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Multilingual Scriptures Home » Portuguese Bible » 2 Kings

Portuguese Bible
Chapter # Verse # Verse Detail
11Depois da morte de Acabe, Moabe se rebelou contra Israel.   
12Ora, Acazias caiu pela grade do seu quarto alto em Samária, e adoeceu; e enviou mensageiros, dizendo-lhes: Ide, e perguntai a Baal-Zebube, deus de Ecrom, se sararei desta doença.   
13O anjo do Senhor, porém, disse a Elias, o tisbita: Levanta- te, sobe para te encontrares com os mensageiros do rei de Samária, e dize-lhes: Porventura não há Deus em Israel, para irdes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom?   
14Agora, pois, assim diz o Senhor: Da cama a que subiste não descerás, mas certamnente morrerás. E Elias se foi.   
15Os mensageiros voltaram para Acazias, que lhes perguntou: Que há, que voltastes?   
16Responderam-lhe eles: Um homem subiu ao nosso encontro, e nos disse: Ide, voltai para o rei que vos mandou, e dizei-lhe: Assim diz o Senhor: Porventura não há Deus em Israel, para que mandes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? Portanto, da cama a que subiste não descerás, mas certamente morrerás.   
17Pelo que ele lhes indagou: Qual era a aparência do homem que subiu ao vosso encontro e vos falou estas palavras?   
18Responderam-lhe eles: Era um homem vestido de pelos, e com os lombos cingidos dum cinto de couro. Então disse ele: É Elias, o tisbita.   
19Então o rei lhe enviou um chefe de cinqüenta, com os seus cinqüenta. Este subiu a ter com Elias que estava sentado no cume do monte, e disse-lhe: ç homem de Deus, o rei diz: Desce.   
110Mas Elias respondeu ao chefe de cinqüenta, dizendo-lhe: Se eu, pois, sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinqüenta. Então desceu fogo do céu, e consumiu a ele e aos seus cinqüenta.   
111Tornou o rei a enviar-lhe outro chefe de cinqüenta com os seus cinqüenta. Este lhe falou, dizendo: ç homem de Deus, assim diz o rei: Desce depressa.   
112Também a este respondeu Elias: Se eu sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinqüenta. Então o fogo de Deus desceu do céu, e consumiu a ele e aos seus cinqüenta.   
113Ainda tornou o rei a enviar terceira vez um chefe de cinqüenta com os seus cinqüenta. E o terceiro chefe de cinqüenta, subindo, veio e pôs-se de joelhos diante de Elias e suplicou-lhe, dizendo: ç homem de Deus, peço-te que seja preciosa aos teus olhos a minha vida, e a vida destes cinqüenta teus servos.   
114Eis que desceu fogo do céu, e consumiu aqueles dois primeiros chefes de cinqüenta, com os seus cinqüenta; agora, porém, seja preciosa aos teus olhos a minha vida.   
115Então o anjo do Senhor disse a Elias: Desce com este; não tenhas medo dele. Levantou-se, pois, e desceu com ele ao rei.   
116E disse-lhe: Assim diz o Senhor: Por que enviaste mensageiros a consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? Porventura é porque não há Deus em Israel, para consultares a sua palavra? Portanto, desta cama a que subiste não descerás, mas certamente morrerás.   
117Assim, pois, morreu conforme a palavra do Senhor que Elias falara. E Jorão começou a reinar em seu lugar no ano segundo de Jeorão, filho de Jeosafá, rei de Judá; porquanto Acazias não tinha filho.   
118Ora, o restante dos feitos de Acazias, porventura não está escrito no livro das crônicas dos reis de Israel?   
21Quando o Senhor estava para tomar Elias ao céu num redemoinho, Elias partiu de Gilgal com Eliseu.   
22Disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o Senhor me envia a Betel. Eliseu, porém disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te deixarei. E assim desceram a Betel.   
23Então os filhos dos profetas que estavam em Betel saíram ao encontro de Eliseu, e lhe disseram: Sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor por sobre a tua cabeça? E ele disse: Sim, eu o sei; calai-vos.   
24E Elias lhe disse: Eliseu, fica-te aqui, porque o Senhor me envia a Jericó. Ele, porém, disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te deixarei. E assim vieram a Jericó.   
25Então os filhos dos profetas que estavam em Jericó se chegaram a Eliseu, e lhe disseram: Sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor por sobre a tua cabeça? E ele disse: Sim, eu o sei; calai-vos.   
26E Elias lhe disse: Fica-te aqui, porque o senhor me envia ao Jordão. Mas ele disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te deixarei. E assim ambos foram juntos.   
27E foram cinqüenta homens dentre os filhos dos profetas, e pararam defronte deles, de longe; e eles dois pararam junto ao Jordão.   
28Então Elias tomou a sua capa e, dobrando-a, feriu as águas, as quais se dividiram de uma à outra banda; e passaram ambos a pé enxuto.   
29Havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja sobre mim dobrada porção de teu espírito.   
210Respondeu Elias: Coisa difícil pediste. Todavia, se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará; porém, se não, não se fará.   
211E, indo eles caminhando e conversando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.   
212O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai! o carro de Israel, e seus cavaleiros! E não o viu mais. Pegou então nas suas vestes e as rasgou em duas partes;   
213tomou a capa de Elias, que dele caíra, voltou e parou à beira do Jordão.   
214Então, pegando da capa de Elias, que dele caíra, feriu as águas e disse: Onde está o Senhor, o Deus de Elias? Quando feriu as águas, estas se dividiram de uma à outra banda, e Eliseu passou.   
215Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte dele em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. E vindo ao seu encontro, inclinaram-se em terra diante dele.   
216E disseram-lhe: Eis que entre os teus servos há cinqüenta homens valentes. Deixa-os ir, pedimos-te, em busca do teu senhor; pode ser que o Espírito do Senhor o tenha arrebatado e lançado nalgum monte, ou nalgum vale. Ele, porém, disse: Não os envieis.   
217Mas insistiram com ele, até que se envergonhou; e disse-lhes: Enviai. E enviaram cinqüenta homens, que o buscaram três dias, porém não o acharam.   
218Então voltaram para Eliseu, que ficara em Jericó; e ele lhes disse: Não vos disse eu que não fôsseis?   
219Os homens da cidade disseram a Eliseu: Eis que a situação desta cidade é agradável, como vê o meu senhor; porém as águas são péssimas, e a terra é estéril.   
220E ele disse: Trazei-me um jarro novo, e ponde nele sal. E lho trouxeram.   
221Então saiu ele ao manancial das águas e, deitando sal nele, disse: Assim diz o Senhor: Sarei estas águas; não mais sairá delas morte nem esterilidade.   
222E aquelas águas ficaram sãs, até o dia de hoje, conforme a palavra que Eliseu disse.   
223Então subiu dali a Betel; e, subindo ele pelo caminho, uns meninos saíram da cidade, e zombavam dele, dizendo: Sobe, calvo; sobe, calvo!   
224E, virando-se ele para trás, os viu, e os amaldiçoou em nome do Senhor. Então duas ursas saíram do bosque, e despedaçaram quarenta e dois daqueles meninos.   
225E dali foi para o monte Carmelo, de onde voltou para Samária.   
31Ora, Jorão, filho de Acabe, começou a reinar sobre Israel, em Samária, no décimo oitavo ano de Jeosafá, rei de Judá, e reinou doze anos.   
32Fez o que era mau aos olhos do Senhor, porém não como seu pai, nem como sua mãe; pois tirou a coluna de Baal que seu pai fizera.   
33Contudo aderiu aos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com que este fizera Israel pecar, e deles não se apartou.   
34Ora, Messa, rei dos moabitas, era criador de ovelhas, e pagava de tributo ao rei de Israel cem mil cordeiros, e cem mil carneiros com a sua lã.   
35Sucedeu, porém, que, morrendo Acabe, o rei dos moabitas se rebelou contra o rei de Israel.   
36Por isso, nesse mesmo tempo Jorão saiu de Samária e fez revista de todo o Israel.   
37E, pondo-se em marcha, mandou dizer a Jeosafá, rei de Judá: O rei dos moabitas rebelou-se contra mim; irás tu comigo a guerra contra os moabitas? Respondeu ele: Irei; como tu és sou eu, o meu povo como o teu povo, e os meus cavalos como os teus cavalos.   
38E perguntou: Por que caminho subiremos? Respondeu-lhe Jorão: Pelo caminho do deserto de Edom.   
39Partiram, pois, o rei de Israel, o rei de Judá e o rei de Edom; e andaram rodeando durante sete dias; e não havia água para o exército nem para o gado que os seguia.   
310Disse então o rei de Israel: Ah! o Senhor chamou estes três reis para entregá-los nas mãos dos moabitas.   
311Perguntou, porém, Jeosafá: Não há aqui algum profeta do Senhor por quem consultemos ao Senhor? Então respondeu um dos servos do rei de Israel, e disse: Aqui está Eliseu, filho de Safate, que deitava água sobre as mãos de Elias.   
312Disse Jeosafá: A palavra do Senhor está com ele. Então o rei de Israel, e Jeosafá, e o rei de Edom desceram a ter com ele.   
313Eliseu disse ao rei de Israel: Que tenho eu contigo? Vai ter com os profetas de teu pai, e com os profetas de tua mãe. O rei de Israel, porém, lhe disse: Não; porque o Senhor chamou estes três reis para entregá-los nas mãos dos moabitas.   
314Respondeu Eliseu: Vive o Senhor dos exércitos, em cuja presença estou, que se eu não respeitasse a presença de Jeosafá, rei de Judá, não te contemplaria, nem te veria.   
315Agora, contudo, trazei-me um harpista. E sucedeu que, enquanto o harpista tocava, veio a mão do Senhor sobre Eliseu.   
316E ele disse: Assim diz o Senhor: Fazei neste vale muitos poços.   
317Porque assim diz o Senhor: Não vereis vento, nem vereis chuva; contudo este vale se encherá de água, e bebereis vós, os vossos servos e os vossos animais.   
318E ainda isso é pouco aos olhos do Senhor; também entregará ele os moabitas nas vossas mãos,   
319e ferireis todas as cidades fortes e todas as cidades escolhidas, cortareis todas as boas árvores, tapareis todas as fontes d`água, e cobrireis de pedras todos os bons campos.   
320E sucedeu que, pela manhã, à hora de se oferecer o sacrifício, eis que vinham as águas pelo caminho de Edom, e a terra se encheu d`água:   
321Ouvindo, pois, todos os moabitas que os reis tinham subido para pelejarem contra eles, convocaram-se todos os que estavam em idade de pegar armas, e daí para cima, e puseram-se às fronteiras.   
322Levantaram-se os moabitas de madrugada e, resplandecendo o sol sobre as águas, viram diante de si as águas vermelhas como sangue;   
323e disseram: Isto é sangue; certamente os reis pelejaram entre si e se mataram um ao outro! Agora, pois, à presa, moabitas!   
324Quando, porém, chegaram ao arraial de Israel, os israelitas se levantaram, e bateram os moabitas, os quais fugiram diante deles; e ainda entraram na terra, ferindo ali também os moabitas.   
325E arrasaram as cidades; e cada um deles lançou pedras em todos os bons campos, entulhando-os; taparam todas as fontes d`água, e cortaram todas as boas árvores; somente a Quir-Haresete deixaram ficar as pedras; contudo os fundeiros a cercaram e a feriram.   
326Vendo o rei dos moabitas que a peleja prevalecia contra ele, tomou consigo setecentos homens que arrancavam da espada, para romperem contra o rei de Edom; porém não puderam.   
327Então tomou a seu filho primogênito, que havia de reinar em seu lugar, e o ofereceu em holocausto sobre o muro, pelo que houve grande indignação em Israel; por isso retiraram-se dele, e voltaram para a sua terra.   
41Ora uma dentre as mulheres dos filhos dos profetas clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao Senhor. Agora acaba de chegar o credor para levar-me os meus dois filhos para serem escravos.   
42Perguntou-lhe Eliseu: Que te hei de fazer? Dize-me o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.   
43Disse-lhe ele: Vai, pede emprestadas vasilhas a todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas.   
44Depois entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos; deita azeite em todas essas vasilhas, e põe à parte a que estiver cheia.   
45Então ela se apartou dele. Depois, fechada a porta sobre si e sobre seus filhos, estes lhe chegavam as vasilhas, e ela as enchia.   
46Cheias que foram as vasilhas, disse a seu filho: Chega-me ainda uma vasilha. Mas ele respondeu: Não há mais vasilha nenhuma. Então o azeite parou.   
47Veio ela, pois, e o fez saber ao homem de Deus. Disse-lhe ele: Vai, vende o azeite, e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.   
48Sucedeu também certo dia que Eliseu foi a Suném, onde havia uma mulher rica que o reteve para comer; e todas as vezes que ele passava por ali, lá se dirigia para comer.   
49E ela disse a seu marido: Tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus.   
410Façamos-lhe, pois, um pequeno quarto sobre o muro; e ponhamos-lhe ali uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; e há de ser que, quando ele vier a nós se recolherá ali.   
411Sucedeu que um dia ele chegou ali, recolheu-se àquele quarto e se deitou.   
412Então disse ao seu moço Geazi: Chama esta sunamita. Ele a chamou, e ela se apresentou perante ele.   
413Pois Eliseu havia dito a Geazi: Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado com todo o desvelo; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale por ti ao rei, ou ao chefe do exército? Ao que ela respondera: Eu habito no meio do meu povo.   
414Então dissera ele: Que se há de fazer, pois por ela? E Geazi dissera: Ora, ela não tem filho, e seu marido é velho.   
415Pelo que disse ele: Chama-a. E ele a chamou, e ela se pôs à porta.   
416E Eliseu disse: Por este tempo, no ano próximo, abraçarás um filho. Respondeu ela: Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva.   
417Mas a mulher concebeu, e deu à luz um filho, no tempo determinado, no ano seguinte como Eliseu lhe dissera.   
418Tendo o menino crescido, saiu um dia a ter com seu pai, que estava com os segadores.   
419Disse a seu pai: Minha cabeça! minha cabeça! Então ele disse a um moço: Leva-o a sua mae.   
420Este o tomou, e o levou a sua mãe; e o menino esteve sobre os joelhos dela até o meio-dia, e então morreu.   
421Ela subiu, deitou-o sobre a cama do homem de Deus e, fechando sobre ele a porta, saiu.   
422Então chamou a seu marido, e disse: Manda-me, peço-te, um dos moços e uma das jumentas, para que eu corra ao homem de Deus e volte.   
423Disse ele: Por que queres ir ter com ele hoje? Não é lua nova nem sábado. E ela disse: Tudo vai bem.   
424Então ela fez albardar a jumenta, e disse ao seu moço: Guia e anda, e não me detenhas no caminhar, senão quando eu to disser.   
425Partiu pois, e foi ter com o homem de Deus, ao monte Carmelo; e sucedeu que, vendo-a de longe o homem de Deus, disse a Geazi, seu moço: Eis aí a sunamita;   
426corre-lhe ao encontro e pergunta-lhe: Vais bem? Vai bem teu marido? Vai bem teu filho? Ela respondeu: Vai bem.   
427Chegando ela ao monte, à presença do homem de Deus, apegou- se-lhe aos pés. Chegou-se Geazi para a retirar, porém, o homem de Deus lhe disse: Deixa-a, porque a sua alma está em amargura, e o Senhor mo encobriu, e não mo manifestou.   
428Então disse ela: Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes?   
429Ao que ele disse a Geazi: Cinge os teus lombos, toma o meu bordão na mão, e vai. Se encontrares alguém, não o saúdes; e se alguém te saudar, não lhe respondas; e põe o meu bordão sobre o rosto do menino.   
430A mãe do menino, porém, disse: Vive o senhor, e vive a tua alma, que não te hei de deixar. Então ele se levantou, e a seguiu.   
431Geazi foi adiante deles, e pôs o bordão sobre o rosto do menino; porém não havia nele voz nem sentidos. Pelo que voltou a encontrar-se com Eliseu, e o informou, dizendo: O menino não despertou.   
432Quando Eliseu chegou à casa, eis que o menino jazia morto sobre a sua cama.   
433Então ele entrou, fechou a porta sobre eles ambos, e orou ao Senhor.   
434Em seguida subiu na cama e deitou-se sobre o menino, pondo a boca sobre a boca do menino, os olhos sobre os seus olhos, e as mãos sobre as suas mãos, e ficou encurvado sobre ele até que a carne do menino aqueceu.   
435Depois desceu, andou pela casa duma parte para outra, tornou a subir, e se encurvou sobre ele; então o menino espirrou sete vezes, e abriu os olhos.   
436Eliseu chamou a Geazi, e disse: Chama essa sunamita. E ele a chamou. Quando ela se lhe apresentou, disse ele :Toma o teu filho.   
437Então ela entrou, e prostrou-se a seus pés, inclinando-se à terra; e tomando seu filho, saiu.   
438Eliseu voltou a Gilgal. E havia fome na terra; e os filhos dos profetas estavam sentados na sua presença. E disse ao seu moço: Põe a panela grande ao lume, e faze um caldo de ervas para os filhos dos profetas.   
439Então um deles saiu ao campo a fim de apanhar ervas, e achando uma parra brava, colheu dela a sua capa cheia de colocíntidas e, voltando, cortou-as na panela do caldo, não sabendo o que era.   
440Assim tiraram de comer para os homens. E havendo eles provado o caldo, clamaram, dizendo: ç homem de Deus, há morte na panela! E não puderam comer.   
441Ele, porém, disse: Trazei farinha. E deitou-a na panela, e disse: Tirai para os homens, a fim de que comam. E já não havia mal nenhum na panela.   
442Um homem veio de Baal-Salisa, trazendo ao homem de Deus pães das primícias, vinte pães de cevada, e espigas verdes no seu alforje. Eliseu disse: Dá ao povo, para que coma.   
443Disse, porém, seu servo: Como hei de pôr isto diante de cem homens? Ao que tornou Eliseu: Dá-o ao povo, para que coma; porque assim diz o Senhor: Comerão e sobejará.   
444Então lhos pôs diante; e comeram, e ainda sobrou, conforme a palavra do Senhor.   
51Ora, Naamã, chefe do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu senhor, e de muito respeito, porque por ele o Senhor dera livramento aos sírios; era homem valente, porém leproso.   
52Os sírios, numa das suas investidas, haviam levado presa, da terra de Israel, uma menina que ficou ao serviço da mulher de Naamã.   
53Disse ela a sua senhora: Oxalá que o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samária! Pois este o curaria da sua lepra.   
54Então Naamã foi notificar a seu senhor, dizendo: Assim e assim falou a menina que é da terra de Israel.   
55Respondeu o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. Foi, pois, e levou consigo dez talentos de prata, e seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa.   
56Também levou ao rei de Israel a carta, que dizia: Logo, em chegando a ti esta carta, saberás que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o cures da sua lepra.   
57Tendo o rei de Israel lido a carta, rasgou as suas vestes, e disse: Sou eu Deus, que possa matar e vivificar, para que este envie a mim um homem a fim de que eu o cure da sua lepra? Notai, peço-vos, e vede como ele anda buscando ocasião contra mim.   
58Quando Eliseu, o homem de Deus, ouviu que o rei de Israel rasgara as suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir ter comigo, e saberá que há profeta em Israel.   
59Veio, pois, Naamã com os seus cavalos, e com o seu carro, e parou à porta da casa de Eliseu.   
510Então este lhe mandou um mensageiro, a dizer-lhe: Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne tornará a ti, e ficarás purificado.   
511Naamã, porém, indignado, retirou-se, dizendo: Eis que pensava eu: Certamente ele sairá a ter comigo, pôr-se-á em pé, invocará o nome do Senhor seu Deus, passará a sua mão sobre o lugar, e curará o leproso.   
512Não são, porventura, Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? não poderia eu lavar-me neles, e ficar purificado? Assim se voltou e se retirou com indignação.   
513Os seus servos, porém, chegaram-se a ele e lhe falaram, dizendo: Meu pai, se o profeta te houvesse indicado alguma coisa difícil, porventura não a terias cumprido? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te, e ficarás purificado.   
514Desceu ele, pois, e mergulhou-se no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus; e a sua carne tornou-se como a carne dum menino, e ficou purificado.   
515Então voltou ao homem de Deus, ele e toda a sua comitiva; chegando, pôs-se diante dele, e disse: Eis que agora sei que em toda a terra não há Deus senão em Israel; agora, pois, peço-te que do teu servo recebas um presente.   
516Ele, porém, respondeu: Vive o Senhor, em cuja presença estou, que não o receberei. Naamã instou com ele para que o tomasse; mas ele recusou.   
517Ao que disse Naamã: Seja assim; contudo dê-se a este teu servo terra que baste para carregar duas mulas; porque nunca mais oferecerá este teu servo holocausto nem sacrifício a outros deuses, senão ao Senhor.   
518Nisto perdoe o Senhor ao teu servo: Quando meu amo entrar na casa de Rimom para ali adorar, e ele se apoiar na minha mão, e eu também me tenha de encurvar na casa de Rimom; quando assim me encurvar na casa de Rimom, nisto perdoe o Senhor ao teu servo.   
519Eliseu lhe disse: Vai em paz.   
520Quando Naamã já ia a uma pequena distância, Geazi, moço de Eliseu, o homem de Deus, disse: Eis que meu senhor poupou a este sírio Naamã, não recebendo da mão dele coisa alguma do que trazia; vive o Senhor, que hei de correr atrás dele, e receber dele alguma coisa.   
521Foi pois, Geazi em alcance de Naamã. Este, vendo que alguém corria atrás dele, saltou do carro a encontrá-lo, e perguntou: Vai tudo bem?   
522Respondeu ele: Tudo vai bem. Meu senhor me enviou a dizer-te: Eis que agora mesmo vieram a mim dois mancebos dos filhos dos profetas da região montanhosa de Efraim; dá-lhes, pois, um talento de prata e duas mudas de roupa.   
523Disse Naamã: Sê servido de tomar dois talentos. E instou com ele, e amarrou dois talentos de prata em dois sacos, com duas mudas de roupa, e pô-los sobre dois dos seus moços, os quais os levaram adiante de Geazi.   
524Tendo ele chegado ao outeiro, tomou-os das mãos deles e os depositou na casa; e despediu aqueles homens, e eles se foram.   
525Mas ele entrou e pôs-se diante de seu amo. Então lhe perguntou Eliseu: Donde vens, Geazi? Respondeu ele: Teu servo não foi a parte alguma.   
526Eliseu porém, lhe disse: Porventura não foi contigo o meu coração, quando aquele homem voltou do seu carro ao teu encontro? Era isto ocasião para receberes prata e roupa, olivais e vinhas, ovelhas e bois, servos e servas?   
527Portanto a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua descendência para sempre. Então Geazi saiu da presença dele leproso, branco como a neve.   
61Os filhos dos profetas disseram a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face é estreito demais para nós.   
62Vamos, pois até o Jordão, tomemos de lá cada um de nós, uma viga, e ali edifiquemos para nós um lugar em que habitemos. Respondeu ele: Ide.   
63Disse-lhe um deles: Digna-te de ir com os teus servos. E ele respondeu: Eu irei.   
64Assim foi com eles; e, chegando eles ao Jordão, cortavam madeira.   
65Mas sucedeu que, ao derrubar um deles uma viga, o ferro do machado caiu na água; e ele clamou, dizendo: Ai, meu senhor! ele era emprestado.   
66Perguntou o homem de Deus: Onde caiu? E ele lhe mostrou o lugar. Então Eliseu cortou um pau, e o lançou ali, e fez flutuar o ferro.   
67E disse: Tira-o. E ele estendeu a mão e o tomou.   
68Ora, o rei da Síria fazia guerra a Israel; e teve conselho com os seus servos, dizendo: Em tal e tal lugar estará o meu acampamento.   
69E o homem de Deus mandou dizer ao rei de Israel: Guarda-te de passares por tal lugar porque os sírios estão descendo ali.   
610Pelo que o rei de Israel enviou àquele lugar, de que o homem de Deus lhe falara, e de que o tinha avisado, e assim se salvou. Isso aconteceu não uma só vez, nem duas.   
611Turbou-se por causa disto o coração do rei da Síria que chamou os seus servos, e lhes disse: Não me fareis saber quem dos nossos é pelo rei de Israel?   
612Respondeu um dos seus servos: Não é assim, ó rei meu senhor, mas o profeta Eliseu que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que falas na tua câmara de dormir.   
613E ele disse: Ide e vede onde ele está, para que eu envie e mande trazê-lo. E foi-lhe dito; Eis que está em Dotã.   
614Então enviou para lá cavalos, e carros, e um grande exército, os quais vieram de noite e cercaram a cidade.   
615Tendo o moço do homem de Deus se levantado muito cedo, saiu, e eis que um exército tinha cercado a cidade com cavalos e carros. Então o moço disse ao homem de Deus: Ai, meu senhor! que faremos?   
616Respondeu ele: Não temas; porque os que estão conosco são mais do que os que estão com eles.   
617E Eliseu orou, e disse: ç senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo em redor de Eliseu.   
618Quando os sírios desceram a ele, Eliseu orou ao Senhor, e disse: Fere de cegueira esta gente, peço-te. E o Senhor os feriu de cegueira, conforme o pedido de Eliseu.   
619Então Eliseu lhes disse: Não é este o caminho, nem é esta a cidade; segui-me, e guiar-vos-ei ao homem que buscais. E os guiou a Samária.   
620E sucedeu que, chegando eles a Samária, disse Eliseu: Ó Senhor, abre a estes os olhos para que vejam. O Senhor lhes abriu os olhos, e viram; e eis que estavam no meio de Samária.   
621Quando o rei de Israel os viu, disse a Eliseu: Feri-los-ei, feri-los-ei, meu pai?   
622Respondeu ele: Não os ferirás; feririas tu os que tomasses prisioneiros com a tua espada e com o teu arco? Põe-lhes diante pão e água, para que comam e bebam, e se vão para seu senhor.   
623Preparou-lhes, pois, um grande banquete; e eles comeram e beberam; então ele os despediu, e foram para seu senhor. E as tropas dos sírios desistiram de invadir a terra de Israel.   
624Sucedeu, depois disto, que Bene-Hadade, rei da Síria, ajuntando todo o seu exército, subiu e cercou Samária.   
625E houve grande fome em Samária, porque mantiveram o cerco até que se vendeu uma cabeça de jumento por oitenta siclos de prata, e a quarta parte dum cabo de esterco de pombas por cinco siclos de prata.   
626E sucedeu que, passando o rei de Israel pelo muro, uma mulher lhe gritou, dizendo: Acode-me, ó rei meu Senhor.   
627Mas ele lhe disse: Se o Senhor não te acode, donde te acudirei eu? da eira ou do lagar?   
628Contudo o rei lhe perguntou: Que tens? E disse ela: Esta mulher me disse: Dá cá o teu filho, para que hoje o comamos, e amanhã comeremos o meu filho.   
629cozemos, pois, o meu filho e o comemos; e ao outro dia lhe disse eu: Dá cá o teu filho para que o comamos; e ela escondeu o seu filho.   
630Ouvindo o rei as palavras desta mulher, rasgou as suas vestes (ora, ele ia passando pelo muro); e o povo olhou e viu que o rei trazia saco por dentro, sobre a sua carne.   
631Então disse ele: Assim me faça Deus, e outro tanto, se a cabeça de Eliseu, filho de Safate, lhe ficar hoje sobre os ombros.   
632Estava então Eliseu sentado em sua casa, e também os anciãos estavam sentados com ele, quando o rei enviou um homem adiante de si; mas, antes que o mensageiro chegasse a Eliseu, disse este aos anciãos: Vedes como esse filho de homicida mandou tirar-me a cabeça? Olhai quando vier o mensageiro, fechai a porta, e empurrai-o para fora com a porta. Porventura não vem após ele o ruído dos pés do seu senhor?   
633Quando Eliseu ainda estava falando com eles, eis que o mensageiro desceu a ele; e disse: Eis que este mal vem do Senhor; por que, pois, esperaria eu mais pelo Senhor ?   
71Então disse Eliseu: Ouvi a palavra do Senhor; assim diz o Senhor: Amanhã, por estas horas, haverá uma medida de farinha por um siclo, e duas medidas de cevada por um siclo, à porta de Samária.   
72porém o capitão em cujo braço o rei se apoiava respondeu ao homem de Deus e disse: Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poderia isso suceder? Disse Eliseu: Eis que o verás com os teus olhos, porém não comeras.   
73Ora, quatro homens leprosos estavam à entrada da porta; e disseram uns aos outros: Para que ficamos nós sentados aqui até morrermos?   
74Se dissermos: Entremos na cidade; há fome na cidade, e morreremos aí; e se ficarmos sentados aqui, também morreremos. Vamo-nos, pois, agora e passemos para o arraial dos sírios; se eles nos deixarem viver, viveremos; e se nos matarem, tão somente morreremos.   
75Levantaram-se, pois, ao crepúsculo, para irem ao arraial dos sírios; e, chegando eles à entrada do arraial, eis que não havia ali ninguém.   
76Porque o Senhor fizera ouvir no arraial dos sírios um ruído de carros e de cavalos, como de um grande exército; de maneira que disseram uns aos outros: Eis que o rei de Israel alugou contra nós os reis dos heteus e os reis dos egípcios, para virem sobre nós.   
77Pelo que se levantaram e fugiram, ao crepúsculo; deixaram as suas tendas, os seus cavalos e os seus jumentos, isto é, o arraial tal como estava, e fugiram para salvarem as suas vidas.   
78Chegando, pois, estes leprosos à entrada do arraial, entraram numa tenda, comeram e beberam; e tomando dali prata, ouro e vestidos, foram e os esconderam; depois voltaram, entraram em outra tenda, e dali também tomaram alguma coisa e a esconderam.   
79Então disseram uns aos outros: Não fazemos bem; este dia é dia de boas novas, e nós nos calamos. Se esperarmos até a luz da manhã, algum castigo nos sobrevirá; vamos, pois, agora e o anunciemos à casa do rei.   
710Vieram, pois, bradaram aos porteiros da cidade, e lhes anunciaram, dizendo: Fomos ao arraial dos sírios e eis que lá não havia ninguém, nem voz de homem, porém só os cavalos e os jumentos atados, e as tendas como estavam.   
711Assim chamaram os porteiros, e estes o anunciaram dentro da casa do rei.   
712E o rei se levantou de noite, e disse a seus servos: Eu vos direi o que é que os sírios nos fizeram. Bem sabem eles que estamos esfaimados; pelo que saíram do arraial para se esconderem no campo, dizendo: Quando saírem da cidade, então os tomaremos vivos, e entraremos na cidade.   
713Então um dos seus servos respondeu, dizendo: Tomem-se, pois, cinco dos cavalos do resto que ficou aqui dentro (eis que eles estão como toda a multidão dos israelitas que ficaram aqui de resto, e que se vêm extenuando), e enviemo-los, e vejamos.   
714Tomaram pois dois carros com cavalos; e o rei os enviou com mensageiros após o exército dos sírios, dizendo-lhe: Ide, e vede.   
715E foram após ele até o Jordão; e eis que todo o caminho estava cheio de roupas e de objetos que os sírios, na sua precipitação, tinham lançado fora; e voltaram os mensageiros, e o anunciaram ao rei.   
716Então saiu o povo, e saqueou o arraial dos sírios. Assim houve uma medida de farinha por um siclo e duas medidas de cevada por um siclo, conforme a palavra do Senhor.   
717O rei pusera à porta o capitão em cujo braço ele se apoiava; e o povo o atropelou na porta, de sorte que morreu, como falara o homem de Deus quando o rei descera a ter com ele.   
718Porque, quando o homem de Deus falara ao rei, dizendo: Amanhã, por estas horas, haverá duas medidas de cevada por um siclo, e uma medida de farinha por um siclo, à porta de Samária,   
719aquele capitão respondera ao homem de Deus: Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu poderia isso suceder? e ele dissera: Eis que o verás com os teus olhos, porém não comerás.   
720E assim foi; pois o povo o atropelou à porta, e ele morreu.   
81Ora Eliseu havia falado àquela mulher cujo filho ele ressuscitara, dizendo: Levanta-te e vai, tu e a tua família, e peregrina onde puderes peregrinar; porque o Senhor chamou a fome, e ela virá sobre a terra por sete anos.   
82A mulher, pois, levantou-se e fez conforme a palavra do homem de Deus; foi com a sua família, e peregrinou na terra dos filisteus sete anos.   
83Mas ao cabo dos sete anos, a mulher voltou da terra dos filisteus, e saiu a clamar ao rei pela sua casa e pelas suas terras.   
84Ora, o rei falava a Geazi, o moço do homem de Deus, dizendo: Conta-me, peço-te, todas as grandes obras que Eliseu tem feito.   
85E sucedeu que, contando ele ao rei como Eliseu ressuscitara aquele que estava morto, eis que a mulher cujo filho ressuscitara veio clamar ao rei pela sua casa e pelas suas terras. Então disse Geazi: ç rei meu senhor, esta é a mulher, e este o seu filho a quem Eliseu ressuscitou.   
86O rei interrogou a mulher, e ela lhe contou o caso. Então o rei lhe designou um oficial, ao qual disse: Faze restituir-lhe tudo quanto era seu, e todas as rendas das terras desde o dia em que deixou o país até agora.   
87Depois veio Eliseu a Damasco. E estando Bene-Hadade, rei da Síria, doente, lho anunciaram, dizendo: O homem de Deus chegou aqui.   
88Então o rei disse a Hazael: Toma um presente na tua mão, vai encontrar-te com o homem de Deus e por meio dele consulta ao Senhor, dizendo: Sararei eu desta doença?   
89Foi, pois, Hazael encontrar-se com ele, e levou consigo um presente, a saber, quarenta camelos carregados de tudo o que havia de bom em Damasco. Ao chegar, apresentou-se a ele e disse: Teu filho Bene-Hadade, rei da Síria, enviou-me a ti para perguntar: sararei eu desta doença?   
810Respondeu-lhe Eliseu: Vai e dize-lhe: Hás de sarar. Contudo o Senhor me mostrou que ele morrerá.   
811E olhou para Hazael, fitando nele os olhos até que este ficou confundido; e o homem de Deus chorou.   
812Então disse Hazael: Por que meu senhor está chorando? E ele disse: Porque sei o mal que hás de fazer aos filhos de Israel: Porás fogo às suas fortalezas, matarás à espada os seus mancebos, despedaçarás os seus pequeninos e fenderás as suas mulheres grávidas.   
813Ao que disse Hazael: Que é o teu servo, que não é mais do que um cão, para fazer tão grande coisa? Respondeu Eliseu: O Senhor mostrou-me que tu hás de ser rei da Síria.   
814Então apartou-se de Eliseu, e voltou ao seu senhor, o qual lhe perguntou: Que te disse Eliseu? Respondeu ele: Disse-me que certamente sararás.   
815Ao outro dia Hazael tomou um cobertor, molhou-o na água e o estendeu sobre o rosto do rei, de modo que este morreu. E Hazael reinou em seu lugar.   
816Ora, no ano quinto de Jorão, filho de Acabe, rei de Israel, Jeorão, filho de Jeosafá, rei de Judá, começou a reinar.   
817Tinha trinta e dois anos quando começou a reinar, e reinou oito anos em Jerusalém.   
818E andou no caminho dos reis de Israel, como também fizeram os da casa de Acabe, porque tinha por mulher a filha de Acabe; e fez o que era mau aos olhos do Senhor.   
819Todavia o Senhor não quis destruir a Judá, por causa de Davi, seu servo, porquanto lhe havia prometido que lhe daria uma lâmpada, a ele e a seus filhos, para sempre.   
820Nos seus dias os edomitas se rebelaram contra o domínio de Judá, e constituiram um rei para si.   
821Pelo que Jeorão passou a Zair, com todos os seus carros; e ele se levantou de noite, com os chefes dos carros, e feriu os edomitas que o haviam cercado; mas o povo fugiu para as suas tendas.   
822Assim os edomitas ficaram rebelados contra o domínio de Judá até o dia de hoje. Também Libna se rebelou nesse mesmo tempo.   
823O restante dos atos de Jeorão, e tudo quanto fez, porventura não estão escritos no livro das crônicas de Judá?   
824Jeorão dormiu com seus pais, e foi sepultado junto a eles na cidade de Davi. E Acazias, seu filho, reinou em seu lugar.   
825No ano doze de Jorão, filho de Acabe, rei de Israel, começou a reinar Acazias, filho de Jeorão, rei de Judá.   
826Acazias tinha vinte e dois anos quando começou a reinar, e reinou um ano em Jerusalém. O nome de sua mãe era Atalia; era neta de Onri, rei de Israel.   
827Ele andou no caminho da casa de Acabe, e fez o que era mau aos olhos do Senhor, como a casa de Acabe, porque era genro de Acabe.   
828Ora, ele foi com Jorão, filho de Acabe, a Ramote-Gileade, a pelejar contra Hazael, rei da Síria; e os sírios feriram a Jorão.   
829Então voltou o rei Jorão para se curar em Jizreel das feridas que os sírios lhe fizeram em Ramá, quando pelejou contra Hazael, rei da Síria; e desceu Acazias, filho de Jeorão, rei de Judá, para ver Jorão, filho de Acabe, em Jizreel, porquanto estava doente.   
91Depois o profeta Eliseu chamou um dos filhos dos profetas, e lhe disse: Cinge os teus lombos, toma na mão este vaso de azeite e vai a Ramote-Gileade;   
92quando lá chegares, procura a Jeú, filho de Jeosafá, filho de Ninsi; entra, faze que ele se levante do meio de seus irmãos, e leva-o para uma câmara interior.   
93Toma, então, o vaso de azeite, derrama-o sobre a sua cabeça, e dize: Assim diz o Senhor: Ungi-te rei sobre Israel. Então abre a porta, foge e não te detenhas.   
94Foi, pois, o jovem profeta, a Ramote-Gileade.   
95E quando chegou, eis que os chefes do exército estavam sentados ali; e ele disse: Chefe, tenho uma palavra para te dizer. E Jeú perguntou: A qual de todos nós? Respondeu ele: A ti, chefe!   
96Então Jeú se levantou, e entrou na casa; e o mancebo derramou-lhe o azeite sobre a cabeça, e lhe disse: Assim diz o Senhor Deus de Israel: Ungi-te rei sobre o povo do Senhor, sobre Israel.   
97Ferirás a casa de Acabe, teu senhor, para que eu vingue da mão de Jezabel o sangue de meus servos, os profetas, e o sangue de todos os servos do Senhor.   
98Pois toda a casa de Acabe perecerá; e destruirei de Acabe todo filho varão, tanto o escravo como o livre em Israel.   
99Porque hei de fazer a casa de Acabe como a casa de Jeroboão, filho de Nebate, e como a casa de Baasa, filho de Aías.   
910Os cães comerão a Jezabel no campo de Jizreel; não haverá quem a enterre. Então o mancebo abriu a porta e fugiu.   
911Saiu então Jeú aos servos de seu senhor; e um lhe perguntou: Vai tudo bem? Por que veio a ti esse louco? E ele lhes respondeu: Bem conheceis o homem e o seu falar.   
912Mas eles replicaram. É mentira; dize-no-lo, pedimos-te. Ao que disse Jeú: Assim e assim ele me falou, dizendo: Assim diz o Senhor: Ungi-te rei sobre Israel.   
913Então se apressaram, e cada um tomou a sua capa e a pôs debaixo dele, no mais alto degrau; e tocaram a buzina, e disseram: Jeú reina!   
914Assim Jeú, filho de Jeosafá, filho de Ninsi, conspirou contra Jorão. (Ora, tinha Jorão cercado a Ramote-Gileade, ele e todo o Israel, por causa de Hazael, rei da Síria;   
915porém o rei Jorão tinha voltado para se curar em Jizreel das feridas que os sírios lhe fizeram, quando pelejou contra Hazael, rei da Síria.) E disse Jeú: Se isto é o vosso parecer, ninguém escape nem saia da cidade para ir dar a nova em Jizreel.   
916Então Jeú subiu a um carro, e foi a Jizreel; porque Jorão estava acamado ali; e também Acazias, rei de Judá, descera para ver Jorão.   
917O atalaia que estava na torre de Jizreel viu a tropa de Jeú, que vinha e disse: Vejo uma tropa. Disse Jorão: Toma um cavaleiro, e envia-o ao seu encontro a perguntar: Há paz?   
918E o cavaleiro lhe foi ao encontro, e disse: Assim diz o rei: Há paz? Respondeu Jeú: Que tens tu que fazer com a paz? Passa para trás de mim. E o atalaia deu aviso, dizendo: Chegou a eles o mensageiro, porém não volta.   
919Então Jorão enviou outro cavaleiro; e, chegando este a eles, disse Assim diz o rei: Há paz? Respondeu Jeú: Que tens tu que fazer com a paz? Passa para trás de mim.   
920E o atalaia deu aviso, dizendo: Também este chegou a eles, porém não volta; e o andar se parece com o andar de Jeú, filho de Ninsi porque anda furiosamente.   
921Disse Jorão: Aparelha-me o carro! E lho aparelharam. Saiu Jorão, rei de Israel, com Acazias, rei de Judá, cada um em seu carro para irem ao encontro de Jeú, e o encontraram no campo de Nabote, o jizreelita.   
922E sucedeu que, vendo Jorão a Jeú, perguntou: Há paz, Jeú? Respondeu ele: Que paz, enquanto as prostituições da tua mãe Jezabel e as suas feitiçarias são tantas?   
923Então Jorão deu volta, e fugiu, dizendo a Acazias: Há traição, Acazias!   
924Mas Jeú, entesando o seu arco com toda a força, feriu Jorão entre as espáduas, e a flecha lhe saiu pelo coração; e ele caiu no seu carro.   
925Disse então Jeú a Bidcar, seu ajudante: Levanta-o, e lança-o no campo da herança de Nabote, o jizreelita; pois lembra-te de indo eu e tu juntos a cavalo após seu pai Acabe, o Senhor pôs sobre ele esta sentença, dizendo:   
926Certamente vi ontem o sangue de Nabote e o sangue de seus filhos, diz o Senhor; e neste mesmo campo te retribuirei, diz o Senhor. Agora, pois, levanta-o, e lança-o neste campo, conforme a palavra do Senhor.   
927Quando Acazias, rei de Judá, viu isto, fugiu pelo caminho da casa do jardim. E Jeú o perseguiu, dizendo: A este também! Matai-o! Então o feriram no carro, à subida de Gur, que está junto a Ibleão; mas ele fugiu para Megido, e ali morreu.   
928E seus servos o levaram num carro a Jerusalém, e o sepultaram na sua sepultura junto a seus pais, na cidade de Davi.   
929Ora, Acazias começara a reinar sobre Judá no ano undécimo de Jorão, filho de Acabe.   
930Depois Jeú veio a Jizreel; o que ouvindo Jezabel, pintou-se em volta dos olhos, e enfeitou a sua cabeça, e olhou pela janela.   
931Quando Jeú entrava pela porta, disse ela: Teve paz Zinri, que matou a seu senhor ?   
932Ao que ele levantou o rosto para a janela e disse: Quem é comigo? quem? E dois ou três eunucos olharam para ele.   
933Então disse ele: Lançai-a daí abaixo. E lançaram-na abaixo; e foram salpicados com o sangue dela a parede e os cavalos; e ele a atropelou.   
934E tendo ele entrado, comeu e bebeu; depois disse: Olhai por aquela maldita, e sepultai-a, porque é filha de rei.   
935Foram, pois, para a sepultar; porém não acharam dela senão a caveira, os pés e as palmas das mãos.   
936Então voltaram, e lho disseram. Pelo que ele disse: Esta é a palavra do Senhor, que ele falou por intermédio de Elias, o tisbita, seu servo, dizendo: No campo de Jizreel os cães comerão a carne de Jezabel,   
937e o seu cadáver será como esterco sobre o campo, na herdade de Jizreel; de modo que não se poderá dizer: Esta é Jezabel.   
101Ora, Acabe tinha setenta filhos em Samária. E Jeú escreveu cartas, e as enviou a Samária, aos chefes de Jizreel, aos anciãos, e aos aios dos filhos de Acabe, dizendo:   
102Logo que vos chegar esta carta, visto que estão convosco os filhos de vosso senhor, como também carros, e cavalos, e uma cidade fortificada, e armas,   
103escolhei o melhor e mais reto dos filhos de vosso senhor, ponde-o sobre o trono de seu pai, e pelejai pela casa de vosso senhor.   
104Eles, porém, temeram muitíssimo, e disseram: Eis que dois reis não lhe puderam resistir; como, pois, poderemos nós resistir-lhe?   
105Então o que tinha cargo da casa, o que tinha cargo da cidade, os anciãos e os aios mandaram dizer a Jeú: Nós somos teus servos, e tudo quanto nos ordenares faremos; a homem algum constituiremos rei. Faze o que parecer bem aos teus olhos.   
106Depois lhes escreveu outra carta, dizendo: Se sois comigo, e se quereis ouvir a minha voz, tomai as cabeças dos homens, filhos de vosso senhor, e amanhã a estas horas vinde ter comigo a Jizreel: Ora, os filhos do rei, que eram setenta, estavam com os grandes da cidade, que os criavam.:   
107Sucedeu pois, que, chegada a eles a carta, tomaram os setenta filhos do rei e os mataram; puseram as cabeças deles nuns cestos, e lhas mandaram a Jizreel.   
108Veio um mensageiro e lhe anunciou, dizendo: Trouxeram as cabeças dos filhos do rei. E ele disse: Ponde-as em dois montões à entrada da porta, até pela manhã.   
109Ao sair ele pela manhã, parou, e disse a todo o povo: Vós sois justos; eis que eu conspirei contra o meu senhor, e o matei; mas quem feriu a todos estes?   
1010Sabei, pois, agora que, da palavra do senhor, que o Senhor falou contra a casa de Acabe, nada cairá em terra; porque o Senhor tem feito o que falou por intermédio de seu servo Elias.   
1011E Jeú feriu todos os restantes da casa de Acabe em Jizreel, como também a todos os seus grandes, os seus amigos íntimos, e os seus sacerdotes, até não lhe deixar ficar nenhum de resto.   
1012Então Jeú se levantou e partiu para ir a Samária. E, estando no caminho, em Bete-Equede dos pastores,   
1013encontrou-se com os irmãos de Acazias, rei de Judá, e perguntou: Quem sois vós? Responderam eles: Somos os irmãos de Acazias; e descemos a saudar os filhos do rei e os filhos da rainha.   
1014Então disse ele: Apanhai-os vivos. E eles os apanharam vivos, quarenta e dois homens, e os mataram junto ao poço de Bete-Equede, e a nenhum deles deixou de resto.   
1015E, partindo dali, encontrou-se com Jonadabe, filho de Recabe, que lhe vinha ao encontro, ao qual saudou e lhe perguntou: O teu coração é sincero para comigo como o meu o é para contigo? Respondeu Jonadabe: É. Então, se é, disse Jeú, dá-me a tua mão. E ele lhe deu a mão; e Jeú fê-lo subir consigo ao carro,   
1016e disse: Vem comigo, e vê o meu zelo para com o Senhor. E fê-lo sentar consigo no carro.   
1017Quando Jeú chegou a Samária, feriu a todos os que restavam de Acabe em Samária, até os destruir, conforme a palavra que o Senhor dissera a Elias.   
1018Depois ajuntou Jeú todo o povo, e disse-lhe: Acabe serviu pouco a Baal; Jeú, porém, muito o servirá.   
1019Pelo que chamai agora à minha presença todos os profetas de Baal, todos os seus servos e todos os seus sacerdotes; não falte nenhum, porque tenho um grande sacrifício a fazer a Baal; aquele que faltar não viverá. Jeú, porém, fazia isto com astúcia, para destruir os adoradores de Baal.   
1020Disse mais Jeú: Consagrai a Baal uma assembléia solene. E eles a apregoaram.   
1021Também Jeú enviou mensageiros por todo o Israel; e vieram todos os adoradores de Baal, de modo que não ficou deles homem algum que não viesse. E entraram na casa de Baal, e encheu-se a casa de Baal, de um lado a outro.   
1022Então disse ao que tinha a seu cargo as vestimentas: Tira vestimentas para todos os adoradores de Baal. E eles lhes tirou para fora as vestimentas.   
1023E entrou Jeú com Jonadabe, filho de Recabe, na casa de Baal, e disse aos adoradores de Baal: Examinai, e vede bem, que porventura não haja entre vós algum servo do Senhor, mas somente os adoradores de Baal. dom; porém não puderam.   
1024Assim entraram para oferecer sacrifícios e holocaustos. Ora, Jeú tinha posto de prontidão do lado de fora oitenta homens, e lhes tinha dito: Aquele que deixar escapar algum dos homens que eu vos entregar nas mãos, pagará com a própria vida a vida dele.   
1025Sucedeu, pois, que, acabando de fazer o holocausto, disse Jeú aos da sua guarda, e aos oficiais: Entrai e matai-os! não escape nenhum! Então os feriram ao fio da espada; e os da guarda e os oficiais os lançaram fora e, entrando no santuário da casa de Baal,   
1026tiraram as colunas que nela estavam, e as queimaram.   
1027Também quebraram a coluna de Baal, e derrubaram a casa de Baal, fazendo dela uma latrina, como é até o dia de hoje.   
1028Assim Jeú exterminou de Israel a Baal.   
1029Todavia Jeú não se apartou dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com que fez Israel pecar, a saber, dos bezerros de ouro, que estavam em Betel e em Dã.   
1030Ora, disse o Senhor a Jeú: Porquanto executaste bem o que é reto aos meus olhos, e fizeste à casa de Acabe conforme tudo quanto eu tinha no meu coração, teus filhos até a quarta geração se assentarão no trono de Israel.   
1031Mas Jeú não teve o cuidado de andar de todo o seu coração na lei do Senhor Deus de Israel, nem se apartou dos pecados de Jeroboão, com os quais este fez Israel pecar.   
1032Naqueles dias começou o Senhor a diminuir os termos de Israel. Hazael feriu a Israel em todas as suas fronteiras,   
1033desde o Jordão para o nascente do sol, a toda a terra de Gileade, aos gaditas, aos rubenitas e aos manassitas, desde Aroer, que está junto ao ribeiro de Arnom, por toda a Gileade e Basã.   
1034Ora, o restante dos atos de Jeú, e tudo quanto fez, e todo o seu poder, porventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Israel?   
1035Jeú dormiu com seus pais, e o sepultaram em Samária. Em seu lugar reinou seu filho Jeoacaz.   
1036Os dias que Jeú reinou sobre Israel em Samária foram vinte e oito anos.   
111Vendo pois Atalia, mãe de Acazias, que seu filho era morto, levantou-se, e destruiu toda a descendência real.   
112Mas Jeoseba, filha do rei Jorão, irmã de Acazias, tomou a Joás, filho de Acazias, furtando-o dentre os filhos do rei, aos quais matavam na recâmara, e o escondeu de Ataliá, a ele e à sua ama, de sorte que não o mataram.   
113E esteve com ela escondido na casa do Senhor seis anos; e Atalia reinava sobre o país.   
114No sétimo ano, porém, Jeoiada mandou chamar os centuriões dos caritas e os oficiais da guarda, e fê-los entrar consigo na casa do Senhor; e fez com eles um pacto e, ajuramentando-os na casa do Senhor, mostrou-lhes o filho do rei.   
115Então lhes ordenou, dizendo: Eis aqui o que haveis de fazer: uma terça parte de vós, os que entrais no sábado, fará a guarda da casa do rei;   
116outra terça parte estará à porta Sur; e a outra terça parte à porta detrás dos da guarda. Assim fareis a guarda desta casa, afastando a todos.   
117As duas companhias, a saber, todos os que saem no sábado, farão a guarda da casa do Senhor junto ao rei;   
118e rodeareis o rei, cada um com as suas armas na mão, e aquele que entrar dentro das fileiras, seja morto; e estai vós com o rei quando sair e quando entrar.   
119Fizeram, pois, os centuriões conforme tudo quanto ordenara o sacerdote Jeoiada; e tomando cada um os seus homens, tanto os que entravam no sábado como os que saíam no sábado, vieram ter com o sacerdote Jeoiada.   
1110O sacerdote entregou aos centuriões as lanças e os escudos que haviam sido do rei Davi, e que estavam na casa do Senhor.   
1111E os da guarda, cada um com as armas na mão, se puseram em volta do rei, desde o lado direito da casa até o lado esquerdo, ao longo do altar e da casa.   
1112Então Jeoiada lhes apresentou o filho do rei, pôs-lhe a coroa, e lhe deu o testemunho; e o fizeram rei e o ungiram e, batendo palmas, clamaram: Viva o rei!   
1113Quando Atalia ouviu o vozerio da guarda e do povo, foi ter com o povo na casa do Senhor;   
1114e olhou, e eis que o rei estava junto à coluna, conforme o costume, e os capitães e os trombeteiros junto ao rei; e todo o povo da terra se alegrava e tocava trombetas. Então Atalia rasgou os seus vestidos, e clamou: Traição! Traição!   
1115Então Jeoiada, o sacerdote, deu ordem aos centuriões que comandavam as tropas, dizendo-lhes: Tirai-a para fora por entre as fileiras, e a quem a seguir matai-o à espada. Pois o sacerdote dissera: Não seja ela morta na casa do Senhor.   
1116E lançaram-lhe as mãos e ela foi pelo caminho da entrada dos cavalos à casa do rei, e ali a mataram.   
1117Ora, Jeoiada firmou um pacto entre o Senhor e o rei e o povo, pelo qual este seria o povo do Senhor; como também firmou pacto entre o rei e o povo.   
1118Então todo o povo da terra entrou na casa de Baal, e a derrubaram; como também os seus altares, e as suas imagens, totalmente quebraram; e a Matã, sacerdote de Baal, mataram diante dos altares. Também o sacerdote pôs vigias sobre a casa do Senhor.   
1119E tomou os centuriões, os caritas, a guarda, e todo o povo da terra; e conduziram da casa do Senhor o rei, e foram pelo caminho da porta da guarda, à casa do rei; e ele se assentou no trono dos reis.   
1120E todo o povo da terra se alegrou, e a cidade ficou em paz, depois que mataram Atalia à espada junto à casa do rei.   
1121Joás tinha sete anos quando começou a reinar.   
121Foi no ano sétimo de Jeú que Joás começou a reinar, e reinou quarenta anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Zíbia, de Berseba.   
122E Joás fez o que era reto aos olhos do Senhor todos os dias em que o sacerdote Jeoiada o instruiu.   
123Contudo os altos não foram tirados; o povo ainda sacrificava e queimava incenso neles.   
124Disse Joás aos sacerdotes: Todo o dinheiro das coisas consagradas que se trouxer à casa do Senhor, o dinheiro daquele que passa o arrolamento, o dinheiro de cada uma das pessoas, segundo a sua avaliação, e todo o dinheiro que cada um trouxer voluntariamente para a casa do Senhor,   
125recebam-no os sacerdotes, cada um dos seus conhecidos, e reparem os estragos da casa, todo estrago que se achar nela.   
126Sucedeu porém que, no vigésimo terceiro ano do rei Joás, os sacerdotes ainda não tinham reparado os estragos da casa.   
127Então o rei Joás chamou o sacerdote Jeoiada e os demais sacerdotes, e lhes disse: Por que não reparais os estragos da casa? Agora, pois, não tomeis mais dinheiro de vossos conhecidos, mas entregai-o para o reparo dos estragos da casa.   
128E consentiram os sacerdotes em não tomarem mais dinheiro do povo, e em não mais serem os encarregados de reparar os estragos da casa.   
129Mas o sacerdote Jeoiada tomou uma arca , fez um buraco na tampa, e a pôs ao pé do altar, à mão direita de quem entrava na casa do Senhor. E os sacerdotes que guardavam a entrada metiam ali todo o dinheiro que se trazia à casa do Senhor.   
1210Sucedeu pois que, vendo eles que já havia muito dinheiro na arca, o escrivão do rei e o sumo sacerdote vinham, e ensacavam e contavam o dinheiro que se achava na casa do Senhor.   
1211E entregavam o dinheiro, depois de pesado, nas mãos dos que faziam a obra e que tinham a seu cargo a casa do Senhor; e eles o distribuíam aos carpinteiros, e aos edificadores que reparavam a casa do Senhor;   
1212como também aos pedreiros e aos cabouqueiros; e para se comprar madeira e pedras de cantaria a fim de repararem os estragos da casa do Senhor, e para tudo quanto exigia despesa para se reparar a casa.   
1213Todavia, do dinheiro que se trazia à casa do Senhor, não se faziam nem taças de prata, nem espevitadeiras, nem bacias, nem trombetas, nem vaso algum de ouro ou de prata para a casa do Senhor;   
1214porque o davam aos que faziam a obra, os quais reparavam com ele a casa do Senhor.   
1215E não se tomavam contas aos homens em cujas mãos entregavam aquele dinheiro para o dar aos que faziam a obra, porque eles se haviam com fidelidade.   
1216Mas o dinheiro das ofertas pela culpa, e o dinheiro das ofertas pelo pecado, não se trazia à casa do Senhor; era para os sacerdotes.   
1217Então subiu Hazael, rei da Síria, e pelejou contra Gate, e a tomou. Depois Hazael virou o rosto para marchar contra Jerusalém.   
1218Pelo que Joás, rei de Judá, tomou todas as coisas consagradas que Jeosafá, Jeorão e Acazias, seus pais, reis de Judá, tinham consagrado, e tudo o que ele mesmo tinha oferecido, como também todo o ouro que se achou nos tesouros da casa do Senhor e na casa do rei, e o mandou a Hazael, rei da Síria, o qual se desviou de Jerusalém.   
1219Ora, o restante dos atos de Joás, e tudo quanto fez, porventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Judá?   
1220Levantaram-se os servos de Joás e, conspirando contra ele, o feriram na casa de Milo, junto ao caminho que desce para Sila.   
1221Foram Jozacar, filho de Simeate, e Jeozabade, filho de Somer, seus servos que o feriram, e ele morreu. Sepultaram-no com seus pais na cidade de Davi. E Amazias, seu filho, reinou em seu lugar.   
131No vigésimo terceiro ano de Joás, filho de Acazias, rei de Judá, começou a reinar Jeoacaz, filho de Jeú, sobre Israel, em Samária, e reinou dezessete anos.   
132E fez o que era mau aos olhos do Senhor, porque seguiu os pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com os quais ele fizera Israel pecar; não se apartou deles.   
133Pelo que a ira do Senhor se acendeu contra Israel; e o entregou continuadamente na mão de Hazael, rei da Síria, e na mão de Bene-Hadade, filho de Hazael.   
134Jeoacaz, porém, suplicou diante da face do Senhor; e o senhor o ouviu, porque viu a opressão com que o rei da Síria oprimia a Israel,   
135(pelo que o Senhor deu um libertador a Israel, de modo que saiu de sob a mão dos sírios; e os filhos de Israel habitaram nas suas tendas, como dantes.   
136Contudo não se apartaram dos pecados da casa de Jeroboão, com os quais ele fizera Israel pecar, porém andaram neles; e também a Asera ficou em pé em Samária.)   
137porque, de todo o povo, não deixara a Jeoacaz mais que cinqüenta cavaleiros, dez carros e dez mil homens de infantaria; porquanto o rei da Síria os tinha destruído e os tinha feito como o pó da eira.   
138Ora, o restante dos atos de Jeoacaz, e tudo quanto fez, e o seu poder, porventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Israel?   
139E Jeoacaz dormiu com seus pais; e o sepultaram em Samária. E Jeoás, seu filho, reinou em seu lugar.   
1310No ano trinta e sete de Joás, rei de Judá, começou a reinar Jeoás, filho de Jeoacaz, sobre Israel, em Samária, e reinou dezesseis anos.   
1311E fez o que era mau aos olhos do Senhor; não se apartou de nenhum dos pecados de Jeroboão filho de Nebate, com os quais ele fizera Israel pecar, porém andou neles.   
1312Ora, o restante dos atos de Jeoás, e tudo quanto fez, e o seu poder, com que pelejou contra Amazias, rei de Judá, porventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Israel?   
1313Jeoás dormiu com seus pais, e Jeroboão se assentou no seu trono. Jeoás foi sepultado em Samária, junto aos reis de Israel.   
1314Estando Eliseu doente da enfermidade de que morreu, Jeoás, rei de Israel, desceu a ele e, chorando sobre ele exclamou: Meu pai, meu pai! carro de Israel, e seus cavaleiros!   
1315E Eliseu lhe disse: Toma um arco e flechas. E ele tomou um arco e flechas.   
1316Então Eliseu disse ao rei de Israel: Põe a mão sobre o arco. E ele o fez. Eliseu pôs as suas mãos sobre as do rei,   
1317e disse: Abre a janela para o oriente. E ele a abriu. Então disse Eliseu: Atira. E ele atirou. Prosseguiu Eliseu: A flecha do livramento do Senhor é a flecha do livramento contra os sírios; porque ferirás os sírios em Afeque até os consumir.   
1318Disse mais: Toma as flechas. E ele as tomou. Então disse ao rei de Israel: Fere a terra. E ele a feriu três vezes, e cessou.   
1319Ao que o homem de Deus se indignou muito contra ele, e disse: Cinco ou seis vezes a deverias ter ferido; então feririas os sírios até os consumir; porém agora só três vezes ferirás os sirios.   
1320Depois morreu Eliseu, e o sepultaram. Ora, as tropas dos moabitas invadiam a terra à entrada do ano.   
1321E sucedeu que, estando alguns a enterrarem um homem, viram uma dessas tropas, e lançaram o homem na sepultura de Eliseu. Logo que ele tocou os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés.   
1322Hazael, rei da Síria, oprimiu a Israel todos os dias de Jeoacaz.   
1323O Senhor, porém, teve misericórdia deles, e se compadeceu deles, e se tornou para eles, por amor do seu pacto com Abraão, Isaque e Jacó; e não os quis destruir nem lançá-los da sua presença   
1324Ao morrer Hazael, rei da Síria, Bene-Hadade, seu filho, reinou em seu lugar.   
1325E Jeoás, filho de Jeoacaz, retomou das mãos de Bene-Hadade, filho de Hazael, as cidades que este havia tomado das mãos de Jeoacaz, seu pai, na guerra; três vezes Jeoás o feriu, e recuperou as cidades de Israel.   
141No segundo ano de Jeoás, filho de Jeoacaz, rei de Israel, começou a reinar Amazias, filho de Joás, rei de Judá.   
142Tinha vinte e cinco anos quando começou a reinar, e reinou vinte e nove anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Jeoadim, de Jerusalém.   
143E fez o que era reto aos olhos do Senhor, ainda que não como seu pai Davi; fez, porém, conforme tudo o que fizera Joás, seu pai.   
144Contudo os altos não foram tirados; o povo ainda sacrificava e queimava incenso neles.   
145Sucedeu que, logo que o reino foi confirmado na sua mão matou aqueles seus servos que haviam matado o rei, seu pai;   
146porém os filhos dos assassinos não matou, segundo o que está escrito no livro da lei de Moisés, conforme o Senhor deu ordem, dizendo: Não serão mortos os pais por causa dos filhos, nem os filhos por causa dos pais; mas cada um será morto pelo seu próprio pecado.   
147Também matou dez mil edomitas no Vale do Sal, e tomou em batalha a sela; e chamou o seu nome Jocteel, nome que conserva até hoje.   
148Então Amazias enviou mensageiros a Jeoás, filho de Jeoacaz, filho de Jeú, rei de Israel, dizendo: Vem, vejamo-nos face a face.   
149Mandou, porém, Jeoás, rei de Israel, dizer a Amazias, rei de Judá: O cardo que estava no Líbano mandou dizer ao cedro que estava no Líbano: Dá tua filha por mulher a meu filho. Mas uma fera que estava no Líbano passou e pisou o cardo.   
1410Na verdade feriste Edom, e o teu coração se ensoberbeceu; gloria-te disso, e fica em tua casa; pois, por que te entremeterias no mal, para caíres tu, e Judá contigo?   
1411Amazias, porém, não o quis ouvir. De modo que Jeoás, rei de Israel, subiu; e ele e Amazias, rei de Judá, viram-se face a face, em Bete-Semes, que está em Judá.   
1412Então Judá foi derrotado diante de Israel, e fugiu cada um para a sua tenda.   
1413E Jeoás, rei de Israel, aprisionou Amazias, rei de Judá, filho de Joás, filho de Acazias, em Bete-Semes e, vindo a Jerusalém, rompeu o seu muro desde a porta de Efraim até a porta da esquina, quatrocentos covados.   
1414E tomou todo o ouro e a prata e todos os vasos que se achavam na casa do Senhor e nos tesouros da casa do rei, como também reféns, e voltou para Samária.   
1415Ora, o restante dos atos de Jeoás, o que fez, e o seu poder, e como pelejou contra Amazias, rei de Judá, porventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Israel?   
1416E dormiu Jeoás com seus pais, e foi sepultado em Samária, junto aos reis de Israel. Jeroboão, seu filho, reinou em seu lugar.   
1417Amazias, filho de Joás, rei de Judá, viveu quinze anos depois da morte de Jeoás, filho de Jeoacaz, rei de Israel.   
1418Ora, o restante dos atos de Amazias, porventura não está escrito no livro das crônicas dos reis de Judá?   
1419Conspiraram contra ele em Jerusalém, e ele fugiu para Laquis; porém enviaram após ele até Laquis, e ali o mataram.   
1420Então o trouxeram sobre cavalos; e ele foi sepultado em Jerusalém, junto a seus pais, na cidade de Davi.   
1421E todo o povo de Judá tomou a Azarias, que tinha dezesseis anos, e fê-lo rei em lugar de Amazias, seu pai.   
1422Ele edificou a Elate, e a restituiu a Judá, depois que o rei dormiu com seus pais.   
1423No décimo quinto ano de Amazias, filho de Joás, rei de Judá, começou a reinar em Samária, Jeroboão, filho de Jeoás, rei de Israel, e reinou quarenta e um anos.   
1424E fez o que era mau aos olhos do Senhor; não se apartou de nenhum dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com os quais ele fizera Israel pecar.   
1425Foi ele que restabeleceu os termos de Israel, desde a entrada de Hamate até o mar da Arabá, conforme a palavra que o Senhor, Deus de Israel, falara por intermédio de seu servo Jonas filho do profeta Amitai, de Gate-Hefer.   
1426Porque viu o Senhor que a aflição de Israel era muito amarga, e que não restava nem escravo, nem livre, nem quem socorresse a Israel.   
1427E ainda não falara o Senhor em apagar o nome de Israel de debaixo do céu; porém o livrou por meio de Jeroboão, filho de Jeoás.   
1428Ora, o restante dos atos de Jeroboão, e tudo quanto fez o seu poder, como pelejou e como reconquistou para Israel Damasco e Hamate, que tinham sido de Judá, porventura não estão escritos no livro das crônicas de Israel?   
1429E Jeroboão dormiu com seus pais, os reis de Israel. E Zacarias, seu filho, reinou em seu lugar.   
151No ano vinte e sete de Jeroboão, rei de Israel, começou a reinar Azarias, filho de Amazias, rei de Judá.   
152Tinha dezesseis anos quando começou a reinar, e reinou cinqüenta e dois anos, em Jerusalém. O nome de sua mãe era Jecolia, de Jerusalém.   
153E fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera Amazias, seu pai.   
154Contudo os altos não foram tirados; o povo ainda sacrificava e queimava incenso neles.   
155E o Senhor feriu o rei, de modo que ficou leproso até o dia da sua morte; e habitou numa casa separada; e Jotão, filho do rei, tinha o cargo da casa, julgando o povo da terra.   
156Ora, o restante dos atos de Azarias, e tudo quanto fez, porventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Judá?   
157E Azarias dormiu com seus pais, e com eles o sepultaram na cidade de Davi: E Jotão, seu filho, reinou em seu lugar.   
158No ano trinta e oito de Azarias, rei de Judá, reinou Zacarias, filho de Jeroboão, sobre Israel, em Samária, seis meses.   
159E fez o que era mau aos olhos do Senhor, como tinham feito seus pais; nunca se apartou dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com os quais ele fizera Israel pecar.   
1510Salum, filho de Jabes, conspirou contra ele; feriu-o diante do povo, matou-o e reinou em seu lugar.   
1511Ora o restante dos atos de Zacarias está escrito no livro das crônicas dos reis de Israel.   
1512Esta foi a palavra do Senhor, que ele falara a Jeú, dizendo: Teus filhos, até a quarta geração, se assentarão sobre o trono de Israel. E assim foi.   
1513Salum, filho de Jabes, começou a reinar no ano trinta e nove de Uzias, rei de Judá, e reinou um mês em Samária.   
1514E Menaém, filho de Gadi, subindo de Tirza, veio a Samária; feriu a Salum, filho de Jabes, em Samária, matou-o e reinou em seu lugar.   
1515Ora, o restante dos atos de Salum, e a conspiração que fez, estão escritos no livro das crônicas dos reis de Israel.   
1516Então Menaém feriu a Tifsa, e a todos os que nela havia, como tambem a seus termos desde Tirza; porque não lha tinham aberto, por isso a feriu; e fendeu a todas as mulheres grávidas que nela estavam.   
1517No ano trinta e nove de Azarias, rei de Judá, Menaém, filho de Gadi, começou a reinar sobre Israel, e reinou dez anos em Samária.   
1518E fez o que era mau aos olhos do Senhor; em todos os seus dias nunca se apartou dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com os quais ele fizera Israel pecar.   
1519Então veio Pul, rei da Assíria, contra a terra; e Menaém deu a Pul mil talentos de prata, para que este o ajudasse a firmar o reino na sua mão.   
1520Menaém exigiu este dinheiro de todos os poderosos e ricos em Israel, para o dar ao rei da Assíria, de cada homem cinqüenta siclos de prata; assim voltou o rei da Assíria, e não se demorou ali na terra.   
1521Ora, o restante dos atos de Menaém, e tudo quanto fez, porventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Israel?   
1522Menaém dormiu com seus pais. E Pecaías, seu filho, reinou em seu lugar.   
1523No ano cinqüenta de Azarias, rei de Judá, Pecaías, filho de Menaém, começou a reinar sobre Israel em Samária, e reinou dois anos.   
1524E fez o que era mau aos olhos do Senhor; nunca se apartou dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com os quais ele fizera Israel pecar.   
1525E Peca, chefe das suas tropas, filho de Remalias, conspirou contra ele, e o feriu em Samária, no castelo da casa do rei, juntamente com Argobe e com Arié; e com Peca estavam cinqüenta homens dos filhos dos gileaditas; e o matou, e reinou em seu lugar.   
1526Ora, o restante dos atos de Pecaías, e tudo quanto fez, estão escritos no livro das crônicas dos reis de Israel.   
1527No ano cinqüenta e dois de Azarias, rei de Judá, Peca, filho de Remalias, começou a reinar sobre Israel, em Samária, e reinou vinte anos.   
1528E fez o que era mau aos olhos do Senhor; nunca se apartou dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com os quais ele fizera Israel pecar.   
1529Nos dias de Peca, rei de Israel, veio Tiglate-Pileser rei da Assíria e tomou Ijom, Abel-Bete-Maacá, Janoa, Quedes, Hazor, Gileade e Galiléia, toda a terra de Naftali; e levou cativos os habitantes para a Assiria.   
1530E Oséias, filho de Elá, conspirou contra Peca, filho de Remalias, o feriu e matou, e reinou em seu lugar, no vigésimo ano de Jotão, filho de Uzias.   
1531Ora, o restante dos atos de Peca, e tudo quanto fez, estão escritos no livro das crônicas dos reis de Israel.   
1532No segundo ano de Peca, filho de Remalias, rei de Israel, começou a reinar Jotão, filho de Uzias, rei de Judá.   
1533Tinha vinte e cinco anos quando começou a reinar, e reinou dezesseis anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Jenisa, filha de Zadoque.   
1534E fez o que era reto aos olhos do Senhor; fez conforme tudo quanto fizera seu pai Uzias.   
1535Contudo os altos não foram tirados; o povo ainda sacrificava e queimava incenso neles. Pois ele que edificou a porta alta da casa do Senhor.   
1536Ora, o restante dos atos de Jotão, e tudo quanto fez, porventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Judá?   
1537Naqueles dias começou o Senhor a enviar contra Judá Rezim, rei da Síria, e Peca, filho de Remalias.   
1538E Jotão dormiu com seus pais, e com eles foi, sepultado na cidade de Davi, seu pai. E Acaz, seu filho, reinou em seu lugar.   
161No ano dezessete de Peca, filho de Remalia começou a reinar Acaz, filho de Jotão, rei de Judá.   
162Tinha Acaz vinte anos quando começou a reinar, e reinou dezesseis anos em Jerusalém; e não fez o que era reto aos olhos do Senhor seu Deus, como tinha feito Davi, seu pai,   
163mas andou no caminho dos reis de Israel, e até fez passar pelo fogo o seu filho, segundo as abominações dos gentios que o Senhor lançara fora de diante dos filhos de Israel.   
164Também oferecia sacrifícios e queimava incenso nos altos e nos outeiros, como também debaixo de toda árvore frondosa.   
165Então subiu Rezim, rei da Síria, com Peca, filho de Remalias, rei de Israel, contra Jerusalém, para lhe fazer guerra; e cercaram a Acaz, porém não puderam vencê-lo.   
166Nesse mesmo tempo Rezim, rei da Síria, restituiu Elate a Síria, lançando fora dela os judeus; e os sírios vieram a Elate, e ficaram habitando ali até o dia de hoje.   
167Então Acaz enviou mensageiros a Tiglate-Pileser, rei da Assíria, dizendo: Eu sou teu servo e teu filho; sobe, e livra-me das mãos do rei da Síria, e das mãos do rei de Israel, os quais se levantaram contra mim.   
168E tomou Acaz a prata e o ouro que se achou na casa do Senhor e nos tesouros da casa do rei, e mandou um presente ao rei da Assíria.   
169E o rei da Assíria lhe deu ouvidos e, subindo contra Damasco, tomou-a, levou cativo o povo para Quir, e matou Rezim.   
1610Então o rei Acaz foi a Damasco para se encontrar com Tiglate-Pileser, rei da Assíria; e, vendo o altar que estava em Damasco, enviou ao sacerdote Urias a figura do altar, e o modelo exato de toda a sua obra.   
1611E Urias, o sacerdote, edificou o altar; conforme tudo o que o rei Acaz lhe tinha enviado de Damasco, assim o fez o sacerdote Urias, antes que o rei Acaz viesse de Damasco.   
1612Tendo o rei vindo de Damasco, viu o altar; e, acercando-se do altar, ofereceu sacrifício sobre ele;   
1613queimou o seu holocausto e a sua oferta de cereais, derramou a sua libação, e espargiu o sangue dos seus sacrifícios pacíficos sobre o altar.   
1614E o altar de bronze, que estava perante o Senhor, ele o tirou da parte fronteira da casa, de entre o seu altar e a casa do Senhor, e o colocou ao lado setentrional do seu altar.   
1615E o rei Acaz ordenou a Urias, o sacerdote, dizendo: No grande altar queima o holocausto da manhã, como também a oferta de cereais da noite, o holocausto do rei e a sua oferta de cereais, o holocausto de todo o povo da terra, a sua oferta de cereais e as suas libações; e todo o sangue dos holocaustos, e todo o sangue dos sacrifícios espargirás nele; porém o altar de bronze ficará ao meu dispor para nele inquirir.   
1616Assim fez Urias, o sacerdote, conforme tudo quanto o rei Acaz lhe ordenara.   
1617Também o rei Acaz cortou as almofadas das bases, e de cima delas removeu a pia; tirou o mar de sobre os bois de bronze, que estavam debaixo dele, e o colocou sobre um pavimento de pedra.   
1618Também o passadiço coberto para uso no sábado, que tinham construído na casa, e a entrada real externa, retirou da casa do Senhor, por causa do rei da Assíria.   
1619Ora, o restante dos atos de Acaz, e o que fez porventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Judá?   
1620E dormiu Acaz com seus pais, e com eles foi sepultado na cidade de Davi. E Ezequias, seu filho, reinou em seu lugar.   
171No ano duodécimo de Acaz, rei de Judá, começou a reinar Oséias, filho de Elá, e reinou sobre Israel, em Samária nove anos.   
172E fez o que era mau aos olhos do Senhor, contudo não como os reis de Israel que foram antes dele.   
173Contra ele subiu Salmanasar, rei da Assiria; e Oséias ficou sendo servo dele e lhe pagava tributos.   
174O rei da Assíria , porém, achou em Oséias conspiração; porque ele enviara mensageiros a Sô, rei do Egito, e não pagava, como dantes, os tributos anuais ao rei da Assíria; então este o encerrou e o pôs em grilhões numa prisão.   
175E o rei da Assíria subiu por toda a terra, e chegando a Samária sitiou-a por três anos.   
176No ano nono de Oséias, o rei da Assíria tomou Samária, e levou Israel cativo para a Assíria; e fê-los habitar em Hala, e junto a Habor, o rio de Gozã, e nas cidades dos medos.   
177Assim sucedeu, porque os filhos de Israel tinham pecado contra o Senhor seu Deus que os fizera subir da terra do Egito, de debaixo da mãe de Faraó, rei do Egito, e porque haviam temido a outros deuses,   
178e andado segundo os costumes das nações que o Senhor lançara fora de diante dos filhos de Israel, e segundo os que os reis de Israel introduziram.   
179Também os filhos de Israel fizeram secretamente contra o Senhor seu Deus coisas que não eram retas. Edificaram para si altos em todas as suas cidades, desde a torre das atalaias até a cidade fortificada;   
1710Levantaram para si colunas e aserins em todos os altos outeiros, e debaixo de todas as árvores frondosas;   
1711queimaram incenso em todos os altos, como as nações que o Senhor expulsara de diante deles; cometeram ações iníquas, provocando à ira o Senhor,   
1712e serviram os ídolos, dos quais o Senhor lhes dissera: Não fareis isso.   
1713Todavia o Senhor advertiu a Israel e a Judá pelo ministério de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Voltai de vossos maus caminhos, e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, conforme toda a lei que ordenei a vossos pais e que vos enviei pelo ministério de meus servos, os profetas.   
1714Eles porém, não deram ouvidos; antes endureceram a sua cerviz, como fizeram seus pais, que não creram no Senhor seu Deus;   
1715rejeitaram os seus estatutos, e o seu pacto, que fizera com os pais deles, como também as advertências que lhes fizera; seguiram a vaidade e tornaram-se vãos, como também seguiram as nações que estavam ao redor deles, a respeito das quais o Senhor lhes tinha ordenado que não as imitassem.   
1716E, deixando todos os mandamentos do Senhor seu Deus, fizeram para si dois bezerros de fundição, e ainda uma Asera; adoraram todo o exército do céu, e serviram a Baal.   
1717Fizeram passar pelo fogo seus filhos, suas filhas, e deram- se a adivinhações e encantamentos; e venderam-se para fazer o que era mau aos olhos do Senhor, provocando-o à ira.   
1718Pelo que o Senhor muito se indignou contra Israel, e os tirou de diante da sua face; não ficou senão somente a tribo de Judá.   
1719Nem mesmo Judá havia guardado os mandamentos do Senhor seu Deus; antes andou nos costumes que Israel introduzira.   
1720Pelo que o Senhor rejeitou toda a linhagem de Israel, e os oprimiu, entregando-os nas mãos dos despojadores, até que os expulsou da sua presença.   
1721Pois rasgara Israel da casa de Davi; e eles fizeram rei a Jeroboão, filho de Nebate, o qual apartou Israel de seguir o Senhor, e os fez cometer um grande pecado.   
1722Assim andaram os filhos de Israel em todos os pecados que Jeroboão tinha cometido; nunca se apartaram deles;   
1723até que o Senhor tirou Israel da sua presença, como falara por intermédio de todos os seus servos os profetas. Assim foi Israel transportado da sua terra para a Assíria, onde está até o dia de hoje.   
1724Depois o rei da Assíria trouxe gente de Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e de Sefarvaim, e a fez habitar nas cidades de Samária em lugar dos filhos de Israel; e eles tomaram Samária em herança, e habitaram nas suas cidades.   
1725E sucedeu que, no princípio da sua habitação ali, não temeram ao Senhor; e o Senhor mandou entre eles leões, que mataram alguns deles.   
1726Pelo que foi dito ao rei da Assíria: A gente que transportaste, e fizeste habitar nas cidades de Samária, não conhece a lei do deus da terra; por isso ele tem enviado entre ela leões que a matam, porquanto não conhece a lei do deus da terra.   
1727Então o rei da Assíria mandou dizer: Levai ali um dos sacerdotes que transportastes de lá para que vá e habite ali, e lhes ensine a lei do deus da terra.   
1728Veio, pois, um dos sacerdotes que eles tinham transportado de Samária, e habitou em Betel, e lhes ensinou como deviam temer ao Senhor.   
1729Todavia as nações faziam cada uma o seu próprio deus, e os punham nas casas dos altos que os samaritanos tinham feito, cada nação nas cidades que habitava.   
1730Os de Babilônia fizeram e Sucote-Benote; os de Cuta fizeram Nergal; os de Hamate fizeram Asima;   
1731os aveus fizeram Nibaz e Tartaque: e os sefarvitas queimavam seus filhos no fogo e a adrameleque e a Anameleque, deuses de Sefarvaim.   
1732Temiam também ao Senhor, e dentre o povo fizeram para si sacerdotes dos lugares altos, os quais exerciam o ministério nas casas dos lugares altos.   
1733Assim temiam ao Senhor, mas também serviam a seus próprios deuses, segundo o costume das nações do meio das quais tinham sido transportados.   
1734Até o dia de hoje fazem segundo os antigos costumes: não temem ao Senhor; nem fazem segundo os seus estatutos, nem segundo as suas ordenanças; nem tampouco segundo a lei, nem segundo o mandamento que o Senhor ordenou aos filhos de Jacó, a quem deu o nome de Israel,   
1735com os quais o Senhor tinha feito um pacto, e lhes ordenara, dizendo: Não temereis outros deuses, nem vos inclinareis diante deles, nem os servireis, nem lhes oferecereis sacrificios;   
1736mas sim ao Senhor, que vos fez subir da terra do Egito com grande poder e com braço estendido, a ele temereis, a ele vos inclinareis, e a ele oferecereis sacrifícios.   
1737Quanto aos estatutos, às ordenanças, à lei, e ao mandamento, que para vós escreveu, a esses tereis cuidado de observar todos os dias; e não temereis outros deuses;   
1738e do pacto que fiz convosco não vos esquecereis. Não temereis outros deuses,   
1739mas ao Senhor vosso Deus temereis, e ele vos livrará das mãos de todos os vossos inimigos.   
1740Contudo eles não ouviram; antes fizeram segundo o seu antigo costume.   
1741Assim estas nações temiam ao Senhor, mas serviam também as suas imagens esculpidas; também seus filhos, e os filhos de seus filhos fazem até o dia de hoje como fizeram seus pais.   
181Ora, sucedeu que, no terceiro ano de Oséias, filho de Elá, rei de Israel, começou a reinar Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá.   
182Tinha vinte e cinco anos quando começou a reinar, e reinou vinte e nove anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Abi, filha de Zacarias.   
183Ele fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera Davi, seu pai.   
184Tirou os altos, quebrou as colunas, e deitou abaixo a Asera; e despedaçou a serpente de bronze que Moisés fizera (porquanto até aquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso), e chamou-lhe Neüstã.   
185Confiou no Senhor Deus de Israel, de modo que depois dele não houve seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele.   
186Porque se apegou ao Senhor; não se apartou de o seguir, e guardou os mandamentos que o Senhor ordenara a Moisés.   
187Assim o Senhor era com ele; para onde quer que saísse prosperava. Rebelou-se contra o rei da Assíria, e recusou servi-lo.   
188Feriu os filisteus até Gaza e os seus termos, desde a torre dos atalaias até a cidade fortificada.   
189No quarto ano do rei Ezequias que era o sétimo ano de Oséias, filho de Elá, rei de Israel, Salmanasar, rei da Assíria, subiu contra Samária, e a cercou   
1810e, ao fim de três anos, tomou-a. No ano sexto de Ezequias, que era o ano nono de Oséias, rei de Israel, Samária foi tomada.   
1811Depois o rei da Assíria levou Israel cativo para a Assíria, e os colocou em Hala, e junto ao Habor, rio de Gozã, e nas cidades dos medos;   
1812porquanto não obedeceram à voz do senhor seu Deus, mas violaram o seu pacto, nada ouvindo nem fazendo de tudo quanto Moisés, servo do Senhor, tinha ordenado.   
1813No ano décimo quarto do rei Ezequias, subiu Senaqueribe, rei da Assíria, contra todas as cidades fortificadas de Judá, e as tomou.   
1814Pelo que Ezequias, rei de Judá, enviou ao rei da Assíria, a Laquis, dizendo: Pequei; retira-te de mim; tudo o que me impuseres suportarei. Então o rei da Assíria impôs a Ezequias, rei de Judá, trezentos talentos de prata e trinta talentos de ouro.   
1815Assim deu Ezequias toda a prata que se achou na casa do Senhor e nos tesouros da casa do rei.   
1816Foi nesse tempo que Ezequias, rei de Judá, cortou das portas do templo do Senhor, e dos umbrais, o ouro de que ele mesmo os cobrira, e o deu ao rei da Assíria.   
1817Contudo este enviou de Laquis Tartã, Rabe-Sáris e Rabsaqué, com um grande exército, ao rei Ezequias, a Jerusalém; e subiram, e vieram a Jerusalém. E, tendo chegado, pararam ao pé do aqueduto da piscina superior, que está junto ao caminho do campo do lavandeiro.   
1818Havendo eles chamado o rei, saíram-lhes ao encontro Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o cronista.   
1819E Rabsaqué lhes disse: Dizei a Ezequias: Assim diz o grande rei, o rei da Assíria: Que confiança é essa em que te estribas?   
1820Dizes (são, porém, palavras vãs): Há conselho e poder para a guerra. Em quem, pois, agora confias, que contra mim te revoltas?   
1821Estás confiando nesse bordão de cana quebrada, que é o Egito; o qual, se alguém nele se apoiar, entrar-lhe-á pela mão e a traspassará; assim é Faraó, rei do Egito para com todos os que nele confiam.   
1822Se, porém, me disserdes: No Senhor nosso Deus confiamos; porventura não é esse aquele cujos altos e altares Ezequias tirou dizendo a Judá e a Jerusalém: Perante, este altar adorareis em Jerusalém?   
1823Ora pois faze uma aposta com o meu senhor, o rei da Assíria: dar-te-ei dois mil cavalos, se tu puderes dar cavaleiros para eles.   
1824Como, então, poderias repelir um só príncipe dos menores servos de meu senhor, quando estás confiando no Egito para obteres carros e cavaleiros?   
1825Porventura teria eu subido sem o Senhor contra este lugar para o destruir? Foi o Senhor que me disse: sobe contra esta terra e a destrói.   
1826Então disseram Eliaquim, filho de Hilquias, e Sebna, e Joá, a Rabsaqué: Rogamos-te que fales aos teus servos em aramaico, porque bem o entendemos; e não nos fales na língua judaica, aos ouvidos do povo que está em cima do muro.   
1827Rabsaqué, porém, lhes disse: Porventura mandou-me meu senhor para falar estas palavras a teu senhor e a ti, e não aos homens que estão sentados em cima do muro que juntamente convosco hão de comer o seu excremento e beber a sua urina ?   
1828Então pondo-se em pé, Rabsaqué clamou em alta voz, na língua judaica, dizendo: Ouvi a palavra do grande rei, do rei da Assíria.   
1829Assim diz o rei: Não vos engane Ezequias; porque não vos poderá livrar da minha mão;   
1830nem tampouco vos faça Ezequias confiar no Senhor, dizendo: Certamente nos livrará o Senhor, e esta cidade não será entregue na mão do rei da Assíria.   
1831Não deis ouvidos a Ezequias; pois assim diz o rei da Assíria: Fazei paz comigo, e saí a mim; e coma cada um da sua vide e da sua figueira, e beba cada um a água da sua cisterna;   
1832até que eu venha, e vos leve para uma terra semelhante à vossa, terra de trigo e de mosto, terra de pão e de vinhas, terra de azeite de oliveiras e de mel; para que vivais e não morrais. Não deis ouvidos a Ezequias, quando vos envenena, dizendo: O Senhor nos livrará.   
1833Porventura os deuses das nações puderam livrar, cada um a sua terra, das mãos do rei da Assíria?   
1835Dentre todos os deuses das terras, quais são os que livraram a sua terra da minha mão, para que o Senhor livre Jerusalém da minha mão?   
1836Que é feito dos deuses de Hamate e de Arpade? Que é feito dos deuses de Sefarvaim, de Hena e de Iva? porventura livraram Samária da minha mão?   
1836O povo, porém, ficou calado, e não lhe respondeu uma só palavra, porque o rei ordenara, dizendo: Não lhe respondais.   
1837Então Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o cronista, vieram a Ezequias com as vestes rasgadas, e lhe fizeram saber as palavras de Rabsaqué.   
191Quando o rei Ezequias ouviu isto rasgou as suas vestes, cobriu-se de saco, e entrou na casa do Senhor.   
192Então enviou Eliaquim, o mordomo, e Sebna, o escrivão, e os anciãos dos sacerdotes, cobertos de sacos, ao profeta Isaías, filho de Amoz.   
193Eles lhe disseram: Assim diz Ezequias: Este dia é dia de angústia, de vituperação e de blasfêmia; porque os filhos chegaram ao parto, e não há força para os dar à luz.   
194Bem pode ser que o Senhor teu Deus tenha ouvido todas as palavras de Rabsaque, a quem o seu senhor, o rei da Assiria, enviou para afrontar o Deus vivo, e repreenda as palavras que o senhor teu Deus ouviu. Faze, pois, oração pelo resto que ainda fica.   
195Foram, pois, os servos do rei Ezequias ter com Isaias.   
196E Isaías lhes disse: Assim direis a vosso senhor: Assim diz o Senhor: Não temas as palavras que ouviste, com as quais os servos do rei da Assíria me blasfemaram.   
197Eis que meterei nele um espírito, e ele ouvirá uma nova, e voltará para a sua terra; e à espada o farei cair na sua terra.   
198Voltou, pois, Rabsaqué e achou o rei da Assíria pelejando contra Libna, porque soubera que o rei havia partido de Laquis.   
199E o rei, ouvindo dizer acerca de Tiraca, rei da Etiópia: Eis que saiu para te fazer guerra, tornou a enviar mensageiros a Ezequias, dizendo:   
1910Assim falareis a Ezequias, rei de Judá: Não te engane o teu Deus, em quem confias, dizendo: Jerusalém não será entregue na mão do rei da Assíria.   
1911Eis que já tens ouvido o que os reis da Assíria fizeram a todas as terras, destruindo-as totalmente; e tu serias poupado?   
1912Porventura os deuses das nações a quem meus pais destruíram, puderam livrá-las, a saber, Gozã, Harã, Rezefe, e os filhos de Eden que estavam em Telassar?   
1913Que é feito do rei de Hamate, do rei de Arpade, do rei da cidade de Sefarvaim, de Hena e de Iva?   
1914Ezequias, pois, tendo recebido a carta das mãos dos mensageiros, e tendo-a lido, subiu à casa do Senhor, e a estendeu perante o Senhor.   
1915E Ezequias orou perante o Senhor, dizendo: ó Senhor Deus de Israel, que estás assentado sobre os querubins, tu mesmo, só tu és Deus de todos os reinos da terra; tu fizeste o céu e a terra.   
1916Inclina, ó Senhor, o teu ouvido, e ouve; abre, ç Senhor, os teus olhos, e vê; e ouve as palavras de Senaqueribe, com as quais enviou seu mensageiro para afrontar o Deus vivo.   
1917Verdade é, ó Senhor, que os reis da Assíria têm assolado as nações e as suas terras,   
1918e lançado os seus deuses no fogo porquanto não eram deuses mas obra de mãos de homens, madeira e pedra; por isso os destruíram.   
1919Agora, pois, Senhor nosso Deus, livra-nos da sua mão, para que todos os reinos da terra saibam que só tu, Senhor, és Deus.   
1920Então Isaías, filho de Amoz, mandou dizer a Ezequias: Assim diz o Senhor Deus de Israel: Ouvi o que me pediste no tocante a Senaqueribe, rei da Assíria.   
1921Esta é a palavra que o Senhor falou a respeito dele: A virgem, a filha de Sião, te despreza e te escarnece; a filha de Jerusalém meneia a cabeça por detrás de ti.   
1922A quem afrontaste e blasfemaste? E contra quem alçaste a voz, e ergueste os olhos ao alto? Contra o Santo de Israel!   
1923Por meio de teus mensageiros afrontaste o Senhor, e disseste: Com a multidão de meus carros subi ao alto dos montes, aos lados do Líbano; cortei os seus altos cedros, e as suas mais formosas faias, e entrei na sua mais distante pousada, no bosque do seu campo fértil.   
1924Eu cavei, e bebi águas estrangeiras; e com as plantas de meus pés sequei todos os rios do Egito.   
1925Porventura não ouviste que já há muito tempo determinei isto, e já desde os dias antigos o planejei? Agora, porém, o executei, para que fosses tu que reduzisses as cidades fortificadas a montões desertos.   
1926Por isso os moradores delas tiveram pouca força, ficaram pasmados e confundidos; tornaram-se como a erva do campo, como a relva verde, e como o feno dos telhados, que se queimam antes de amadurecer.   
1927Eu, porém, conheço o teu assentar, o teu sair e o teu entrar, bem como o teu furor contra mim.   
1928Por causa do teu furor contra mim, e porque a tua arrogância subiu aos meus ouvidos, porei o meu anzol no teu nariz e o meu freio na tua boca, e te farei voltar pelo caminho por onde vieste.   
1929E isto te será por sinal: Este ano comereis o que nascer por si mesmo, e no ano seguinte que daí proceder; e no terceiro ano semeai e comei, e plantai vinhas, e comei os seus frutos.   
1930Pois o que escapou da casa de Judá, e ficou de resto, tornará a lançar raízes para baixo, e dará fruto para cima.   
1931Porque de Jerusalém sairá o restante, e do monte Sião os que escaparem; o zelo do Senhor fará isto.   
1932Portanto, assim diz o Senhor acerca do rei da Assíria: Não entrará nesta cidade, nem lançará nela flecha alguma; tampouco virá perante ela com escudo, nem contra ela levantará tranqueira.   
1933Pelo caminho por onde veio, por esse mesmo voltará, e nesta cidade não entrará, diz o Senhor.   
1934Porque eu defenderei esta cidade para livrá-la, por amor de mim e por amor do meu servo Davi.   
1935Sucedeu, pois, que naquela mesma noite saiu o anjo do Senhor, e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles: e, levantando-se os assírios pela manhã cedo, eis que aqueles eram todos cadáveres.   
1936Então Senaqueribe, rei da Assíria, se retirou e, voltando, habitou em Nínive.   
1937E quando ele estava adorando na casa de Nisroque, seu deus, Adrameleque e Sarezer, seus filhos, o mataram à espada e fugiram para a terra de Arará. E Esar-Hadom, seu filho, reinou em seu lugar.   
201Por aquele tempo Ezequias ficou doente, à morte. O profeta Isaías, filho de Amoz, veio ter com ele, e lhe disse: Assim diz, o Senhor: Põe em ordem a tua casa porque morrerás, e não viverás.   
202Então o rei virou o rosto para a parede, e orou ao Senhor, dizendo:   
203Lembra-te agora, ó Senhor, te peço, de como tenho andado diante de ti com fidelidade e integridade de coração, e tenho feito o que era reto aos teus olhos. E Ezequias chorou muitíssimo.   
204E sucedeu que, não havendo Isaías ainda saído do meio do pátio, veio a ele a palavra do Senhor, dizendo:   
205Volta, e dize a Ezequias, príncipe do meu povo: Assim diz o Senhor Deus de teu pai Davi: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas. Eis que eu te sararei; ao terceiro dia subirás à casa do Senhor.   
206Acrescentarei aos teus dias quinze anos; e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e defenderei esta cidade por amor de mim, e por amor do meu servo Davi.   
207Disse mais Isaías: Tomai uma pasta de figos e ponde-a sobre a úlcera; e ele sarará.   
208Perguntou, pois, Ezequias a Isaías: Qual é o sinal de que o Senhor me sarará, e de que ao terceiro dia subirei à casa do Senhor?   
209Respondeu Isaías: Isto te será sinal, da parte do Senhor, de que o Senhor cumprirá a palavra que disse: Adiantar-se-á a sombra dez graus, ou voltará dez graus atrás?   
2010Então disse Ezequias: É fácil que a sombra decline dez graus; não seja assim, antes volte a sombra dez graus atrás.   
2011Então o profeta Isaías clamou ao Senhor, que fez voltar a sombra dez graus atrás, pelos graus que já tinha declinado no relógio de sol de Acaz.   
2012Naquele tempo Berodaque-Baladã, filho de Baladã, rei de Babilônia, enviou cartas e um presente a Ezequias, porque ouvira que Ezequias tinha estado doente.   
2013E Ezequias deu audiência aos mensageiros, e lhes mostrou toda a casa de seu tesouro, a prata e o ouro, as especiarias e os melhores ungüentos, a sua casa de armas e tudo quanto havia nos seus tesouros; coisa nenhuma houve que lhes não mostrasse, nem em sua casa, nem em todo o seu domínio.   
2014Então o profeta Isaías veio ao rei Ezequias, e lhe perguntou: Que disseram aqueles homens, e donde vieram a ti? Respondeu Ezequias: Vieram de um país mui remoto, de Babilônia.   
2015E disse ele: Que viram em tua casa? E disse Ezequias: Viram tudo quanto há em minha casa; não há coisa nenhuma nos meus tesouros que eu não lhes mostrasse.   
2016Então disse Isaías a Ezequias: Ouve a palavra do Senhor:   
2017Eis que vêm dias em que será levado para a Babilônia tudo quanto houver em minha casa, bem como o que os teus pais entesouraram até o dia de hoje; não ficará coisa alguma, diz o Senhor.   
2018E até mesmo alguns de teus filhos, que procederem de ti, e que tu gerares, levarão; e eles serão eunucos no paço do rei de Babilônia.   
2019Então disse Ezequias a Isaías: Boa é a palavra do Senhor que disseste. Disse mais: Pois não é assim, se em meus dias vai haver paz e segurança?   
2020Ora, o restante dos atos de Ezequias, e todo o seu poder, e como fez a piscina e o aqueduto, e como fez vir a água para a cidade, porventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Judá?   
2021E Ezequias dormiu com seus pais. E Manassés, seu filho, reinou em seu lugar.   
211Manassés tinha doze anos quando começou a reinar, e reinou cinquenta e cinco anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Hefzibá.   
212E fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme as abominações das nações que o Senhor desterrara de diante dos filhos de Israel.   
213Porque tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, tinha destruído, e levantou altares a Baal, e fez uma Asera como a que fizera Acabe, rei de Israel, e adorou a todo o exército do céu, e os serviu.   
214E edificou altares na casa do Senhor, da qual o Senhor tinha dito: Em Jerusalém porei o meu nome.   
215Também edificou altares a todo o exército do céu em ambos os átrios da casa do Senhor.   
216E até fez passar seu filho pelo fogo, e usou de augúrios e de encantamentos, e instituiu adivinhos e feiticeiros; fez muito mal aos olhos do Senhor, provocando-o à ira.   
217Também pôs a imagem esculpida de Asera, que tinha feito, na casa de que o Senhor dissera a Davi e a Salomão, seu filho: Nesta casa e em Jerusalém, que escolhi dentre todas as tribos de Israel, porei o meu nome para sempre;   
218e não mais farei andar errante o pé de Israel desta terra que tenho dado a seus pais, contanto que somente tenham cuidado de fazer conforme tudo o que lhes tenho ordenado, e conforme toda a lei que Moisés, meu servo, lhes ordenou.   
219Eles, porém, não ouviram; porque Manassés de tal modo os fez errar, que fizeram pior do que as nações que o Senhor tinha destruído de diante dos filhos de Israel.   
2110Então o Senhor falou por intermédio de seus servos os profetas, dizendo:   
2111Porquanto Manassés, rei de Judá, cometeu estas abominações, fazendo pior do que tudo quanto fizeram os amorreus, que foram antes dele, e com os seus ídolos fez Judá também pecar;   
2112por isso assim diz o Senhor Deus de Israel: Eis que trago tais males sobre Jerusalém e Judá, que a qualquer que deles ouvir lhe ficarão retinindo ambos os ouvidos.   
2113Estenderei sobre Jerusalém o cordel de Samária e o prumo da casa de Acabe; e limparei Jerusalém como quem limpa a escudela, limpando-a e virando-a sobre a sua face.   
2114Desampararei os restantes da minha herança, e os entregarei na mão de seus inimigos. tornar-se-ão presa e despojo para todos os seus inimigos;   
2115porquanto fizeram o que era mau aos meus olhos, e me provocaram à ira, desde o dia em que seus pais saíram do Egito até hoje.   
2116Além disso, Manassés derramou muitíssimo sangue inocente, até que encheu Jerusalém de um a outro extremo, afora o seu pecado com que fez Judá pecar fazendo o que era mau aos olhos do Senhor.   
2117Quanto ao restante dos atos de Manassés, e a tudo quanto fez, e ao pecado que cometeu, porventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Judá?   
2118E Manassés dormiu com seus pais, e foi sepultado no jardim da sua casa, no jardim de Uzá. E Amom, seu filho, reinou em seu lugar.   
2119Amom tinha vinte e dois anos quando começou a reinar, e reinou dois anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Mesulemete, filha de Haniz, de Jotba.   
2120Ele fez o que era mau aos olhos do Senhor, como fizera Manassés, seu pai;   
2121e andou em todo o caminho em que seu pai andara, e serviu os ídolos que ele tinha servido, e os adorou.   
2122Assim deixou o Senhor, Deus de seus pais, e não andou no caminho do Senhor.   
2123E os servos de Amom conspiraram contra ele, e o mataram em sua casa.   
2124O povo da terra, porém, matou a todos os que conspiraram contra o rei Amom, e constituiu Josias, seu filho, rei em seu lugar.   
2125Quanto ao restante dos atos de Amom, porventura não está escrito no livro das crônicas dos reis de Judá?   
2126E o puseram na sua sepultura, no jardim de Uzá. E Josias, seu filho, reinou em seu lugar.   
221Josias tinha oito anos quando começou a reinar, e reinou trinta e um anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Jedida, filha de Adaías, de Bozcate.   
222Ele fez o que era reto aos olhos do Senhor; e andou em todo o camimho de Davi, seu pai, não se apartando dele nem para a direita nem para a esquerda.   
223No ano décimo oitavo do rei Josias, o rei mandou o escrivão Safã, filho de Azalias, filho de Mesulão, à casa do Senhor, dizendo-lhe:   
224Sobe a Hilquias, o sumo sacerdote, para que faça a soma do dinheiro que se tem trazido para a casa do Senhor, o qual os guardas da entrada têm recebido do povo;   
225e que só entreguem na mão dos mestres de obra que estão encarregados da casa do Senhor; e que estes o dêem aos que fazem a obra, aos que estão na casa do Senhor para repararem os estragos da casa,   
226aos carpinteiros, aos edificadores, e aos pedreiros. e que comprem madeira e pedras lavradas, a fim de repararem a casa.   
227Contudo não se tomava conta a eles do dinheiro que se lhes entregava nas mãos, porquanto se haviam com fidelidade.   
228Então disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã: Achei o livro da lei na casa do Senhor. E Hilquias entregou o livro a Safã, e ele o leu.   
229Depois o escrivão Safã veio ter com o rei e, dando ao rei o relatório, disse: Teus servos despejaram o dinheiro que se achou na casa, e o entregaram na mão dos mestres de obra que estão encarregados da casa do Senhor.   
2210Safã, o escrivão, falou ainda ao rei, dizendo: O sacerdote Hilquias me entregou um livro. E Safã o leu diante do rei.   
2211E sucedeu que, tendo o rei ouvido as palavras do livro da lei, rasgou as suas vestes.   
2212Então o rei deu ordem a Hilquias, o sacerdote, a Aicão, filho de Safã, a Acbor, filho de Micaías, a Safã, o escrivão, e Asaías, servo do rei, dizendo:   
2213Ide, consultai ao Senhor por mim, e pelo povo, e por todo o Judá, acerca das palavras deste livro que se achou; porque grande é o furor do Senhor, que se acendeu contra nós, porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro, para fazerem conforme tudo quanto acerca de nós está escrito.   
2214Então o sacerdote Hilquias, e Aicão, e Acbor, e Safã, e Asaías foram ter com a profetisa Hulda, mulher de Salum, filho de Ticvá, filho de Harás, o guarda das vestiduras (ela habitava então em Jerusalém, na segunda parte), e lhe falaram.   
2215E ela lhes respondeu: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Dizei ao homem que vos enviou a mim:   
2216Assim diz o Senhor: Eis que trarei males sobre este lugar e sobre os seus habitantes, conforme todas as palavras do livro que o rei de Judá leu.   
2217Porquanto me deixaram, e queimaram incenso a outros deuses, para me provocarem à ira por todas as obras das suas mãos, o meu furor se acendeu contra este lugar, e não se apagará.   
2218Todavia ao rei de Judá, que vos enviou para consultar ao Senhor, assim lhe direis: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Quanto às palavras que ouviste,   
2219porquanto o teu coração se enterneceu, e te humilhaste perante o Senhor, quando ouviste o que falei contra este lugar, e contra os seus habitantes, isto é, que se haviam de tornar em assolação e em maldição, e rasgaste as tuas vestes, e choraste perante mim, também eu te ouvi, diz o Senhor.   
2220Pelo que eu te recolherei a teus pais, e tu serás recolhido em paz à tua sepultura, e os teus olhos não verão todo o mal que hei de trazer sobre este lugar. Então voltaram, levando a resposta ao rei.   
231Então o rei deu ordem, e todos os anciãos de Judá e de Jerusalém se ajuntaram a ele.   
232Subiu o rei à casa do Senhor, e com ele todos os homens de Judá, todos os habitantes de Jerusalém, os sacerdotes, os profetas, e todo o povo, desde o menor até o maior; e leu aos ouvidos deles todas as palavras do livro do pacto, que fora encontrado na casa do Senhor.   
233Então o rei, pondo-se em pé junto à coluna, fez um pacto perante o Senhor, de andar com o Senhor, e guardar os seus mandamentos, os seus testemunhos e os seus estatutos, de todo o coração e de toda a alma, confirmando as palavras deste pacto, que estavam escritas naquele livro; e todo o povo esteve por este pacto.   
234Também o rei mandou ao sumo sacerdote Hilquias, e aos sacerdotes da segunda ordem, e aos guardas da entrada, que tirassem do templo do Senhor todos os vasos que tinham sido feitos para Baal, e para a Asera, e para todo o exército do céu; e os queimou fora de Jerusalém, nos campos de Cedrom, e levou as cinzas deles para Betel.   
235Destituiu os sacerdotes idólatras que os reis de Judá haviam constituído para queimarem incenso sobre os altos nas cidades de Judá, e ao redor de Jerusalém, como também os que queimavam incenso a Baal, ao sol, à lua, aos planetas, e a todo o exército do céu.   
236Tirou da casa do Senhor a Asera e, levando-a para fora de Jerusalém até o ribeiro de Cedrom, ali a queimou e a reduziu a pó, e lançou o pó sobre as sepulturas dos filhos do povo.   
237Derrubou as casas dos sodomitas que estavam na casa do Senhor, em que as mulheres teciam cortinas para a Asera.   
238Tirou das cidades de Judá todos os sacerdotes, e profanou os altos em que os sacerdotes queimavam incenso desde Geba até Berseba; e derrubou os altos que estavam às portas junto à entrada da porta de Josué, o chefe da cidade, à esquerda daquele que entrava pela porta da cidade.   
239Todavia os sacerdotes dos altos não sacrificavam sobre o altar do Senhor em Jerusalém, porém comiam pães ázimos no meio de seus irmãos.   
2310Profanou a Tofete, que está no vale dos filhos de Hinom, para que ninguém fosse passar seu filho ou sua filha pelo fogo a Moloque.   
2311Tirou os cavalos que os reis de Judá tinham consagrado ao sol, à entrada da casa do Senhor, perto da câmara do camareiro Natã-Meleque, a qual estava no recinto; e os carros do sol queimou a fogo.   
2312Também o rei derrubou os altares que estavam sobre o terraço do cenáculo de Acaz, os quais os reis de Judá tinham feito, como também os altares que Manassés fizera nos dois átrios da casa do Senhor; e, tendo-os esmigalhado, os tirou dali e lançou o pó deles no ribeiro de Cedrom.   
2313O rei profanou também os altos que estavam ao oriente de Jerusalém, à direita do Monte de Corrupção, os quais Salomão, rei de Israel, edificara a Astarote, abominação dos sidônios, a Quemós, abominação dos moabitas, e a Milcom, abominação dos filhos de Amom.   
2314Semelhantemente quebrou as colunas, e cortou os aserins, e encheu os seus lugares de ossos de homens.   
2315Igualmente o altar que estava em Betel, e o alto feito por Jeroboão, filho de Nebate, que fizera Israel pecar, esse altar e o alto ele os derrubou; queimando o alto, reduziu-o a pó, e queimou a Asera.   
2316E, virando-se Josias, viu as sepulturas que estavam ali no monte, e mandou tirar os ossos das sepulturas e os queimou sobre aquele altar, e assim o profanou, conforme a palavra do Senhor proclamada pelo homem de Deus que predissera estas coisas.   
2317Então perguntou: Que monumento é este que vejo? Responderam- lhe os homens da cidade: É a sepultura do homem de Deus que veio de Judá e predisse estas coisas que acabas de fazer contra este altar de Betel.   
2318Ao que disse Josias: Deixai-o estar; ninguém mexa nos seus ossos. Deixaram estar, pois, os seus ossos juntamente com os do profeta que viera de Samária.   
2319Josias tirou também todas as casas dos altos que havia nas cidades de Samária, e que os reis de Israel tinham feito para provocarem o Senhor à ira, e lhes fez conforme tudo o que havia feito em Betel.   
2320E a todos os sacerdotes dos altos que encontrou ali, ele os matou sobre os respectivos altares, onde também queimou ossos de homens; depois voltou a Jerusalém.   
2321Então o rei deu ordem a todo o povo dizendo: Celebrai a páscoa ao Senhor vosso Deus, como está escrito neste livro do pacto.   
2322Pois não se celebrara tal páscoa desde os dias dos juízes que julgaram a Israel, nem em todos os dias dos reis de Israel, nem tampouco nos dias dos reis de Judá.   
2323Foi no décimo oitavo ano do rei Josias que esta páscoa foi celebrada ao Senhor em Jerusalém.   
2324Além disso, os adivinhos, os feiticeiros, os terafins, os ídolos e todas abominações que se viam na terra de Judá e em Jerusalém, Josias os extirpou, para confirmar as palavras da lei, que estavam escritas no livro que o sacerdote Hilquias achara na casa do Senhor.   
2325Ora, antes dele não houve rei que lhe fosse semelhante, que se convertesse ao Senhor de todo o seu coração, e de toda a sua alma, e de todas as suas forças, conforme toda a lei de Moisés; e depois dele nunca se levantou outro semelhante.   
2326Todavia o Senhor não se demoveu do ardor da sua grande ira, com que ardia contra Judá por causa de todas as provocações com que Manassés o provocara.   
2327E disse o Senhor: Também a Judá hei de remover de diante da minha face, como removi a Israel, e rejeitarei esta cidade de Jerusalém que elegi, como também a casa da qual eu disse: Estará ali o meu nome.   
2328Ora, o restante dos atos de Josias, e tudo quanto fez, por ventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Judá?   
2329Nos seus dias subiu Faraó-Neco, rei do Egito, contra o rei da Assíria, ao rio Eufrates. E o rei Josias lhe foi ao encontro; e Faraó-Neco o matou em Megido, logo que o viu.   
2330De Megido os seus servos o levaram morto num carro, e o trouxeram a Jerusalém, onde o sepultaram no seu sepulcro. E o povo da terra tomou a Jeoacaz, filho de Josias, ungiram-no, e o fizeram rei em lugar de seu pai.   
2331Jeoacaz tinha vinte e três anos quando começou a reinar, e reinou três meses em Jerusalém. O nome de sua mãe era Hamutal, filha de Jeremias, de Libna.   
2332Ele fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme tudo o que seus pais haviam feito.   
2333Ora, Faraó-Neco mandou prendê-lo em Ribla, na terra de Hamate, para que não reinasse em Jerusalém; e à terra impôs o tributo de cem talentos de prata e um talento de ouro.   
2334Também Faraó-Neco constituiu rei a Eliaquim, filho de Josias, em lugar de Josias, seu pai, e lhe mudou o nome em Jeoiaquim; porém levou consigo a Jeoacaz, que conduzido ao Egito, ali morreu.   
2335E Jeoiaquim deu a Faraó a prata e o ouro; porém impôs à terra uma taxa, para fornecer esse dinheiro conforme o mandado de Faraó. Exigiu do povo da terra, de cada um segundo a sua avaliação, prata e ouro, para o dar a Faraó-Neco.   
2336Jeoiaquim tinha vinte e cinco ano quando começou a reinar, e reinou onze anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Zebida, filha de Pedaías, de Ruma.   
2337Ele fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme tudo o que seus pais haviam feito.   
241Nos seus dias subiu Nabucodonozor, rei de Babilônia, e Jeoiaquim ficou sendo seu servo por três anos; mas depois se rebelou contra ele.   
242Então o Senhor enviou contra Jeoiaquim tropas dos caldeus, tropas dos sírios, tropas dos moabitas e tropas dos filhos de Amom; e as enviou contra Judá, para o destruírem, conforme a palavra que o Senhor falara por intermédio de seus servos os profetas.   
243Foi, na verdade, por ordem do Senhor que isto veio sobre Judá para removê-lo de diante da sua face, por causa de todos os pecados cometidos por Manassés,   
244bem como por causa do sangue inocente que ele derramou; pois encheu Jerusalém de sangue inocente; e por isso o Senhor não quis perdoar.   
245Ora, o restante dos atos de Jeoiaquim, e tudo quanto fez, porventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Judá?   
246Jeoiaquim dormiu com seus pais. E Joaquim, seu filho, reinou em seu lugar.   
247O rei do Egito nunca mais saiu da sua terra, porque o rei de Babilônia tinha tomado tudo quanto era do rei do Egito desde o rio do Egito até o rio Eufrates.   
248Tinha Joaquim dezoito anos quando começou a reinar e reinou três meses em Jerusalém. O nome de sua mãe era Neústa, filha de Elnatã, de Jerusalém.   
249Ele fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme tudo o que seu pai tinha feito.   
2410Naquele tempo os servos de Nabucodonozor, rei de Babilônia, subiram contra Jerusalém, e a cidade foi sitiada.   
2411E Nabucodonozor, rei de Babilônia, chegou diante da cidade quando já os seus servos a estavam sitiando.   
2412Então saiu Joaquim, rei de Judá, ao rei da Babilônia, ele, e sua mãe, e seus servos, e seus príncipes, e seus oficiais; e, no ano oitavo do seu reinado, o rei de Babilônia o levou preso.   
2413E tirou dali todos os tesouros da casa do Senhor, e os tesouros da casa do rei; e despedaçou todos os vasos de ouro que Salomão, rei de Israel, fizera no templo do Senhor, como o Senhor havia dito.   
2414E transportou toda a Jerusalém, como também todos os príncipes e todos os homens valentes, deu mil cativos, e todos os artífices e ferreiros; ninguém ficou senão o povo pobre da terra.   
2415Assim transportou Joaquim para Babilônia; como também a mãe do rei, as mulheres do rei, os seus oficiais, e os poderosos da terra, ele os levou cativos de Jerusalém para Babilônia.   
2416Todos os homens valentes, em número de sete mil, e artífices e ferreiros em número de mil, todos eles robustos e destros na guerra, a estes o rei de Babilônia levou cativos para Babilônia.   
2417E o rei de Babilônia constituiu rei em lugar de Joaquim a Matanias, seu tio paterno, e lhe mudou o nome em Zedequias.   
2418Zedequias tinha vinte e um anos quando começou a reinar, e reinou onze anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Hamutal, filha de Jeremias, de Libna.   
2419Ele fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme tudo quanto fizera Jeoiaquim.   
2420Por causa da ira do Senhor, assim sucedeu em Jerusalém, e em Judá, até que ele as lançou da sua presença. E Zedequias se rebelou contra o rei de Babilônia.   
251E sucedeu que, ao nono ano do seu reinado, no décimo dia do décimo mês, Nabucodonozor, rei de Babilônia, veio contra Jerusalém com todo o seu exército, e se acampou contra ela; levantaram contra ela tranqueiras em redor.   
252E a cidade ficou sitiada até o décimo primeiro ano do rei Zedequias   
253Aos nove do quarto mês, a cidade se via tão apertada pela fome que não havia mais pão para o povo da terra.   
254Então a cidade foi arrombada, e todos os homens de guerra fugiram de noite pelo caminho da porta entre os dois muros, a qual estava junto ao jardim do rei (porque os caldeus estavam contra a cidade em redor), e o rei se foi pelo caminho da Arabá.   
255Mas o exército dos caldeus perseguiu o rei, e o alcançou nas campinas de Jericó; e todo o seu exército se dispersou.   
256Então prenderam o rei, e o fizeram subir a Ribla ao rei de Babilônia, o qual pronunciou sentença contra ele.   
257Degolaram os filhos de Zedequias à vista dele, vasaram-lhe os olhos, ataram-no com cadeias de bronze e o levaram para Babilônia.   
258Ora, no quinto mês, no sétimo dia do mês, no ano décimo nono de Nabucodonozor, rei de Babilônia, veio a Jerusalém Nebuzaradão, capitão da guarda, servo do rei de Babilônia;   
259e queimou a casa do Senhor e a casa do rei, como também todas as casas de Jerusalém; todas as casas de importância, ele as queimou.   
2510E todo o exército dos caldeus, que estava com o capitão da guarda, derrubou os muros em redor de Jerusalém.   
2511Então o resto do povo que havia ficado na cidade, e os que já se haviam rendido ao rei de babilônia, e o resto da multidão, Nebuzaradão, capitão da guarda, levou cativos.   
2512Mas dos mais pobres da terra deixou o capitão da guarda ficar alguns para vinheiros e para lavradores.   
2513Ademais os caldeus despedaçaram as colunas de bronze que estavam na casa do Senhor, como também as bases e o mar de bronze que estavam na casa do senhor e levaram esse bronze para Babilônia. ,   
2514Também tomaram as caldeiras, as pás, as espevitadeiras, as colheres, e todos os utensilios de bronze, com que se ministrava,   
2515como também os braseiros e as bacias; tudo o que era de ouro, o capitão da guarda levou em ouro, e tudo o que era de prata, em prata.   
2516As duas colunas, o mar, e as bases, que Salomão fizera para a casa do Senhor, o bronze de todos esses utensilios era de peso imensurável.   
2517A altura duma coluna era de dezoito côvados, e sobre ela havia um capitel de bronze, cuja altura era de três côvados; em redor do capitel havia uma rede e romãs, tudo de bronze; e semelhante a esta era a outra coluna com a rede.   
2518O capitão da guarda tomou também Seraías, primeiro sacerdote, Sofonias, segundo sacerdote, e os três guardas da entrada.   
2519Da cidade tomou um oficial, que tinha cargo da gente de guerra, e cinco homens dos que viam a face do rei e que se achavam na cidade, como também o escrivão-mor do exército, que registrava o povo da terra, e sessenta homens do povo da terra, que se achavam na cidade.   
2520Tomando-os Nebuzaradão, capitão da guarda, levou-os ao rei de Babilônia, a Ribla.   
2521Então o rei de Babilônia os feriu e matou em Ribla, na terra de Hamate. Assim Judá foi levado cativo para fora da sua terra.   
2522Quanto ao povo que tinha ficado, na terra de Judá, Nabucodonozor, rei de Babilônia, que o deixara ficar, pôs por governador sobre ele Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã.   
2523Ouvindo, pois, os chefes das forças, eles e os seus homens, que o rei de Babilônia pusera Gedalias por governador, vieram ter com Gedalias, a Mizpá, a saber: Ismael, filho de Netanias, Joanã, filho de Careá, Seraías, filho de Tanumete netofatita, e Jaazanias, filho do maacatita, eles e os seus homens.   
2524E Gedalias lhe jurou, a eles e aos seus homens, e lhes disse: Não temais ser servos dos caldeus; ficai na terra, e servi ao rei de Babilônia, e bem vos irá.   
2525Mas no sétimo mês Ismael, filho de Netanias, filho de Elisama, da descendência real, veio com dez homens, e feriram e mataram Gedalias, como também os judeus e os caldeus que estavam com ele em Mizpá.   
2526Então todo o povo, tanto pequenos como grandes, e os chefes das forças, levantando-se, foram para o Egito, porque temiam os caldeus.   
2527Depois disso sucedeu que, no ano trinta e sete do cativeiro de Joaquim, rei de Judá, no dia vinte e sete do décimo segundo mês, Evil-Merodaque, rei de Babilônia, no ano em que começou a reinar, levantou a cabeça de Joaquim, rei de Judá, tirando-o da casa da prisão;   
2528e lhe falou benignamente, e pôs o seu trono acima do trono dos reis que estavam com ele em Babilônia.   
2529Também lhe fez mudar as vestes de prisão; e ele comeu da mesa real todos os dias da sua vida.   
2530E, quanto à sua subsistência, esta lhe foi dada de contínuo pelo rei, a porção de cada dia no seu dia, todos os dias da sua vida.