o justo seja abalado. |
55 | 23 | Mas tu, ó Deus, os farás descer ao poço da perdição; homens de sangue e de traição não viverão metade dos seus dias; mas eu em ti confiarei. |
56 | 1 | Compadece-te de mim, ó Deus, pois homens me calcam aos pés e, pelejando, me aflingem o dia todo. |
56 | 2 | Os meus inimigos me calcam aos pés o dia todo, pois são muitos os que insolentemente pelejam contra mim. |
56 | 3 | No dia em que eu temer, hei de confiar em ti. |
56 | 4 | Em Deus, cuja palavra eu lovo, em Deus ponho a minha confiança e não terei medo; |
56 | 5 | Todos os dias torcem as minhas palavras; todos os seus pensamentos são contra mim para o mal. |
56 | 6 | Ajuntam-se, escondem-se, espiam os meus passos, como que aguardando a minha morte. |
56 | 7 | Escaparão eles por meio da sua iniqüidade? Ó Deus, derruba os povos na tua ira! |
56 | 8 | Tu contaste as minhas aflições; põe as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas no teu livro? |
56 | 9 | No dia em que eu te invocar retrocederão os meus inimigos; isto eu sei, que Deus está comigo. |
56 | 10 | Em Deus, cuja palavra eu louvo, no Senhor, cuja palavra eu louvo, |
56 | 11 | em Deus ponho a minha confiança, e não terei medo; que me pode fazer o homem? |
56 | 12 | Sobre mim estão os votos que te fiz, ó Deus; eu te oferecerei ações de graças; |
56 | 13 | pois tu livraste a minha alma da morte. Não livraste também os meus pés de tropeçarem, para que eu ande diante de Deus na luz da vida? |
57 | 1 | Compadece-te de mim, ó Deus, compadece-te de mim, pois em ti se refugia a minha alma; à sombra das tuas asas me refugiarei, até que passem as calamidades. |
57 | 2 | Clamarei ao Deus altíssimo, ao Deus que por mim tudo executa. |
57 | 3 | Ele do céu enviará seu auxílio , e me salvará, quando me ultrajar aquele que quer calçar-me aos pés. Deus enviará a sua misericórdia e a sua verdade. |
57 | 4 | Estou deitado no meio de leões; tenho que deitar-me no meio daqueles que respiram chamas, filhos dos homens, cujos dentes são lanças e flechas, e cuja língua é espada afiada. |
57 | 5 | Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; seja a tua glória sobre toda a terra. |
57 | 6 | Armaram um laço para os meus passos, a minha alma ficou abatida; cavaram uma cova diante de mim, mas foram eles que nela caíram. |
57 | 7 | Resoluto está o meu coração, ó Deus, resoluto está o meu coração; cantarei, sim, cantarei louvores. |
57 | 8 | Desperta, minha alma; despertai, alaúde e harpa; eu mesmo despertarei a aurora. |
57 | 9 | Louvar-te-ei, Senhor, entre os povos; cantar-te-ei louvores entre as nações. |
57 | 10 | Pois a tua benignidade é grande até os céus, e a tua verdade até as nuvens. |
57 | 11 | Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; e seja a tua glória sobre a terra. |
58 | 1 | Falais deveras o que é reto, vós os poderosos? Julgais retamente, ó filhos dos homens? |
58 | 2 | Não, antes no coração forjais iniqüidade; sobre a terra fazeis pesar a violência das vossas mãos. |
58 | 3 | Alienam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que nasceram, proferindo mentiras. |
58 | 4 | Têm veneno semelhante ao veneno da serpente; são como a víbora surda, que tapa os seus ouvidos, |
58 | 5 | de sorte que não ouve a voz dos encantadores, nem mesmo do encantador perito em encantamento. |
58 | 6 | Ó Deus, quebra-lhes os dentes na sua boca; arranca, Senhor, os caninos aos filhos dos leões. |
58 | 7 | Sumam-se como águas que se escoam; sejam pisados e murcham como a relva macia. |
58 | 8 | Sejam como a lesma que se derrete e se vai; como o aborto de mulher, que nunca viu o sol. |
58 | 9 | Que ele arrebate os espinheiros antes que cheguem a aquecer as vossas panelas, assim os verdes, como os que estão ardendo. |
58 | 10 | O justo se alegrará quando vir a vingança; lavará os seus pés no sangue do ímpio. |
58 | 11 | Então dirão os homens: Deveras há uma recompensa para o justo; deveras há um Deus que julga na terra. |
59 | 1 | Livra-me, Deus meu, dos meus inimigos; protege-me daqueles que se levantam contra mim. |
59 | 2 | Livra-me do que praticam a iniqüidade, e salva-me dos homens sanguinários. |
59 | 3 | Pois eis que armam ciladas à minha alma; os fortes se ajuntam contra mim, não por transgressão minha nem por pecado meu, ó Senhor. |
59 | 4 | Eles correm, e se preparam, sem culpa minha; desperta para me ajudares, e olha. |
59 | 5 | Tu, ó Senhor, Deus dos exércitos, Deus de Israel, desperta para punir todas as nações; não tenhas misericórdia de nenhum dos pérfidos que praticam a iniqüidade. |
59 | 6 | Eles voltam à tarde, uivam como cães, e andam rodeando a cidade. |
59 | 7 | Eis que eles soltam gritos; espadas estão nos seus lábios; porque (pensam eles), quem ouve? |
59 | 8 | Mas tu, Senhor, te rirás deles; zombarás de todas as nações. |
59 | 9 | Em ti, força minha, esperarei; pois Deus é o meu alto refúgio. |
59 | 10 | O meu Deus com a sua benignidade virá ao meu encontro; Deus me fará ver o meu desejo sobre os meus inimigos. |
59 | 11 | Não os mates, para que meu povo não se esqueça; espalha-os pelo teu poder, e abate-os ó Senhor, escudo nosso. |
59 | 12 | Pelo pecado da sua boca e pelas palavras dos seus lábios fiquem presos na sua soberba. Pelas maldições e pelas mentiras que proferem, |
59 | 13 | consome-os na tua indignação; consome-os, de modo que não existem mais; para que saibam que Deus reina sobre Jacó, até os confins da terra. |
59 | 14 | Eles tornam a vir à tarde, uivam como cães, e andam rodeando a cidade; |
59 | 15 | vagueiam buscando o que comer, e resmungam se não se fartarem. |
59 | 16 | Eu, porém, cantarei a tua força; pela manhã louvarei com alegria a tua benignidade, porquanto tens sido para mim uma fortaleza, e refúgio no dia da minha angústia. |
59 | 17 | A ti, ó força minha, cantarei louvores; porque Deus é a minha fortaleza, é o Deus que me mostra benignidade. |
60 | 1 | Ó Deus, tu nos rejeitaste, tu nos esmagaste, tu tens estado indignado; oh, restabelece-nos. |
60 | 2 | Abalaste a terra, e a fendeste; sara as suas fendas, pois ela treme. |
60 | 3 | Ao teu povo fizeste ver duras coisas; fizeste-nos beber o vinho de aturdimento. |
60 | 4 | Deste um estandarte aos que te temem, para o qual possam fugir de diante do arco. |
60 | 5 | Para que os teus amados sejam livres, salva-nos com a tua destra, e responde-nos. |
60 | 6 | Deus falou na sua santidade: Eu exultarei; repartirei Siquém e medirei o vale de Sucote. |
60 | 7 | Meu é Gileade, e meu é Manassés; Efraim é o meu capacete; Judá é o meu cetro. |
60 | 8 | Moabe é a minha bacia de lavar; sobre Edom lançarei o meu sapato; sobre a Filístia darei o brado de vitória. |
60 | 9 | Quem me conduzirá à cidade forte? Quem me guiará até Edom? |
60 | 10 | Não nos rejeitaste, ó Deus? e tu, ó Deus, não deixaste de sair com os nossos exércitos? |
60 | 11 | Dá-nos auxílio contra o adversário, pois vão é o socorro da parte do homem. |
60 | 12 | Em Deus faremos proezas; porque é ele quem calcará aos pés os nossos inimigos. |
61 | 1 | Ouve, ó Deus, o meu clamor; atende à minha oração. |
61 | 2 | Desde a extremidade da terra clamo a ti, estando abatido o meu coração; leva-me para a rocha que é mais alta do que eu. |
61 | 3 | Pois tu és o meu refúgio, uma torre forte contra o inimigo. |
61 | 4 | Deixa-me habitar no teu tabernáculo para sempre; dá que me abrigue no esconderijo das tuas asas. |
61 | 5 | Pois tu, ó Deus, ouviste os meus votos; deste-me a herança dos que temem o teu nome. |
61 | 6 | Prolongarás os dias do rei; e os seus anos serão como muitas gerações. |
61 | 7 | Ele permanecerá no trono diante de Deus para sempre; faze que a benignidade e a fidelidade o preservem. |
61 | 8 | Assim cantarei louvores ao teu nome perpetuamente, para pagar os meus votos de dia em dia. |
62 | 1 | Somente em Deus espera silenciosa a minha alma; dele vem a minha salvação. |
62 | 2 | Só ele é a minha rocha e a minha salvação; é ele a minha fortaleza; não serei grandemente abalado. |
62 | 3 | Até quando acometereis um homem, todos vós, para o derrubardes, como a um muro pendido, uma cerca prestes a cair? |
62 | 4 | Eles somente consultam como derrubá-lo da sua alta posição; deleitam-se em mentiras; com a boca bendizem, mas no íntimo maldizem. |
62 | 5 | Ó minha alma, espera silenciosa somente em Deus, porque dele vem a minha esperança. |
62 | 6 | Só ele é a minha rocha e a minha salvação; é a minha fortaleza; não serei abalado. |
62 | 7 | Em Deus está a minha salvação e a minha glória; Deus é o meu forte rochedo e o meu refúgio. |
62 | 8 | Confiai nele, ó povo, em todo o tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio. |
62 | 9 | Certamente que os filhos de Adão são vaidade, e os filhos dos homens são desilusão; postos na balança, subiriam; todos juntos são mais leves do que um sopro. |
62 | 10 | Não confieis na opressão, nem vos vanglorieis na rapina; se as vossas riquezas aumentarem, não ponhais nelas o coração. |
62 | 11 | Uma vez falou Deus, duas vezes tenho ouvido isto: que o poder pertence a Deus. |
62 | 12 | A ti também, Senhor, pertence a benignidade; pois retribuis a cada um segundo a sua obra. |
63 | 1 | Ó Deus, tu és o meu Deus; ansiosamente te busco. A minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água. |
63 | 2 | Assim no santuário te contemplo, para ver o teu poder e a tua glória. |
63 | 3 | Porquanto a tua benignidade é melhor do que a vida, os meus lábios te louvarão. |
63 | 4 | Assim eu te bendirei enquanto viver; em teu nome levantarei as minhas mãos. |
63 | 5 | A minha alma se farta, como de tutano e de gordura; e a minha boca te louva com alegres lábios. |
63 | 6 | quando me lembro de ti no meu leito, e medito em ti nas vigílias da noite, |
63 | 7 | pois tu tens sido o meu auxílio; de júbilo canto à sombra das tuas asas. |
63 | 8 | A minha alma se apega a ti; a tua destra me sustenta. |
63 | 9 | Mas aqueles que procuram a minha vida para a destruírem, irão para as profundezas da terra. |
63 | 10 | Serão entregues ao poder da espada, servidão de pasto aos chacais. |
63 | 11 | Mas o rei se regozijará em Deus; todo o que por ele jura se gloriará, porque será tapada a boca aos que falam a mentira. |
64 | 1 | Ouve, ó Deus, a minha voz na minha queixa; preserva a minha voz na minha queixa; preserva a minha vida do horror do inimigo. |
64 | 2 | Esconde-me do secreto conselho dos maus, e do ajuntamento dos que praticam a iniqüidade, |
64 | 3 | os quais afiaram a sua língua como espada, e armaram por suas flechas palavras amargas. |
64 | 4 | Para em lugares ocultos atirarem sobre o íntegro; disparam sobre ele repentinamente, e não temem. |
64 | 5 | Firmam-se em mau intento; falam de armar laços secretamente, e dizem: Quem nos verá? |
64 | 6 | Planejam iniqüidades; ocultam planos bem traçados; pois o íntimo e o coração do homem são inescrutáveis. |
64 | 7 | Mas Deus disparará sobre eles uma seta, e de repente ficarão feridos. |
64 | 8 | Assim serão levados a tropeçar, por causa das suas próprias línguas; todos aqueles que os virem fugirão. |
64 | 9 | E todos os homens temerão, e anunciarão a obra de Deus, e considerarão a obra de Deus, e considerarão prudentemente os seus feitos. |
64 | 10 | O justo se alegrará no Senhor e confiará nele, e todos os de coração reto cantarão louvores. |
65 | 1 | A ti, ó Deus, é devido o louvor em Sião; e a ti se pagará o voto. |
65 | 2 | Ó tu que ouves a oração! a ti virá toda a carne. |
65 | 3 | Prevalecem as iniqüidades contra mim; mas as nossas transgressões, tu as perdoarás. |
65 | 4 | Bem-aventurado aquele a quem tu escolhes, e fazes chegar a ti, para habitar em teus átrios! Nós seremos satisfeitos com a bondade da tua casa, do teu santo templo. |
65 | 5 | Com prodígios nos respondes em justiça, ó Deus da nossa salvação, a esperança de todas as extremidades da terra, e do mais remoto mar; |
65 | 6 | tu que pela tua força consolidas os montes, cingido de poder; |
65 | 7 | que aplacas o ruído dos mares, o ruído das suas ondas, e o tumulto dos povos. |
65 | 8 | Os que habitam os confins da terra são tomados de medo à vista dos teus sinais; tu fazes exultar de júbilo as saídas da manhã e da tarde. |
65 | 9 | Tu visitas a terra, e a regas; grandemente e enriqueces; o rio de Deus está cheio d`água; tu lhe dás o trigo quando assim a tens preparado; |
65 | 10 | enches d`água os seus sulcos, aplanando-lhes as leivas, amolecendo-a com a chuva, e abençoando as suas novidades. |
65 | 11 | Coroas o ano com a tua bondade, e as tuas veredas destilam gordura; |
65 | 12 | destilam sobre as pastagens do deserto, e os outeiros se cingem de alegria. |
65 | 13 | As pastagens revestem-se de rebanhos, e os vales se cobrem de trigo; por isso eles se regozijam, por isso eles cantam. |
66 | 1 | Louvai a Deus com brados de júbilo, todas as terras. |
66 | 2 | Cantai a glória do seu nome, dai glória em seu louvor. |
66 | 3 | Dizei a Deus: Quão tremendas são as tuas obras! pela grandeza do teu poder te lisonjeiam os teus inimigos. |
66 | 4 | Toda a terra te adorará e te cantará louvores; eles cantarão o teu nome. |
66 | 5 | Vinde, e vede as obras de Deus; ele é tremendo nos seus feitos para com os filhos dos homens. |
66 | 6 | Converteu o mar em terra seca; passaram o rio a pé; ali nos alegramos nele. |
66 | 7 | Ele governa eternamente pelo seu poder; os seus olhos estão sobre as nações; não se exaltem os rebeldes. |
66 | 8 | Bendizei, povos, ao nosso Deus, e fazei ouvir a voz do seu louvor; |
66 | 9 | ao que nos conserva em vida, e não consente que resvalem os nossos pés. |
66 | 10 | Pois tu, ó Deus, nos tens provado; tens nos refinado como se refina a prata. |
66 | 11 | Fizeste-nos entrar no laço; pesada carga puseste sobre os nossos lombos. |
66 | 12 | Fizeste com que os homens cavalgassem sobre as nossas cabeças; passamos pelo fogo e pela água, mas nos trouxeste a um lugar de abundância. |
66 | 13 | Entregarei em tua casa com holocaustos; pagar-te-ei os meus votos, |
66 | 14 | votos que os meus lábios pronunciaram e a minha boca prometeu, quando eu estava na angústia. |
66 | 15 | Oferecer-te-ei holocausto de animais nédios, com incenso de carneiros; prepararei novilhos com cabritos. |
66 | 16 | Vinde, e ouvi, todos os que temeis a Deus, e eu contarei o que ele tem feito por mim. |
66 | 17 | A ele clamei com a minha boca, e ele foi exaltado pela minha língua. |
66 | 18 | Se eu tivesse guardado iniqüidade no meu coração, o Senhor não me teria ouvido; |
66 | 19 | mas, na verdade, Deus me ouviu; tem atendido à voz da minha oração. |
66 | 20 | Bendito seja Deus, que não rejeitou a minha oração, nem retirou de mim a sua benignidade. |
67 | 1 | Deus se compadeça de nós e nos abençoe, e faça resplandecer o seu rosto sobre nós, |
67 | 2 | para que se conheça na terra o seu caminho e entre todas as nações a sua salvação. |
67 | 3 | Louvem-te, ó Deus, os povos; louvem-te os povos todos. |
67 | 4 | Alegrem-se e regozijem-se as nações, pois julgas os povos com eqüidade, e guias as nações sobre a terra. |
67 | 5 | Louvem-te, ó Deus, os povos; louvem os povos todos. |
67 | 6 | A terra tem produzido o seu fruto; e Deus, o nosso Deus, tem nos abençoado. |
67 | 7 | Deus nos tem abençoado; temam-no todas as extremidades da terra! |
68 | 1 | Levanta-se Deus! Sejam dispersos os seus inimigos; fujam de diante dele os que o odeiam! |
68 | 2 | Como é impelida a fumaça, assim tu os impeles; como a cera se derrete diante do fogo, assim pereçam os ímpios diante de Deus. |
68 | 3 | Mas alegrem-se os justos, e se regozijem na presença de Deus, e se encham de júbilo. |
68 | 4 | Cantai a Deus, cantai louvores ao seu nome; louvai aquele que cavalga sobre as nuvens, pois o seu nome é Já; exultai diante dele. |
68 | 5 | Pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus na sua santa morada. |
68 | 6 | Deus faz que o solitário viva em família; liberta os presos e os faz prosperar; mas os rebeldes habitam em terra árida. |
68 | 7 | Ó Deus! quando saías à frente do teu povo, quando caminhavas pelo deserto, |
68 | 8 | a terra se abalava e os céus gotejavam perante a face de Deus; o próprio Sinai tremeu na presença de Deus, do Deus de Israel. |
68 | 9 | Tu, ó Deus, mandaste copiosa chuva; restauraste a tua herança, quando estava cansada. |
68 | 10 | Nela habitava o teu rebanho; da tua bondade, ó Deus, proveste o pobre. |
68 | 11 | O Senhor proclama a palavra; grande é a companhia dos que anunciam as boas-novas. |
68 | 12 | Reis de exércitos fogem, sim, fogem; as mulheres em casa repartem os despojos. |
68 | 13 | Deitados entre redis, sois como as asas da pomba cobertas de prata, com as suas penas de ouro amarelo. |
68 | 14 | Quando o Todo-Poderoso ali dispersou os reis, caiu neve em Zalmom. |
68 | 15 | Monte grandíssimo é o monte de Basã; monte de cimos numerosos é o monte de Basã! |
68 | 16 | Por que estás, ó monte de cimos numerosos, olhando com inveja o monte que Deus desejou para sua habitação? Na verdade o Senhor habitará nele eternamente. |
68 | 17 | Os carros de Deus são miríades, milhares de milhares. O Senhor está no meio deles, como em Sinai no santuário. |
68 | 18 | Tu subiste ao alto, levando os teus cativos; recebeste dons dentre os homens, e até dentre os rebeldes, para que o Senhor Deus habitasse entre eles. |
68 | 19 | Bendito seja o Senhor, que diariamente leva a nossa carga, o Deus que é a nossa salvação. |
68 | 20 | Deus é para nós um Deus de libertação; a Jeová, o Senhor, pertence o livramento da morte. |
68 | 21 | Mas Deus esmagará a cabeça de seus inimigos, o crânio cabeludo daquele que prossegue em suas culpas. |
68 | 22 | Disse o Senhor: Eu os farei voltar de Basã; fá-los-ei voltar das profundezas do mar; |
68 | 23 | para que mergulhes o teu pé em sangue, e para que a língua dos teus cães tenha dos inimigos o seu quinhão. |
68 | 24 | Viu-se, ó Deus, a tua entrada, a entrada do meu Deus, meu Rei, no santuário. |
68 | 25 | Iam na frente os cantores, atrás os tocadores de instrumentos, no meio as donzelas que tocavam adufes. |
68 | 26 | Bendizei a Deus nas congregações, ao Senhor, vós que sois da fonte de Israel. |
68 | 27 | Ali está Benjamim, o menor deles, na frente; os chefes de Judá com o seu ajuntamento; os chefes de Judá com o seu ajuntamento; os chefes de Zebulom e os chefes de Naftali. |
68 | 28 | Ordena, ó Deus, a tua força; confirma, ó Deus, o que já fizeste por nós. |
68 | 29 | Por amor do teu templo em Jerusalém, os reis te trarão presentes. |
68 | 30 | Repreende as feras dos caniçais, a multidão dos touros, com os bezerros dos povos. Calca aos pés as suas peças de prata; dissípa os povos que se deleitam na guerra. |
68 | 31 | Venham embaixadores do Egito; estenda a Etiópia ansiosamente as mãos para Deus. |
68 | 32 | Reinos da terra, cantai a Deus, cantai louvores ao Senhor, |
68 | 33 | àquele que vai montado sobre os céus dos céus, que são desde a antigüidade; eis que faz ouvir a sua voz, voz veemente. |
68 | 34 | Atribuí a Deus força; sobre Israel está a sua excelência, e a sua força nos firmamento. |
68 | 35 | Ó Deus, tu és tremendo desde o teu santuário; o Deus de Israel, ele dá força e poder ao seu povo. Bendito seja Deus! |
69 | 1 | Salva-me, ó Deus, pois as águas me sobem até o pescoço. |
69 | 2 | Atolei-me em profundo lamaçal, onde não se pode firmar o pé; entrei na profundeza das águas, onde a corrente me submerge. |
69 | 3 | Estou cansado de clamar; secou-se-me a garganta; os meus olhos desfalecem de esperar por meu Deus. |
69 | 4 | Aqueles que me odeiam sem causa são mais do que os cabelos da minha cabeça; poderosos são aqueles que procuram destruir-me, que me atacam com mentiras; por isso tenho de restituir o que não extorqui. |
69 | 5 | Tu, ó Deus, bem conheces a minha estultícia, e as minhas culpas não são ocultas. |
69 | 6 | Não sejam envergonhados por minha causa aqueles que esperam em ti, ó Senhor Deus dos exércitos; não sejam confundidos por minha causa aqueles que te buscam, ó Deus de Israel. |
69 | 7 | Porque por amor de ti tenho suportado afrontas; a confusão me cobriu o rosto. |
69 | 8 | Tornei-me como um estranho para os meus irmãos, e um desconhecido para os filhos de minha mãe. |
69 | 9 | Pois o zelo da tua casa me devorou, e as afrontas dos que te afrontam caíram sobre mim. |
69 | 10 | Quando chorei e castiguei com jejum a minha alma, isto se me tornou em afrontas. |
69 | 11 | Quando me vesti de cilício, fiz-me para eles um provérbio. |
69 | 12 | Aqueles que se sentem à porta falam de mim; e sou objeto das cantigas dos bêbedos. |
69 | 13 | Eu, porém, faço a minha oração a ti, ó Senhor, em tempo aceitável; ouve-me, ó Deus, segundo a grandeza da tua benignidade, segundo a fidelidade da tua salvação. |
69 | 14 | Tira-me do lamaçal, e não me deixes afundar; seja eu salvo dos meus inimigos, e das profundezas das águas. |
69 | 15 | Não me submerja a corrente das águas e não me trague o abismo, nem cerre a cova a sua boca sobre mim. |
69 | 16 | Ouve-me, Senhor, pois grande é a tua benignidade; volta-te para mim segundo a tua muitíssima compaixão. |
69 | 17 | Não escondas o teu rosto do teu servo; ouve-me depressa, pois estou angustiado. |
69 | 18 | Aproxima-te da minha alma, e redime-a; resgata-me por causa dos meus inimigos. |
69 | 19 | Tu conheces o meu opróbrio, a minha vergonha, e a minha ignomínia; diante de ti estão todos os meus adversários. |
69 | 20 | Afrontas quebrantaram-me o coração, e estou debilitado. Esperei por alguém que tivesse compaixão, mas não houve nenhum; e por consoladores, mas não os achei. |
69 | 21 | Deram-me fel por mantimento, e na minha sede me deram a beber vinagre. |
69 | 22 | Torne-se a sua mesa diante deles em laço, e sejam-lhes as suas ofertas pacíficas uma armadilha. |
69 | 23 | Obscureçam-se-lhes os olhos, para que não vejam, e faze com que os seus lombos tremam constantemente. |
69 | 24 | Derrama sobre eles a tua indignação, e apanhe-os o ardor da tua ira. |
69 | 25 | Fique desolada a sua habitação, e não haja quem habite nas suas tendas. |
69 | 26 | Pois perseguem a quem afligiste, e aumentam a dor daqueles a quem feriste. |
69 | 27 | Acrescenta iniqüidade à iniqüidade deles, e não encontrem eles absolvição na tua justiça. |
69 | 28 | Sejam riscados do livro da vida, e não sejam inscritos com os justos. |
69 | 29 | Eu, porém, estou aflito e triste; a tua salvação, ó Deus, me ponha num alto retiro. |
69 | 30 | Louvarei o nome de Deus com um cântico, e engrandecê-lo-ei com ação de graças. |
69 | 31 | Isto será mais agradável ao Senhor do que um boi, ou um novilho que tem pontas e unhas. |
69 | 32 | Vejam isto os mansos, e se alegrem; vós que buscais a Deus reviva o vosso coração. |
69 | 33 | Porque o Senhor ouve os necessitados, e não despreza os seus, embora sejam prisioneiros. |
69 | 34 | Louvem-no os céus e a terra, os mares e tudo quanto neles se move. |
69 | 35 | Porque Deus salvará a Sião, e edificará as cidades de Judá, e ali habitarão os seus servos e a possuirão. |
69 | 36 | E herdá-la-á a descendência de seus servos, e os que amam o seu nome habitarão nela. |
70 | 1 | Apressa-te, ó Deus, em me livrar; Senhor, apressa-te em socorrer-me. |
70 | 2 | Fiquem envergonhados e confundidos os que procuram tirar-me a vida; tornem atrás e confundam-se os que me desejam o mal. |
70 | 3 | Sejam cobertos de vergonha os que dizem: Ah! Ah! |
70 | 4 | Folguem e alegrem-se em ti todos os que te buscam; e aqueles que amam a tua salvação digam continuamente: engrandecido seja Deus. |
70 | 5 | Eu, porém, estou aflito e necessitado; apressa-te em me valer, ó Deus. Tu és o meu amparo e o meu libertador; Senhor, não te detenhas. |
71 | 1 | Em ti, Senhor, me refugio; nunca seja eu confundido. |
71 | 2 | Na tua justiça socorre-me e livra-me; inclina os teus ouvidos para mim, e salva-me. |
71 | 3 | Sê tu para mim uma rocha de refúgio a que sempre me acolha; deste ordem para que eu seja salvo, pois tu és a minha rocha e a minha fortaleza. |
71 | 4 | Livra-me, Deus meu, da mão do ímpio, do poder do homem injusto e cruel, |
71 | 5 | Pois tu és a minha esperança, Senhor Deus; tu és a minha confiança desde a minha mocidade. |
71 | 6 | Em ti me tenho apoiado desde que nasci; tu és aquele que me tiraste das entranhas de minha mãe. O meu louvor será teu constantemente. |
71 | 7 | Sou para muitos um assombro, mas tu és o meu refúgio forte. |
71 | 8 | A minha boca se enche do teu louvor e da tua glória continuamente. |
71 | 9 | Não me enjeites no tempo da velhice; não me desampares, quando se forem acabando as minhas forças. |
71 | 10 | Porque os meus inimigos falam de mim, e os que espreitam a minha vida consultam juntos, |
71 | 11 | dizendo: Deus o desamparou; persegui-o e prendei-o, pois não há quem o livre. |
71 | 12 | Ó Deus, não te alongues de mim; meu Deus, apressa-te em socorrer-me. |
71 | 13 | Sejam envergonhados e consumidos os meus adversários; cubram-se de opróbrio e de confusão aqueles que procuram o meu mal. |
71 | 14 | Mas eu esperarei continuamente, e te louvarei cada vez mais. |
71 | 15 | A minha boca falará da tua justiça e da tua salvação todo o dia, posto que não conheça a sua grandeza. |
71 | 16 | Virei na força do Senhor Deus; farei menção da tua justiça, da tua tão somente. |
71 | 17 | Ensinaste-me, ó Deus, desde a minha mocidade; e até aqui tenho anunciado as tuas maravilhas. |
71 | 18 | Agora, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus, até que tenha anunciado a tua força a esta geração, e o teu poder a todos os vindouros. |
71 | 19 | A tua justiça, ó Deus, atinge os altos céus; tu tens feito grandes coisas; ó Deus, quem é semelhante a ti? |
71 | 20 | Tu, que me fizeste ver muitas e penosas tribulações, de novo me restituirás a vida, e de novo me tirarás dos abismos da terra. |
71 | 21 | Aumentarás a minha grandeza, e de novo me consolarás. |
71 | 22 | Também eu te louvarei ao som do saltério, pela tua fidelidade, ó meu Deus; cantar-te-ei ao som da harpa, ó Santo de Israel. |
71 | 23 | Os meus lábios exultarão quando eu cantar os teus louvores, assim como a minha alma, que tu remiste. |
71 | 24 | Também a minha língua falará da tua justiça o dia todo; pois estão envergonhados e confundidos aqueles que procuram o meu mal. |
72 | 1 | Ó Deus, dá ao rei os teus juízes, e a tua justiça ao filho do rei. |
72 | 2 | Julgue ele o teu povo com justiça, e os teus pobres com eqüidade. |
72 | 3 | Que os montes tragam paz ao povo, como também os outeiros, com justiça. |
72 | 4 | Julgue ele os aflitos do povo, salve os filhos do necessitado, e esmague o opressor. |
72 | 5 | Viva ele enquanto existir o sol, e enquanto durar a lua, por todas as gerações. |
72 | 6 | Desça como a chuva sobre o prado, como os chuveiros que regam a terra. |
72 | 7 | Nos seus dias floreça a justiça, e haja abundância de paz enquanto durar a lua. |
72 | 8 | Domine de mar a mar, e desde o Rio até as extremidades da terra. |
72 | 9 | Inclinem-se diante dele os seus adversários, e os seus inimigos lambam o pó. |
72 | 10 | Paguem-lhe tributo os reis de Társis e das ilhas; os reis de Sabá e de Seba ofereçam-lhe dons. |
72 | 11 | Todos os reis se prostrem perante ele; todas as nações o sirvam. |
72 | 12 | Porque ele livra ao necessitado quando clama, como também ao aflito e ao que não tem quem o ajude. |
72 | 13 | Compadece-se do pobre e do necessitado, e a vida dos necessitados ele salva. |
72 | 14 | Ele os liberta da opressão e da violência, e precioso aos seus olhos é o sangue deles. |
72 | 15 | Viva, pois, ele; e se lhe dê do ouro de Sabá; e continuamente se faça por ele oração, e o bendigam em todo o tempo. |
72 | 16 | Haja abundância de trigo na terra sobre os cumes dos montes; ondule o seu fruto como o Líbano, e das cidades floresçam homens como a erva da terra. |
72 | 17 | Permaneça o seu nome eternamente; continue a sua fama enquanto o sol durar, e os homens sejam abençoados nele; todas as nações o chamem bem-aventurado. |
72 | 18 | Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel, o único que faz maravilhas. |
72 | 19 | Bendito seja para sempre o seu nome glorioso, e encha-se da sua glória toda a terra. Amém e amém. |
72 | 20 | Findam aqui as orações de Davi, filho de Jessé. |
73 | 1 | Verdadeiramente bom é Deus para com Israel, para com os limpos de coração. |
73 | 2 | Quanto a mim, os meus pés quase resvalaram; pouco faltou para que os meus passos escorregassem. |
73 | 3 | Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios. |
73 | 4 | Porque eles não sofrem dores; são e robusto é o seu corpo. |
73 | 5 | Não se acham em tribulações como outra gente, nem são afligidos como os demais homens. |
73 | 6 | Pelo que a soberba lhes cinge o pescoço como um colar; a violência os cobre como um vestido. |
73 | 7 | Os olhos deles estão inchados de gordura; trasbordam as fantasias do seu coração. |
73 | 8 | Motejam e falam maliciosamente; falam arrogantemente da opressão. |
73 | 9 | Põem a sua boca contra os céus, e a sua língua percorre a terra. |
73 | 10 | Pelo que o povo volta para eles e não acha neles falta alguma. |
73 | 11 | E dizem: Como o sabe Deus? e: Há conhecimento no Altíssimo? |
73 | 12 | Eis que estes são ímpios; sempre em segurança, aumentam as suas riquezas. |
73 | 13 | Na verdade que em vão tenho purificado o meu coração e lavado as minhas mãos na inocência, |
73 | 14 | pois todo o dia tenho sido afligido, e castigado cada manhã. |
73 | 15 | Se eu tivesse dito: Também falarei assim; eis que me teria havido traiçoeiramente para com a geração de teus filhos. |
73 | 16 | Quando me esforçava para compreender isto, achei que era tarefa difícil para mim, |
73 | 17 | até que entrei no santuário de Deus; então percebi o fim deles. |
73 | 18 | Certamente tu os pões em lugares escorregadios, tu os lanças para a ruína. |
73 | 19 | Como caem na desolação num momento! ficam totalmente consumidos de terrores. |
73 | 20 | Como faz com um sonho o que acorda, assim, ó Senhor, quando acordares, desprezarás as suas fantasias. |
73 | 21 | Quando o meu espírito se amargurava, e sentia picadas no meu coração, |
73 | 22 | estava embrutecido, e nada sabia; era como animal diante de ti. |
73 | 23 | Todavia estou sempre contigo; tu me seguras a mão direita. |
73 | 24 | Tu me guias com o teu conselho, e depois me receberás em glória. |
73 | 25 | A quem tenho eu no céu senão a ti? e na terra não há quem eu deseje além de ti. |
73 | 26 | A minha carne e o meu coração desfalecem; do meu coração, porém, Deus é a fortaleza, e o meu quinhão para sempre. |
73 | 27 | Pois os que estão longe de ti perecerão; tu exterminas todos aqueles que se desviam de ti. |
73 | 28 | Mas para mim, bom é aproximar-me de Deus; ponho a minha confiança no Senhor Deus, para anunciar todas as suas obras. |
74 | 1 | Ó Deus, por que nos rejeitaste para sempre? Por que se acende a tua ira contra o rebanho do teu pasto? |
74 | 2 | Lembra-te da tua congregação, que compraste desde a antigüidade, que remiste para ser a tribo da tua herança, e do monte Sião, em que tens habitado. |
74 | 3 | Dirige os teus passos para as perpétuas ruínas, para todo o mal que o inimigo tem feito no santuário. |
74 | 4 | Os teus inimigos bramam no meio da tua assembléia; põem nela as suas insígnias por sinais. |
74 | 5 | A entrada superior cortaram com machados a grade de madeira. |
74 | 6 | Eis que toda obra entalhada, eles a despedaçaram a machados e martelos. |
74 | 7 | Lançaram fogo ao teu santuário; profanaram, derrubando-a até o chão, a morada do teu nome. |
74 | 8 | Disseram no seu coração: Despojemo-la duma vez. Queimaram todas as sinagogas de Deus na terra. |
74 | 9 | Não vemos mais as nossas insígnias, não há mais profeta; nem há entre nós alguém que saiba até quando isto durará. |
74 | 10 | Até quando, ó Deus, o adversário afrontará? O inimigo ultrajará o teu nome para sempre? |
74 | 11 | Por que reténs a tua mão, sim, a tua destra? Tira-a do teu seio, e consome-os. |
74 | 12 | Todavia, Deus é o meu Rei desde a antigüidade, operando a salvação no meio da terra. |
74 | 13 | Tu dividiste o mar pela tua força; esmigalhaste a cabeça dos monstros marinhos sobre as águas. |
74 | 14 | Tu esmagaste as cabeças do leviatã, e o deste por mantimento aos habitantes do deserto. |
74 | 15 | Tu abriste fontes e ribeiros; tu secaste os rios perenes. |
74 | 16 | Teu é o dia e tua é a noite: tu preparaste a luz e o sol. |
74 | 17 | Tu estabeleceste todos os limites da terra; verão e inverno, tu os fizeste. |
74 | 18 | Lembra-te disto: que o inimigo te afrontou, ó Senhor, e que um povo insensato ultrajou o teu nome. |
74 | 19 | Não entregues às feras a alma da tua rola; não te esqueça para sempre da vida dos teus aflitos. |
74 | 20 | Atenta para o teu pacto, pois os lugares tenebrosos da terra estão cheios das moradas de violência. |
74 | 21 | Não volte envergonhado o oprimido; louvem o teu nome o aflito e o necessitado. |
74 | 22 | Levanta-te, ó Deus, pleiteia a tua própria causa; lembra-te da afronta que o insensato te faz continuamente. |
74 | 23 | Não te esqueças da gritaria dos teus adversários; o tumulto daqueles que se levantam contra ti sobe continuamente. |
75 | 1 | Damos-te graças, ó Deus, damos-te graças, pois o teu nome está perto; os que invocam o teu nome anunciam as tuas maravilhas. |
75 | 2 | Quando chegar o tempo determinado, julgarei retamente. |
75 | 3 | Dissolve-se a terra e todos os seus moradores, mas eu lhe fortaleci as colunas. |
75 | 4 | Digo eu aos arrogantes: Não sejais arrogantes; e aos ímpios: Não levanteis a fronte; |
75 | 5 | não levanteis ao alto a vossa fronte, nem faleis com arrogância. |
75 | 6 | Porque nem do oriente, nem do ocidente, nem do deserto vem a exaltação. |
75 | 7 | Mas Deus é o que julga; a um abate, e a outro exalta. |
75 | 8 | Porque na mão do Senhor há um cálice, cujo vinho espuma, cheio de mistura, do qual ele dá a beber; certamente todos os ímpios da terra sorverão e beberão as suas fezes. |
75 | 9 | Mas, quanto a mim, exultarei para sempre, cantarei louvores ao Deus de Jacó. |
75 | 10 | E quebrantarei todas as forças dos ímpios, mas as forças dos justos serão exaltadas. |
76 | 1 | Conhecido é Deus em Judá, grande é o seu nome em Israel. |
76 | 2 | Em Salém está a sua tenda, e a sua morada em Sião. |
76 | 3 | Ali quebrou ele as flechas do arco, o escudo, a espada, e a guerra. |
76 | 4 | Glorioso és tu, mais majestoso do que os montes eternos. |
76 | 5 | Os ousados de coração foram despojados; dormiram o seu último sono; nenhum dos homens de força pôde usar as mãos. |
76 | 6 | Â tua repreensão, ó Deus de Jacó, cavaleiros e cavalos ficaram estirados sem sentidos. |
76 | 7 | Tu, sim, tu és tremendo; e quem subsistirá à tua vista, quando te irares? |
76 | 8 | Desde o céu fizeste ouvir o teu juízo; a terra tremeu e se aquietou, |
76 | 9 | quando Deus se levantou para julgar, para salvar a todos os mansos da terra. |
76 | 10 | Na verdade a cólera do homem redundará em teu louvor, e do restante da cólera tu te cingirás. |
76 | 11 | Fazei votos, e pagai-os ao Senhor, vosso Deus; tragam presentes, os que estão em redor dele, àquele que deve ser temido. |
76 | 12 | Ele ceifará o espírito dos príncipes; é tremendo para com os reis da terra. |
77 | 1 | Levanto a Deus a minha voz; a Deus levanto a minha voz, para que ele me ouça. |
77 | 2 | No dia da minha angústia busco ao Senhor; de noite a minha mão fica estendida e não se cansa; a minha alma recusa ser consolada. |
77 | 3 | Lembro-me de Deus, e me lamento; queixo-me, e o meu espírito desfalece. |
77 | 4 | Conservas vigilantes os meus olhos; estou tão perturbado que não posso falar. |
77 | 5 | Considero os dias da antigüidade, os anos dos tempos passados. |
77 | 6 | De noite lembro-me do meu cântico; consulto com o meu coração, e examino o meu espírito. |
77 | 7 | Rejeitará o Senhor para sempre e não tornará a ser favorável? |
77 | 8 | Cessou para sempre a sua benignidade? Acabou-se a sua promessa para todas as gerações |
77 | 9 | Esqueceu-se Deus de ser compassivo? Ou na sua ira encerrou ele as suas ternas misericórdias? |
77 | 10 | E eu digo: Isto é minha enfermidade; acaso se mudou a destra do Altíssimo? |
77 | 11 | Recordarei os feitos do Senhor; sim, me lembrarei das tuas maravilhas da antigüidade. |
77 | 12 | Meditarei também em todas as tuas obras, e ponderarei os teus feitos poderosos |
77 | 13 | O teu caminho, ó Deus, é em santidade; que deus é grande como o nosso Deus? |
77 | 14 | Tu és o Deus que fazes maravilhas; tu tens feito notória a tua força entre os povos. |
77 | 15 | Com o teu braço remiste o teu povo, os filhos de Jacó e de José. |
77 | 16 | As águas te viram, ó Deus, as águas te viram, e tremeram; os abismos também se abalaram. |
77 | 17 | As nuvens desfizeram-se em água; os céus retumbaram; as tuas flechas também correram de uma para outra parte. |
77 | 18 | A voz do teu trovão estava no redemoinho; os relâmpagos alumiaram o mundo; a terra se abalou e tremeu. |
77 | 19 | Pelo mar foi teu caminho, e tuas veredas pelas grandes águas; e as tuas pegadas não foram conhecidas. |
77 | 20 | Guiaste o teu povo, como a um rebanho, pela mão de Moisés e de Arão. |
78 | 1 | Escutai o meu ensino, povo meu; inclinai os vossos ouvidos às palavras da minha boca. |
78 | 2 | Abrirei a minha boca numa parábola; proporei enigmas da antigüidade, |
78 | 3 | coisas que temos ouvido e sabido, e que nossos pais nos têm contado. |
78 | 4 | Não os encobriremos aos seus filhos, cantaremos às gerações vindouras os louvores do Senhor, assim como a sua força e as maravilhas que tem feito. |
78 | 5 | Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e instituiu uma lei em Israel, as quais coisas ordenou aos nossos pais que as ensinassem a seus filhos; |
78 | 6 | para que as soubesse a geração vindoura, os filhos que houvesse de nascer, os quais se levantassem e as contassem a seus filhos, |
78 | 7 | a fim de que pusessem em Deus a sua esperança, e não se esquecessem das obras de Deus, mas guardassem os seus mandamentos; |
78 | 8 | e que não fossem como seus pais, geração contumaz e rebelde, geração de coração instável, cujo espírito não foi fiel para com Deus. |
78 | 9 | Os filhos de Efraim, armados de arcos, retrocederam no dia da peleja. |
78 | 10 | Não guardaram o pacto de Deus, e recusaram andar na sua lei; |
78 | 11 | esqueceram-se das suas obras e das maravilhas que lhes fizera ver. |
78 | 12 | Maravilhas fez ele à vista de seus pais na terra do Egito, no campo de Zoá. |
78 | 13 | Dividiu o mar, e os fez passar por ele; fez com que as águas parassem como um montão. |
78 | 14 | Também os guiou de dia por uma nuvem, e a noite toda por um clarão de fogo. |
78 | 15 | Fendeu rochas no deserto, e deu-lhes de beber abundantemente como de grandes abismos. |
78 | 16 | Da penha fez sair fontes, e fez correr águas como rios. |
78 | 17 | Todavia ainda prosseguiram em pecar contra ele, rebelando-se contra o Altíssimo no deserto. |
78 | 18 | E tentaram a Deus nos seus corações, pedindo comida segundo o seu apetite. |
78 | 19 | Também falaram contra Deus, dizendo: Poderá Deus porventura preparar uma mesa no deserto? Acaso fornecerá carne para o seu povo? |
78 | 20 | Pelo que o Senhor, quando os ouviu, se indignou; e acendeu um fogo contra Jacó, e a sua ira subiu contra Israel; |
78 | 21 | Pelo que o Senhor, quando os ouviu, se indignou; e acendeu um fogo contra Jacó, e a sua ira subiu contra Israel; |
78 | 22 | porque não creram em Deus nem confiaram na sua salvação. |
78 | 23 | Contudo ele ordenou às nuvens lá em cima, e abriu as portas dos céus; |
78 | 24 | fez chover sobre eles maná para comerem, e deu-lhes do trigo dos céus. |
78 | 25 | Cada um comeu o pão dos poderosos; ele lhes mandou comida em abundância. |
78 | 26 | Fez soprar nos céus o vento do oriente, e pelo seu poder trouxe o vento sul. |
78 | 27 | Sobre eles fez também chover carne como poeira, e aves de asas como a areia do mar; |
78 | 28 | e as fez cair no meio do arraial deles, ao redor de suas habitações. |
78 | 29 | Então comeram e se fartaram bem, pois ele lhes trouxe o que cobiçavam. |
78 | 30 | Não refrearam a sua cobiça. Ainda lhes estava a comida na boca, |
78 | 31 | quando a ira de Deus se levantou contra eles, e matou os mais fortes deles, e prostrou os escolhidos de Israel. |
78 | 32 | Com tudo isso ainda pecaram, e não creram nas suas maravilhas. |
78 | 33 | Pelo que consumiu os seus dias como um sopo, e os seus anos em repentino terror. |
78 | 34 | Quando ele os fazia morrer, então o procuravam; arrependiam-se, e de madrugada buscavam a Deus. |
78 | 35 | Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, e o Deus Altíssimo o seu Redentor. |
78 | 36 | Todavia lisonjeavam-no com a boca, e com a língua lhe mentiam. |
78 | 37 | Pois o coração deles não era constante para com ele, nem foram eles fiéis ao seu pacto. |
78 | 38 | Mas ele, sendo compassivo, perdoou a sua iniqüidade, e não os destruiu; antes muitas vezes desviou deles a sua cólera, e não acendeu todo o seu furor. |
78 | 39 | Porque se lembrou de que eram carne, um vento que passa e não volta. |
78 | 40 | Quantas vezes se rebelaram contra ele no deserto, e o ofenderam no ermo! |
78 | 41 | Voltaram atrás, e tentaram a Deus; e provocaram o Santo de Israel. |
78 | 42 | Não se lembraram do seu poder, nem do dia em que os remiu do adversário, |
78 | 43 | nem de como operou os seus sinais no Egito, e as suas maravilhas no campo de Zoã, |
78 | 44 | convertendo em sangue os seus rios, para que não pudessem beber das suas correntes. |
78 | 45 | Também lhes mandou enxames de moscas que os consumiram, e rãs que os destruíram. |
78 | 46 | Entregou às lagartas as novidades deles, e o fruto do seu trabalho aos gafanhotos. |
78 | 47 | Destruiu as suas vinhas com saraiva, e os seus sicômoros com chuva de pedra. |
78 | 48 | Também entregou à saraiva o gado deles, e aos coriscos os seus rebanhos. |
78 | 49 | E atirou sobre eles o ardor da sua ira, o furor, a indignação, e a angústia, qual companhia de anjos destruidores. |
78 | 50 | Deu livre curso à sua ira; não os poupou da morte, mas entregou a vida deles à pestilência. |
78 | 51 | Feriu todo primogênito no Egito, primícias da força deles nas tendas de Cão. |
78 | 52 | Mas fez sair o seu povo como ovelhas, e os guiou pelo deserto como a um rebanho. |
78 | 53 | Guiou-os com segurança, de sorte que eles não temeram; mas aos seus inimigos, o mar os submergiu. |
78 | 54 | Sim, conduziu-os até a sua fronteira santa, até o monte que a sua destra adquirira. |
78 | 55 | Expulsou as nações de diante deles; e dividindo suas terras por herança, fez habitar em suas tendas as tribos de Israel. |
78 | 56 | Contudo tentaram e provocaram o Deus Altíssimo, e não guardaram os seus testemunhos. |
78 | 57 | Mas tornaram atrás, e portaram-se aleivosamente como seus pais; desviaram-se como um arco traiçoeiro. |
78 | 58 | Pois o provocaram à ira com os seus altos, e o incitaram a zelos com as suas imagens esculpidas. |
78 | 59 | Ao ouvir isso, Deus se indignou, e sobremodo abominou a Israel. |
78 | 60 | Pelo que desamparou o tabernáculo em Siló, a tenda da sua morada entre os homens, |
78 | 61 | dando a sua força ao cativeiro, e a sua glória à mão do inimigo. |
78 | 62 | Entregou o seu povo à espada, e encolerizou-se contra a sua herança. |
78 | 63 | Aos seus mancebos o fogo devorou, e suas donzelas não tiveram cântico nupcial. |
78 | 64 | Os seus sacerdotes caíram à espada, e suas viúvas não fizeram pranto. |
78 | 65 | Então o Senhor despertou como dum sono, como um valente que o vinho excitasse. |
78 | 66 | E fez recuar a golpes os seus adversários; infligiu-lhes eterna ignomínia. |
78 | 67 | Além disso, rejeitou a tenda de José, e não escolheu a tribo de Efraim; |
78 | 68 | antes escolheu a tribo de Judá, o monte Sião, que ele amava. |
78 | 69 | Edificou o seu santuário como os lugares elevados, como a terra que fundou para sempre. |
78 | 70 | Também escolheu a Davi, seu servo, e o tirou dos apriscos das ovelhas; |
78 | 71 | de após as ovelhas e suas crias o trouxe, para apascentar a Jacó, seu povo, e a Israel, sua herança. |
78 | 72 | E ele os apascentou, segundo a integridade do seu coração, e os guiou com a perícia de suas mãos. |
79 | 1 | Ó Deus, as nações invadiram a tua herança; contaminaram o teu santo templo; reduziram Jerusalém a ruínas. |
79 | 2 | Deram os cadáveres dos teus servos como pastos às aves dos céus, e a carne dos teus santos aos animais da terra. |
79 | 3 | Derramaram o sangue deles como água ao redor de Jerusalém, e não houve quem os sepultasse. |
79 | 4 | Somos feitos o opróbrio dos nossos vizinhos, o escárnio e a zombaria dos que estão em redor de nós. |
79 | 5 | Até quando, Senhor? Indignar-te-ás para sempre? Arderá o teu zelo como fogo? |
79 | 6 | Derrama o teu furor sobre as nações que não te conhecem, e sobre os reinos que não invocam o teu nome; |
79 | 7 | porque eles devoraram a Jacó, e assolaram a sua morada. |
79 | 8 | Não te lembres contra nós das iniqüidades de nossos pais; venha depressa ao nosso encontro a tua compaixão, pois estamos muito abatidos. |
79 | 9 | Ajuda-nos, ó Deus da nossa salvação, pela glória do teu nome; livra-nos, e perdoa os nossos pecados, por amor do teu nome. |
79 | 10 | Por que diriam as nações: Onde está o seu Deus? Torne-se manifesta entre as nações, à nossa vista, a vingança do sangue derramado dos teus servos. |
79 | 11 | Chegue à tua presença o gemido dos presos; segundo a grandeza do teu braço, preserva aqueles que estão condenados à morte. |
79 | 12 | E aos nossos vizinhos, deita-lhes no regaço, setuplicadamente, a injúria com que te injuriaram, Senhor. |
79 | 13 | Assim nós, teu povo ovelhas de teu pasto, te louvaremos eternamente; de geração em geração publicaremos os teus louvores. |
80 | 1 | Ó pastor de Israel, dá ouvidos; tu, que guias a José como a um rebanho, que estás entronizado sobre os querubins, resplandece. |
80 | 2 | Perante Efraim, Benjamim e Manassés, desperta o teu poder, e vem salvar-nos. |
80 | 3 | Reabilita-nos, ó Deus; faze resplandecer o teu rosto, para que sejamos salvos. |
80 | 4 | Ó Senhor Deus dos exércitos, até quando te indignarás contra a oração do teu povo? |
80 | 5 | Tu os alimentaste com pão de lágrimas, e lhes deste a beber lágrimas em abundância. |
80 | 6 | Tu nos fazes objeto de escárnio entre os nossos vizinhos; e os nossos inimigos zombam de nós entre si. |
80 | 7 | Reabilita-nos, ó Deus dos exércitos; faze resplandecer o teu rosto, para que sejamos salvos. |
80 | 8 | Trouxeste do Egito uma videira; lançaste fora as nações, e a plantaste. |
80 | 9 | Preparaste-lhe lugar; e ela deitou profundas raízes, e encheu a terra. |
80 | 10 | Os montes cobriram-se com a sua sombra, e os cedros de Deus com os seus ramos. |
80 | 11 | Ela estendeu a sua ramagem até o mar, e os seus rebentos até o Rio. |
80 | 12 | Por que lhe derrubaste as cercas, de modo que a vindimam todos os que passam pelo caminho? |
80 | 13 | O javali da selva a devasta, e as feras do campo alimentam-se dela. |
80 | 14 | Ó Deus dos exércitos, volta-te, nós te rogamos; atende do céu, e vê, e visita esta videira, |
80 | 15 | a videira que a tua destra plantou, e o sarmento que fortificaste para ti. |
80 | 16 | Está queimada pelo fogo, está cortada; eles perecem pela repreensão do teu rosto. |
80 | 17 | Seja a tua mão sobre o varão da tua destra, sobre o filho do homem que fortificaste para ti. |
80 | 18 | E não nos afastaremos de ti; vivifica-nos, e nós invocaremos o teu nome. |
80 | 19 | Reabilita-nos, Senhor Deus dos exércitos; faze resplandecer o teu rosto, para que sejamos salvos. |
81 | 1 | Cantai alegremente a Deus, nossa fortaleza; erguei alegres vozes ao Deus de Jacó. |
81 | 2 | Entoai um salmo, e fazei soar o adufe, a suave harpa e o saltério. |
81 | 3 | Tocai a trombeta pela lua nova, pela lua cheia, no dia da nossa festa. |
81 | 4 | Pois isso é um estatuto para Israel, e uma ordenança do Deus de Jacó. |
81 | 5 | Ordenou-o por decreto em José, quando saiu contra a terra do Egito. Ouvi uma voz que não conhecia, dizendo: |
81 | 6 | Livrei da carga o seu ombro; as suas mãos ficaram livres dos cestos. |
81 | 7 | Na angústia clamaste e te livrei; respondi-te no lugar oculto dos trovões; provei-te junto às águas de Meribá. |
81 | 8 | Ouve-me, povo meu, e eu te admoestarei; ó Israel, se me escutasses! |
81 | 9 | não haverá em ti deus estranho, nem te prostrarás ante um deus estrangeiro. |
81 | 10 | Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito; abre bem a tua boca, e eu a encherei. |
81 | 11 | Mas o meu povo não ouviu a minha voz, e Israel não me quis. |
81 | 12 | Pelo que eu os entreguei à obstinação dos seus corações, para que andassem segundo os seus próprios conselhos. |
81 | 13 | Oxalá me escutasse o meu povo! oxalá Israel andasse nos meus caminhos! |
81 | 14 | Em breve eu abateria os seus inimigos, e voltaria a minha mão contra os seus adversários. |
81 | 15 | Os que odeiam ao Senhor o adulariam, e a sorte deles seria eterna. |
81 | 16 | E eu te sustentaria com o trigo mais fino; e com o mel saído da rocha eu te saciaria. |
82 | 1 | Deus está na assembléia divina; julga no meio dos deuses: |
82 | 2 | Até quando julgareis injustamente, e tereis respeito às pessoas dos ímpios? |
82 | 3 | Fazei justiça ao pobre e ao órfão; procedei retamente com o aflito e o desamparado. |
82 | 4 | Livrai o pobre e o necessitado, livrai-os das mãos dos ímpios. |
82 | 5 | Eles nada sabem, nem entendem; andam vagueando às escuras; abalam-se todos os fundamentos da terra. |
82 | 6 | Eu disse: Vós sois deuses, e filhos do Altíssimo, todos vós. |
82 | 7 | Todavia, como homens, haveis de morrer e, como qualquer dos príncipes, haveis de cair. |
82 | 8 | Levanta-te, ó Deus, julga a terra; pois a ti pertencem todas as nações. |
83 | 1 | Ó Deus, não guardes silêncio; não te cales nem fiques impassível, ó Deus. |
83 | 2 | Pois eis que teus inimigos se alvoroçam, e os que te odeiam levantam a cabeça. |
83 | 3 | Astutamente formam conselho contra o teu povo, e conspiram contra os teus protegidos. |
83 | 4 | Dizem eles: Vinde, e apaguemo-los para que não sejam nação, nem seja lembrado mais o nome de Israel. |
83 | 5 | Pois à uma se conluiam; aliam-se contra ti |
83 | 6 | as tendas de Edom e os ismaelitas, Moabe e os hagarenos, |
83 | 7 | Gebal, Amom e Amaleque, e a Filístia com os habitantes de tiro. |
83 | 8 | Também a Assíria se ligou a eles; eles são o braço forte dos filhos de Ló. |
83 | 9 | Faze-lhes como fizeste a Midiã, como a Sísera, como a Jabim junto ao rio Quisom, |
83 | 10 | os quais foram destruídos em En-Dor; tornaram-se esterco para a terra. |
83 | 11 | Faze aos seus nobres como a Orebe e a Zeebe; e a todos os seus príncipes como a Zebá e a Zalmuna, |
83 | 12 | que disseram: Tomemos para nós as pastagens de Deus. |
83 | 13 | Deus meu, faze-os como um turbilhão de pó, como a palha diante do vento. |
83 | 14 | Como o fogo queima um bosque, e como a chama incedeia as montanhas, |
83 | 15 | assim persegue-os com a tua tempestade, e assombra-os com o teu furacão. |
83 | 16 | Cobre-lhes o rosto de confusão, de modo que busquem o teu nome, Senhor. |
83 | 17 | Sejam envergonhados e conturbados perpetuamente; sejam confundidos, e pereçam, |
83 | 18 | para que saibam que só tu, cujo nome é o Senhor, és o Altíssimo sobre toda a terra. |
84 | 1 | Quão amável são os teus tabernáculos, ó Senhor dos exércitos! |
84 | 2 | A minha alma suspira! sim, desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo. |
84 | 3 | Até o pardal encontrou casa, e a andorinha ninho para si, onde crie os seus filhotes, junto aos teus altares, ó Senhor dos exércitos, Rei meu e Deus meu. |
84 | 4 | Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvar-te-ão continuamente. |
84 | 5 | Bem-aventurados os homens cuja força está em ti, em cujo coração os caminhos altos. |
84 | 6 | Passando pelo vale de Baca, fazem dele um lugar de fontes; e a primeira chuva o cobre de bênçãos. |
84 | 7 | Vão sempre aumentando de força; cada um deles aparece perante Deus em Sião. |
84 | 8 | Senhor Deus dos exércitos, escuta a minha oração; inclina os ouvidos, ó Deus de Jacó! |
84 | 9 | Olha, ó Deus, escudo nosso, e contempla o rosto do teu ungido. |
84 | 10 | Porque vale mais um dia nos teus átrios do que em outra parte mil. Preferiria estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas da perversidade. |
84 | 11 | Porquanto o Senhor Deus é sol e escudo; o Senhor dará graça e glória; não negará bem algum aos que andam na retidão. |
84 | 12 | Ó Senhor dos exércitos, bem-aventurado o homem que em ti põe a sua confiança. |
85 | 1 | Mostraste favor, Senhor, à tua terra; fizeste regressar os cativos de Jacó. |
85 | 2 | Perdoaste a iniqüidade do teu povo; cobriste todos os seus pecados. |
85 | 3 | Retraíste toda a tua cólera; refreaste o ardor da tua ira. |
85 | 4 | Restabelece-nos, ó Deus da nossa salvação, e faze cessar a tua indignação contra nós. |
85 | 5 | Estarás para sempre irado contra nós? estenderás a tua ira a todas as gerações? |
85 | 6 | Não tornarás a vivificar-nos, para que o teu povo se regozije em ti? |
85 | 7 | Mostra-nos, Senhor, a tua benignidade, e concede-nos a tua salvação. |
85 | 8 | Escutarei o que Deus, o Senhor, disser; porque falará de paz ao seu povo, e aos seus santos, contanto que não voltem à insensatez. |
85 | 9 | Certamente que a sua salvação está perto aqueles que o temem, para que a glória habite em nossa terra. |
85 | 10 | A benignidade e a fidelidade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram. |
85 | 11 | A fidelidade brota da terra, e a justiça olha desde o céu. |
85 | 12 | O Senhor dará o que é bom, e a nossa terra produzirá o seu fruto. |
85 | 13 | A justiça irá adiante dele, marcando o caminho com as suas pegadas. |
86 | 1 | Inclina, Senhor, os teus ouvidos, e ouve-me, porque sou pobre e necessitado. |
86 | 2 | Preserva a minha vida, pois sou piedoso; o Deus meu, salva o teu servo, que em ti confia. |
86 | 3 | Compadece-te de mim, ó Senhor, pois a ti clamo o dia todo. |
86 | 4 | Alegra a alma do teu servo, pois a ti, Senhor, elevo a minha alma. |
86 | 5 | Porque tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para com todos os que te invocam. |
86 | 6 | Dá ouvidos, Senhor, à minha oração, e atende à voz das minhas súplicas. |
86 | 7 | No dia da minha angústia clamo a ti, porque tu me respondes. |
86 | 8 | Entre os deuses nenhum há semelhante a ti, Senhor, nem há obras como as tuas. |
86 | 9 | Todas as nações que fizeste virão e se prostrarão diante de ti, Senhor, e glorificarão o teu nome. |
86 | 10 | Ensina-me, Senhor, o teu caminho, e andarei na tua verdade; dispõe o meu coração para temer o teu nome. |
86 | 11 | Louvar-te-ei, Senhor Deus meu, de todo o meu coração, e glorificarei o teu nome para sempre. |
86 | 12 | Pois grande é a tua benignidade para comigo, e livraste a minha alma das profundezas do Seol. |
86 | 13 | Pois grande é a tua benignidade para comigo, e livraste a minha alma das profundezas do Seol. |
86 | 14 | Ó Deus, os soberbos têm-se levantado contra mim, e um bando de homens violentos procura tirar-me a vida; eles não te puseram diante dos seus olhos. |
86 | 15 | Mas tu, Senhor, és um Deus compassivo e benigno, longânimo, e abundante em graça e em fidelidade. |
86 | 16 | Volta-te para mim, e compadece-te de mim; dá a tua força ao teu servo, e a salva o filho da tua serva. |
86 | 17 | Mostra-me um sinal do teu favor, para que o vejam aqueles que me odeiam, e sejam envergonhados, por me haveres tu, Senhor, ajuntado e confortado. |
87 | 1 | O fundamento dela está nos montes santos. |
87 | 2 | O Senhor ama as portas de Sião mais do que todas as habitações de Jacó. |
87 | 3 | Coisas gloriosas se dizem de ti, ó cidade de Deus. |
87 | 4 | Farei menção de Raabe e de Babilônia dentre os que me conhecem; eis que da Filístia, e de Tiro, e da Etiópia, se dirá: Este nasceu ali. |
87 | 5 | Sim, de Sião se dirá: Este e aquele nasceram ali; e o próprio Altíssimo a estabelecerá. |
87 | 6 | O Senhor, ao registrar os povos, dirá: Este nasceu ali. |
87 | 7 | Tanto os cantores como os que tocam instrumentos dirão: Todas as minhas fontes estão em ti. |
88 | 1 | Ó Senhor, Deus da minha salvação, dia e noite clamo diante de ti. |
88 | 2 | Chegue à tua presença a minha oração, inclina os teus ouvidos ao meu clamor; |
88 | 3 | porque a minha alma está cheia de angústias, e a minha vida se aproxima do Seol. |
88 | 4 | Já estou contado com os que descem à cova; estou como homem sem forças, |
88 | 5 | atirado entre os finados; como os mortos que jazem na sepultura, dos quais já não te lembras, e que são desamparados da tua mão. |
88 | 6 | Puseste-me na cova mais profunda, em lugares escuros, nas profundezas. |
88 | 7 | Sobre mim pesa a tua cólera; tu me esmagaste com todas as tuas ondas. |
88 | 8 | Apartaste de mim os meus conhecidos, fizeste-me abominável para eles; estou encerrado e não posso sair. |
88 | 9 | Os meus olhos desfalecem por causa da aflição. Clamo a ti todo dia, Senhor, estendendo-te as minhas mãos. |
88 | 10 | Mostrarás tu maravilhas aos mortos? ou levantam-se os mortos para te louvar? |
88 | 11 | Será anunciada a tua benignidade na sepultura, ou a tua fidelidade no Abadom? |
88 | 12 | Serão conhecidas nas trevas as tuas maravilhas, e a tua justiça na terra do esquecimento? |
88 | 13 | Eu, porém, Senhor, clamo a ti; de madrugada a minha oração chega à tua presença. |
88 | 14 | Senhor, por que me rejeitas? por que escondes de mim a tua face? |
88 | 15 | Estou aflito, e prestes a morrer desde a minha mocidade; sofro os teus terrores, estou desamparado. |
88 | 16 | Sobre mim tem passado a tua ardente indignação; os teus terrores deram cabo de mim. |
88 | 17 | Como águas me rodeiam todo o dia; cercam-me todos juntos. |
88 | 18 | Aparte de mim amigos e companheiros; os meus conhecidos se acham nas trevas. |
89 | 1 | Cantarei para sempre as benignidades do Senhor; com a minha boca proclamarei a todas as gerações a tua fidelidade. |
89 | 2 | Digo, pois: A tua benignidade será renovada para sempre; tu confirmarás a tua fidelidade até nos céus, dizendo: |
89 | 3 | Fiz um pacto com o meu escolhido; jurei ao meu servo Davi: |
89 | 4 | Estabelecerei para sempre a tua descendência, e firmarei o teu trono por todas as gerações. |
89 | 5 | Os céus louvarão as tuas maravilhas, ó Senhor, e a tua fidelidade na assembléia dos santos. |
89 | 6 | Pois quem no firmamento se pode igualar ao Senhor? Quem entre os filhos de Deus é semelhante ao Senhor, |
89 | 7 | um Deus sobremodo tremendo na assembléia dos santos, e temível mais do que todos os que estão ao seu redor? |
89 | 8 | Ó Senhor, Deus dos exércitos, quem é poderoso como tu, Senhor, com a tua fidelidade ao redor de ti? |
89 | 9 | Tu dominas o ímpio do mar; quando as suas ondas se levantam tu as fazes aquietar. |
89 | 10 | Tu abateste a Raabe como se fora ferida de morte; com o teu braço poderoso espalhaste os teus inimigos. |
89 | 11 | São teus os céus, e tua é a terra; o mundo e a sua plenitude, tu os fundaste. |
89 | 12 | O norte e o sul, tu os criaste; o Tabor e o Hermom regozijam-se em teu nome. |
89 | 13 | Tu tens um braço poderoso; forte é a tua mão, e elevado a tua destra. |
89 | 14 | Justiça e juízo são a base do teu trono; benignidade e verdade vão adiante de ti. |
89 | 15 | Bem-aventurado o povo que conhece o som festivo, que anda, ó Senhor, na luz da tua face, |
89 | 16 | que se regozija em teu nome todo o dia, e na tua justiça é exaltado. |
89 | 17 | Pois tu és a glória da sua força; e pelo teu favor será exaltado o nosso poder. |
89 | 18 | Porque o Senhor é o nosso escudo, e o Santo de Israel é o nosso Rei. |
89 | 19 | Naquele tempo falaste em visão ao teu santo, e disseste: Coloquei a coroa num homem poderoso; exaltei um escolhido dentre o povo. |
89 | 20 | Achei Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi. |
89 | 21 | A minha mão será sempre com ele, e o meu braço o fortalecerá. |
89 | 22 | O inimigo não o surpreenderá, nem o filho da perversidade o afligirá. |
89 | 23 | Eu esmagarei diante dele os seus adversários, e aos que o odeiam abaterei. |
89 | 24 | A minha fidelidade, porém, e a minha benignidade estarão com ele, e em meu nome será exaltado o seu poder. |
89 | 25 | Porei a sua mão sobre o mar, e a sua destra sobre os rios. |
89 | 26 | Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, e a rocha da minha salvação. |
89 | 27 | Também lhe darei o lugar de primogênito; fá-lo-ei o mais excelso dos reis da terra. |
89 | 28 | Conservar-lhe-ei para sempre a minha benignidade, e o meu pacto com ele ficará firme. |
89 | 29 | Farei que subsista para sempre a sua descendência, e o seu trono como os dias dos céus. |
89 | 30 | Se os seus filhos deixarem a minha lei, e não andarem nas minhas ordenanças, |
89 | 31 | se profanarem os meus preceitos, e não guardarem os meus mandamentos, |
89 | 32 | então visitarei com vara a sua transgressão, e com açoites a sua iniqüidade. |
89 | 33 | Mas não lhe retirarei totalmente a minha benignidade, nem faltarei com a minha fidelidade. |
89 | 34 | Não violarei o meu pacto, nem alterarei o que saiu dos meus lábios. |
89 | 35 | Uma vez para sempre jurei por minha santidade; não mentirei a Davi. |
89 | 36 | A sua descendência subsistirá para sempre, e o seu trono será como o sol diante de mim; |
89 | 37 | será estabelecido para sempre como a lua, e ficará firme enquanto o céu durar. |
89 | 38 | Mas tu o repudiaste e rejeitaste, tu estás indignado contra o teu ungido. |
89 | 39 | Desprezaste o pacto feito com teu servo; profanaste a sua coroa, arrojando-a por terra. |
89 | 40 | Derribaste todos os seus muros; arruinaste as suas fortificações. |
89 | 41 | Todos os que passam pelo caminho o despojam; tornou-se objeto de opróbrio para os seus vizinhos. |
89 | 42 | Exaltaste a destra dos seus adversários; fizeste com que todos os seus inimigos se regozijassem. |
89 | 43 | Embotaste o fio da sua espada, e não o sustentaste na peleja; |
89 | 44 | fizeste cessar o seu esplendor, e arrojaste por terra o seu trono; |
89 | 45 | abreviaste os dias da sua mocidade; cobriste-o de vergonha. |
89 | 46 | Até quando, Senhor? Esconder-te-ás para sempre? Até quando arderá a tua ira como fogo? |
89 | 47 | Lembra-te de quão breves são os meus dias; de quão efêmeros criaste todos os filhos dos homens! |
89 | 48 | Que homem há que viva e não veja a morte? ou que se livre do poder do Seol? |
89 | 49 | Senhor, onde estão as tuas antigas benignidades, que juraste a Davi na tua fidelidade? |
89 | 50 | Lembre-te, Senhor, do opróbrio dos teus servos; e de como trago no meu peito os insultos de todos os povos poderosos, |
89 | 51 | com que os teus inimigos, ó Senhor, têm difamado, com que têm difamado os passos do teu ungido. |
89 | 52 | Bendito seja o Senhor para sempre. Amém e amém. |
90 | 1 | Senhor, tu tens sido o nosso refúgio de geração em geração. |
90 | 2 | Antes que nascessem os montes, ou que tivesses formado a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade tu és Deus. |
90 | 3 | Tu reduzes o homem ao pó, e dizes: Voltai, filhos dos homens! |
90 | 4 | Porque mil anos aos teus olhos são como o dia de ontem que passou, e como uma vigília da noite. |
90 | 5 | Tu os levas como por uma torrente; são como um sono; de manhã são como a erva que cresce; |
90 | 6 | de manhã cresce e floresce; à tarde corta-se e seca. |
90 | 7 | Pois somos consumidos pela tua ira, e pelo teu furor somos conturbados. |
90 | 8 | Diante de ti puseste as nossas iniqüidades, à luz do teu rosto os nossos pecados ocultos. |
90 | 9 | Pois todos os nossos dias vão passando na tua indignação; acabam-se os nossos anos como um suspiro. |
90 | 10 | A duração da nossa vida é de setenta anos; e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, a medida deles é canseira e enfado; pois passa rapidamente, e nós voamos. |
90 | 11 | Quem conhece o poder da tua ira? e a tua cólera, segundo o temor que te é devido? |
90 | 12 | Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios. |
90 | 13 | Volta-te para nós, Senhor! Até quando? Tem compaixão dos teus servos. |
90 | 14 | Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que nos regozijemos e nos alegremos todos os nossos dias. |
90 | 15 | Alegra-nos pelos dias em que nos afligiste, e pelos anos em que vimos o mal. |
90 | 16 | Apareça a tua obra aos teus servos, e a tua glória sobre seus filhos. |
90 | 17 | Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos. |
91 | 1 | Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Todo-Poderoso descansará. |
91 | 2 | Direi do Senhor: Ele é o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio. |
91 | 3 | Porque ele te livra do laço do passarinho, e da peste perniciosa. |
91 | 4 | Ele te cobre com as suas penas, e debaixo das suas asas encontras refúgio; a sua verdade é escudo e broquel. |
91 | 5 | Não temerás os terrores da noite, nem a seta que voe de dia, |
91 | 6 | nem peste que anda na escuridão, nem mortandade que assole ao meio-dia. |
91 | 7 | Mil poderão cair ao teu lado, e dez mil à tua direita; mas tu não serás atingido. |
91 | 8 | Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios. |
91 | 9 | Porquanto fizeste do Senhor o teu refúgio, e do Altíssimo a tua habitação, |
91 | 10 | nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda. |
91 | 11 | Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. |
91 | 12 | Eles te susterão nas suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra. |
91 | 13 | Pisarás o leão e a áspide; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente. |
91 | 14 | Pois que tanto me amou, eu o livrarei; pô-lo-ei num alto retiro, porque ele conhece o meu nome. |
91 | 15 | Quando ele me invocar, eu lhe responderei; estarei com ele na angústia, livrá-lo-ei, e o honrarei. |
91 | 16 | Com longura de dias fartá-lo-ei, e lhe mostrarei a minha salvação. |
92 | 1 | Bom é render graças ao Senhor, e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo, |
92 | 2 | anunciar de manhã a tua benignidade, e à noite a tua fidelidade, |
92 | 3 | sobre um instrumento de dez cordas, e sobre o saltério, ao som solene da harpa. |
92 | 4 | Pois me alegraste, Senhor, pelos teus feitos; exultarei nas obras das tuas mãos. |
92 | 5 | Quão grandes são, ó Senhor, as tuas obras! quão profundos são os teus pensamentos! |
92 | 6 | O homem néscio não sabe, nem o insensato entende isto: |
92 | 7 | quando os ímpios brotam como a erva, e florescem todos os que praticam a iniqüidade, é para serem destruídos para sempre. |
92 | 8 | Mas tu, Senhor, estás nas alturas para sempre. |
92 | 9 | Pois eis que os teus inimigos, Senhor, eis que os teus inimigos perecerão; serão dispersos todos os que praticam a iniqüidade. |
92 | 10 | Mas tens exaltado o meu poder, como o do boi selvagem; fui ungido com óleo fresco. |
92 | 11 | Os meus olhos já viram o que é feito dos que me espreitam, e os meus ouvidos já ouviram o que sucedeu aos malfeitores que se levantam contra mim. |
92 | 12 | Os justos florescerão como a palmeira, crescerão como o cedro no Líbano. |
92 | 13 | Estão plantados na casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus. |
92 | 14 | Na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes, |
92 | 15 | para proclamarem que o Senhor é reto. Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça. |
93 | 1 | O Senhor reina; está vestido de majestade. O Senhor se revestiu, cingiu-se de fortaleza; o mundo também está estabelecido, de modo que não pode ser abalado. |
93 | 2 | O teu trono está firme desde a antigüidade; desde a eternidade tu existes. |
93 | 3 | Os rios levantaram, ó Senhor, os rios levantaram o seu ruído, os rios levantam o seu fragor. |
93 | 4 | Mais que o ruído das grandes águas, mais que as vagas estrondosas do mar, poderoso é o Senhor nas alturas. |
93 | 5 | Mui fiéis são os teus testemunhos; a santidade convém à tua casa, Senhor, para sempre. |
94 | 1 | Ó Senhor, Deus da vingança, ó Deus da vingança, resplandece! |
94 | 2 | Exalta-te, ó juiz da terra! dá aos soberbos o que merecem. |
94 | 3 | Até quando os ímpios, Senhor, até quando os ímpios exultarão? |
94 | 4 | Até quando falarão, dizendo coisas arrogantes, e se gloriarão todos os que praticam a iniqüidade? |
94 | 5 | Esmagam o teu povo, ó Senhor, e afligem a tua herança. |
94 | 6 | Matam a viúva e o estrangeiro, e tiram a vida ao órfão. |
94 | 7 | E dizem: O Senhor não vê; o Deus de Jacó não o percebe. |
94 | 8 | Atendei, ó néscios, dentre o povo; e vós, insensatos, quando haveis de ser sábios? |
94 | 9 | Aquele que fez ouvido, não ouvirá? ou aquele que formou o olho, não verá? |
94 | 10 | Porventura aquele que disciplina as nações, não corrigirá? Aquele que instrui o homem no conhecimento, |
94 | 11 | o Senhor, conhece os pensamentos do homem, que são vaidade. |
94 | 12 | Bem-aventurado é o homem a quem tu repreendes, ó Senhor, e a quem ensinas a tua lei, |
94 | 13 | para lhe dares descanso dos dias da adversidade, até que se abra uma cova para o ímpio. |
94 | 14 | Pois o Senhor não rejeitará o seu povo, nem desamparará a sua herança. |
94 | 15 | Mas o juízo voltará a ser feito com justiça, e hão de segui-lo todos os retos de coração. |
94 | 16 | Quem se levantará por mim contra os malfeitores? quem se porá ao meu lado contra os que praticam a iniqüidade? |
94 | 17 | Se o Senhor não tivesse sido o meu auxílio, já a minha alma estaria habitando no lugar do silêncio. |
94 | 18 | Quando eu disse: O meu pé resvala; a tua benignidade, Senhor, me susteve. |
94 | 19 | Quando os cuidados do meu coração se multiplicam, as tuas consolações recreiam a minha alma. |
94 | 20 | Pode acaso associar-se contigo o trono de iniqüidade, que forja o mal tendo a lei por pretexto? |
94 | 21 | Acorrem em tropel contra a vida do justo, e condenam o sangue inocente. |
94 | 22 | Mas o Senhor tem sido o meu alto retiro, e o meu Deus a rocha do meu alto retiro, e o meu Deus a rocha do meu refúgio. |
94 | 23 | Ele fará recair sobre eles a sua própria iniqüidade, e os destruirá na sua própria malícia; o Senhor nosso Deus os destruirá. |
95 | 1 | Vinde, cantemos alegremente ao Senhor, cantemos com júbilo à rocha da nossa salvação. |
95 | 2 | Apresentemo-nos diante dele com ações de graças, e celebremo-lo com salmos de louvor. |
95 | 3 | Porque o Senhor é Deus grande, e Rei grande acima de todos os deuses. |
95 | 4 | Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas. |
95 | 5 | Seu é o mar, pois ele o fez, e as suas mãos formaram a serra terra seca. |
95 | 6 | Oh, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou. |
95 | 7 | Porque ele é o nosso Deus, e nós povo do seu pasto e ovelhas que ele conduz. Oxalá que hoje ouvísseis a sua voz: |
95 | 8 | Não endureçais o vosso coração como em Meribá, como no dia de Massá no deserto, |
95 | 9 | quando vossos pais me tentaram, me provaram e viram a minha obra. |
95 | 10 | Durante quarenta anos estive irritado com aquela geração, e disse: É um povo que erra de coração, e não conhece os meus caminhos; |
95 | 11 | por isso jurei na minha ira: Eles não entrarão no meu descanso. |
96 | 1 | Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor, todos os moradores da terra. |
96 | 2 | Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome; anunciai de dia em dia a sua salvação. |
96 | 3 | Anunciai entre as nações a sua glória, entre todos os povos as suas maravilhas. |
96 | 4 | Porque grande é o Senhor, e digno de ser louvado; ele é mais temível do que todos os deuses. |
96 | 5 | Porque todos os deuses dos povos são ídolos; mas o Senhor fez os céus. |
96 | 6 | Glória e majestade estão diante dele, força e formosura no seu santuário. |
96 | 7 | Tributai ao Senhor, ó famílias dos povos, tributai ao Senhor glória e força. |
96 | 8 | Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome; trazei oferendas, e entrai nos seus átrios. |
96 | 9 | Adorai ao Senhor vestidos de trajes santos; tremei diante dele, todos os habitantes da terra. |
96 | 10 | Dizei entre as nações: O Senhor reina; ele firmou o mundo, de modo que não pode ser abalado. Ele julgará os povos com retidão. |
96 | 11 | Alegrem-se os céus, e regozije-se a terra; brame o mar e a sua plenitude. |
96 | 12 | Exulte o campo, e tudo o que nele há; então cantarão de júbilo todas as árvores do bosque |
96 | 13 | diante do Senhor, porque ele vem, porque vem julgar a terra: julgará o mundo com justiça e os povos com a sua fidelidade. |
97 | 1 | O Senhor reina, regozije-se a terra; alegrem-se as numerosas ilhas. |
97 | 2 | Nuvens e escuridão estão ao redor dele; justiça e eqüidade são a base do seu trono. |
97 | 3 | Adiante dele vai um fogo que abrasa os seus inimigos em redor. |
97 | 4 | Os seus relâmpagos alumiam o mundo; a terra os vê e treme. |
97 | 5 | Os montes, como cerca, se derretem na presença do Senhor, na presença do Senhor de toda a terra. |
97 | 6 | Os céus anunciam a sua justiça, e todos os povos vêem a sua glória. |
97 | 7 | Confundidos são todos os que servem imagens esculpidas, que se gloriam de ídolos; prostrai-vos diante dele, todos os deuses. |
97 | 8 | Sião ouve e se alegra, e regozijam-se as filhas de Judá por causa dos teus juízos, Senhor. |
97 | 9 | Pois tu, Senhor, és o Altíssimo sobre toda a terra; tu és sobremodo exaltado acima de todos os deuses. |
97 | 10 | O Senhor ama aos que odeiam o mal; ele preserva as almas dos seus santos, ele os livra das mãos dos ímpios. |
97 | 11 | A luz é semeada para o justo, e a alegria para os retos de coração. |
97 | 12 | Alegrai-vos, ó justos, no Senhor, e rendei graças ao seu santo nome. |
98 | 1 | Cantai ao Senhor um cântico novo, porque ele tem feito maravilhas; a sua destra e o seu braço santo lhe alcançaram a vitória. |
98 | 2 | O Senhor fez notória a sua salvação, manifestou a sua justiça perante os olhos das nações. |
98 | 3 | Lembrou-se da sua misericórdia e da sua fidelidade para com a casa de Israel; todas as extremidades da terra viram a salvação do nosso Deus. |
98 | 4 | Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os habitantes da terra; dai brados de alegria, regozijai-vos, e cantai louvores. |
98 | 5 | Louvai ao Senhor com a harpa; com a harpa e a voz de canto. |
98 | 6 | Com trombetas, e ao som de buzinas, exultai diante do Rei, o Senhor. |
98 | 7 | Brame o mar e a sua plenitude, o mundo e os que nele habitam; |
98 | 8 | batam palmas os rios; à uma regozijem-se os montes |
98 | 9 | diante do Senhor, porque vem julgar a terra; com justiça julgará o mundo, e os povos com eqüidade. |
99 | 1 | O Senhor reina, tremam os povos; ele está entronizado sobre os querubins, estremeça a terra. |
99 | 2 | O Senhor é grande em Sião, e exaltado acima de todos os povos. |
99 | 3 | Louvem o teu nome, grande e tremendo; pois é santo. |
99 | 4 | És Rei poderoso que amas a justiça; estabeleces a eqüidade, executas juízo e justiça em Jacó. |
99 | 5 | Exaltai o Senhor nosso Deus, e prostrai-vos diante do escabelo de seus pés; porque ele é santo. |
99 | 6 | Moisés e Arão entre os seus sacerdotes, e Samuel entre os que invocavam o seu nome, clamavam ao Senhor, e ele os ouvia. |
99 | 7 | Na coluna de nuvem lhes falava; eles guardavam os seus testemunhos, e os estatutos que lhes dera. |
99 | 8 | Tu os ouviste, Senhor nosso Deus; tu foste para eles um Deus perdoador, embora vingador dos seus atos. |
99 | 9 | Exaltai o Senhor nosso Deus e adorai-o no seu santo monte, porque o Senhor nosso Deus é santo. |
100 | 1 | Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os habitantes da terra. |
100 | 2 | Servi ao Senhor com alegria, e apresentai-vos a ele com cântico. |
100 | 3 | Sabei que o Senhor é Deus! Foi ele quem nos fez, e somos dele; somos o seu povo e ovelhas do seu pasto. |
100 | 4 | Entrai pelas suas portas com ação de graças, e em seus átrios com louvor; dai-lhe graças e bendizei o seu nome. |
100 | 5 | Porque o Senhor é bom; a sua benignidade dura para sempre, e a sua fidelidade de geração em geração. |
101 | 1 | Cantarei a benignidade e o juízo; a ti, Senhor, cantarei. |
101 | 2 | Portar-me-ei sabiamente no caminho reto. Oh, quando virás ter comigo? Andarei em minha casa com integridade de coração. |
101 | 3 | Não porei coisa torpe diante dos meus olhos; aborreço as ações daqueles que se desviam; isso não se apagará a mim. |
101 | 4 | Longe de mim estará o coração perverso; não conhecerei o mal. |
101 | 5 | Aquele que difama o seu próximo às escondidas, eu o destruirei; aquele que tem olhar altivo e coração soberbo, não o tolerarei. |
101 | 6 | Os meus olhos estão sobre os fiéis da terra, para que habitem comigo; o que anda no caminho perfeito, esse me servirá. |
101 | 7 | O que usa de fraude não habitará em minha casa; o que profere mentiras não estará firme perante os meus olhos. |
101 | 8 | De manhã em manhã destruirei todos os ímpios da terra, para desarraigar da cidade do Senhor todos os que praticam a iniqüidade. |
102 | 1 | Ó Senhor, ouve a minha oração, e chegue a ti o meu clamor. |
102 | 2 | Não escondas de mim o teu rosto no dia da minha angústia; inclina para mim os teus ouvidos; no dia em que eu clamar, ouve-me depressa. |
102 | 3 | Pois os meus dias se desvanecem como fumaça, e os meus ossos ardem como um tição. |
102 | 4 | O meu coração está ferido e seco como a erva, pelo que até me esqueço de comer o meu pão. |
102 | 5 | Por causa do meu doloroso gemer, os meus ossos se apegam à minha carne. |
102 | 6 | Sou semelhante ao pelicano no deserto; cheguei a ser como a coruja das ruínas. |
102 | 7 | Vigio, e tornei-me como um passarinho solitário no telhado. |
102 | 8 | Os meus inimigos me afrontam todo o dia; os que contra mim se enfurecem, me amaldiçoam. |
102 | 9 | Pois tenho comido cinza como pão, e misturado com lágrimas a minha bebida, |
102 | 10 | por causa da tua indignação e da tua ira; pois tu me levantaste e me arrojaste de ti. |
102 | 11 | Os meus dias são como a sombra que declina, e eu, como a erva, me vou secando. |
102 | 12 | Mas tu, Senhor, estás entronizado para sempre, e o teu nome será lembrado por todas as gerações. |
102 | 13 | Tu te lenvantarás e terás piedade de Sião; pois é o tempo de te compadeceres dela, sim, o tempo determinado já chegou. |
102 | 14 | Porque os teus servos têm prazer nas pedras dela, e se compadecem do seu pó. |
102 | 15 | As nações, pois, temerão o nome do Senhor, e todos os reis da terra a tua glória, |
102 | 16 | quando o Senhor edificar a Sião, e na sua glória se manifestar, |
102 | 17 | atendendo à oração do desamparado, e não desprezando a sua súplica. |
102 | 18 | Escreva-se isto para a geração futura, para que um povo que está por vir louve ao Senhor. |
102 | 19 | Pois olhou do alto do seu santuário; dos céus olhou o Senhor para a terra, |
102 | 20 | para ouvir o gemido dos presos, para libertar os sentenciados à morte; |
102 | 21 | a fim de que seja anunciado em Sião o nome do Senhor, e o seu louvor em Jerusalém, |
102 | 22 | quando se congregarem os povos, e os reinos, para servirem ao Senhor. |
102 | 23 | Ele abateu a minha força no caminho; abreviou os meus dias. |
102 | 24 | Eu clamo: Deus meu, não me leves no meio dos meus dias, tu, cujos anos alcançam todas as gerações. |
102 | 25 | Desde a antigüidade fundaste a terra; e os céus são obra das tuas mãos. |
102 | 26 | Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles, como um vestido, envelhecerão; como roupa os mundarás, e ficarão mudados. |
102 | 27 | Mas tu és o mesmo, e os teus anos não acabarão. |
102 | 28 | Os filhos dos teus servos habitarão seguros, e a sua descendência ficará firmada diante de ti. |
103 | 1 | Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. |
103 | 2 | Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum dos seus benefícios. |
103 | 3 | É ele quem perdoa todas as tuas iniqüidades, quem sara todas as tuas enfermidades, |
103 | 4 | quem redime a tua vida da cova, quem te coroa de benignidade e de misericórdia, |
103 | 5 | quem te supre de todo o bem, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia. |
103 | 6 | O Senhor executa atos de justiça, e juízo a favor de todos os oprimidos. |
103 | 7 | Fez notórios os seus caminhos a Moisés, e os seus feitos aos filhos de Israel. |
103 | 8 | Compassivo e misericordioso é o Senhor; tardio em irar-se e grande em benignidade. |
103 | 9 | Não repreenderá perpetuamente, nem para sempre conservará a sua ira. |
103 | 10 | Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui segundo as nossas iniqüidades. |
103 | 11 | Pois quanto o céu está elevado acima da terra, assim é grande a sua benignidade para com os que o temem. |
103 | 12 | Quanto o oriente está longe do ocidente, tanto tem ele afastado de nós as nossas transgressões. |
103 | 13 | Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem. |
103 | 14 | Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó. |
103 | 15 | Quanto ao homem, os seus dias são como a erva; como a flor do campo, assim ele floresce. |
103 | 16 | Pois, passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não a conhece mais. |
103 | 17 | Mas é de eternidade a eternidade a benignidade do Senhor sobre aqueles que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos, |
103 | 18 | sobre aqueles que guardam o seu pacto, e sobre os que se lembram dos seus preceitos para os cumprirem. |
103 | 19 | O Senhor estabeleceu o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo. |
103 | 20 | Bendizei ao Senhor, vós anjos seus, poderosos em força, que cumpris as suas ordens, obedecendo à voz da sua palavra! |
103 | 21 | Bendizei ao Senhor, vós todos os seus exércitos, vós ministros seus, que executais a sua vontade! |
103 | 22 | Bendizei ao Senhor, vós todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio! Bendizei, ó minha alma ao Senhor! |
104 | 1 | Bendize, ó minha alma, ao Senhor! Senhor, Deus meu, tu és magnificentíssimo! Estás vestido de honra e de majestade, |
104 | 2 | tu que te cobres de luz como de um manto, que estendes os céus como uma cortina. |
104 | 3 | És tu que pões nas águas os vigamentos da tua morada, que fazes das nuvens o teu carro, que andas sobre as asas do vento; |
104 | 4 | que fazes dos ventos teus mensageiros, dum fogo abrasador os teus ministros. |
104 | 5 | Lançaste os fundamentos da terra, para que ela não fosse abalada em tempo algum. |
104 | 6 | Tu a cobriste do abismo, como dum vestido; as águas estavam sobre as montanhas. |
104 | 7 | Â tua repreensão fugiram; à voz do teu trovão puseram-se em fuga. |
104 | 8 | Elevaram-se as montanhas, desceram os vales, até o lugar que lhes determinaste. |
104 | 9 | Limite lhes traçaste, que não haviam de ultrapassar, para que não tornassem a cobrir a terra. |
104 | 10 | És tu que nos vales fazes rebentar nascentes, que correm entre as colinas. |
104 | 11 | Dão de beber a todos os animais do campo; ali os asnos monteses matam a sua sede. |
104 | 12 | Junto delas habitam as aves dos céus; dentre a ramagem fazem ouvir o seu canto. |
104 | 13 | Da tua alta morada regas os montes; a terra se farta do fruto das tuas obras. |
104 | 14 | Fazes crescer erva para os animais, e a verdura para uso do homem, de sorte que da terra tire o alimento, |
104 | 15 | o vinho que alegra o seu coração, o azeite que faz reluzir o seu rosto, e o pão que lhe fortalece o coração. |
104 | 16 | Saciam-se as árvores do Senhor, os cedros do Líbano que ele plantou, |
104 | 17 | nos quais as aves se aninham, e a cegonha, cuja casa está nos ciprestes. |
104 | 18 | Os altos montes são um refúgio para as cabras montesas, e as rochas para os querogrilos. |
104 | 19 | Designou a lua para marcar as estações; o sol sabe a hora do seu ocaso. |
104 | 20 | Fazes as trevas, e vem a noite, na qual saem todos os animais da selva. |
104 | 21 | Os leões novos os animais bramam pela presa, e de Deus buscam o seu sustento. |
104 | 22 | Quando nasce o sol, logo se recolhem e se deitam nos seus covis. |
104 | 23 | Então sai o homem para a sua lida e para o seu trabalho, até a tarde. |
104 | 24 | Ó Senhor, quão multiformes são as tuas obras! Todas elas as fizeste com sabedoria; a terra está cheia das tuas riquezas. |
104 | 25 | Eis também o vasto e espaçoso mar, no qual se movem seres inumeráveis, animais pequenos e grandes. |
104 | 26 | Ali andam os navios, e o leviatã que formaste para nele folgar. |
104 | 27 | Todos esperam de ti que lhes dês o sustento a seu tempo. |
104 | 28 | Tu lho dás, e eles o recolhem; abres a tua mão, e eles se fartam de bens. |
104 | 29 | Escondes o teu rosto, e ficam perturbados; se lhes tiras a respiração, morrem, e voltam para o seu pó. |
104 | 30 | Envias o teu fôlego, e são criados; e assim renovas a face da terra. |
104 | 31 | Permaneça para sempre a glória do Senhor; regozije-se o Senhor nas suas obras; |
104 | 32 | ele olha para a terra, e ela treme; ele toca nas montanhas, e elas fumegam. |
104 | 33 | Cantarei ao Senhor enquanto eu viver; cantarei louvores ao meu Deus enquanto eu existir. |
104 | 34 | Seja-lhe agradável a minha meditação; eu me regozijarei no Senhor. |
104 | 35 | Sejam extirpados da terra os pecadores, e não subsistam mais os ímpios. Bendize, ó minha alma, ao Senhor. Louvai ao Senhor. |
105 | 1 | Dai graças ao Senhor; invocai o seu nome; fazei conhecidos os seus feitos entre os povos. |
105 | 2 | Cantai-lhe, cantai-lhe louvores; falai de todas as suas maravilhas. |
105 | 3 | Gloriai-vos no seu santo nome; regozije-se o coração daqueles que buscam ao Senhor. |
105 | 4 | Buscai ao Senhor e a sua força; buscai a sua face continuamente. |
105 | 5 | Lembrai-vos das maravilhas que ele tem feito, dos seus prodígios e dos juízos da sua boca, |
105 | 6 | vós, descendência de Abraão, seu servo, vós, filhos de Jacó, seus escolhidos. |
105 | 7 | Ele é o Senhor nosso Deus; os seus juízos estão em toda a terra. |
105 | 8 | Lembra-se perpetuamente do seu pacto, da palavra que ordenou para mil gerações; |
105 | 9 | do pacto que fez com Abraão, e do seu juramento a Isaque; |
105 | 10 | o qual ele confirmou a Jacó por estatuto, e a Israel por pacto eterno, |
105 | 11 | dizendo: A ti darei a terra de Canaã, como porção da vossa herança. |
105 | 12 | Quando eles eram ainda poucos em número, de pouca importância, e forasteiros nela, |
105 | 13 | andando de nação em nação, dum reino para outro povo, |
105 | 14 | não permitiu que ninguém os oprimisse, e por amor deles repreendeu reis, dizendo: |
105 | 15 | Não toqueis nos meus ungidos, e não maltrateis os meus profetas. |
105 | 16 | Chamou a fome sobre a terra; retirou-lhes todo o sustento do pão. |
105 | 17 | Enviou adiante deles um varão; José foi vendido como escravo; |
105 | 18 | feriram-lhe os pés com grilhões; puseram-no a ferro, |
105 | 19 | até o tempo em que a sua palavra se cumpriu; a palavra do Senhor o provou. |
105 | 20 | O rei mandou, e fez soltá-lo; o governador dos povos o libertou. |
105 | 21 | Fê-lo senhor da sua casa, e governador de toda a sua fazenda, |
105 | 22 | para, a seu gosto, dar ordens aos príncipes, e ensinar aos anciãos a sabedoria. |
105 | 23 | Então Israel entrou no Egito, e Jacó peregrinou na terra de Cão. |
105 | 24 | E o Senhor multiplicou sobremodo o seu povo, e o fez mais poderoso do que os seus inimigos. |
105 | 25 | Mudou o coração destes para que odiassem o seu povo, e tratassem astutamente aos seus servos. |
105 | 26 | Enviou Moisés, seu servo, e Arão, a quem escolhera, |
105 | 27 | os quais executaram entre eles os seus sinais e prodígios na terra de Cão. |
105 | 28 | Mandou à escuridão que a escurecesse; e foram rebeldes à sua palavra. |
105 | 29 | Converteu-lhes as águas em sangue, e fez morrer os seus peixes. |
105 | 30 | A terra deles produziu rãs em abundância, até nas câmaras dos seus reis. |
105 | 31 | Ele falou, e vieram enxames de moscas em todo o seu têrmo. |
105 | 32 | Deu-lhes saraiva por chuva, e fogo abrasador na sua terra. |
105 | 33 | Feriu-lhes também as vinhas e os figueirais, e quebrou as árvores da sua terra. |
105 | 34 | Ele falou, e vieram gafanhotos, e pulgões em quantidade inumerável, |
105 | 35 | que comeram toda a erva da sua terra, e devoraram o fruto dos seus campos. |
105 | 36 | Feriu também todos os primogênitos da terra deles, as primícias de toda a sua força. |
105 | 37 | E fez sair os israelitas com prata e ouro, e entre as suas tribos não havia quem tropeçasse. |
105 | 38 | O Egito alegrou-se quando eles saíram, porque o temor deles o dominara. |
105 | 39 | Estendeu uma nuvem para os cobrir, e um fogo para os alumiar de noite. |
105 | 40 | Eles pediram, e ele fez vir codornizes, e os saciou com pão do céu. |
105 | 41 | Fendeu a rocha, e dela brotaram águas, que correram pelos lugares áridos como um rio. |
105 | 42 | Porque se lembrou da sua santa palavra, e de Abraão, seu servo. |
105 | 43 | Fez sair com alegria o seu povo, e com cânticos de júbilo os seus escolhidos. |
105 | 44 | Deu-lhes as terras das nações, e eles herdaram o fruto do trabalho dos povos, |
105 | 45 | para que guardassem os seus preceitos, e observassem as suas leis. Louvai ao Senhor |
106 | 1 | Louvai ao Senhor. Louvai ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre. |
106 | 2 | Quem pode referir os poderosos feitos do Senhor, ou anunciar todo o seu louvor? |
106 | 3 | Bem-aventurados os que observam o direito, que praticam a justiça em todos os tempos. |
106 | 4 | Lembra-te de mim, Senhor, quando mostrares favor ao teu povo; visita-me com a tua salvação, |
106 | 5 | para que eu veja a prosperidade dos teus escolhidos, para que me alegre com a alegria da tua nação, e me glorie juntamente com a tua herança. |
106 | 6 | Nós pecamos, como nossos pais; cometemos a iniqüidade, andamos perversamente. |
106 | 7 | Nossos pais não atentaram para as tuas maravilhas no Egito, não se lembraram da multidão das tuas benignidades; antes foram rebeldes contra o Altíssimo junto ao Mar Vermelho. |
106 | 8 | Não obstante, ele os salvou por amor do seu nome, para fazer conhecido o seu poder. |
106 | 9 | Pois repreendeu o Mar Vermelho e este se secou; e os fez caminhar pelos abismos como pelo deserto. |
106 | 10 | Salvou-os da mão do adversário, livrou-os do poder do inimigo. |
106 | 11 | As águas, porém, cobriram os seus adversários; nem um só deles ficou. |
106 | 12 | Então creram nas palavras dele e cantaram-lhe louvor. |
106 | 13 | Cedo, porém, se esqueceram das suas obras; não esperaram pelo seu conselho; |
106 | 14 | mas deixaram-se levar pela cobiça no deserto, e tentaram a Deus no ermo. |
106 | 15 | E ele lhes deu o que pediram, mas fê-los definhar de doença. |
106 | 16 | Tiveram inveja de Moisés no acampamento, e de Arão, o santo do Senhor. |
106 | 17 | Abriu-se a terra, e engoliu a Datã, e cobriu a companhia de Abirão; |
106 | 18 | ateou-se um fogo no meio da congregação; e chama abrasou os ímpios. |
106 | 19 | Fizeram um bezerro em Horebe, e adoraram uma imagem de fundição. |
106 | 20 | Assim trocaram a sua glória pela figura de um boi que come erva. |
106 | 21 | Esqueceram-se de Deus seu Salvador, que fizera grandes coisas no Egito, |
106 | 22 | maravilhas na terra de Cão, coisas tremendas junto ao Mar Vermelho. |
106 | 23 | Pelo que os teria destruído, como dissera, se Moisés, seu escolhido, não se tivesse interposto diante dele, para desviar a sua indignação, a fim de que não os destruísse. |
106 | 24 | Também desprezaram a terra aprazível; não confiaram na sua promessa; |
106 | 25 | antes murmuraram em suas tendas e não deram ouvidos à voz do Senhor. |
106 | 26 | Pelo que levantou a sua mão contra eles, afirmando que os faria cair no deserto; |
106 | 27 | que dispersaria também a sua descendência entre as nações, e os espalharia pelas terras. |
106 | 28 | Também se apegaram a Baal-Peor, e comeram sacrifícios oferecidos aos mortos. |
106 | 29 | Assim o provocaram à ira com as suas ações; e uma praga rebentou entre eles. |
106 | 30 | Então se levantou Finéias, que executou o juízo; e cessou aquela praga. |
106 | 31 | E isto lhe foi imputado como justiça, de geração em geração, para sempre. |
106 | 32 | Indignaram-no também junto às águas de Meribá, de sorte que sucedeu mal a Moisés por causa deles; |
106 | 33 | porque amarguraram o seu espírito; e ele falou imprudentemente com seus lábios. |
106 | 34 | Não destruíram os povos, como o Senhor lhes ordenara; |
106 | 35 | antes se misturaram com as nações, e aprenderam as suas obras. |
106 | 36 | Serviram aos seus ídolos, que vieram a ser-lhes um laço; |
106 | 37 | sacrificaram seus filhos e suas filhas aos demônios; |
106 | 38 | e derramaram sangue inocente, o sangue de seus filhos e de suas filhas, que eles sacrificaram aos ídolos de Canaã; e a terra foi manchada com sangue. |
106 | 39 | Assim se contaminaram com as suas obras, e se prostituíram pelos seus feitos. |
106 | 40 | Pelo que se acendeu a ira do Senhor contra o seu povo, de modo que abominou a sua herança; |
106 | 41 | entregou-os nas mãos das nações, e aqueles que os odiavam dominavam sobre eles. |
106 | 42 | Os seus inimigos os oprimiram, e debaixo das mãos destes foram eles humilhados. |
106 | 43 | Muitas vezes os livrou; mas eles foram rebeldes nos seus desígnios, e foram abatidos pela sua iniqüidade. |
106 | 44 | Contudo, atentou para a sua aflição, quando ouviu o seu clamor; |
106 | 45 | e a favor deles lembrou-se do seu pacto, e aplacou-se, segundo a abundância da sua benignidade. |
106 | 46 | Por isso fez com que obtivessem compaixão da parte daqueles que os levaram cativos. |
106 | 47 | Salva-nos, Senhor, nosso Deus, e congrega-nos dentre as nações, para que louvemos o teu santo nome, e nos gloriemos no teu louvor. |
106 | 48 | Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, de eternidade em eternidade! E diga todo o povo: Amém. Louvai ao Senhor. |
107 | 1 | Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre; |
107 | 2 | digam-no os remidos do Senhor, os quais ele remiu da mão do inimigo, |
107 | 3 | e os que congregou dentre as terras, do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul. |
107 | 4 | Andaram desgarrados pelo deserto, por caminho ermo; não acharam cidade em que habitassem. |
107 | 5 | Andavam famintos e sedentos; desfalecia-lhes a alma. |
107 | 6 | E clamaram ao Senhor na sua tribulação, e ele os livrou das suas angústias; |
107 | 7 | conduziu-os por um caminho direito, para irem a uma cidade em que habitassem. |
107 | 8 | Dêem graças ao Senhor pela sua benignidade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens! |
107 | 9 | Pois ele satisfaz a alma sedenta, e enche de bens a alma faminta. |
107 | 10 | Quanto aos que se assentavam nas trevas e sombra da morte, presos em aflição e em ferros, |
107 | 11 | por se haverem rebelado contra as palavras de Deus, e desprezado o conselho do Altíssimo, |
107 | 12 | eis que lhes abateu o coração com trabalho; tropeçaram, e não houve quem os ajudasse. |
107 | 13 | Então clamaram ao Senhor na sua tribulação, e ele os livrou das suas angústias. |
107 | 14 | Tirou-os das trevas e da sombra da morte, e quebrou-lhes as prisões. |
107 | 15 | Dêem graças ao Senhor pela sua benignidade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens! |
107 | 16 | Pois quebrou as portas de bronze e despedaçou as trancas de ferro. |
107 | 17 | Os insensatos, por causa do seu caminho de transgressão, e por causa das suas iniqüidades, são afligidos. |
107 | 18 | A sua alma aborreceu toda sorte de comida, e eles chegaram até as portas da morte. |
107 | 19 | Então clamaram ao Senhor na sua tribulação, e ele os livrou das suas angústias. |
107 | 20 | Enviou a sua palavra, e os sarou, e os livrou da destruição. |
107 | 21 | Dêem graças ao Senhor pela sua benignidade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens! |
107 | 22 | Ofereçam sacrifícios de louvor, e relatem as suas obras com regozijo! |
107 | 23 | Os que descem ao mar em navios, os que fazem comércio nas grandes águas, |
107 | 24 | esses vêem as obras do Senhor, e as suas maravilhas no abismo. |
107 | 25 | Pois ele manda, e faz levantar o vento tempestuoso, que eleva as ondas do mar. |
107 | 26 | Eles sobem ao céu, descem ao abismo; esvaece-lhes a alma de aflição. |
107 | 27 | Balançam e cambaleiam como ébrios, e perdem todo o tino. |
107 | 28 | Então clamam ao Senhor na sua tribulação, e ele os livra das suas angústias. |
107 | 29 | Faz cessar a tormenta, de modo que se acalmam as ondas. |
107 | 30 | Então eles se alegram com a bonança; e assim ele os leva ao porto desejado. |
107 | 31 | Dêem graças ao Senhor pela sua benignidade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens! |
107 | 32 | Exaltem-no na congregação do povo, e louvem-no na assembléia dos anciãos! |
107 | 33 | Ele converte rios em deserto, e nascentes em terra sedenta; |
107 | 34 | a terra frutífera em deserto salgado, por causa da maldade dos que nela habitam. |
107 | 35 | Converte o deserto em lagos, e a terra seca em nascentes. |
107 | 36 | E faz habitar ali os famintos, que edificam uma cidade para sua habitação; |
107 | 37 | semeiam campos e plantam vinhas, que produzem frutos abundantes. |
107 | 38 | Ele os abençoa, de modo que se multiplicam sobremaneira; e não permite que o seu gado diminua. |
107 | 39 | Quando eles decrescem e são abatidos pela opressão, aflição e tristeza, |
107 | 40 | ele lança o desprezo sobre os príncipes, e os faz desgarrados pelo deserto, onde não há caminho. |
107 | 41 | Mas levanta da opressão o necessitado para um alto retiro, e dá-lhe famílias como um rebanho. |
107 | 42 | Os retos o vêem e se regozijam, e toda a iniqüidade tapa a sua própria boca. |
107 | 43 | Quem é sábio observe estas coisas, e considere atentamente as benignidades do Senhor. |
108 | 1 | Preparado está o meu coração, ó Deus; cantarei, sim, cantarei louvores, com toda a minha alma. |
108 | 2 | Despertai, saltério e harpa; eu mesmo despertarei a aurora. |
108 | 3 | Louvar-te-ei entre os povos, Senhor, cantar-te-ei louvores entre as nações. |
108 | 4 | Pois grande, acima dos céus, é a tua benignidade, e a tua verdade ultrapassa as mais altas nuvens. |
108 | 5 | Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus, e seja a tua glória acima de toda a terra! |
108 | 6 | Para que sejam livres os teus amados, salva-nos com a tua destra, e ouve-nos. |
108 | 7 | Deus falou no seu santuário: Eu me regozijarei; repartirei Siquém, e medirei o vale de Sucote. |
108 | 8 | Meu é Gileade, meu é Manassés; também Efraim é o meu capacete; Judá o meu cetro. |
108 | 9 | Moabe a minha bacia de lavar; sobre Edom lançarei o meu sapato; sobre a Filístia bradarei em triunfo. |
108 | 10 | Quem me conduzirá à cidade fortificada? Quem me guiará até Edom? |
108 | 11 | Porventura não nos rejeitaste, ó Deus? Não sais, ó Deus, com os nossos exércitos. |
108 | 12 | Dá-nos auxílio contra o adversário, pois vão é o socorro da parte do homem. |
108 | 13 | Em Deus faremos proezas; porque é ele quem calcará aos pés os nossos inimigos. |
109 | 1 | Ó Deus do meu louvor, não te cales; |
109 | 2 | pois a boca do ímpio e a boca fraudulenta se abrem contra mim; falam contra mim com uma língua mentirosa. |
109 | 3 | Eles me cercam com palavras de ódio, e pelejam contra mim sem causa. |
109 | 4 | Em paga do meu amor são meus adversários; mas eu me dedico à oração. |
109 | 5 | Retribuem-me o mal pelo bem, e o ódio pelo amor. |
109 | 6 | Põe sobre ele um ímpio, e esteja à sua direita um acusador. |
109 | 7 | Quando ele for julgado, saia condenado; e em pecado se lhe torne a sua oração! |
109 | 8 | Sejam poucos os seus dias, e outro tome o seu ofício! |
109 | 9 | Fiquem órfãos os seus filhos, e viúva a sua mulher! |
109 | 10 | Andem errantes os seus filhos, e mendiguem; esmolem longe das suas habitações assoladas. |
109 | 11 | O credor lance mão de tudo quanto ele tenha, e despojem-no os estranhos do fruto do seu trabalho! |
109 | 12 | Não haja ninguém que se compadeça dele, nem haja quem tenha pena dos seus órfãos! |
109 | 13 | Seja extirpada a sua posteridade; o seu nome seja apagado na geração seguinte! |
109 | 14 | Esteja na memória do Senhor a iniqüidade de seus pais; e não se apague o pecado de sua mãe! |
109 | 15 | Antes estejam sempre perante o Senhor, para que ele faça desaparecer da terra a memória deles! |
109 | 16 | Porquanto não se lembrou de usar de benignidade; antes perseguiu o varão aflito e o necessitado, como também o quebrantado de coração, para o matar. |
109 | 17 | Visto que amou a maldição, que ela lhe sobrevenha! Como não desejou a bênção, que ela se afaste dele! |
109 | 18 | Assim como se vestiu de maldição como dum vestido, assim penetre ela nas suas entranhas como água, e em seus ossos como azeite! |
109 | 19 | Seja para ele como o vestido com que ele se cobre, e como o cinto com que sempre anda cingido! |
109 | 20 | Seja este, da parte do Senhor, o galardão dos meus adversários, e dos que falam mal contra mim! |
109 | 21 | Mas tu, ó Deus, meu Senhor age em meu favor por amor do teu nome; pois que é boa a tua benignidade, livra-me; |
109 | 22 | pois sou pobre e necessitado, e dentro de mim está ferido o meu coração. |
109 | 23 | Eis que me vou como a sombra que declina; sou arrebatado como o gafanhoto. |
109 | 24 | Os meus joelhos estão enfraquecidos pelo jejum, e a minha carne perde a sua gordura. |
109 | 25 | Eu sou para eles objeto de opróbrio; ao me verem, meneiam a cabeça. |
109 | 26 | Ajuda-me, Senhor, Deus meu; salva-me segundo a tua benignidade. |
109 | 27 | Saibam que nisto está a tua mão, e que tu, Senhor, o fizeste. |
109 | 28 | Amaldiçoem eles, mas abençoa tu; fiquem confundidos os meus adversários; mas alegre-se o teu servo! |
109 | 29 | Vistam-se de ignomínia os meus acusadores, e cubram-se da sua própria vergonha como dum manto! |
109 | 30 | Muitas graças darei ao Senhor com a minha boca; |
109 | 31 | Pois ele se coloca à direita do poder, para o salvar dos que o condenam. |
110 | 1 | Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. |
110 | 2 | O Senhor enviará de Sião o cetro do teu poder. Domina no meio dos teus inimigos. |
110 | 3 | O teu povo apresentar-se-á voluntariamente no dia do teu poder, em trajes santos; como vindo do próprio seio da alva, será o orvalho da tua mocidade. |
110 | 4 | Jurou o Senhor, e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. |
110 | 5 | O Senhor, à tua direita, quebrantará reis no dia da sua ira. |
110 | 6 | Julgará entre as nações; enchê-las-á de cadáveres; quebrantará os cabeças por toda a terra. |
110 | 7 | Pelo caminho beberá da corrente, e prosseguirá de cabeça erguida. |
111 | 1 | Louvai ao Senhor. De todo o coração darei graças ao Senhor, no concílio dos retos e na congregação. |
111 | 2 | Grandes são as obras do Senhor, e para serem estudadas por todos os que nelas se comprazem. |
111 | 3 | Glória e majestade há em sua obra; e a sua justiça permanece para sempre. |
111 | 4 | Ele fez memoráveis as suas maravilhas; compassivo e misericordioso é o Senhor. |
111 | 5 | Dá mantimento aos que o temem; lembra-se sempre do seu pacto. |
111 | 6 | Mostrou ao seu povo o poder das suas obras, dando-lhe a herança das nações. |
111 | 7 | As obras das suas mãos são verdade e justiça; fiéis são todos os seus preceitos; |
111 | 8 | firmados estão para todo o sempre; são feitos em verdade e retidão. |
111 | 9 | Enviou ao seu povo a redenção; ordenou para sempre o seu pacto; santo e tremendo é o seu nome. |
111 | 10 | O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; têm bom entendimento todos os que cumprem os seus preceitos; o seu louvor subsiste para sempre. |
112 | 1 | Louvai ao Senhor. Bem-aventurado o homem que teme ao Senhor, que em seus mandamentos tem grande prazer! |
112 | 2 | A sua descendência será poderosa na terra; a geração dos retos será abençoada. |
112 | 3 | Bens e riquezas há na sua casa; e a sua justiça permanece para sempre. |
112 | 4 | Aos retos nasce luz nas trevas; ele é compassivo, misericordioso e justo. |
112 | 5 | Ditoso é o homem que se compadece, e empresta, que conduz os seus negócios com justiça; |
112 | 6 | pois ele nunca será abalado; o justo ficará em memória eterna. |
112 | 7 | Ele não teme más notícias; o seu coração está firme, confiando no Senhor. |
112 | 8 | O seu coração está bem firmado, ele não terá medo, até que veja cumprido o seu desejo sobre os seus adversários. |
112 | 9 | Espalhou, deu aos necessitados; a sua justiça subsiste para sempre; o seu poder será exaltado em honra. |
112 | 10 | O ímpio vê isto e se enraivece; range os dentes e se consome; o desejo dos ímpios perecerá. |
113 | 1 | Louvai ao Senhor. Louvai, servos do Senhor, louvai o nome do Senhor. |
113 | 2 | Bendito seja o nome do Senhor, desde agora e para sempre. |
113 | 3 | Desde o nascimento do sol até o seu ocaso, há de ser louvado o nome do Senhor. |
113 | 4 | Exaltado está o Senhor acima de todas as nações, e a sua glória acima dos céus. |
113 | 5 | Quem é semelhante ao Senhor nosso Deus, que tem o seu assento nas alturas, |
113 | 6 | que se inclina para ver o que está no céu e na terra? |
113 | 7 | Ele levanta do pó o pobre, e do monturo ergue o necessitado, |
113 | 8 | para o fazer sentar com os príncipes, sim, com os príncipes do seu povo. |
113 | 9 | Ele faz com que a mulher estéril habite em família, e seja alegre mãe de filhos. Louvai ao Senhor. |
114 | 1 | Quando Israel saiu do Egito, e a casa de Jacó dentre um povo de língua estranha, |
114 | 2 | Judá tornou-lhe o santuário, e Israel o seu domínio. |
114 | 3 | O mar viu isto, e fugiu; o Jordão tornou atrás. |
114 | 4 | Os montes saltaram como carneiros, e os outeiros como cordeiros do rebanho. |
114 | 5 | Que tens tu, ó mar, para fugires? e tu, ó Jordão, para tornares atrás? |
114 | 6 | E vós, montes, que saltais como carneiros, e vós outeiros, como cordeiros do rebanho? |
114 | 7 | Treme, ó terra, na presença do Senhor, na presença do Deus de Jacó, |
114 | 8 | o qual converteu a rocha em lago de águas, a pederneira em manancial. |
115 | 1 | Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade. |
115 | 2 | Por que perguntariam as nações: Onde está o seu Deus? |
115 | 3 | Mas o nosso Deus está nos céus; ele faz tudo o que lhe apraz. |
115 | 4 | Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos do homem. |
115 | 5 | Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem; |
115 | 6 | têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz, mas não cheiram; |
115 | 7 | têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. |
115 | 8 | Semelhantes a eles sejam os que fazem, e todos os que neles confiam. |
115 | 9 | Confia, ó Israel, no Senhor; ele é seu auxílio e seu escudo. |
115 | 10 | Casa de Arão, confia no Senhor; ele é seu auxílio e seu escudo. |
115 | 11 | Vós, os que temeis ao Senhor, confiai no Senhor; ele é seu auxílio e seu escudo. |
115 | 12 | O Senhor tem-se lembrado de nós, abençoar-nos-á; abençoará a casa de Israel; abençoará a casa de Arão; |
115 | 13 | abençoará os que temem ao Senhor, tanto pequenos como grandes. |
115 | 14 | Aumente-vos o Senhor cada vez mais, a vós e a vossos filhos. |
115 | 15 | Sede vós benditos do Senhor, que fez os céus e a terra. |
115 | 16 | Os céus são os céus do Senhor, mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens. |
115 | 17 | Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio; |
115 | 18 | nós, porém, bendiremos ao Senhor, desde agora e para sempre. Louvai ao Senhor. |
116 | 1 | Amo ao Senhor, porque ele ouve a minha voz e a minha súplica. |
116 | 2 | Porque inclina para mim o seu ouvido, invocá-lo-ei enquanto viver. |
116 | 3 | Os laços da morte me cercaram; as angústias do Seol se apoderaram de mim; sofri tribulação e tristeza. |
116 | 4 | Então invoquei o nome do Senhor, dizendo:Ó Senhor, eu te rogo, livra-me. |
116 | 5 | Compassivo é o Senhor, e justo; sim, misericordioso é o nosso Deus. |
116 | 6 | O Senhor guarda os simples; quando me acho abatido, ele me salva. |
116 | 7 | Volta, minha alma, ao teu repouso, pois o Senhor te fez bem. |
116 | 8 | Pois livraste a minha alma da morte, os meus olhos das lágrimas, e os meus pés de tropeçar. |
116 | 9 | Andarei perante o Senhor, na terra dos viventes. |
116 | 10 | Cri, por isso falei; estive muito aflito. |
116 | 11 | Eu dizia na minha precipitação: Todos os homens são mentirosos. |
116 | 12 | Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito? |
116 | 13 | Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do Senhor. |
116 | 14 | Pagarei os meus votos ao Senhor, na presença de todo o seu povo. |
116 | 15 | Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos. |
116 | 16 | Ó Senhor, deveras sou teu servo; sou teu servo, filho da tua serva; soltaste as minhas cadeias. |
116 | 17 | Oferecer-te-ei sacrifícios de ação de graças, e invocarei o nome do Senhor. |
116 | 18 | Pagarei os meus votos ao Senhor, na presença de todo o seu povo, |
116 | 19 | nos átrios da casa do Senhor, no meio de ti, ó Jerusalém! Louvai ao Senhor. |
117 | 1 | Louvai ao Senhor todas as nações, exaltai-o todos os povos. |
117 | 2 | Porque a sua benignidade é grande para conosco, e a verdade do Senhor dura para sempre. Louvai ao Senhor. |
118 | 1 | Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre. |
118 | 2 | Diga, pois, Israel: A sua benignidade dura para sempre. |
118 | 3 | Diga, pois, a casa de Arão: A sua benignidade dura para sempre. |
118 | 4 | Digam, pois, os que temem ao Senhor: A sua benignidade dura para sempre. |
118 | 5 | Do meio da angústia invoquei o Senhor; o Senhor me ouviu, e me pôs em um lugar largo. |
118 | 6 | O Senhor é por mim, não recearei; que me pode fazer o homem? |
118 | 7 | O Senhor é por mim entre os que me ajudam; pelo que verei cumprido o meu desejo sobre os que me odeiam. |
118 | 8 | É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar no homem. |
118 | 9 | É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar nos príncipes. |
118 | 10 | Todas as nações me cercaram, mas em nome do Senhor eu as exterminei. |
118 | 11 | Cercaram-me, sim, cercaram-me; mas em nome do Senhor eu as exterminei. |
118 | 12 | Cercaram-me como abelhas, mas apagaram-se como fogo de espinhos; pois em nome do Senhor as exterminei. |
118 | 13 | Com força me impeliste para me fazeres cair, mas o Senhor me ajudou. |
118 | 14 | O Senhor é a minha força e o meu cântico; tornou-se a minha salvação. |
118 | 15 | Nas tendas dos justos há jubiloso cântico de vitória; a destra do Senhor faz proezas. |
118 | 16 | A destra do Senhor se exalta, a destra do Senhor faz proezas. |
118 | 17 | Não morrerei, mas viverei, e contarei as obras do Senhor. |
118 | 18 | O Senhor castigou-me muito, mas não me entregou à morte. |
118 | 19 | Abre-me as portas da justiça, para que eu entre por elas e dê graças ao Senhor. |
118 | 20 | Esta é a porta do Senhor; por ela os justos entrarão. |
118 | 21 | Graças te dou porque me ouviste, e te tornaste a minha salvação. |
118 | 22 | A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular. |
118 | 23 | Foi o Senhor que fez isto e é maravilhoso aos nossos olhos. |
118 | 24 | Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele. |
118 | 25 | Ó Senhor, salva, nós te pedimos; ó Senhor, nós te pedimos, envia-nos a prosperidade. |
118 | 26 | Bendito aquele que vem em nome do Senhor; da casa do Senhor vos bendizemos. |
118 | 27 | O Senhor é Deus, e nos concede a luz; atai a vítima da festa com cordas às pontas do altar. |
118 | 28 | Tu és o meu Deus, e eu te darei graças; tu és o meu Deus, e eu te exaltarei. |
118 | 29 | Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre. a tua palavra. |
119 | 1 | Bem-aventurados os que trilham com integridade o seu caminho, os que andam na lei do Senhor! |
119 | 2 | Bem-aventurados os que guardam os seus testemunhos, que o buscam de todo o coração, |
119 | 3 | que não praticam iniqüidade, mas andam nos caminhos dele! |
119 | 4 | Tu ordenaste os teus preceitos, para que fossem diligentemente observados. |
119 | 5 | Oxalá sejam os meus caminhos dirigidos de maneira que eu observe os teus estatutos! |
119 | 6 | Então não ficarei confundido, atentando para todos os teus mandamentos. |
119 | 7 | Louvar-te-ei com retidão de coração, quando tiver aprendido as tuas retas ordenanças. |
119 | 8 | Observarei os teus estatutos; não me desampares totalmente! |
119 | 9 | Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o de acordo com a tua palavra. |
119 | 10 | De todo o meu coração tenho te buscado; não me deixes desviar dos teus mandamentos. |
119 | 11 | Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti. |
119 | 12 | Bendito és tu, ó Senhor; ensina-me os teus estatutos. |
119 | 13 | Com os meus lábios declaro todas as ordenanças da tua boca. |
119 | 14 | Regozijo-me no caminho dos teus testemunhos, tanto como em todas as riquezas. |
119 | 15 | Em teus preceitos medito, e observo os teus caminhos. |
119 | 16 | Deleitar-me-ei nos teus estatutos; não me esquecerei da tua palavra. |
119 | 17 | Faze bem ao teu servo, para que eu viva; assim observarei a tua palavra. |
119 | 18 | Desvenda os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da tua lei. |
119 | 19 | Sou peregrino na terra; não escondas de mim os teus mandamentos. |
119 | 20 | A minha alma se consome de anelos por tuas ordenanças em todo o tempo. |
119 | 21 | Tu repreendeste os soberbos, os malditos, que se desviam dos teus mandamentos. |
119 | 22 | Tira de sobre mim o opróbrio e o desprezo, pois tenho guardado os teus testemunhos. |
119 | 23 | Príncipes sentaram-se e falavam contra mim, mas o teu servo meditava nos teus estatutos. |
119 | 24 | Os teus testemunhos são o meu prazer e os meus conselheiros. |
119 | 25 | A minha alma apega-se ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra. |
119 | 26 | Meus caminhos te descrevi, e tu me ouviste; ensina-me os teus estatutos. |
119 | 27 | Faze-me entender o caminho dos teus preceitos; assim meditarei nas tuas maravilhas. |
119 | 28 | A minha alma se consome de tristeza; fortalece-me segundo a tua palavra. |
119 | 29 | Desvia de mim o caminho da falsidade, e ensina-me benignidade a tua lei. |
119 | 30 | Escolhi o caminho da fidelidade; diante de mim pus as tuas ordenanças. |
119 | 31 | Apego-me aos teus testemunhos, ó Senhor; não seja eu envergonhado. |
119 | 32 | Percorrerei o caminho dos teus mandamentos, quando dilatares o meu coração. |
119 | 33 | Ensina-me, ó Senhor, o caminho dos teus estatutos, e eu o guardarei até o fim. |
119 | 34 | Dá-me entendimento, para que eu guarde a tua lei, e a observe de todo o meu coração. |
119 | 35 | Faze-me andar na vereda dos teus mandamentos, porque nela me comprazo. |
119 | 36 | Inclina o meu coração para os teus testemunhos, e não para a cobiça. |
119 | 37 | Desvia os meus olhos de contemplarem a vaidade, e vivifica-me no teu caminho. |
119 | 38 | Confirma a tua promessa ao teu servo, que se inclina ao teu temor. |
119 | 39 | Desvia de mim o opróbrio que temo, pois as tuas ordenanças são boas. |
119 | 40 | Eis que tenho anelado os teus preceitos; vivifica-me por tua justiça. |
119 | 41 | Venha também sobre mim a tua benignidade, ó Senhor, e a tua salvação, segundo a tua palavra. |
119 | 42 | Assim terei o que responder ao que me afronta, pois confio na tua palavra. |
119 | 43 | De minha boca não tires totalmente a palavra da verdade, pois tenho esperado nos teus juízos. |
119 | 44 | Assim observarei de contínuo a tua lei, para sempre e eternamente; |
119 | 45 | e andarei em liberdade, pois tenho buscado os teus preceitos. |
119 | 46 | Falarei dos teus testemunhos perante os reis, e não me envergonharei. |
119 | 47 | Deleitar-me-ei em teus mandamentos, que eu amo. |
119 | 48 | Também levantarei as minhas mãos para os teus mandamentos, que amo, e meditarei nos teus estatutos. |
119 | 49 | Lembra-te da palavra dada ao teu servo, na qual me fizeste esperar. |
119 | 50 | Isto é a minha consolação na minha angústia, que a tua promessa me vivifica. |
119 | 51 | Os soberbos zombaram grandemente de mim; contudo não me desviei da tua lei. |
119 | 52 | Lembro-me dos teus juízos antigos, ó Senhor, e assim me consolo. |
119 | 53 | Grande indignação apoderou-se de mim, por causa dos ímpios que abandonam a tua lei. |
119 | 54 | Os teus estatutos têm sido os meus cânticos na casa da minha peregrinação. |
119 | 55 | De noite me lembrei do teu nome, ó Senhor, e observei a tua lei. |
119 | 56 | Isto me sucedeu, porque tenho guardado os teus preceitos. |
119 | 57 | O Senhor é o meu quinhão; prometo observar as tuas palavras. |
119 | 58 | De todo o meu coração imploro o teu favor; tem piedade de mim, segundo a tua palavra. |
119 | 59 | Quando considero os meus caminhos, volto os meus pés para os teus testemunhos. |
119 | 60 | Apresso-me sem detença a observar os teus mandamentos. |
119 | 61 | Enleiam-me os laços dos ímpios; mas eu não me esqueço da tua lei. |
119 | 62 | Â meia-noite me levanto para dar-te graças, por causa dos teus retos juízos. |
119 | 63 | Companheiro sou de todos os que te temem, e dos que guardam os teus preceitos. |
119 | 64 | A terra, ó Senhor, está cheia da tua benignidade; ensina-me os teus estatutos. |
119 | 65 | Tens usado de bondade para com o teu servo, Senhor, segundo a tua palavra. |
119 | 66 | Ensina-me bom juízo e ciência, pois creio nos teus mandamentos. |
119 | 67 | Antes de ser afligido, eu me extraviava; mas agora guardo a tua palavra. |
119 | 68 | Tu és bom e fazes o bem; ensina-me os teus estatutos. |
119 | 69 | Os soberbos forjam mentiras contra mim; mas eu de todo o coração guardo os teus preceitos. |
119 | 70 | Torna-se-lhes insensível o coração como a gordura; mas eu me deleito na tua lei. |
119 | 71 | Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos. |
119 | 72 | Melhor é para mim a lei da tua boca do que milhares de ouro e prata. |
119 | 73 | As tuas mãos me fizeram e me formaram; dá-me entendimento para que aprenda os teus mandamentos. |
119 | 74 | Os que te temem me verão e se alegrarão, porque tenho esperado na tua palavra. |
119 | 75 | Bem sei eu, ó Senhor, que os teus juízos são retos, e que em tua fidelidade me afligiste. |
119 | 76 | Sirva, pois, a tua benignidade para me consolar, segundo a palavra que deste ao teu servo. |
119 | 77 | Venham sobre mim as tuas ternas misericórdias, para que eu viva, pois a tua lei é o meu deleite. |
119 | 78 | Envergonhados sejam os soberbos, por me haverem subvertido sem causa; mas eu meditarei nos teus preceitos. |
119 | 79 | Voltem-se para mim os que te temem, para que conheçam os teus testemunhos. |
119 | 80 | Seja perfeito o meu coração nos teus estatutos, para que eu não seja envergonhado. |
119 | 81 | Desfalece a minha alma, aguardando a tua salvação; espero na tua palavra. |
119 | 82 | Os meus olhos desfalecem, esperando por tua promessa, enquanto eu pergunto: Quando me consolarás tu? |
119 | 83 | Pois tornei-me como odre na fumaça, mas não me esqueci dos teus estatutos. |
119 | 84 | Quantos serão os dias do teu servo? Até quando não julgarás aqueles que me perseguem? |
119 | 85 | Abriram covas para mim os soberbos, que não andam segundo a tua lei. |
119 | 86 | Todos os teus mandamentos são fiéis. Sou perseguido injustamente; ajuda-me! |
119 | 87 | Quase que me consumiram sobre a terra, mas eu não deixei os teus preceitos. |
119 | 88 | Vivifica-me segundo a tua benignidade, para que eu guarde os testemunhos da tua boca. |
119 | 89 | Para sempre, ó Senhor, a tua palavra está firmada nos céus. |
119 | 90 | A tua fidelidade estende-se de geração a geração; tu firmaste a terra, e firme permanece. |
119 | 91 | Conforme a tua ordenança, tudo se mantém até hoje, porque todas as coisas te obedecem. |
119 | 92 | Se a tua lei não fora o meu deleite, então eu teria perecido na minha angústia. |
119 | 93 | Nunca me esquecerei dos teus preceitos, pois por eles me tens vivificado. |
119 | 94 | Sou teu, salva-me; pois tenho buscado os teus preceitos. |
119 | 95 | Os ímpios me espreitam para me destruírem, mas eu atento para os teus testemunhos. |
119 | 96 | A toda perfeição vi limite, mas o teu mandamento é ilimitado. |
119 | 97 | Oh! quanto amo a tua lei! ela é a minha meditação o dia todo. |
119 | 98 | O teu mandamento me faz mais sábio do que meus inimigos, pois está sempre comigo. |
119 | 99 | Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são a minha meditação. |
119 | 100 | Sou mais entendido do que os velhos, porque tenho guardado os teus preceitos. |
119 | 101 | Retenho os meus pés de todo caminho mau, a fim de observar a tua palavra. |
119 | 102 | Não me aperto das tuas ordenanças, porque és tu quem me instrui. |
119 | 103 | Oh! quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! mais doces do que o mel à minha boca. |
119 | 104 | Pelos teus preceitos alcanço entendimento, pelo que aborreço toda vereda de falsidade. |
119 | 105 | Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho. |
119 | 106 | Fiz juramento, e o confirmei, de guardar as tuas justas ordenanças. |
119 | 107 | Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua palavra. |
119 | 108 | Aceita, Senhor, eu te rogo, as oferendas voluntárias da minha boca, e ensina-me as tuas ordenanças. |
119 | 109 | Estou continuamente em perigo de vida; todavia não me esqueço da tua lei. |
119 | 110 | Os ímpios me armaram laço, contudo não me desviei dos teus preceitos. |
119 | 111 | Os teus testemunhos são a minha herança para sempre, pois são eles o gozo do meu coração. |
119 | 112 | Inclino o meu coração a cumprir os teus estatutos, para sempre, até o fim. |
119 | 113 | Aborreço a duplicidade, mas amo a tua lei. |
119 | 114 | Tu és o meu refúgio e o meu escudo; espero na tua palavra. |
119 | 115 | Apartai-vos de mim, malfeitores, para que eu guarde os mandamentos do meu Deus. |
119 | 116 | Ampara-me conforme a tua palavra, para que eu viva; e não permitas que eu seja envergonhado na minha esperança. |
119 | 117 | Sustenta-me, e serei salvo, e de contínuo terei respeito aos teus estatutos. |
119 | 118 | Desprezas todos os que se desviam dos teus estatutos, pois a astúcia deles é falsidade. |
119 | 119 | Deitas fora, como escória, todos os ímpios da terra; pelo que amo os teus testemunhos. |
119 | 120 | Arrepia-se-me a carne com temor de ti, e tenho medo dos teus juízos. |
119 | 121 | Tenho praticado a retidão e a justiça; não me abandones aos meus opressores. |
119 | 122 | Fica por fiador do teu servo para o bem; não me oprimem os soberbos. |
119 | 123 | Os meus olhos desfalecem à espera da tua salvação e da promessa da tua justiça. |
119 | 124 | Trata com o teu servo segundo a tua benignidade, e ensina-me os teus estatutos. |
119 | 125 | Sou teu servo; dá-me entendimento, para que eu conheça os teus testemunhos. |
119 | 126 | É tempo de agires, ó Senhor, pois eles violaram a tua lei. |
119 | 127 | Pelo que amo os teus mandamentos mais do que o ouro, sim, mais do que o ouro fino. |
119 | 128 | Por isso dirijo os meus passos por todos os teus preceitos, e aborreço toda vereda de falsidade. |
119 | 129 | Maravilhosos são os teus testemunhos, por isso a minha alma os guarda. |
119 | 130 | A exposição das tuas palavras dá luz; dá entendimento aos simples. |
119 | 131 | Abro a minha boca e arquejo, pois estou anelante pelos teus mandamentos. |
119 | 132 | Volta-te para mim, e compadece-te de mim, conforme usas para com os que amam o teu nome. |
119 | 133 | Firma os meus passos na tua palavra; e não se apodere de mim iniqüidade alguma. |
119 | 134 | Resgata-me da opressão do homem; assim guardarei os teus preceitos. |
119 | 135 | Faze resplandecer o teu rosto sobre o teu servo, e ensina-me os teus estatutos. |
119 | 136 | Os meus olhos derramam rios de lágrimas, porque os homens não guardam a tua lei. |
119 | 137 | Justo és, ó Senhor, e retos são os teus juízos. |
119 | 138 | Ordenaste os teus testemunhos com retidão, e com toda a fidelidade. |
119 | 139 | O meu zelo me consome, porque os meus inimigos se esquecem da tua palavra. |
119 | 140 | A tua palavra é fiel a toda prova, por isso o teu servo a ama. |
119 | 141 | Pequeno sou e desprezado, mas não me esqueço dos teus preceitos. |
119 | 142 | A tua justiça é justiça eterna, e a tua lei é a verdade. |
119 | 143 | Tribulação e angústia se apoderaram de mim; mas os teus mandamentos são o meu prazer. |
119 | 144 | Justos são os teus testemunhos para sempre; dá-me entendimento, para que eu viva. |
119 | 145 | Clamo de todo o meu coração; atende-me, Senhor! Eu guardarei os teus estatutos. |
119 | 146 | A ti clamo; salva-me, para que guarde os teus testemunhos. |
119 | 147 | Antecipo-me à alva da manhã e clamo; aguardo com esperança as tuas palavras. |
119 | 148 | Os meus olhos se antecipam às vigílias da noite, para que eu medite na tua palavra. |
119 | 149 | Ouve a minha voz, segundo a tua benignidade; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua justiça. |
119 | 150 | Aproximam-se os que me perseguem maliciosamente; andam afastados da tua lei. |
119 | 151 | Tu estás perto, Senhor, e todos os teus mandamentos são verdade. |
119 | 152 | Há muito sei eu dos teus testemunhos que os fundaste para sempre. |
119 | 153 | Olha para a minha aflição, e livra-me, pois não me esqueço da tua lei. |
119 | 154 | Pleiteia a minha causa, e resgata-me; vivifica-me segundo a tua palavra. |
119 | 155 | A salvação está longe dos ímpios, pois não buscam os teus estatutos. |
119 | 156 | Muitas são, Senhor, as tuas misericórdias; vivifica-me segundo os teus juízos. |
119 | 157 | Muitos são os meus perseguidores e os meus adversários, mas não me desvio dos teus testemunhos. |
119 | 158 | Vi os pérfidos, e me afligi, porque não guardam a tua palavra. |
119 | 159 | Considera como amo os teus preceitos; vivifica-me, Senhor, segundo a tua benignidade. |
119 | 160 | A soma da tua palavra é a verdade, e cada uma das tuas justas ordenanças dura para sempre. |
119 | 161 | Príncipes me perseguem sem causa, mas o meu coração teme as tuas palavras. |
119 | 162 | Regozijo-me com a tua palavra, como quem acha grande despojo. |
119 | 163 | Odeio e abomino a falsidade; amo, porém, a tua lei. |
119 | 164 | Sete vezes no dia te louvo pelas tuas justas ordenanças. |
119 | 165 | Muita paz têm os que amam a tua lei, e não há nada que os faça tropeçar. |
119 | 166 | Espero, Senhor, na tua salvação, e cumpro os teus mandamentos. |
119 | 167 | A minha alma observa os teus testemunhos; amo-os extremamente. |
119 | 168 | Observo os teus preceitos e os teus testemunhos, pois todos os meus caminhos estão diante de ti. |
119 | 169 | Chegue a ti o meu clamor, ó Senhor; dá-me entendimento conforme a tua palavra. |
119 | 170 | Chegue à tua presença a minha súplica; livra-me segundo a tua palavra. |
119 | 171 | Profiram louvor os meus lábios, pois me ensinas os teus estatutos. |
119 | 172 | Celebre a minha língua a tua palavra, pois todos os teus mandamentos são justos. |
119 | 173 | Esteja pronta a tua mão para me socorrer, pois escolhi os teus preceitos. |
119 | 174 | Anelo por tua salvação, ó Senhor; a tua lei é o meu prazer. |
119 | 175 | Que minha alma viva, para que te louve; ajudem-me as tuas ordenanças. |
119 | 176 | Desgarrei-me como ovelha perdida; busca o teu servo, pois não me esqueço dos teus mandamentos. |
120 | 1 | Na minha angústia clamei ao Senhor, e ele me ouviu. |
120 | 2 | Senhor, livra-me dos lábios mentirosos e da língua enganadora. |
120 | 3 | Que te será dado, ou que te será acrescentado, língua enganadora? |
120 | 4 | Flechas agudas do valente, com brasas vivas de zimbro! |
120 | 5 | Ai de mim, que peregrino em Meseque, e habito entre as tendas de Quedar! |
120 | 6 | Há muito que eu habito com aqueles que odeiam a paz. |
120 | 7 | Eu sou pela paz; mas quando falo, eles são pela guerra. |
121 | 1 | Elevo os meus olhos para os montes; de onde me vem o socorro? |
121 | 2 | O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra. |
121 | 3 | Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não dormitará. |
121 | 4 | Eis que não dormitará nem dormirá aquele que guarda a Israel. |
121 | 5 | O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua mão direita. |
121 | 6 | De dia o sol não te ferirá, nem a lua de noite. |
121 | 7 | O Senhor te guardará de todo o mal; ele guardará a tua vida. |
121 | 8 | O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre. |
122 | 1 | Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor. |
122 | 2 | Os nossos pés estão parados dentro das tuas portas, ó Jerusalém! |
122 | 3 | Jerusalém, que és edificada como uma cidade compacta, |
122 | 4 | aonde sobem as tribos, as tribos do Senhor, como testemunho para Israel, a fim de darem graças ao nome do Senhor. |
122 | 5 | Pois ali estão postos os tronos de julgamento, os tronos da casa de Davi. |
122 | 6 | Orai pela paz de Jerusalém; prosperem aqueles que te amam. |
122 | 7 | Haja paz dentro de teus muros, e prosperidade dentro dos teus palácios. |
122 | 8 | Por causa dos meus irmãos e amigos, direi: Haja paz dentro de ti. |
122 | 9 | Por causa da casa do Senhor, nosso Deus, buscarei o teu bem. |
123 | 1 | A ti levanto os meus olhos, ó tu que estás entronizado nos céus. |
123 | 2 | Eis que assim como os olhos dos servos atentam para a mão do seu senhor, e os olhos da serva para a mão de sua senhora, assim os nossos olhos atentam para o Senhor nosso Deus, até que ele se compadeça de nós. |
123 | 3 | Compadece-te de nós, ó Senhor, compadece-te de nós, pois estamos sobremodo fartos de desprezo. |
123 | 4 | A nossa alma está sobremodo farta da zomabaria dos arrogantes, e do desprezo dos soberbos. |
124 | 1 | Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, ora diga Israel: |
124 | 2 | Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós, |
124 | 3 | eles nos teriam tragado vivos, quando a sua ira se acendeu contra nós; |
124 | 4 | as águas nos teriam submergido, e a torrente teria passado sobre nós; |
124 | 5 | sim, as águas impetuosas teriam passado sobre nós. |
124 | 6 | Bendito seja o Senhor, que não nos entregou, como presa, aos dentes deles. |
124 | 7 | Escapamos, como um pássaro, do laço dos passarinheiros; o laço quebrou-se, e nós escapamos. |
124 | 8 | O nosso socorro está no nome do Senhor, que fez os céus e a terra. |
125 | 1 | Aqueles que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não pode ser abalado, mas permanece para sempre. |
125 | 2 | Como estão os montes ao redor de Jerusalém, assim o Senhor está ao redor do seu povo, desde agora e para sempre. |
125 | 3 | Porque o cetro da impiedade não repousará sobre a sorte dos justos, para que os justos não estendam as suas mãos para cometer a iniqüidade. |
125 | 4 | Faze o bem, ó Senhor, aos bons e aos que são retos de coração. |
125 | 5 | Mas aos que se desviam para os seus caminhos tortuosos, levá-los-á o Senhor juntamente com os que praticam a maldade. Que haja paz sobre Israel. |
126 | 1 | Quando o Senhor trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, éramos como os que estão sonhando. |
126 | 2 | Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cânticos. Então se dizia entre as nações: Grandes coisas fez o Senhor por eles. |
126 | 3 | Sim, grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres. |
126 | 4 | Faze regressar os nossos cativos, Senhor, como as correntes no sul. |
126 | 5 | Os que semeiam em lágrimas, com cânticos de júbilo segarão. |
126 | 6 | Aquele que sai chorando, levando a semente para semear, voltará com cânticos de júbilo, trazendo consigo os seus molhos. |
127 | 1 | Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. |
127 | 2 | Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem. |
127 | 3 | Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. |
127 | 4 | Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade. |
127 | 5 | Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta. |
128 | 1 | Bem-aventurado todo aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos. |
128 | 2 | Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. |
128 | 3 | A tua mulher será como a videira frutífera, no interior da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira, ao redor da tua mesa. |
128 | 4 | Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor. |
128 | 5 | De Sião o Senhor te abençoará; verás a prosperidade de Jerusalém por todos os dias da tua vida, |
128 | 6 | e verás os filhos de teus filhos. A paz seja sobre Israel. |
129 | 1 | Gravemente me angustiaram desde a minha mocidade, diga agora Israel; |
129 | 2 | gravemente me angustiaram desde a minha mocidade, todavia não prevaleceram contra mim. |
129 | 3 | Os lavradores araram sobre as minhas costas; compridos fizeram os seus sulcos. |
129 | 4 | O Senhor é justo; ele corta as cordas dos ímpios. |
129 | 5 | Sejam envergonhados e repelidos para trás todos os que odeiam a Sião. |
129 | 6 | Sejam como a erva dos telhados, que seca antes de florescer; |
129 | 7 | com a qual o segador não enche a mão, nem o regaço o que ata os feixes; |
129 | 8 | nem dizem os que passam: A bênção do Senhor seja sobre vós; nós vos abençoamos em nome do Senhor. |
130 | 1 | Das profundezas clamo a ti, ó Senhor. |
130 | 2 | Senhor, escuta a minha voz; estejam os teus ouvidos atentos à voz das minhas súplicas. |
130 | 3 | Se tu, Senhor, observares as iniqüidades, Senhor, quem subsistirá? |
130 | 4 | Mas contigo está o perdão, para que sejas temido. |
130 | 5 | Aguardo ao Senhor; a minha alma o aguarda, e espero na sua palavra. |
130 | 6 | A minha alma anseia pelo Senhor, mais do que os guardas pelo romper da manhã, sim, mais do que os guardas pela manhã. |
130 | 7 | Espera, ó Israel, no Senhor! pois com o Senhor há benignidade, e com ele há copiosa redenção; |
130 | 8 | e ele remirá a Israel de todas as suas iniqüidades. |
131 | 1 | Senhor, o meu coração não é soberbo, nem os meus olhos são altivos; não me ocupo de assuntos grandes e maravilhosos demais para mim. |
131 | 2 | Pelo contrário, tenho feito acalmar e sossegar a minha alma; qual criança desmamada sobre o seio de sua mãe, qual criança desmamada está a minha alma para comigo. |
131 | 3 | Espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre. |
132 | 1 | Lembra-te, Senhor, a bem de Davi, de todas as suas aflições; |
132 | 2 | como jurou ao Senhor, e fez voto ao Poderoso de Jacó, dizendo: |
132 | 3 | Não entrarei na casa em que habito, nem subirei ao leito em que durmo; |
132 | 4 | não darei sono aos meus olhos, nem adormecimento às minhas pálpebras, |
132 | 5 | até que eu ache um lugar para o Senhor uma morada para o Poderoso de Jacó. |
132 | 6 | Eis que ouvimos falar dela em Efrata, e a achamos no campo de Jaar. |
132 | 7 | Entremos nos seus tabernáculos; prostremo-nos ante o escabelo de seus pés. |
132 | 8 | Levanta-te, Senhor, entra no lugar do teu repouso, tu e a arca da tua força. |
132 | 9 | Vistam-se os teus sacerdotes de justiça, e exultem de júbilo os teus santos. |
132 | 10 | Por amor de Davi, teu servo, não rejeites a face do teu ungido. |
132 | 11 | O Senhor jurou a Davi com verdade, e não se desviará dela: Do fruto das tuas entranhas porei sobre o teu trono. |
132 | 12 | Se os teus filhos guardarem o meu pacto, e os meus testemunhos, que eu lhes hei de ensinar, também os seus filhos se assentarão perpetuamente no teu trono. |
132 | 13 | Porque o Senhor escolheu a Sião; desejou-a para sua habitação, dizendo: |
132 | 14 | Este é o lugar do meu repouso para sempre; aqui habitarei, pois o tenho desejado. |
132 | 15 | Abençoarei abundantemente o seu mantimento; fartarei de pão os seus necessitados. |
132 | 16 | Vestirei de salvação os seus sacerdotes; e de júbilo os seus santos exultarão |
132 | 17 | Ali farei brotar a força de Davi; preparei uma lâmpada para o meu ungido. |
132 | 18 | Vestirei de confusão os seus inimigos; mas sobre ele resplandecerá a sua coroa. |
133 | 1 | Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união! |
133 | 2 | É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desceu sobre a barba, a barba de Arão, que desceu sobre a gola das suas vestes; |
133 | 3 | como o orvalho de Hermom, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o Senhor ordenou a bênção, a vida para sempre. |
134 | 1 | Eis aqui, bendizei ao Senhor, todos vós, servos do Senhor, que de noite assistis na casa do Senhor. |
134 | 2 | Erguei as mãos para o santuário, e bendizei ao Senhor. |
134 | 3 | Desde Sião te abençoe o Senhor, que fez os céus e a terra. |
135 | 1 | Louvai ao Senhor. Louvai o nome do Senhor; louvai-o, servos do Senhor, |
135 | 2 | vós que assistis na casa do Senhor, nos átrios da casa do nosso Deus. |
135 | 3 | Louvai ao Senhor, porque o Senhor é bom; cantai louvores ao seu nome, porque ele é bondoso. |
135 | 4 | Porque o Senhor escolheu para si a Jacó, e a Israel para seu tesouro peculiar. |
135 | 5 | Porque eu conheço que o Senhor é grande e que o nosso Senhor está acima de todos os deuses. |
135 | 6 | Tudo o que o Senhor deseja ele o faz, no céu e na terra, nos mares e em todos os abismos. |
135 | 7 | Faz subir os vapores das extremidades da terra; faz os relâmpagos para a chuva; tira os ventos dos seus tesouros. |
135 | 8 | Foi ele que feriu os primogênitos do Egito, desde os homens até os animais; |
135 | 9 | que operou sinais e prodígios no meio de ti, ó Egito, contra Faraó e contra os seus servos; |
135 | 10 | que feriu muitas nações, e matou reis poderosos: |
135 | 11 | a Siom, rei dos amorreus, e a Ogue, rei de Basã, e a todos os reinos de Canaã; |
135 | 12 | e deu a terra deles em herança, em herança a Israel, seu povo. |
135 | 13 | O teu nome, ó Senhor, subsiste para sempre; e a tua memória, ó Senhor, por todas as gerações. |
135 | 14 | Pois o Senhor julgará o seu povo, e se compadecerá dos seus servos. |
135 | 15 | Os ídolos das nações são prata e ouro, obra das mãos dos homens; |
135 | 16 | têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem; |
135 | 17 | têm ouvidos, mas não ouvem; nem há sopro algum na sua boca. |
135 | 18 | Semelhantemente a eles se tornarão os que os fazem, e todos os que neles confiam. |
135 | 19 | Ó casa de Israel, bendizei ao Senhor; ó casa de Arão, bendizei ao Senhor; |
135 | 20 | ó casa de Levi, bendizei ao Senhor; vós, os que temeis ao Senhor, bendizei ao Senhor. |
135 | 21 | Desde Sião seja bendito o Senhor, que habita em Jerusalém. Louvai ao Senhor. |
136 | 1 | Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre. |
136 | 2 | Dai graças ao Deus dos deuses, porque a sua benignidade dura para sempre |
136 | 3 | Dai graças ao Senhor dos senhores, porque a sua benignidade dura para sempre; |
136 | 4 | ao único que faz grandes maravilhas, porque a sua benignidade dura para sempre; |
136 | 5 | àquele que com entendimento fez os céus, porque a sua benignidade dura para sempre; |
136 | 6 | àquele que estendeu a terra sobre as águas, porque a sua benignidade dura para sempre; |
136 | 7 | àquele que fez os grandes luminares, porque a sua benignidade dura para sempre; |
136 | 8 | o sol para governar de dia, porque a sua benignidade dura para sempre; |
136 | 9 | a lua e as estrelas para presidirem a noite, porque a sua benignidade dura para sempre; |
136 | 10 | àquele que feriu o Egito nos seus primogênitos, porque a sua benignidade dura para sempre; |
136 | 11 | e que tirou a Israel do meio deles, porque a sua benignidade dura para sempre; |
136 | 12 | com mão forte, e com braço estendido, porque a sua benignidade dura para sempre; |
136 | 13 | àquele que dividiu o Mar Vermelho em duas partes, porque a sua benignidade dura para sempre; |
136 | 14 | e fez passar Israel pelo meio dele, porque a sua benignidade dura para sempre; |
136 | 15 | mas derrubou a Faraó com o seu exército no Mar Vermelho, porque a sua benignidade dura para sempre; |
136 | 16 | àquele que guiou o seu povo pelo deserto, porque a sua benignidade dura para sempre; |
136 | 17 | àquele que feriu os grandes reis, porque a sua benignidade dura para sempre; |
136 | 18 | e deu a morte a reis famosos, porque a sua benignidade dura para sempre. |
136 | 19 | a Siom, rei dos amorreus, porque a sua benignidade dura para sempre; |
136 | 20 | e a Ogue, rei de Basã, porque a sua benignidade dura para sempre; |
136 | 21 | e deu a terra deles em herança, porque a sua benignidade dura para sempre; |
136 | 22 | sim, em herança a Israel, seu servo, porque a sua benignidade dura para sempre; |
136 | 23 | que se lembrou de nós em nossa humilhação, porque a sua benignidade dura para sempre; |
136 | 24 | e nos libertou dos nossos inimigos, porque a sua benignidade dura para sempre; |
136 | 25 | que dá alimento a toda a carne, porque a sua benignidade dura para sempre. |
136 | 26 | Dai graças ao Deus dos céus, porque a sua benignidade dura para sempre. |
137 | 1 | Junto aos rios de Babilônia, ali nos assentamos e nos pusemos a chorar, recordando-nos de Sião. |
137 | 2 | Nos salgueiros que há no meio dela penduramos as nossas harpas, |
137 | 3 | pois ali aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções; e os que nos atormentavam, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos um dos cânticos de Sião. |
137 | 4 | Mas como entoaremos o cântico do Senhor em terra estrangeira? |
137 | 5 | Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha destra da sua destreza. |
137 | 6 | Apegue-se-me a língua ao céu da boca, se não me lembrar de ti, se eu não preferir Jerusalém à minha maior alegria. |
137 | 7 | Lembra-te, Senhor, contra os edomitas, do dia de Jerusalém, porque eles diziam: Arrasai-a, arrasai-a até os seus alicerces. |
137 | 8 | Ah! filha de Babilônia, devastadora; feliz aquele que te retribuir consoante nos fizeste a nós; |
137 | 9 | feliz aquele que pegar em teus pequeninos e der com eles nas pedra. |
138 | 1 | Graças te dou de todo o meu coração; diante dos deuses a ti canto louvores. |
138 | 2 | Inclino-me para o teu santo templo, e louvo o teu nome pela tua benignidade, e pela tua fidelidade; pois engrandeceste acima de tudo o teu nome e a tua palavra. |
138 | 3 | No dia em que eu clamei, atendeste-me; alentaste-me, fortalecendo a minha alma. |
138 | 4 | Todos os reis da terra de louvarão, ó Senhor, quando ouvirem as palavras da tua boca; |
138 | 5 | e cantarão os caminhos do Senhor, pois grande é a glória do Senhor. |
138 | 6 | Ainda que o Senhor é excelso, contudo atenta para o humilde; mas ao soberbo, conhece-o de longe. |
138 | 7 | Embora eu ande no meio da angústia, tu me revivificas; contra a ira dos meus inimigos estendes a tua mão, e a tua destra me salva. |
138 | 8 | O Senhor aperfeiçoará o que me diz respeito. A tua benignidade, ó Senhor, dura para sempre; não abandones as obras das tuas mãos. |
139 | 1 | Senhor, tu me sondas, e me conheces. |
139 | 2 | Tu conheces o meu sentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. |
139 | 3 | Esquadrinhas o meu andar, e o meu deitar, e conheces todos os meus caminhos. |
139 | 4 | Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces. |
139 | 5 | Tu me cercaste em volta, e puseste sobre mim a tua mão. |
139 | 6 | Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim; elevado é, não o posso atingir. |
139 | 7 | Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença? |
139 | 8 | Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também. |
139 | 9 | Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, |
139 | 10 | ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá. |
139 | 11 | Se eu disser: Ocultem-me as trevas; torne-se em noite a luz que me circunda; |
139 | 12 | nem ainda as trevas são escuras para ti, mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa. |
139 | 13 | Pois tu formaste os meus rins; entreteceste-me no ventre de minha mãe. |
139 | 14 | Eu te louvarei, porque de um modo tão admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. |
139 | 15 | Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e esmeradamente tecido nas profundezas da terra. |
139 | 16 | Os teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no teu livro foram escritos os dias, sim, todos os dias que foram ordenados para mim, quando ainda não havia nem um deles. |
139 | 17 | E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grande é a soma deles! |
139 | 18 | Se eu os contasse, seriam mais numerosos do que a areia; quando acordo ainda estou contigo. |
139 | 19 | Oxalá que matasses o perverso, ó Deus, e que os homens sanguinários se apartassem de mim, |
139 | 20 | homens que se rebelam contra ti, e contra ti se levantam para o mal. |
139 | 21 | Não odeio eu, ó Senhor, aqueles que te odeiam? e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti? |
139 | 22 | Odeio-os com ódio completo; tenho-os por inimigos. |
139 | 23 | Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos; |
139 | 24 | vê se há em mim algum caminho perverso, e guia-me pelo caminho eterno. |
140 | 1 | Livra-me, ó Senhor, dos homens maus; guarda-me dos homens violentos, |
140 | 2 | os quais maquinam maldades no coração; estão sempre projetando guerras. |
140 | 3 | Aguçaram as línguas como a serpente; peçonha de áspides está debaixo dos seus lábios. |
140 | 4 | Guarda-me, ó Senhor, das mãos dos ímpios; preserva-me dos homens violentos, os quais planejaram transtornar os meus passos. |
140 | 5 | Os soberbos armaram-me laços e cordas; estenderam uma rede à beira do caminho; puseram-me armadilhas. |
140 | 6 | Eu disse, ao Senhor: Tu és o meu Deus; dá ouvidos, ó Senhor, à voz das minhas súplicas. |
140 | 7 | Ó Senhor, meu Senhor, meu forte libertador, tu cobriste a minha cabeça no dia da batalha. |
140 | 8 | Não concedas, ó Senhor, aos ímpios os seus desejos; não deixes ir por diante o seu mau propósito. |
140 | 9 | Não levantem a cabeça os que me cercam; cubra-os a maldade dos seus lábios. |
140 | 10 | Caiam sobre eles brasas vivas; sejam lançados em covas profundas, para que não se tornem a levantar! |
140 | 11 | Não se estabeleça na terra o caluniador; o mal persiga o homem violento com golpe sobre golpe. |
140 | 12 | Sei que o Senhor manterá a causa do aflito, e o direito do necessitado. |
140 | 13 | Decerto os justos louvarão o teu nome; os retos habitarão na tua presença. |
141 | 1 | Ó Senhor, a ti clamo; dá-te pressa em me acudir! Dá ouvidos à minha voz, quando a ti clamo! |
141 | 2 | Suba a minha oração, como incenso, diante de ti, e seja o levantar das minhas mãos como o sacrifício da tarde! |
141 | 3 | Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta dos meus lábios! |
141 | 4 | Não inclines o meu coração para o mal, nem para se ocupar de coisas más, com aqueles que praticam a iniqüidade; e não coma eu das suas gulodices! |
141 | 5 | Fira-me o justo, será isso uma benignidade; e repreenda-me, isso será como óleo sobre a minha cabeça; não o recuse a minha cabeça; mas continuarei a orar contra os feitos dos ímpios. |
141 | 6 | Quando os seus juízes forem arremessados duma penha abaixo, saberão que as palavras do Senhor são verdadeiras. |
141 | 7 | Como quando alguém lavra e sulca a terra, são os nossos ossos espalhados à boca do Seol. |
141 | 8 | Mas os meus olhos te contemplam, ó Senhor, meu Senhor; em ti tenho buscado refúgio; não me deixes sem defesa! |
141 | 9 | Guarda-me do laço que me armaram, e das armadilhas dos que praticam a iniqüidade. |
141 | 10 | Caiam os ímpios nas suas próprias redes, até que eu tenha escapado inteiramente. |
142 | 1 | Com a minha voz clamo ao Senhor; com a minha voz ao Senhor suplico. |
142 | 2 | Derramo perante ele a minha queixa; diante dele exponho a minha tribulação. |
142 | 3 | Quando dentro de mim esmorece o meu espírito, então tu conheces a minha vereda; no caminho em que eu ando ocultaram-me um laço. |
142 | 4 | Olha para a minha mão direita, e vê, pois não há quem me conheça; refúgio me faltou; ninguém se interessa por mim. |
142 | 5 | A ti, ó Senhor, clamei; eu disse: Tu és o meu refúgio, o meu quinhão na terra dos viventes. |
142 | 6 | Atende ao meu clamor, porque estou muito abatido; livra-me dos meus perseguidores, porque são mais fortes do que eu. |
142 | 7 | Tira-me da prisão, para que eu louve o teu nome; os justos me rodearão, pois me farás muito bem. |
143 | 1 | Ó Senhor, ouve a minha oração, dá ouvidos às minhas súplicas! Atende-me na tua fidelidade, e na tua retidão; |
143 | 2 | e não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente. |
143 | 3 | Pois o inimigo me perseguiu; abateu-me até o chão; fez-me habitar em lugares escuros, como aqueles que morreram há muito. |
143 | 4 | Pelo que dentro de mim esmorece o meu espírito, e em mim está desolado o meu coração. |
143 | 5 | Lembro-me dos dias antigos; considero todos os teus feitos; medito na obra das tuas mãos. |
143 | 6 | A ti estendo as minhas mãos; a minha alma, qual terra sedenta, tem sede de ti. |
143 | 7 | Atende-me depressa, ó Senhor; o meu espírito desfalece; não escondas de mim o teu rosto, para que não me torne semelhante aos que descem à cova. |
143 | 8 | Faze-me ouvir da tua benignidade pela manhã, pois em ti confio; faze-me saber o caminho que devo seguir, porque a ti elevo a minha alma. |
143 | 9 | Livra-me, ó Senhor, dos meus inimigos; porque em ti é que eu me refugio. |
143 | 10 | Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terreno plano. |
143 | 11 | Vivifica-me, ó Senhor, por amor do teu nome; por amor da tua justiça, tira-me da tribulação. |
143 | 12 | E por tua benignidade extermina os meus inimigos, e destrói todos os meus adversários, pois eu sou servo. |
144 | 1 | Bendito seja o Senhor, minha rocha, que adestra as minhas mãos para a peleja e os meus dedos para a guerra; |
144 | 2 | meu refúgio e minha fortaleza, meu alto retiro e meu e meu libertador, escudo meu, em quem me refugio; ele é quem me sujeita o meu povo. |
144 | 3 | Ó Senhor, que é o homem, para que tomes conhecimento dele, e o filho do homem, para que o consideres? |
144 | 4 | O homem é semelhante a um sopro; os seus dias são como a sombra que passa. |
144 | 5 | Abaixa, ó Senhor, o teu céu, e desce! Toca os montes, para que fumeguem! |
144 | 6 | Arremessa os teus raios, e dissipa-os; envia as tuas flechas, e desbarata-os! |
144 | 7 | Estende as tuas mãos desde o alto; livra-me, e arrebata-me das poderosas águas e da mão do estrangeiro, |
144 | 8 | cuja boca fala vaidade, e cuja mão direita é a destra da falsidade. |
144 | 9 | A ti, ó Deus, cantarei um cântico novo; com a harpa de dez cordas te cantarei louvores, |
144 | 10 | sim, a ti que dás a vitória aos reis, e que livras da espada maligna a teu servo Davi. |
144 | 11 | Livra-me, e tira-me da mão do estrangeiro, cuja boca fala mentiras, e cuja mão direita é a destra da falsidade. |
144 | 12 | Sejam os nossos filhos, na sua mocidade, como plantas bem desenvolvidas, e as nossas filhas como pedras angulares lavradas, como as de um palácio. |
144 | 13 | Estejam repletos os nossos celeiros, fornecendo toda sorte de provisões; as nossas ovelhas produzam a milhares e a dezenas de milhares em nosos campos; |
144 | 14 | os nossos bois levem ricas cargas; e não haja assaltos, nem sortidas, nem clamores em nossas ruas! |
144 | 15 | Bem-aventurado o povo a quem assim sucede! Bem-aventurado o povo cujo Deus é o Senhor. |
145 | 1 | Eu te exaltarei, ó Deus, rei meu; e bendirei o teu nome pelos séculos dos séculos. |
145 | 2 | Cada dia te bendirei, e louvarei o teu nome pelos séculos dos séculos. |
145 | 3 | Grande é o Senhor, e mui digno de ser louvado; e a sua grandeza é insondável. |
145 | 4 | Uma geração louvará as tuas obras à outra geração, e anunciará os teus atos poderosos. |
145 | 5 | Na magnificência gloriosa da tua majestade e nas tuas obras maravilhosas meditarei; |
145 | 6 | falar-se-á do poder dos teus feitos tremendos, e eu contarei a tua grandeza. |
145 | 7 | Publicarão a memória da tua grande bondade, e com júbilo celebrarão a tua justiça. |
145 | 8 | Bondoso e compassivo é o Senhor, tardio em irar-se, e de grande benignidade. |
145 | 9 | O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias estão sobre todas as suas obras. |
145 | 10 | Todas as tuas obras te louvarão, ó Senhor, e os teus santos te bendirão. |
145 | 11 | Falarão da glória do teu reino, e relatarão o teu poder, |
145 | 12 | para que façam saber aos filhos dos homens os teus feitos poderosos e a glória do esplendor do teu reino. |
145 | 13 | O teu reino é um reino eterno; o teu domínio dura por todas as gerações. |
145 | 14 | O Senhor sustém a todos os que estão a cair, e levanta a todos os que estão abatidos. |
145 | 15 | Os olhos de todos esperam em ti, e tu lhes dás o seu mantimento a seu tempo; |
145 | 16 | abres a mão, e satisfazes o desejo de todos os viventes. |
145 | 17 | Justo é o Senhor em todos os seus caminhos, e benigno em todas as suas obras. |
145 | 18 | Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade. |
145 | 19 | Ele cumpre o desejo dos que o temem; ouve o seu clamor, e os salva. |
145 | 20 | O Senhor preserva todos os que o amam, mas a todos os ímpios ele os destrói. |
145 | 21 | Publique a minha boca o louvor do Senhor; e bendiga toda a carne o seu santo nome para todo o sempre. |
146 | 1 | Louvai ao Senhor.Ó minha alma, louva ao Senhor. |
146 | 2 | Louvarei ao Senhor durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus enquanto viver. |
146 | 3 | Não confieis em príncipes, nem em filho de homem, em quem não há auxílio. |
146 | 4 | Sai-lhe o espírito, e ele volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos. |
146 | 5 | Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, e cuja esperança está no Senhor seu Deus |
146 | 6 | que fez os céus e a terra, o mar e tudo quanto neles há, e que guarda a verdade para sempre; |
146 | 7 | que faz justiça aos oprimidos, que dá pão aos famintos. O Senhor solta os encarcerados; |
146 | 8 | o Senhor abre os olhos aos cegos; o Senhor levanta os abatidos; o Senhor ama os justos. |
146 | 9 | O Senhor preserva os peregrinos; ampara o órfão e a viúva; mas transtorna o caminho dos ímpios. |
146 | 10 | O Senhor reinará eternamente: o teu Deus, ó Sião, reinará por todas as gerações. Louvai ao Senhor! |
147 | 1 | Louvai ao Senhor; porque é bom cantar louvores ao nosso Deus; pois isso é agradável, e decoroso é o louvor. |
147 | 2 | O Senhor edifica Jerusalém, congrega os dispersos de Israel; |
147 | 3 | sara os quebrantados de coração, e cura-lhes as feridas; |
147 | 4 | conta o número das estrelas, chamando-as a todas pelos seus nomes. |
147 | 5 | Grande é o nosso Senhor, e de grande poder; não há limite ao seu entendimento. |
147 | 6 | O Senhor eleva os humildes, e humilha os perversos até a terra. |
147 | 7 | Cantai ao Senhor em ação de graças; com a harpa cantai louvores ao nosso Deus. |
147 | 8 | Ele é que cobre o céu de nuvens, que prepara a chuva para a terra, e que faz produzir erva sobre os montes; |
147 | 9 | que dá aos animais o seu alimento, e aos filhos dos corvos quando clamam. |
147 | 10 | Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz nas pernas do homem. |
147 | 11 | O Senhor se compraz nos que o temem, nos que esperam na sua benignidade. |
147 | 12 | Louva, ó Jerusalém, ao Senhor; louva, ó Sião, ao teu Deus. |
147 | 13 | Porque ele fortalece as trancas das tuas portas; abençoa aos teus filhos dentro de ti. |
147 | 14 | Ele é quem estabelece a paz nas tuas fronteiras; quem do mais fino trigo te farta; |
147 | 15 | quem envia o seu mandamento pela terra; a sua palavra corre mui velozmente. |
147 | 16 | Ele dá a neve como lã, esparge a geada como cinza, |
147 | 17 | e lança o seu gelo em pedaços; quem pode resistir ao seu frio? |
147 | 18 | Manda a sua palavra, e os derrete; faz soprar o vento, e correm as águas; |
147 | 19 | ele revela a sua palavra a Jacó, os seus estatutos e as suas ordenanças a Israel. |
147 | 20 | Não fez assim a nenhuma das outras nações; e, quanto às suas ordenanças, elas não as conhecem. Louvai ao Senhor! |
148 | 1 | Louvai ao Senhor! Louvai ao Senhor desde o céu, louvai-o nas alturas! |
148 | 2 | Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todas as suas hostes! |
148 | 3 | Louvai-o, sol e lua; louvai-o, todas as estrelas luzentes! |
148 | 4 | Louvai-o, céus dos céus, e as águas que estão sobre os céus! |
148 | 5 | Louvem eles o nome do Senhor; pois ele deu ordem, e logo foram criados. |
148 | 6 | Também ele os estabeleceu para todo sempre; e lhes fixou um limite que nenhum deles ultrapassará. |
148 | 7 | Louvai ao Senhor desde a terra, vós, monstros marinhos e todos os abismos; |
148 | 8 | fogo e saraiva, neve e vapor; vento tempestuoso que excuta a sua palavra; |
148 | 9 | montes e todos os outeiros; árvores frutíferas e todos os cedros; |
148 | 10 | feras e todo o gado; répteis e aves voadoras; |
148 | 11 | reis da terra e todos os povos; príncipes e todos os juízes da terra; |
148 | 12 | mancebos e donzelas; velhos e crianças! |
148 | 13 | Louvem eles o nome do Senhor, pois só o seu nome é excelso; a sua glória é acima da terra e do céu. |
148 | 14 | Ele também exalta o poder do seu povo, o louvor de todos os seus santos, dos filhos de Israel, um povo que lhe é chegado. Louvai ao Senhor! |
149 | 1 | Louvai ao Senhor! Cantai ao Senhor um cântico novo, e o seu louvor na assembléia dos santos! |
149 | 2 | Alegre-se Israel naquele que o fez; regozijem-se os filhos de Sião no seu Rei. |
149 | 3 | Louvem-lhe o nome com danças, cantem-lhe louvores com adufe e harpa. |
149 | 4 | Porque o Senhor se agrada do seu povo; ele adorna os mansos com a salvação. |
149 | 5 | Exultem de glória os santos, cantem de alegria nos seus leitos. |
149 | 6 | Estejam na sua garganta os altos louvores de Deus, e na sua mão espada de dois gumes, |
149 | 7 | para exercerem vingança sobre as nações, e castigos sobre os povos; |
149 | 8 | para prenderem os seus reis com cadeias, e os seus nobres com grilhões de ferro; |
149 | 9 | para executarem neles o juízo escrito; esta honra será para todos os santos. Louvai ao Senhor! |
150 | 1 | Louvai ao Senhor! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu poder! |
150 | 2 | Louvai-o pelos seus atos poderosos; louvai-o conforme a excelência da sua grandeza! |
150 | 3 | Louvai-o ao som de trombeta; louvai-o com saltério e com harpa! |
150 | 4 | Louvai-o com adufe e com danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flauta! |
150 | 5 | Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos altissonantes! |
150 | 6 | Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao Senhor! |